Gazeta do Oeste

Page 18

02 MOTORGERAIS

Fernando Calmon

REDUZIDAS

motorgerais@gmail.com | motorgerais.blogspot.com

fernando@calmon.jor.br

SALTO TECNOLÓGICO Depois de longa espera e sucessivos adiamentos, finalmente saiu a regulamentação do novo regime automobilístico brasileiro, a vigorar entre 2013 e 2017. Batizado pomposamente de Inovar-Auto, traz estímulos fiscais e de política industrial na direção de melhorar os carros fabricados no País. Enfoque se concentrou em patamar tecnológico, economia de combustível, conteúdo de peças produzidas no Brasil (Mercosul incluído), itens de segurança passiva e ativa, geração de empregos e pesquisas com potencial de gerar inovações. O programa é bastante complexo, entre outras razões, para dificultar contestação em fóruns como Organização Mundial do Comércio. Além de intervencionista e de eleger vencedores e perdedores entre os que estão ou querem participar do mercado brasileiro, deve-se reconhecer que os objetivos são importantes e, se alcançados, representarão um grande salto de atualização. O regime contempla empresas que já produzem, apenas importam ou têm projetos de investimentos. Todas, sem exceção, serão afetadas. Aquelas instaladas há mais tempo poderão cumprir exigências de compras locais com maior facilidade. No entanto, a estratégia de estimular novos fabricantes traz a competição como forma realmente eficaz de alcançar preços menores ao consumidor. Entre as que pretendem investir, houve sensibilidade para atender marcas especializadas em modelos sofisticados. Serão fábricas dimensionadas para até 35.000 unidades anuais, com investimento mínimo de R$ 17.000 por veículo produzido. Haverá índice (obrigatório) menor de compras internas e atrairá, de imediato, BMW e Land Rover, com planos adiantados. Dificilmente, empresas como Audi e Mercedes-Benz deixarão de aderir, mesmo porque existirão cotas sem o superIPI hoje incidente sobre modelos importados. A grande maioria dos importadores também terá cotas, sem IPI extra, proporcionais ao volume médio comercializado entre 2009 e 2011, limitadas a 4.800 unidades/ano. Terão, porém, de investir 0,65% do faturamento líquido em um fundo nacional de desenvolvimento tecnológico, espécie de pedágio por usufruir do mercado interno. Alívio para quem está no negócio, à exceção da Kia, que, sem produção local, enfrentará dificuldades comerciais por seu volume de importações. Um dos pontos mais positivos são as metas de consumo de combustível. O governo foi pragmático e deixou de lado as emissões de CO2, pois há equivalência direta com o consumo. Compulsoriamente, a média dos automóveis de cada empresa terá de diminuir 13,6% até 2017, até atingir a média (cidade-estrada) de 15,9 km/l (gasolina) e 11 km/l (etanol). Há, ainda, meta audaciosa, porém incentivada, com até 2 pontos percentuais de redução de IPI para fabricantes que na média, entre 2017 e 2020, atinjam 17,3 km/l (gasolina) e 12 km/l (etanol). A nova lei deixa dúvidas se o IPI menor deve se repassar aos preços ou servirá de compensação aos investimentos. Como ocorre no exterior, carros econômicos são mais caros: não existe almoço grátis, quando se fala de tecnologia, em geral. Assim, não acredite que a economia de R$ 1.100,00 por ano em combustível, no discurso do governo, seja efetiva, pois dependerá do preço do carro.

RODA VIVA RESULTADOS ruins de vendas em setembro já eram esperados. Além da acomodação natural, depois dos volumes estratosféricos de agosto, o mês passado teve menos quatro dias úteis. Assim, os estoques subiram de 19 para 33 dias, o que diminuiu atrasos nas entregas de alguns modelos. Exportações vão de mal a pior: Anfavea reduziu sua previsão em 2012. ARQUITETURA do carro conceitual Active Tourer, primeiro BMW de tração dianteira apresentado no Salão de Paris, vai gerar até nove modelos diferentes da própria marca e da sua controlada, Mini. Com certeza, um desses carros está nos planos de produção da fábrica catarinense, conforme a coluna antecipou. Será futuro modelo de entrada, a preço abaixo do X1 sDrive 18i. NOVO Mercedes-Benz Classe B corrigiu fraquezas anteriores. Mais baixo e largo, alcança ótimo coeficiente aerodinâmico (Cx) de 0,26. Preço: R$ 115.900 a R$

:: GAZETA DO OESTE :: DIVINÓPOLIS - SEXTA-FEIRA, SÁBADO E DOMINGO 12, 13 e 14/10/12

129.900. Motor turbo, 156 cv/22,4 kgf•m, e caixa de cambio automatizada (duas embreagens, sete marchas), no lugar da insossa CVT de antes, formam bom conjunto. Faltam equipamentos, como ar-condicionado digital. Agora, sistema eletrônico permite entrar e sair de vagas. MITSUBISHI trabalha para lançar, em breve, primeira picape média com câmbio automatizado (uma embreagem), da Magneti Marelli. Estará disponível na Triton com motor flex, quatro cilindros. Fábrica detectou interesse por essa solução mais em conta que automático convencional. QUANDO a Chrysler cortou os preços de seus produtos, recentemente, nada mais fez do que se antecipar ao que estava previsto no novo regime automobilístico. Afinal, possuía informações sobre cancelamento do superIPI. Não faltou quem suspeitasse de absorção de margens de lucro, apontadas por uma revista americana de negócios.

