Revista ACCMMERJ 01

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GeRais

Havia uma égua, a Valsa de Catagua“s”, que era a que eu mais gostava de montar na época de apresentador de cavalos. Mas existem outros que me marcaram, o Bonanza Sangue Azul, o Kamikaze do MZC e o Grêmio do MZC, que eu também preparei. Quais os títulos que obteve que foram de maior relevância ? O primeiro título conquistado no Haras MZC, pelo potro Henzo Serena. Cite uma égua e um garanhão inesquecíveis para você. Kamikaze do MZC e Arisca P.H.N. Como é a relação de sua família com o seu trabalho? Minha família é a base de tudo. Meus pais são de uma cidadezinha do interior do Rio de Janeiro chamada Miracema, onde morei durante a infância e o início da adolescência. Eles sempre me apoiaram, mesmo tendo que sair de casa tão cedo. Até os dias de hoje, mesmo separados pela distância, somos uma família muito unida. Mas eu tive a sorte de ter um segundo pai, Maurício Zacarias Constâncio, que me ensinou tudo no cavalo e que tinha um caráter ímpar. Ele me fez ver a vida de um jeito diferente e a sua perda foi terrível para mim. Em sua opinião, quais as maiores dificuldades que você encontra no dia-a-dia no Marchador? Eu acho que, hoje, a raça deveria ter mais cursos especializados, porque a falta de mão de obra qualificada é grande. Outro problema que eu vejo é o calendário muito apertado, com muitas exposições na mesma data. Quais as metas que você acha que o nosso cavalo precisa alcançar? O cavalo está crescendo e o mercado está muito aquecido se comparado ao que o país está vivendo. Mas acho que a mão de obra qualificada tem que melhorar. Em conversa com criadores, pude ver que ainda somos muito carentes de mão de obra qualificada. 102 • Revista da aCCMMeRJ

Jorge Márcio Guidine Ribeiro, 46 anos Haras Capim Fino Como você ingressou no meio do cavalo? Nasci e me criei em uma fazenda administrada por meu pai. Com isso, tive contato com cavalos desde muito cedo, mas só comecei a atuar diretamente com o cavalo aos 16 anos, na Fazenda Santo Antônio, um haras em Leopoldina (MG). Em sua trajetória, o que mais te motivou a se dedicar ao cavalo Mangalarga Marchador? O Mangalarga Marchador é a tradução do que é cavalo para mim. Foi a primeira raça com a qual eu tive contato, me apaixonei e não saí mais. Quais animais com os quais você já trabalhou que mais te deram prazer em apresentar? São vários animais. O Épico é muito importante, porém a “menina dos meus olhos” é o Futuro Capim Fino, pois foi um animal que eu idealizei junto com Eduardo Saad, titular do Haras Capim Fino. Buscamos a mãe e fizemos o acasalamento, que superou nossa expectativa. Quais os títulos que obteve que foram de maior relevância ? Dentre vários que obtive na minha carreira, os mais importantes foram com Épico Capim Fino, Bi-Grande Campeão da Raça e atual Reservado Campeão dos Campeões, Futuro Capim Fino, que foi Tricampeão Nacional, e Gauguin Capim Fino, Grande Campeão Nacional da Raça Jovem. Cite uma égua e um garanhão inesquecíveis para você. Atlanta do Xangai e Épico Capim Fino. Como é a relação de sua família com o seu trabalho? Minha família vive o Mangalarga Marchador. Para minha alegria, meus filhos adoram. Trabalho com meu irmão, que é meu parceiro em tudo. Resumindo, o Mangalaga Marchador é meu trabalho e meu lazer.


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Revista ACCMMERJ 01 by Daniela César - Issuu