São Paulo - 1817

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4.02.2014

TERÇA-FEIRA

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ENTREVISTA: FÁBIO PORCHAT DIVULGAÇÃO

gina, em agosto de 2012, o “Porta dos Fundos” estava nascendo. O que mais mudou na sua vida nesse intervalo de tempo? Minha vida se divide entre o antes e o depois do “Porta dos Fundos”. Foi realmente uma guinada. O púlico passou a conhecer meu trabalho, a querer saber mais. Minha vida ficou mais exposta. Estou feliz pelo reconhecimento. Estou aí pra mostrar que a internet é o futuro.

JOGO RÁPIDO Teatro, televisão, cinema ou internet? Teatro, porque é ao vivo. Melhor episódio do “Porta dos Fundos”: Sheila (2013). A fama me trouxe: A impossibilidade do anonimato. Quando era criança, queria ser: Jogador de futebol.

Você se dá muito bem com o humor. Sente alguma dificuldade ou preconceito em conseguir outros papéis? Nunca tentei conseguir algum papel. Mas talvez exista certo preconceito sim. Vou fazer agora um filme, “Um Homem Entre Abelhas”, que é uma tragicomédia. É meu: estou escrevendo, produzindo e ainda atuo.

E hoje, o que ainda quero ser: Artista até os 90 anos.

Quando começa o seriado do “Porta dos Fundos”? No primeiro sábado de abril. Escrevi e também vou atuar. Os episódios vão sair todos os sábados.

Um dos criadores do ‘Porta dos Fundos’, canal de vídeos voltado para a web, o ‘workaholic’ assumido Fábio Porchat curte o sucesso recente com projetos na TV, no cinema e no palco, com o stand up ‘Fora do Normal’

‘Comédia tem que fazer rir e ponto final’ KAREN FIDELES karen.destak@gmail.com

esde que deixou a faculdade de Administração para investir na carreira de ator, o também comediante e roteirista Fábio Porchat, 30, não parou mais. O menino falante que sempre gostou de contar histórias nasceu no Rio de Janeiro, mas viveu parte da sua vida em São Paulo. Voltou à cidade natal aos 19 anos, quando descobriu o gosto pelas

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artes cênicas, depois de apresentar um número de stand up no “Programa do Jô”, da Globo. Formou-se na CAL (Casa das Artes de Laranjeiras) em 2005, ao lado de outro grande humorista da atualidade, Paulo Gustavo. A partir daí, foi chamado para escrever para o “Zorra Total” – onde ficou por quatro anos –, integrou o Comédia em Pé, o elenco fixo do seriado “A Grande Família” e a equipe do “Esquenta”. Ainda fez cinema e muito mais. Mas o que considera o pontapé

inicial para o sucesso que alcançou em seguida tem nome: “Porta dos Fundos”, canal para a internet que idealizou, para o qual escreve e onde atua com amigos – e que já atingiu milhões de visualizações. Porchat se divide entre teatro, TV, internet e cinema. Continua com o stand up “Fora do Normal”, agora no Rio, está na segunda temporada da série “Meu Passado Me Condena”– que virou filme –, no Multishow, e segue tocando, no mundo virtual, o “Porta dos Fundos”, entre outros projetos.

Quem é e o que faz o Fábio Porchat longe da correria, das câmeras e do palco? Trabalha sem parar. É o que gosto de fazer e o que me deixa com vontade de fazer mais e mais. Gosto do que faço e faço o que gosto. Trabalhar para mim é uma diversão. E trabalho com amigos. É muito bom ter um mínimo controle da própria carreira. Sempre que posso estou trabalhando. Da última vez que o Destak falou com você para essa pá-

Em que pé estão as propostas de levar o “Porta” à TV? Não tem nenhuma proposta concreta, só tivemos conversas com canais abertos e fechados. À princípio, não vemos vantagem em ir para a televisão. Temos público, publicidade e dinheiro. A gente não precisa disso agora. Existe alguma audição para fazer parte da equipe? Já temos nossa equipe, atores e roteiristas. Na área artística, a gente procura quando precisa. Por quais mudanças positivas você acha que o humor no Brasil esteja passando, e o que você acha que ainda falta para ficar melhor? Precisa começar a amadurecer, a tratar de assuntos mais relevantes. Tem que ter de tudo. Comédia tem que fazer rir e ponto final. O problema é acharem que exista uma fórmula. Mas temos ótimos comediantes no país, como o Paulo Gustavo e o Bruno Mazzeo, entre outros. E os planos para este ano? O stand up “Fora do Normal” fica em cartaz o ano todo. Tem também o seriado do “Porta dos Fundos”. A peça de “Meu Passado Me Condena” [baseada na série homônima], e estou conversando sobre um programa de humor na Globo, para este ano.


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