Emprego e Autismo – Guia para uma realidade possível

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A comunicação: Quem tem a chave?

O presente capítulo tem como objetivo apresentar aos empregadores, de forma sucinta, os principais aspetos implicados na comunicação e a forma como as empresas poderão estar sensibilizadas e formadas no sentido de incluir e potencializar as capacidades de colaboradores com Perturbação do Espectro do Autismo (PEA). Considerando a importância crescente do fenómeno de Responsabilidade Social Corporativa, a política de diversidade que as empresas começam a oferecer, bem como os ganhos ou vantagens empresariais que podem existir com a contratação de jovens e adultos com PEA, torna-se pertinente sensibilizar os empregadores no sentido de valorizarem as suas competências. Assim, a valorização da competência laboral deve sobrepor-se a eventuais dificuldades comunicativas. Muitas vezes, dificuldades desta natureza podem suscitar dúvidas quanto à capacidade de execução das atividades laborais, o que frequentemente não corresponde à realidade. Nem sempre as dificuldades comunicativas se traduzem em dificuldades de facto no desempenho de determinadas funções, e, para que estas pessoas não sejam penalizadas pelo seu previsível défice comunicativo, há que adaptar a sua forma de recrutamento ou seleção, nomeadamente no que diz respeito à entrevista. A sensibilização e formação das empresas ou equipas, a avaliação global das competências dos colaboradores com PEA (comunicação, 131


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