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Economia

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Terça-feira, 18 de fevereiro de 2014 Diário do Amazonas | visite D24am.com

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Financiamento do BNDES no AM cresce 11% com R$ 1,1 bi O Amazonas concentrou 8,19% do valor aplicado na Região Norte, em 2013 TEXTO Henrique Saunier FOTO Raimundo Valentim MANAUS

Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) desembolsou R$ 1,12 bilhão para projetos empresariais no Amazonas, em 2013. O montante foi 11,2% superior ao de 2012 e 40% do valor foi destinado ao comércio e serviços, ou R$ 455,4 milhões. Nos últimos dez anos, o total aplicado no Estado ultrapassou R$ 10,3 bilhões. De acordo com o balanço divulgado pelo BNDES, o Amazonas foi responsável por 8,19% de todo o valor aportado na Região Norte, que por sua vez, respondeu por R$ 13,7 bilhões dos R$ 190,4 bilhões operados pelo banco em todo o País. A indústria local financiou R$ 447 milhões em projetos, em 2013, com um aumento de 104,9% em relação a 2012. Os segmentos de petroquímica e mecânica foram os grandes responsáveis pela evolução. Para o vice-presidente da Federação das Indústrias do Estado do Amazonas (Fieam), Nelson Azevedo, as linhas de financiamento variadas e as taxas acessíveis são os principais atrativos do BNDES. “Muitas empresas estão migrando para eles. Como é um financiamento de longo prazo voltado para máquinas e equipamentos, acaba abrigando uma gama vasta de produtos que podem ser financiados, por isso, as indústrias estão mais voltadas para esse lado do investimento”, ressaltou Azevedo. O setor de infraestrutura absorveu R$ 220,1 milhões distribuídos em 708 projetos. O montante financiado com este fim apresentou uma queda de 06,4%. Mais de R$ 128 milhões foramdestinados aprojetos envolvendo o transporte rodoviário,enquantoos serviços de utilidade pública e telecomunicações tiveram investimentos da ordem de R$ 15,2 milhões e R$ 13,3 milhões, respectivamente.

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RECURSOS

Nos últimos dez anos, o total aplicado no Estado ultrapassou R$ 10,3 bilhões

O setor industrial financiou R$ 447 milhões para máquinas, equipamentos e instalações, mais do que o dobro do crédito tomado no ano anterior

Nelson Azevedo. Vice-presidente da Fieam Como é um financiamento de longo prazo voltado para máquinas e equipamentos, acaba abrigando uma gama vasta de produtos que podem ser financiados”.

Apesar de apresentar o maior crescimento entre todos os setores, de 184%, o segmento agropecuário foi o com menor desembolso, de R$ 4,2 milhões, em 2013. No ano imediatamente anterior, o setor primário no Amazonas havia emprestado R$ 1,5 milhão. Ao todo, o Estado apresentou 8,1 mil operações de financiamento no BNDES, em 2013, uma evolução de aproximadamente 10%. No fim do ano passado, o BNDES revisou as condições oferecidas em seus financiamentos. De maneira geral, os setores considerados mais prioritários passaram a contar com os menores custos financeiros e maior nível de participação do Banco. Na área indus-

trial, as prioridades serão a produção de bens de capital, os setores intensivos em engenharia e conhecimento e a economia criativa. Na área de infraestrutura, as melhores condições são oferecidas para infraestrutura logística e energética, com custos financeiros reduzidos e maior nível de participação.

Novamed Dentre os destaques de projetos aportados com recursos do BNDES no Amazonas está o financiamento de R$ 190,2 milhões para implantação de uma unidade da empresa Novamed, do grupo controlador da EMS, voltada para a produção de medicamentos sólidos em Manaus. A operação aconteceu no

âmbito do programa de Apoio ao Desenvolvimento do Complexo Industrial da Saúde (BNDES Profarma). A inadimplência do sistema BNDES, em 2013, foi de 0,02% e, segundo o banco é a mais baixa do setor financeiro brasileiro, além de ser a menor obtida nos últimos cinco anos pela instituição. “O resultado reflete a robustez da carteira de crédito e repasses do Banco e apresenta-se bem inferior à média do Sistema Financeiro Nacional, de 3,3% (em setembro de 2013), de acordo com dados divulgados pelo Banco Central. Em dezembro de 2012, a inadimplência do BNDES estava em 0,06%”, avaliou o BNDES em comunicado oficial.

IBPT aponta que folião paga até 76% de tributo no carnaval Um levantamento do Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação (IBPT) mostra que a incidência de impostos em produtos muito consumidos no carnaval chega a 76,6% de seus preços. A maior carga tributária é a da caipirinha (76,6%). As bebidas alcoólicas e o cigarro estão entre os produtos com a maior carga tributária. Outros itens de carnaval também apresentam elevado imposto, como o colar havaiano (45,96% de tributos), fantasia de tecido (36,41%), spray de espuma (45,94%), máscara de plástico (43,93%), apito (34,48%), pandeiro (37,83%) e confete e serpentina (43,83%) também sofrem com as taxações. Para acompanhar de perto os desfiles das escolas de samba, o brasileiro desembolsará até 36,28% em tributos embutidos no valor do pacote que inclui a hospedagem, o ingresso e o transporte até o Sambódromo. Segundo o presidente-executivo do IBPT, João Eloi Olenike, “no Brasil, tributa-se mais o consumo do que a renda, o que acaba impedindo que as famílias brasileiras consumam mais e melhor, ainda mais em uma data tão propícia quanto o carnaval”. Raimundo Valentim

A bebida alcoólica lidera a alta carga tributária ao cidadão


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