Janeiro 2017

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newsletter janeiro|2017

nº 10 neste número

Editorial Como tudo começou e o que fazemos hoje Janeiro em destaque Um dia na vida de ... Testemunhos Os nossos heróis Conselhos sobre saúde Agenda de fevereiro

Os 7 Princípios Fundamentais da Cruz Vermelha HUMANIDADE, IMPARCIALIDADE, NEUTRALIDADE, INDEPENDÊNCIA, VOLUNTARIADO, UNIDADE E UNIVERSALIDADE.

HUMANIDADE IMPARCIALIDADE INDEPENDÊNCIA NEUTRALIDADE VOLUNTARIADO

UNIDADE UNVERSALIDADE


Editorial

Editorial

Duarte Machado Presidente Cruz Vermelha Portuguesa Delegação de Setúbal

Gosto, alegria, sorrisos nos lábios e orgulho pelo que se faz. O ano que terminou, como sempre acontece, deixou-nos um misto de bem-estar pelo dever cumprido e alguma frustração pelos sonhos ainda não concretizados. O sentimento de bem-estar nasce não só das acções que desenvolvemos a favor dos que nos procuram, mas também pelo estreitar das relações de amizade entre nós, Equipa da Cruz Vermelha de Setúbal. É deveras gratificante ver tanto trabalho efectuado com gosto, alegria, com sorrisos nos lábios e orgulho pelo que se faz. Destaco algum do trabalho desenvolvido: o aumento do número de pessoas ajudadas pela equipa de emergência devido, em parte, à aquisição de duas viaturas, participação em festivais gastronómicos para angariação de fundos para as nossas actividades e que envolveram tantos voluntários; participação no Programa Nosso Bairro, Nossa Cidade tentando melhorar a saúde e bem estar em colaboração com outras instituições nossas parceiras; inauguração do novo Posto de Enfermagem da Terroa, envolvimento em grupos de trabalho para potenciarmos os nossos esforços em prol do outro e, a não esquecer, a edição desta newsletter que nos permitir comunicar o que fazemos. Muito mais fizemos mas o espaço é curto.

De entre os sonhos ainda não materializados, aflige-nos sobretudo, o abandono de muitos dos nossos idosos que estão sós. É nossa intenção num futuro próximo, ter uma linha telefónica dedicada para que possam contactar com um psicólogo ou assistente social da Cruz Vermelha que esteja disponível só para eles. Isto implica não só a contratação de um profissional adequado, como a disponibilização dos telefones aos idosos. Também consideramos vir a ter um profissional a tempo inteiro que possa visitar regularmente essas pessoas em isolamento. Claro que estas acções acarretam custos que não podemos suportar, mas confiamos na boa vontade e no bom coração de alguns mecenas que iremos contactar. .

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newsletter Editorial

Hoje, além de prestadores sociais, temos também de ser lutadores sociais, lutar para que a filantropia de tanta gente não fique confinada por uma questão emocional ou pela constante aparição nos meios de comunicação social, nomeadamente nas televisões, a umas poucas instituições possuidoras de enorme riqueza e que acabam por ser meros distribuidores das dádivas de muita gente generosa. Temos de lutar e tornarmo-nos altruístas eficazes. Como bem diz Peter Singer, o grande filósofo australiano, o altruísmo eficaz está a dar origem a um movimento emergente repleto de entusiasmo, baseado na ideia de que devemos fazer o maior bem que pudermos. É fundamental não esquecer que, se é verdade que temos de acorrer e ajudar aqueles que estão mais perto de nós, é bom que tenhamos presente os terríveis números da Fome pelo mundo. Por ano, mais de três milhões de crianças morrem em consequência da fome e das doenças – tosse, diarreia, rubéola, malária – que a fome favorece e que seriam apenas simples episódios na vida de uma criança bem alimentada. Três milhões de crianças por ano, são oito mil

crianças por dia e um pouco mais de trezentas por hora. São números arrepiantes que ferem o coração, ainda mais sabendo nós que 10% da fortuna dos oito homens mais ricos do mundo resolveria esta catástrofe humana, ou que o desperdício alimentar só nos Estados Unidos (alimentos que vão para o lixo) seriam suficientes para acabar com o problema. Anualmente, em formas diferentes, a fome epidémica afecta 50 milhões de pessoas. Parece muito e é muito, contudo não é nada comparado com a malnutrição estrutural que afecta dois mil milhões de pessoas. Em todas as situações de catástrofes naturais e humanas, como por exemplo na Ucrânia, na Síria, no Haiti, é ver os inúmeros voluntários da Cruz Vermelha Internacional na luta pela ajuda a essas populações. É por isso uma enorme honra pertencer a esta Instituição Internacional e fazer parte desta brilhante equipa da Cruz Vermelha de Setúbal. Desejamos a todos que o ano de 2017 seja mais justo, humano e harmonioso! O autor deste texto não escreve segundo o novo Acordo Ortográfico.

