Julieta imortal stacey jay

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— Não é isso, acho que você é forte. — Ah, é? — aperto os lábios. — E isso é uma coisa boa? — Ser forte é muito bom, e você é muito forte — suas mãos se aproximam das minhas, acelerando a minha respiração. — Pelo menos, forte para uma garota que tem o nome de uma sereia. Meu sorriso desaparece. Ele não está falando de mim e o coração acelerado em meu peito não é meu. Preciso sair desse carro. Ariel e Ben podem ser bons amigos em outra ocasião. De preferência depois da minha partida. Gosto do Ben, mas não gosto de como me sinto com ele. Eu, a alma sem corpo que não deve ter sentimentos. Sou Ariel agora e preciso voltar para casa. — Devemos ir — digo a Ben. — Está ficando tarde. — Claro — Ben segura uma sacola de plástico que pegou no banco traseiro e coloca as roupas usadas dentro dela. — Mas se aquele psicopata procurá-la novamente, você pode me chamar — diz. — Minhas aulas começam amanhã. Você pode me encontrar na escola pública de Solvang, combinado? Ou você freqüenta escola particular... — Estudo na escola pública. Minha mãe prefere guardar dinheiro para a faculdade em vez de desperdiçá-lo em escolas particulares. Mas não se preocupe com Dylan. Tudo que eu quero é esquecer o que aconteceu esta noite. — Eu não — diz ele, com uma voz calma, macia. — Se não tivesse acontecido nada esta noite, não teria conhecido você. Nossos olhos se encontram novamente e, de repente, o carro parece pequeno demais e suas palavras, longas, intensas. Seria tão fácil preencher a distância que há entre nós. Uma palavra, um toque. Não seria preciso muita coisa para fazer essa amizade mudar de direção. Ben está interessado. Talvez até sinta o que

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