Prof. David Catalunia Bento. Jr. Terra Brasilis. Retirado do Atlas Miller de Lopo Homem 1515-1519
Atlas Miller de Lopo Homem, 1515-1519.
Expedições
de reconhecimento em 1501 e outra em 1503 De início a coroa portuguesa apresenta pouco interesse com as terras na América em razão da alta rentabilidade no oriente. Até 1535 principal atividade econômica extração do pau-brasil por meio de arrendamento (Fernão de Noronha). • Monopólio de comercialização real – Extração
particular.
• Força de trabalho: indígena (Escambo) • Seis Navios Anuais – Construção e manutenção de
uma feitoria.
Grande extração desperta atenção de outras nações. 1530-1533 – Martim Afonso de Souza. • Patrulha da costa concessão não hereditária de terras. • Fundação da primeira Vila: São Vicente 1532
Vigília da costa é um fracasso – Extensão litorânea – Distância da metrópole. Contrabando Francês de Pau-Brasil continua.
Expedição de Martim Afonso de Souza e a posterior fundação de São Vicente são responsáveis diretos por introduzir o Brasil dentro da lógica mercantil europeia.
Reações indígenas: • Perda do acesso de terra • Disseminação de doenças • Coação cultura – violência simbólica para o
abandono da fé e cultural local para suplantação da cristã-europeia
Conflitos
povos locais com europeus
• GUERRA JUSTA. Conduzindo a escravidão
de cativos. (mesmo quando entrando em conflito com jesuítas)
Concorrência
internacional pela ocupação da costa + resistência indígena = dificuldade em manutenção de um colonização e um controle sobre território.
Como
solucionar este problema?
Divisão
em 15 partes
• Transferir para mão de
terceiros o investimento de ocupação do Litoral, defendendo assim das invasões de outras nações. Carta de doação – nobres. – Posse mais não proprietário. Carta
Foral – Direitos e deveres a cumprir
Carta
Foral – Direitos e deveres a cumprir
• Concessão de sesmarias • Redízima (1/10) das rendas da
Coroa. • Vintena (5%) sobre o valor do pau-brasil e da pesca. • Cobrança de tributos sobre todas as salinas, moendas d’água e qualquer outros engenhos que só poderiam ser construídos com sua licença • A capitania era inalienável.
Fracasso
Capitanias (exceto: São Vicente e Pernambuco) Distância entre elas e da metrópole Falta de investimento Resistência indígenas.
“A vida na colônia se mostrava bastante difícil ao português; o clima quente e úmido, os ataques indígenas, a falta de infra-estrutura, a fome e a falta de alimentos. Tudo isso faz com que a visão inicial da colônia, associada ao Paraíso, se desmonte. O Brasil passa a ser visto como o lugar em que se vai para cumprir penas. O europeu, excluído de sua sociedade, é enviado para um lugar inóspito, de difícil vida cotidiana. Nesse lugar, e na travessia marítima, ele paga os seus pecados e, assim, a prática de degredo assume característica religiosa”.
Filme: Desmundo. 2003. Direção
Alain Fresnot. Columbia Pictures do Brasil • Releitura do livro: “Desmundo” de Ana Miranda
1548
– Diante da crise das capitanias hereditárias, a coroa opta por uma colonização sistemática. Criação em Salvador do Governo Geral.
• A Colônia teria um governante central e cada
vila e cidade uma Câmara Municipal (finanças e patrimônio próprio- membros não eleitos ) Controlado por classes dominantes que acabaram por favorecer a seu favor no exercício da ordem.
• Obs: No entanto, tudo é muito distante e vive com diferentes
arranjos econômicos e sociais, única coisa em comum é o Pertencimento a Portugal. Por isso a dificuldade em defender uma história do Brasil
Tomé
de Souza (1549 – 1553) Experiência na África e na Índia. • Garantir posse territorial e organizar rendas
da coroa • 1º Jesuítas – catequizar os indígens. • Criação do Bispado de Salvador (capital até 1763) • É neste governo que Brasil integra o Império Português.
Duarte da Costa (1553-1558)
• Carreira política precedente. • Vinda de mais jesuítas (José de Anchieta) José de Anchieta e Manuel da Nóbrega – fundam em 1554 o Colégio de São Paulo. (origem da cidade de São Paulo) • Intensifica os problemas entre portugueses e indígenas:
Surgimento Confederação de Tamoios – União de diversos povos indígenas contra a invasão lusitanas. • 2º Invasão Francesa no Rio de Janeiro (não só para extrair pau-brasil, mas para fundar núcleo colônia – França Antártica) – mais sobre o assunto próximo slide E o conflito entre colonos e jesuítas sob a discussão do trabalho dos cativos.
