Recife - 105

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Sexta-Feira · 30 de Novembro de 2012

Brasil

MAIS PRÁTICO, MAIS OBJETIVO

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IBGE Menor diminuição foi entre mães adolescentes

OPERAÇÃO PORTO SEGURO

1936-2012

Mulheresde 25 a29 sem filhossaltam de 31% a41%

Rose deu diploma falso a ex-marido

Jornalismo se despede de Joelmir Beting, aos 75 anos

Foi a maior queda na fecundidade, que caiu em todas as faixas etárias de 2001 a 2011, segundo levantamento DA REDAÇÃO redacao@destakjornal.com.br

Em uma década, cresceu quase dez pontos percentuais o número de mulheres de 25 a 29 anos que não têm filhos, saltando de 31% para 40,8%, segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). A fecundidade diminuiu em todas as idades, de 2001 a 2011, mas essa faixa etária – primeira em que a maioria das mulheres já é mãe – teve a maior redução. Nas faixas anterior e posterior, as quedas de fecundidade também foram significativas. Em 2001, pouco mais da metade das brasileiras (54,4%) entre 20 e 24 anos não tinham filhos. Em 2011, o índice já aproximava dos dois terços (62,3%). Entre 30 e 34 anos, a quantidades de mulheres sem filhos foi de 18,3% para 25,6% – mais de sete pontos percentuais.

A proporção de aumento de mulheres sem filhos cai daí em diante – de 12,3% para 18% entre 35 e 39 anos, de 10,7% para 14,7% entre 40 e 44, e de 9,8% para 13,3% dos 45 aos 49 anos. A menor redução foi de mães adolescentes: três pontos percentuais. Em 2001, 86,5% das jovens entre 15 e 19 anos não tinham filhos. Em 2011, eram 89,5%. Escolaridade A fecundidade cai com a escolaridade. De 25 a 29 anos, só 15,4% das mulheres com até sete anos de estudo não tinham filhos em 2011. Entre aquelas com escolaridade superior a oito anos, o índice subia para 47%. Entre 20 e 24 anos, a variação foi de 29,7% para 68,2% sob o mesmo critério.

Brasileiras dão à luz 1,95 em média hoje, o que aponta para redução populacional

Homicídios sobem 30% entre negros em 8 anos Divulgada ontem pelo Governo Federal a pesquisa “Mapa da Violência 2012 - A cor dos homicídios” mostra que, de 2002 a 2010, os homicídios caíram entre brancos (25,5%) e pretos (0,7%), mas subiram 35,3% entre pardos. Como o IBGE considera pardos e pretos como “negros”, os homicídios cresceram 29,8% dentre a população considerada negra. O número de assassinatos de brancos caiu de 18 mil

para 14,4 mil, enquanto o de negros (pretos e pardos) subiu de 26,9 mil para 34,9 mil. Embora o estudo não seja por faixa de renda, seu organizador Júlio Jacobo Waiselfisz atribui a diferença não a eventuais questões raciais, mas sócio-econômicas. “O perfil das vítimas é de jovens desocupados, negros, nas periferias urbanas. Bairros que não têm segurança pública eficiente”, disse o pesquisador a “O Globo”.

JULIA MORAES/FOLHAPRESS

Preso pela Polícia Federal na operação Porto Seguro, o diretor afastado da ANA (Agência Nacional de Águas) conseguiu um diploma falso para José Cláudio Noronha, ex-marido da ex-chefe do gabinete da Presidência da República, Rosemary Nóvoa de Noronha, de acordo com documentos da investigação da PF publicados pela “Veja”.

