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Segunda-feira, 28 de novembro de 2011 Diário do Amazonas | visite D24am.com

Oposição vai pedir nova ida do ministro Lupi à Câmara Deputados querem que ele esclareça denúncias das revistas Veja e IstoÉ

CRÍTICA

Vaccarezza: com o imposto sindical, o pedido de novos sindicatos virou uma indústria

Sindicalista disse às revistas Veja e IstoÉ que um servidor do Ministério do Trabalho, subordinado de Carlos Lupi, pediu R$ 1 milhão para liberar a criação de um novo sindicato em São Paulo

TEXTO Agência O Globo FOTO Fabio Rodrigues Pozzebom/ABr BRASÍLIA

A

oposição quer novas explicações do ministro do Trabalho, Carlos Lupi, sobre suposto esquema de pagamento de propinas para autorização de criação de novos sindicatos. Na edição desta semana, as revistas Veja e IstoÉ trazem depoimentos do sindicalista Irmar Silva Batista, em que ele acusa assessores de Lupi de terem cobrado R$ 1 milhão para autorizar a

criação do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Reparação de Veículos e Acessórios do Estado de São Paulo. O ministério informou que o registro sindical foi negado em 2008 por questões técnicas. O DEM vai exigir que Lupi seja ouvido pela Comissão de Fiscalização e Controle da Câmara na próxima quarta-feira. O pedido de convocação de Lupi já tinha sido aprovado, mas sem data. Já o PSDB quer explicações do governo sobre as denúncias. Isso porque o sindi-

FRASE

Cândido Vaccarezza. Líder do governo Essa denúncia (das revistas) não para em pé” Defendendo Carlos Lupi.

calista disse que enviou carta à presidente Dilma Rousseff e ao ministro da Secretaria Geral da Presidência, Gilberto Carvalho, relatando o caso. Os partidos querem ainda explicações sobre informação da ‘Folha de S. Paulo’ de que Lupi foi funcionário fantasma da Câmara de 2000 a 2006. Ele tinha cargo de confiança na liderança do PDT, sem despachar na Câmara. O líder do governo na Câmara, Cândido Vaccarezza (PT-SP), minimizou as denúncias: “Essa denúncia (das revistas) não para em pé”.

Para Kassab, decisão judicial que bloqueou os bens dele é um problema técnico e não moral O prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab (PSD), disse, no último sábado, que a decisão da Justiça de bloquear os seus bens por causa de irregularidades no contrato do programa de inspeção veicular não se trata de “um problema moral e sim técnico”. “É pública a divergência entre Ministério Público e

prefeitura em relação a esse programa. E isso não é segredo para ninguém. Não é uma denúncia no campo moral, não se falou em desvio (de dinheiro) e sim em divergência no campo administrativo. O Ministério Público diz que esse contrato com a Controlar não é adequado nem correto e a prefeitura acredita que é”,

afirmou Kassab, que estava em Paris quando ocorreu a decisão da Justiça. O prefeito afirmou ainda acreditar que a decisão judicial será revertida. “ Tenho certeza que o Judiciário vai entender a postura da prefeitura e a importância e a seriedade desse programa. As divergências, que se sustentam há dois anos,

estão relacionadas à licitação porque não entendemos que há irregularidades nesse processo”. Na ação, o Ministério Público pedia também o afastamento do prefeito do cargo. A Justiça negou o pedido. O prefeito garantiu estar tranquilo com relação a sua permanência no comando da cidade.

Encontro para aliança PT-PMDB no Rio acaba em tensão Em vez de celebrar a aliança anunciada previamente entre PT e PMDB para as eleições municipais de 2012, a reunião do diretório do PT do Rio realizada sábado foi marcada por um mal-estar causado pelo discurso do deputado federal Alessandro Molon, candidato pelo PT nas últimas eleições à Prefeitura do Rio. Ele se declarou publicamente contra o apoio à reeleição do prefeito Eduardo Paes (PMDB). O vereador e líder do governo na Câmara, Adilson Pires (PT), será candidato a vice. Ao ser convidado para compor a mesa para o anúncio da aliança, Molon, que defendeu candidatura própria, recusou: “Discordo completamente dessa aliança. O PT está cometendo um erro gravíssimo, e não há legitimidade nessa deliberação. Vou debater nas instâncias do partido até o fim”. O presidente do diretório municipal do PT, Alberes Lima, rebateu: “Há quatro anos, fizemos o mesmo pelo Molon, que, no momento, aceitou as regras do jogo”, disse, referindo-se ao apoio do PMDB à candidatura do deputado; o apoio foi anunciado, mas não foi à frente em 2008. À época, o governador Sergio Cabral chegou a abandonar a pré-candidatura de Paes às eleições municipais para apoiar Molon. O nome cogitado para vice era o do presidente estadual do PMDB, Jorge Picciani. No evento de sábado, Picciani alfinetou o deputado petista. “Será que a aliança se desfez porque PMDB e PT não cumpriram, ou porque aquele que recebeu a tarefa de representar o PT não estava à altura?”, questionou. Por telefone, Molon respondeu à provocação: “De fato,houve umproblemade altura. Queriam que eu me curvasse, mas fiquei de pé. Não concordo com a gestão de Paes, um projeto político conservador. A base do PT vai questionar a aliança”.


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