Lina Coimbra Donnard

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por duas grandes potências, poderíamos esperar outros Estados-chave para juntarem forças com a potência mais fraca para conter a mais forte (MEARSHEIMER: 2001: 84). Durante a Guerra Fria, os Estados Unidos eram mais ricos em relação à União Soviética e ainda possuíam vantagens significativas em sua força naval, em suas bombas estratégicas e mísseis nucleares.

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Todavia, França, Alemanha Ocidental, Itália, Japão,

Reino Unido e, eventualmente China; consideraram a União Soviética o Estado mais poderoso no sistema. O fato é que os Estados aliados aos Estados Unidos o fizeram porque temiam o exército soviético, e não o exército americano (MEARSHEIMER: 2001: 85). Mearsheimer explica que o exército tem uma importância suprema na guerra, pois é o instrumento militar principal para conquistar e controlar um território que, por sua vez, é o objetivo político fundamental em um mundo de Estados essencialmente territoriais. Para o teórico o poder terrestre tem o potencial para ganhar grande parte da guerra por si só. O motivo principal para tal afirmação se deve ao fato de ser difícil coagir uma grande potência e, em especial, destruir a economia de um inimigo somente através de bloqueios ou bombardeios. Duas afirmações de Mearsheimer ilustram bem suas idéias sobre o poder terrestre: “Somente o exército pode derrotar o oponente rapidamente”

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e “O

potencial ofensivo de um Estado está, em grande parte, embutido em seu exército.” 78

2.4 - ESTRATÉGIAS DE SOBREVIVÊNCIA

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MEARSHIEMER, John J. The tragedy of great power politics, New York: Ed. W.W. Norton & Company 2001 p. 85 77 “Only armies can expeditiously defeat na opponent.” Ibidem p. 87 78 “A state’s offensive potencial, in other words, is embedded largely in its army.” Ibidem

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