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Arthur Neto aponta buracos e lixo como pri Desafio: novo prefeito se prepara para assumir uma cidade esburacada, com uma coleta de lixo deficitária e iga TEXTO Annyelle Bezerra FOTOS Eraldo Lopes e Tiago Corrêa MANAUS

leito prefeito de Manaus com 65,95% dos votos válidos, no último domingo (28), Arthur Virgílio Neto (PSDB), após a posse, enfrentará desafios emergenciais de infraestrutura da cidade e oferta de serviços básicos. Ruas esburacadas, entulhos nos igarapés e coleta de lixo ineficiente, foram escolhidos com a prioridade da nova administração nos primeiros cem dias de governo. Suspenso em toda a cidade, desde junho deste ano, por falta de verba, o serviço de tapa-buracos obriga proprietários de automóveis e usuários do transporte coletivo a arcar com manutenções caras e aceitar a mudança de itinerário dos ônibus impedidos de acessar as vias intrafegáveis. No último dia 28 de agosto, o número elevado de buracos nas ruas dos bairros Santa Inês, Nova Vitória e Nova Floresta, na zona leste, levou os moradores revoltados a fechar o acesso ao Distrito Industrial 2, como protesto. Na época, segundo a líder comunitária Maria Regina, 37, a Secretaria Municipal de Infraestrutura (Seminf) informou que, “não havia asfalto e apenas depois das eleições o serviço seria realizado”. Em vias principais das zonas norte, leste e centro-oeste, como Grande Circular 2, Margarita, 7 de Maio, Iguatú, Gurupi, Mantiqueira, Mirra e Rua 5, ondulações e crateras geram congestionamentos diários nos horários de pico. Em março deste ano, questionado sobre o problema, o próprio subsecretário da Seminf, Sérvio Túlio, assumiu a precariedade do asfalto de Manaus e informou serem necessários 12 anos e R$ 1,5 bilhão para recapear as 14 mil vias da capital. “Sou técnico e sei que estou fazendo um trabalho que não resolve de fato a situação, mas foi uma decisão do próprio prefeito”, afirmou justificando

E

AÇÃO

O plano será detalhado no dia 10 de janeiro, segundo o prefeito eleito

MET

01 a prática de tapa-buracos.

Lixo Alvo de denúncias recentes envolvendo o poder público municipal, o serviço de coleta de lixo, associado à paralisação de 600 funcionários da empresa Enterpa Engenharia Ltda., em setembro e acúmulo de 800 toneladas de lixo, nas ruas em apenas uma manhã, é outro problema que se arrasta, desde dezembro de 2011 e causa descontentamento à população. Mesmo com o montante de R$ 81 milhões pago pela Prefeitura às duas prestadoras do serviço, até agosto deste ano, sendo que deste R$ 21 milhões à Enterpa. A empresa era acusada por funcionários de atrasar salários e benefícios como vale-transporte e alimentação, deixando descobertas as zonas norte e leste, as mais populosas de Manaus. No último dia 26, nos bairros Tancredo Neves e Grande Vitória, na zona leste, morado-

res denunciaram ao DIÁRIO que a coleta vinha sendo feita em dias alternados. Com residência na Travessa B 13, do bairro Grande Vitória, a dona de casa, Ivone Pi-

nheiro, 45, disse que a coleta do lixo vinha sendo realizada um dia sim e quatro não, sendo obrigada monitorar a passagem do caminhão. “Cheguei a questionar os li-

xeiros e eles me disseram que essa falta de coleta regular vem acontecendo, porque os carros coletores vivem quebrados. Agora tenho que guardar os lixos em casa”, reclamou.

DESCASO

De PETs a colchões jogados nos igarapés Consideradapeloprefeitoeleito Arthur VirgílioNeto umadas três prioridades danovaadministração municipal,a retiradadeentulhos dos igarapés deManaus representa um outrodesafio. Emigarapés comoodoFranco, Educandos,Cachoeirinha, Petrópolis,CoroadoedoPassarinho, localizados nas zonas centro-oeste, sul,lesteenorte, respectivamente, galhos deárvores,garrafas PETs, colchões eatécascos defogão poluemaáguaecontribuemparao desenvolvimentodedoenças. NobairroCompensa, zonaoeste, cortadopeloIgarapédoFrancoaté oSantoAgostinho,moradores

afirmam queolixo vemdeoutros bairros eacabadesaguandono igarapéprincipal. “Já vigentejogar sacolas delixoaídentro”,contou o desempregadoMárioJorge,52, morador dobairrohá40 anos. Noiníciodestemês,nos igarapés do Educandos eCachoeirinha, zona sul, alémdas jácomuns garrafas pets, colchões denunciamodescasocom os mananciais. JáemPetrópolis moradores lembramcomnostalgia aépocaem queos rios representavamfontedelazer paraa população. “Chegueiapescar nesseigarapé. A águaeralimpinha. Infelizmente,o povonão zela,deveria se

conscientizar”,lamentou o aposentadoCláudioPereira,83, que há 72 anos moranobairro. Agravadacomaproximidadedo períodochuvoso,previstopara ocorrer apartir dessemês,a presençadeentulhos nos igarapés, preocupa todos os anos moradores próximos aos igarapés. NobairroJorgeTeixeiraetapas 2, 3 e 4,na zonaleste, umdos mais prejudicados comachegadado inverno,perdas demóveis,picadas deanimais peçonhentos edoenças transmitidas pelaáguacontaminada provenientedachuvaedo entupimentodos bueiros já provocampâniconos moradores.

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