Diário do Amazonas Terça-feira, 12 de julho de 2011
26 >> VENCER
MAICON DEVE SER A NOVIDADE NA SELEÇÃO BRASILEIRA CONTRA O EQUADOR. ROBINHO TAMBÉM PODE VOLTAR
MUDAR PARA SE SALVAR O técnico Mano Menezes decidiu mudar a Seleção Brasileira para o decisivo jogo contra o Equador, nesta quarta-feira, pela última rodada da fase de grupos da Copa América.
M
aicon entra no lugar de Daniel Alves na lateral-direita. O resto do time é o mesmo que empatou com o Paraguai por 2 a 2, no sábado (9). Uma segunda alteração, cogitada pelo treinador, será a entrada de Robinho no lugar de Jadson. Mas essa escalação será definida minutos antes da partida. Se confirmar o retorno de Robinho, o treinador retomará a formação ofensiva que empatou com a Venezuela, na estreia, em 0 a 0. O atacante jogará ao lado de Pato e Neymar, sob a armação de Paulo Henrique Ganso. Jadson volta ao banco de reservas após formar dupla de armação com Ganso diante do Paraguai. Com as mudanças, Mano dá a sua primeira chance a Maicon, que era titular absoluto com Dunga e vinha amargando a reserva. O jogador é um dos mais incomodados com a condição de coadjuvante na Copa América da Argentina, evitando até falar com a imprensa. Já Daniel Alves falhou no segundo gol dos paraguaios e está ameaçado. Depois de ver Jadson jogar contra o Paraguai e marcar o primeiro gol da Seleção na Copa América, Robinho voltou a ter espaço. Diantes dos paraguaios, o atleta do Milan sequer entrou. A sobrevida, porém, vai depender de seu desempenho nos treinos até o jogo desta quarta-feira. Mano promoveu as mudanças na equipe titular na segunda parte de um coletivo realizado em campo reduzido. Quando Maicon entrou na equipe, Neymar passou a cair mais pela direita, fortalecendo o setor ofensivo. Coincidentemente, os laterais da Seleção pouco apoiaram o ataque contra o Paraguai e na estreia diante da Venezuela. Assim, o time titular deve ser: Julio Cesar; Daniel Alves (Maicon), Lúcio, Thiago Silva e André Santos; Lucas Leiva, Ramires, Robinho e Ganso; Neymar e Pato.
Daniel Alves (no centro) deve ficar no banco de reservas contra o Equador. Técnico optou por Maicon nos treinos da Seleção / Foto: Ricardo Stuckert/CBF
& AUTOCRÍTICA
Ganso seculpapor passes errados O meia Paulo Henrique Ganso participou das jogadas dos gols da Seleção Brasileira no empate por 2 a 2 com o Paraguai, mas revelou ainda não estar satisfeito com seu rendimento na competição. Nessa segunda-feira, o jogador do Santos avaliou que ainda precisa evoluir e errar menos passes. “A minha autocrítica é que tenho errado muitos passes na hora de deixar os atacantes na cara do gol”, avaliou Ganso, ressaltando que acredita ter se saído melhor diante do Paraguai do que na estreia na Copa América, quando o Brasil também empatou com a Venezuela. “Não sei quanto, mas sei que melhorei bastante, quero continuar evoluindo na quarta-feira (contra o Equador)”, disse.
Seleção menos individual e mais coletiva Zagueiro que gosta de avançar ao ataque, o capitão Lúcio admite que a Seleção Brasileira ainda não se encontrou na Copa América. O jogador reconhece que o Brasil não irá longe no torneio se confiar apenas no talento dos destaques individuais. “A gente tem que preservar a seriedade e o comprometimento. O símbolo na frente da camisa é mais importante do que o nome que fica atrás. Estamos representado uma nação, todos que estão aqui deixaram de tirar férias. Ninguém vem aqui para brincar”, afirmou Lúcio, ontem, ao cobrar menos firula e mais seriedade dos atacantes. Lúcio ressaltou que os jogadores precisam mostrar na Seleção porque mereceram ser convocados e avaliou que não se deve defender a equipe apenas pela vitrine que ela representa. “Cada um tem que dar o seu máximo, o seu melhor, dentro do campo não vai mudar o fato de ter experiência ou não. Cada um tem que mostrar porque está na Seleção. Aqui não é só uma vitrine mundial”, disse. O capitão criticou o excesso de individualismo e alertou que a
Lúcio cobrou comprometimento dos jogadores / Foto: Fabrice Coffrini/AFP
equipe só vencerá se o conjunto funcionar bem. “Somos uma equipe e não são dois ou três que vão fazer a diferença. Temos que estar bem como conjunto, que é sempre o mais forte da Seleção”, afirmou. O zagueiro pediu para a equipe jogar com mais seriedade e culpou a falta de cuidado do sistema defensivo pelos gols feitos pelo Paraguai no empate por 2 a 2 de sábado. “Acredito que nossa equipe arriscou
demais na defesa, onde é preciso jogar mais sério”, analisou. Lúcio admitiu que a ansiedade pode afetar o desempenho dos jogadores menos experientes, mas minimizou o risco de eliminação na primeira fase. “Acredito que é normal os mais novos terem um pouco mais de ansiedade. Depende somente da gente, seria mais difícil se dependêssemos do outro resultado”, comentou.