Julie cross 01 tempest

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– Eu não sei como convencer você do contrário, mas posso lhe dizer com certeza que o lado do seu pai é o certo. Eu me lembrei de algo que Marshall dissera em 2007, quando estávamos de pé na frente do corpo de Harold. Ele é uma das crias do dr. Ludwig. – Quem é o dr. Ludwig? – perguntei. Melvin ergueu as sobrancelhas. – Um cientista, como eu. Alguém com um fascínio parecido pela mente dos viajantes no tempo. Só que seus produtos são purossangues, mas não originais. São cópias. – Está falando de clonagem? – Algo parecido. Mutações genéticas também. Minha mente imaginou fileiras de Harolds, Cassidys e do cara com a marca de sapato no rosto, todos alinhados em incubadoras gigantescas. Era de arrepiar. – Espere... eu não sou um clone... sou? Melvin balançou a cabeça vigorosamente. – De jeito nenhum. Você e a sua irmã foram criados da mesma maneira que muitas crianças são trazidas ao mundo. Não é diferente de uma mulher que tem dificuldade para engravidar. Eu suspirei, aliviado. Ser um experimento da ciência já era ruim o bastante, mas ser criado por uma máquina ou coisa assim era muito mais do que eu podia suportar sem perder a sanidade. – Então onde está esse Ludwig? A CIA vai tirá-lo de cena ou detêlo ou coisa assim?... Quer dizer, ele não pode continuar com essa coisa de fazer pessoas... Espere!... Ele não está do lado da CIA, como você, está? – Não, ele não está do lado do Tempest – Melvin respondeu com firmeza. – E nem está mais vivo. – Alguém já o pegou? – Algo assim. Ele tinha me dado as informações que eu queria. Elas preencheram as lacunas perfeitamente e, ainda assim, eu não


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