Documento, entregue por Paulo Vieira, lhe credenciou para cargo no Banco do Brasil

Rose deu um diploma falso para o ex-marido assumir cargo no BB

O diploma para José Cláudio, que não cursou faculdade, foi pedido por Rose, como é conhecida, para que o pai de suas duas filhas pudesse ser indicado a um cargo na Aliança do Brasil, atual BB Seguros, do Banco do Brasil. “Desculpe só responder agora (...) o pessoal do MEC

tá dando muito trabalho. Quanto ao JCN, não se preocupe. Essa questão está resolvida. Os documentos devem chegar a qualquer momento”, respondeu, em um e-mail a Rosemary, Paulo, que conseguiu não só o diploma como também o reconhecimento forjado do MEC.

“Graças a Deus saiu o que eu esperava. Preciso do diploma urgente. Para adiantar, tenho que colocar no currículo a formação. Qual é o nome?”, respondeu Rosemary, em 4 de maio de 2009, dois meses após o pedido, de acordo com a PF.

STF

NA MIRA DA PF

Ministro Zavascki tomaposse e diz que deve votarembargos

Ex-diretordo Dnit tem sigilo violado porquadrilha

O STF (Supremo Tribunal Federal) voltou a ficar com dez integrantes ontem, com a posse do ministro Teori Zavascki, 64, que assumiu a vaga de Cezar Peluso, aposentado compulsoriamente ao completar 70 anos. O novo ministro já disse que não vai participar da fase final do julgamento do mensalão. No entanto, anunciou que deverá votar na fase em que os condenados apresentam embargos às penas. Zavascki também revelou que não vai participar da de-

cisão sobre o futuro dos deputados condenados. O STF ainda precisa definir se eles serão cassados imediatamente, ou se a decisão caberá ao Congresso. O presidente da Câmara, Marco Maia, disse ontem que somente a própria Casa pode determinar a perda de um mandato. No julgamento, três deputados foram condenados: Valdemar da Costa Neto (PR-SP), João Paulo Cunha (PT-SP) e Pedro Henry (PP-MT). JOSÉ CRUZ/AGÊNCIA BRASIL

Novo ministro, Zavascki, ao lado dos novos colegas do Supremo

O ex-diretor-geral do Dnit (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes) Luiz Antonio Pagot foi alvo de uma quebra ilegal de sigilo de informações cometida pela quadrilha investigada na Operação Durkheim, da Polícia Federal. A PF desmontou duas quadrilhas que vendiam dados sigilosos e faziam remessas ilegais ao exterior em cinco Estados e no Distrito Federal. Pagot, afastado do Dnit em meados do ano passado em meio a denúncias de corrupção no Ministério dos Transportes, teve o sigilo de informações quebrado no mesmo dia que prestou depoimento na CPI do Cachoeira. De acordo com a PF a quadrilha também obteve dados sigilosos do prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, do líder do governo no Senado Eduardo Braga (PMDB-AM), do ex-ministro da Previdência Carlos Gabas e ainda de dois desembargadores.

Vítima de AVE (acidente vascular encefálico hemorrágico), o jornalista Joelmir Beting morreu à 0h55 de ontem, aos 75 anos, quando já se encontrava em coma irreversível. Ele foi cremado no cemitério do Horto da Paz, em Itapecerica da Serra, Grande São Paulo. Nascido em Tambaú, a 272 km da capital paulista, em dezembro de 1936 Joelmir chegou a trabalhar de boia-fria e começou como jornalista em 1957, cobrindo esporte.

Ele soube tornar simples as notícias econômicas, em TV e página impressa Após se formar em ciências sociais em 1962, especializou-se em economia, trabalhando na “Folha de S.Paulo”, no “Estado de S. Paulo” e no “Globo”, sendo colunista de 1970 a 2003. Na TV, trabalhou na Globo de 1985 a 2003 e, desde então, na Bandeirantes. A presidente Dilma Roussef ressaltou sua capacidade de traduzir notícias complexas “com maestria”. Em seu site no Globo, Miriam Leitão destacou que Joelmir libertou o jornalismo econômico “da sua forma hermética”. Ele era casado com Lucila, com quem teve os filhos Gianfranco e Mauro – também jornalista. DIVULGAÇÃO

Joelmir era comentarista de economia do Jornal da Band


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