3.04.2014
QUINTA-FEIRA
CAMPINAS
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Saúde fecha cerco a aparelho ‘pirata’ Setec e Devisa apertam fiscalização a ambulantes que vendem aparelhos ortodônticos irregulares, usados como enfeite GUILHERME ZANETTI redacao@destakcamp.com.br
A Setec e o Devisa (Departamento de Vigilância em Saúde) lançaram um alerta à população e intensificaram a fiscalização sobre camelôs para evitar a venda de aparelhos odontológicos clandestinos na cidade. A multa para quem for pego comercializando esse utensílio, usado apenas para enfeitar os dentes, pode
chegar a R$ 6 mil, e no caso de reincidência, até mesmo a prisão. Para a cirurgiã dentista do Devisa, Márcia Beltramelli, os aparelhos vendidos por camelôs são usados por jovens exclusivamente para enfeitar os dentes. “Não há registro e nem autorização do Conselho Regional de Odontologia para a venda. São aparelhos totalmente fora das normas. Alguns são feitos de cerdas de vassouras e fios de cobre”, disse ela. O Devisa encaminhou a decisão à diretoria da Setec, que orientou seus fiscais a fecharem o cerco à venda dos aprelhos ‘piratas’. Para o diretor da Faculdade de Odontologia da PUC-Campinas, João Vicente da Silva, o novo ade-
reço no visual pode resultar até na perda dos dentes. “A venda e implantação destes objetos, além do lugar onde são feitas é totalmente condenável. Com materiais inadequados, há inclusive, risco de contaminação tóxica”, disse. A professora da Faculdade de Odontologia da São Leopoldo Mandic, Fernanda Cunha, destacou a mudança de hábitos da população e a falta de consciência. “A moda agora é usar aparelhos coloridos. Em muitos casos quem tem um sorriso ideal pode precisar de aparelho por conta do uso inadequado destes suportes”, disse. A venda ilegal destes produtos pode ser denunciada ao Devisa pelo telefone 2116-0233.
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JOSÉ DA SILVA Diretor da PUC-Campinas
JOSÉ PÈLAEZ/FOLHA PRESS
Produtos irregulares podem provocar até a perda de um dente saudável