degustação do livro Não Aceito Morrer

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Sinopse Sacha tinha absoluta certeza de que aquela seria uma noite perfeita e inesquecível. Acabara de completar 15 anos e participaria do Baile de Debutantes. O jovem capitão da equipe de futebol da escola, João Moreira, seria seu acompanhante. Quando, de repente, uma colisão frontal! Terrível! Forte! Assustadora! Ferros retorcidos, correria, telefonemas, ambulância, sirenes, hospital, gritos lancinantes de dor e desespero... Destruição dos mais belos sonhos! Sacha entra em coma, e assim permanece por longos anos. O sofrimento, aparentemente sem fim, dá lugar à oportunidade de aprendizado e restabelecimento. Neste belo romance, acompanharemos a trajetória de Sacha, desde os momentos em que desperta na Espiritualidade, quando descobre que ainda está ligada ao corpo em razão do coma, até o instante derradeiro de seu desencarne. Vamos nos sensibilizar com o sofrimento da família de Sacha e aprender com a luta dos seus entes queridos para superar o drama e, principalmente, não se revoltar contra Deus. E, nesse caminho, a descoberta da Doutrina Espírita, como o único consolador capaz de trazer um refrigério àquelas almas. E nos emocionaremos, também, quando o “não aceito morrer” repetido de forma tão revoltada por Sacha der lugar à aceitação serena de um “não aceito morrer” com a consciência plena de que a vida continua.

1 - Baile

de

Debutantes

A bela jovem Sacha Maryon nunca esteve tão radiante. Mas era plenamente justificável. Completara 15 anos e, naquela noite, haveria o tão esperado Baile de Debutantes, na famosa Arcádia Marim dos Caetés, em Olinda, quando, ao lado de outras jovens, seria oficialmente apresentada à sociedade olindense. Para completar sua felicidade, ela seria levada ao baile por João Moreira, o jovem e bonito capitão da equipe de futebol de salão e considerado, pelas meninas, o mais cobiçado garoto do colégio. Ela vencera uma concorrência acirrada contra Vera Nery e Marilourdes Feijó, que queriam muito ter sido convidadas pelo jovem João Moreira para ir ao baile. Ambas tentaram prendê-lo pelo estômago, pois sabiam que ele adorava comer mão de vaca e buchada. Ele almoçou um dia com Vera, outro com Marilourdes, mas à noite foi Sacha quem ele escolheu para levar ao baile. Sacha tinha absoluta certeza de que aquela seria uma noite perfeita e inesquecível. Enquanto se olhava no espelho pela vigésima vez, admirando em si mesma os lindos olhos castanhos, a cascata de cabelos da mesma cor e seu sorriso sempre


meio irônico, ela ouviu a buzina insistente do seu acompanhante, que acabara de chegar. Olhou-se no espelho mais uma vez. Estava linda. Sabia que estava! Sua mãe caprichara no belo vestido branco. Nova buzinada e mais uma última olhadela no espelho, antes de descer correndo as escadas de sua bela e confortável casa. Ao chegar à porta de saída, lá estavam seus pais, Delmiro Martinho e Vanuza, que a admiraram com o indisfarçável orgulho típico dos pais. Eles lhe desejaram boa sorte, ela agradeceu e, após beijá-los carinhosamente, foi ao encontro de João Moreira, que a esperava do lado de fora do carro e, de forma cavalheiresca, abriu a porta para que ela entrasse. Antes de o carro sumir na curva, ela ainda se voltou e acenou para os pais, que estavam no jardim, em frente a casa. Rapidamente, estabeleceu-se um papo amigável entre os dois jovens, e a conversa ficou tão animada, que ambos não perceberam que estavam a uma velocidade excessiva, que chovia bastante e que um caminhão que trafegava em sentido contrário, vindo em direção a eles, parecia desgovernado. Naquele momento, infelizmente, eles só tinham olhos e ouvidos um para o outro. Colisão frontal! Terrível! Forte! Assustadora! Ferros retorcidos, correria, telefonemas, ambulância, sirenes, hospital, gritos lancinantes de dor e desespero... Destruição dos mais belos sonhos! O Hospital Restauração, o maior da cidade de Recife, como sempre, parecia em constante, confusa e interminável ebulição. Ali, a dor dilacerante, insensível, permanente, e o indescritível e nauseabundo cheiro de sangue e morte eram aterrorizantes. O jovem médico Diogo Bezerra Cavalcanti estava tendo uma noite muito mais agitada que o normal, se é que no Hospital Restauração havia algum momento de relativa tranquilidade. Uma garota que sofrera um terrível acidente de carro acabara de dar entrada na emergência e, após a triagem inicial, coube a ele o encargo de atendê-la. Enquanto se dirigia à sala de cirurgia, ele foi lendo a papeleta da paciente: Sacha Maryon, 15 anos, vítima de acidente automobilístico há pouco mais de uma hora. Traumatismo craniano aparentemente grave, ferimentos generalizados, hemorragias múltiplas e acentuado déficit neurológico. Após o trauma, a paciente permaneceu dez minutos desacordada. Despertou e, depois de vinte minutos de relativa lucidez, voltou a perder a consciência e não está mais respondendo a estímulos verbais. “Parece complicado”, pensou o jovem médico. Já na sala de cirurgia aconteceu o que o doutor Diogo sempre evitava quando estava operando: olhar nos olhos do paciente! Mas descuidou-se e olhou para o rosto de Sacha, que de forma imprevista abriu os olhos e olhou-o, olho no olho, transmitindo com os olhos tristes, embaçados por lágrimas que lhe desciam pelos cantos dos olhos, um pedido silencioso que ele entendia perfeitamente, mas que nem sempre conseguia atender: “Eu não aceito morrer! Salve-me!”, os olhos de Sacha diziam...

Se você já sentiu que essa história é de tirar o fôlego, continue lendo o livro “Não Aceito Morrer”.


Como pode ser eu? Como posso estar morta, se eu estou aqui, plenamente consciente de tudo o que acontece? E agora? Devo repetir pra quem quiser ouvir, que eu não aceito morrer? Trecho extraído do livro Não Aceito Morrer

A vida é sempre feita de encontros e despedidas, ninguém chega para sempre, ou parte para jamais ser reencontrado. Trecho extraído do livro O Residente

E D I T O R A

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