A incapacidade em solucionar estes problemas faz com que este seja substituído.
União
entre povos Tupis, Não tupis (goitacás e os aimorés) e também franceses (posteriormente) para combater os portugueses que tentavam escravizá-los. Vitória inicial dos tamoios com apoio Francês, tomada da capitania do Espírito Santo e ameaça de São Paulo. Mas depois foi derrota pelos portugueses e as nações indígenas aliadas.
“Onde
está o testamento de Adão e Eva que divide o mundo entre Portugal e Espanha? (Frase atribuída a Rei Francisco I – França)
• Franceses calvinistas que vem para a América,
criando a França Antártica.1555
Perseguições religiosas na Europa (não se trata de projeto missionário) visando colonização e exploração das terras. Forte militar Coligny. Disputa entre portugueses e franceses. Aliança franceses com índios tamoios. (Recuou português para melhor estratégia) Aliança portugueses/índios + Negociações Jesuítas – Franceses perdem parte do apoio - guerra conduzida no estilo dos índios. Desfecho do conflito: Dois galeões de guerra português. Lutas religiosas na França ganha proporções alarmante deixando a colônia na America como segundo plano. (perda do apoio para custear o conflito) 1565 – fundação povoação de São Sebastião do Rio de Janeiro. 1567 – Mem de Sá chega com três navios de guerra. E retirada dos franceses.
Mem
de Sá (1558-1572)
• Primeiro conflito: falta de
recursos de todos os gêneros e a fome. • Fundação da cidade São Sebastião do Rio de Janeiro em 1565. • Dissolução da Confederação dos Tamoios 1567. • 1567 – expulsão franceses. (auxílio indígena)
Relembrando:
• A economia açucareira ganha ares com o
esforço de colonização americano. • A colonização intensifica-se a partir da década de 30 por alguns fatores: Segurança do Território Dificuldades econômicas
• Início desta investida se dá de forma tímida.
Intensificando nas décadas de 50 e 60.
Sociedade do Açúcar. • Nordeste [Pernambuco e Bahia – primeiros grande
centros econômicos e sociais da colônia] • Açúcar: originário da Índia Especiaria; condimento erótico; remédio
Empresa
açucareira – Núcleo central de ativação dessa sociedade • Exportadora. • Latifundiária e monocultora. • Mão de obra compulsiva [escravismo]. + Elementos culturais • Católica. • Miscigenada.
Paisagem com plantação (O Engenho), por Frans Post (1668). 1- Casa grande e capela canto direito 2- ao fundo moradia dos escravos. 3 Casas de produção do açúcar.
Engenho espaço econômico e social. • O mais importante que temos de ter em mente: O
engenho de açúcar não é apenas um espaço econômico, acima de tudo é um espaço social. É onde tudo acontece, onde acontece as trocas culturais e sociais, onde são esquematizada as hierarquias econômicas e sociais. • Também não pensar que o envolvimento na plantation açucareira fecharia a produção só no açúcar, outros produtos também são explorados: couro, tabaco, pecuária também compõem a atividade econômica.
Produção
• • • • •
por etapas
Plantação Moenda Casa-de-purgar Fornalha Saída de açúcar em bloco para refinamento Holandês.
Porque
Holanda entra no meio?
Produção
• • • • •
por etapas
Plantação Moenda Casa-de-purgar Fornalha Saída de açúcar em bloco para refinamento Holandês.
Porque
Holanda entra no meio?
• Grana! – o inicio da empresa açucareira
necessitava de investimento já que Portugal passava por dificuldades econômicas.
4 – (UFSCar-SP) Sobre a economia e a sociedade do Brasil no período colonial, é correto relacionar:
A) Economia diversificada de subsistência, grande propriedade agrícola e mão de obra livre. B) Produção para o mercado interno, policultura e exploração da mão-de-obra indígena no litoral. C)Capitalismo industrial, exportação de matérias-primas e exploração do capital escravo temporário. D)Produção de manufaturados, pequenas unidades agrícolas e exploração do trabalho servil. E) Capitalismo comercial, latifúndio monocultor exportador e exploração da mão-de-obra escrava.
(Fuvest-SP) – O engenho apresenta-se como a forma mais típica da economia colonial brasileira, reveladora do caráter da produção durante essa fase de nossa história. Nele estão combinadas as atividades agrícolas e a “fabrica” de açúcar. Constitui assim a própria unidade básica da economia colonial, reproduzindo, em miniatura, o esquema global da sociedade. Assinale abaixo a alternativa que não se relaciona a essa realidade.