Cami EC 250F, da Gas Gas, será produzida em Contagem

Fotos: Divulgação

Referência na fabricação de motos fora de estrada, a espanhola Gas Gas decidiu lançar mundialmente a Cami EC 250F no Brasil. Desenvolvida ao longo de três anos a pedido do importador – o grupo mineiro Celeghini –, para atender um mercado em ascensão, ela será inicialmente importada a partir de janeiro. Depois, será nacionalizada em uma nova linha de montagem em Contagem ao ritmo de 2.500 unidades/ano, com perspectiva de construção de uma nova fábrica a partir de 2015 para atender a América do Sul.

Vendida também na Europa, a Cami inicia uma nova família de motocicletas com cilindradas distintas. Seu motor é um quatro tempos com 249,6cm³, refrigeração líquida, e 28,5 cv (cavalos) de potência produzido sob encomenda em Taiwan. O farol é emoldurado por uma capa para fixação de números em competições e no quadro não há nem mesmo hodômetro. A partida é elétrica, com opção de pedal. Também do tipo competição, o escape possui um abafador. As rodas são de alumínio, aro 21 na dianteira e 18 atrás.

Leve (pesa 110 kg), a moto conta com um tanque de combustível para 6,3 litros. Assim como outras motos do segmento, a Camig não pode ser

emplacada. O preço ficará em torno de R$ 17.800, dependendo da cotação do Euro no momento da importação, ressalta o grupo Celeghini.

HATCH TURBINADO Depois dos Peugeot RCZ, 3008, 408, 508 e 308 CC, o motor 1.6 THP (traduzindo, turbo de alta pressão) estreia no hatchback argentino 308. Oferecido unicamente na versão topo de linha Felipe com câmbio automático sequencial de seis marchas e potência de 165 cv (cavalos), o modelo será oferecido em três opções de cores: branco banqui-

se, cinza alumínio e vermelho luc. De série, vem equipado com rodas de liga leve aro 17 escurecidas, volante de couro e navegador Vip Nav. As vendas começam logo após o Salão do Automóvel de São Paulo, ainda sem preço confirmado. Desde que o 308 foi lançado no Brasil em março, mais de 7.517 unidades foram vendidas.

AIRBAGS E FREIOS ABS

Uma semana após o Fox 1.6, da Volkswagen, foi a vez da Fiat anunciar a oferta de airbags frontais e freios ABS de série no Uno 1.0 Way 4p, 1.4

Economy e Strada 1.4 Working de cabine dupla. A medida se adianta à obrigatoriedade dos equipamentos de segurança em todos os carros nacionais

DOMÍNIO PAULISTA

A 42 quilômetros da capital mineira, em Nova Lima, cerca de cem duplas movimentaram a 5ª etapa do rali de regularidade Suzuki Adventure. Na categoria Fun para iniciantes, 57 carros largaram da Lagoa das Ingleses. Ao final, os paulistas Carlos Eduardo Cavenaghi e Lucas

Ortega somaram a maior pontuação e levaram o primeiro lugar. O Suzuki Jimny, de Celso e Belen Macedo, também de São Paulo, ficou na primeira posição entre os nove carros da categoria Pro. Estreante, Carlos Edward Campos, de Belo Horizonte, faturou a Extreme.

produzidos a partir de janeiro. Na picape, outra novidade é a adição de travas e vidros elétricos. Em contrapartida, o preço dos modelos ficou R$ 1 mil mais

caro. O Uno 1.0 Way parte de R$ 27.890, seguido de R$ 27.460 e R$ 29.180 para a versão 1.4 com duas e quatro portas, e R$ 39.940 da Strada.

PARA MOTOFRETE

Concorrente direta da CG 150, a Dafra Riva ganha uma nova versão voltada à atividades de motofrete. Denominada Cargo – a exemplo da variação da Honda –, a moto manteve a lista de equipamentos da Riva steet com o acréscimo de antena protetora,

protetor para pernas e suporte de baú para atender a resolução 356/10 do Conselho Nacional de Trânsito (Contran). Ao preço de R$ 5.490, ela é oferecida apenas na cor pérola. O motor é um monocilíndrico arrefecido a ar, de 149cm³ e 12,1 cv a 8.250 rpm.


Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.