A) Revela a rígida estratificação social, sobretudo na diferenciação entre senhores e escravos. B) Pela grande exigência de capital, não é acessível aos pequenos proprietários. C) Fornece as bases para constituição do clã patriarcal. D) Fundamenta a aristocratização dos proprietários rurais.
E) Assegura a presença de trabalhadores livres ou agregados como base da mão-de-obra.
1º problema – Econômico • Solução – apoio e empréstimo holandês 2º Problema – mão de obra braçal.
Lembrando que no primeiro momento a exploração acontece sobre os negros da terra. • Dificuldades em aprisionar indígenas. • Resistência jesuíta contra esta prática (índio tem
alma por isso não podem ser escravisados). • Fato econômico. • Solução? Quem arrisca???
Escravidão africana – força 1560.
• Religiosa Dominação indígena deveria ser religiosa e não pela força. • Econômica. Comércio amplamente lucrativo para portugueses Péssimas condições de viagem encarece ainda mais o escravo africano
É na produção do açúcar que é sentida com nitidez a passagem da escravidão indígena para africana.
• Não significa o fim da escravidão indígena, mas restringe
ela em áreas isoladas.
Desconhecimento da cultura. Batismo: Nome cristão + porto de origem. [João Mina; José Guiné] Classificação
de escravos:
Boçal – recém chegados da África, pouco conhecimento da região. Ladino – nascido na África, mas que já tem amplo conhecimento da região Crioulo – nasceu e criado na colônia.
Outra
divisão:
• Trabalho.
“É um grande erro tratar os escravos como um bloco único, de idéias fechas e homogêneas. Fazer isso é retirar-lhes a condição de seres humanos.”
• Violência: Punição pública – para que os outros vejam. O castigo pesado em ambiente
fechado é prejudicial ao trabalho, pois debilita o cativo, tornando-se pouco lucrativo... já a
punição pública é o exemplo para os demais, maior controle do grupo • Vigília social: “O escravo é um indivíduo que carrega no seu corpo, de modo visível, sua
condição dentro daquela sociedade” [Marcação das iniciais dos senhores]. Além da vigília inconsciente da constante curiosidade da origem e das atribuições daquele individuo. • Valorização do bom comportamento: relação de dependência entre eles, agressão nem
sempre é a melhor medida. Brechas na relação com o senhor – senzala individual, escolha
da esposa, visitar parentes em engenhos vizinhos e ate mesmo de aquisição de terras. Valorização do bom comportamento. • Resistência escrava: Manifestou-se de várias maneiras, seja por fugas, destruição de
propriedades do senhor, assassinato do proprietário, suicídios, etc.
• Façamos um
exercício pensando esta imagem:
Patriarcal Rural Monocultura
Exportadora Escravista Católica Miscigenada
(plantation)
(Fuvest – SP) Quanto à utilização da mão-de-obra durante o primeiro século de colonização, na região Nordeste do Brasil, pode-se afirmar que:
A) O escravo africano foi utilizado, preponderantemente, desde a fase do escambo do pau-brasil. b) As tribos tupis realizavam o comércio das madeiras com os franceses, ao passo que os aimorés e os nagôs plantavam gêneros alimentícios para os jesuítas e colonos. c) Desde o fim do século XVI até o início do XVII, negros e indígenas coexistiam nas propriedades açucareiras realizando, por vezes, tarefas diferenciadas d) As principais atividades econômicas nesse período tinham como base o trabalho familiar e a mão-de-obra livre. e) A falência do escambo do pau-brasil redundou em utilização exclusiva do indígena na cultura açucareira e na criação do gato, até o final do século XVI.
Se a dona se banhou Eu não estava lá Por Deus Nosso Senhor Eu não olhei Sinhá Estava lá na roça Sou de olhar ninguém Não tenho mais cobiça Nem enxergo bem Para que me pôr no tronco Para que me aleijar Eu juro a vosmecê Que nunca vi Sinhá Por que me faz tão mal Com olhos tão azuis Me benzo com o sinal Da santa cruz
Eu só cheguei no açude Atrás da sabiá Olhava o arvoredo Eu não olhei Sinhá Se a dona se despiu Eu já andava além Estava na moenda Estava para Xerém
Por que talhar meu corpo Eu não olhei Sinhá Para que que vosmincê Meus olhos vai furar Eu choro em iorubá Mas oro por Jesus Para que que vassuncê Me tira a luz E assim vai se encerrar O conto de um cantor Com voz do pelourinho E ares de senhor Cantor atormentado Herdeiro sarará Do nome e do renome De um feroz senhor de engenho E das mandingas de um escravo Que no engenho enfeitiçou Sinhá