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Editorial

Como tudo começou

“Os primeiros anos da delegação de Setúbal da Cruz Vermelha Portuguesa (1915-1919)” Por Diogo Ferreira ( Investigador em História Contemporânea pela Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa)

Na sua edição de 21 de Novembro de 1915, o jornal local A Justiça saudava a sessão preparatória, no teatro Luísa Todi, para a formação duma delegação em Setúbal benemérita instituição que é a Cruz Vermelha. Presidida a mesa pelo político César de Bastos Romano Baptista, Martins dos Santos foi o grande destaque da tarde através do seu discurso onde “fazendo a apologia da Cruz Vermelha e expondo brilhantemente a obra humanitária e os milhares de benefícios que esta briosa sociedade traz ao mundo civilizado, demonstrou claramente a grande utilidade que um posto de socorro estabelecido em Setúbal, trazia aos habitantes desta laboriosa cidade”. Existiu, não obstante, uma primeira tentativa na criação duma delegação em Setúbal, em 1911, proposta pela direção central da Cruz Vermelha numa sessão a 19 de Abril daquele ano. A delegação de Setúbal desta instituição benemérita foi oficialmente reconhecida a 18 de Janeiro de 1916, após a recolha de todas as assinaturas, pelo então presidente nacional, o almirante Domingos Tasso de Figueiredo. A visita à cidade do Sado, em Maio, do corpo activo de Lisboa, sublinhou o carácter institucional e oficial da organização. Em virtude de ambas as corporações de bombeiros locais possuírem uma velha rivalidade política, a direção da

recém-criada delegação rejeitou a oferta de dois espaços para a sede. Após a eleição dos corpos gerentes, a 5 de Fevereiro de 1916, o Dr. João Severo Duarte da Silveira (1872-1944) presidiu à 1ª direção, tendo como secretário Leonardo d’Apresentação Gomes e como tesoureiro Leonardo dos Santos Borges. Foi criada, uns dias depois, uma ambulância, estando inscritos 25 membros e 5 reservas, destacando-se o nome do jovem médico Dr. Galiano Esteves Vieira d’Abreu (1891-1969), oficial setubalense equiparado no Corpo Expedicionário Português. “Nascido a 17 de Outubro de 1872 em Cedofeita, foi autor da obra Breve estudo sobre a higiene do marinheiro (1897). O seu prestígio é demonstrado pela presidência, entre 1912-1913, do Club Setubalense. Apesar de tudo parecer estar a correr bem, os problemas para esta delegação foram fomentados após a declaração de guerra alemã a Portugal, a 9 de Março de 1916, visto que vários jovens maqueiros foram mobilizados para a França e para a Flandres para combaterem na Grande Guerra, partindo ao longo do ano seguinte.

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newsletter Como tudo começou

Simultaneamente, o presidente Dr. João da Silveira foi colocado numa repartição da Marinha, ficando a delegação sem nenhum médico depois da partida do Dr. Galiano Abreu. As dificuldades são evidentes no tom do secretário da delegação: “Com franqueza num caso destes não sei o que fazer, e só V. Exa. me poderá elucidar sobre o que devo a seguir.” As eleições para o triénio 1917-1919 definiram um novo corpo para a 2ª direção, ficando António Joaquim Vieira da Silva na presidência, Luís Lança como secretário e mantendo-se Leonardo dos Santos Borges no cargo de tesoureiro. As boas notícias surgiram no ano da gripe pneumónica (1918) quando a Misericórdia de Setúbal arrenda, pela primeira vez, o espaço onde ainda hoje é a sede da delegação local. No quadro de uma das mais graves epidemias da História, que ceifou a vida a quase 700

setubalenses, a actividade humanitária da Cruz Vermelha surgiu através do pedido do administrador do concelho para que acompanhassem os médicos às pequenas povoações locais, no empréstimo do «camion» do presidente da delegação para o transporte dos médicos e no apoio dos maqueiros restantes no único hospital existente na época. O Presidente da C.V.P. deu vários votos de louvor e medalhas ao corpo activo da delegação pela “coragem, disciplina e desinteresse pela própria vida com que trabalharam durante as epidemias de varíola e bronco-pneumonia que grandemente grassaram nesta cidade”. Após o debelar das epidemias, a delegação cresceu muito em sócios, passando de 167, em Janeiro de 1917, para 534 em Abril de 1919.

Fotografia dos primórdios da Delegação de Setúbal da Cruz Vermelha Portuguesa

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Editorial

O que fazemos hoje

Muito mudou desde então... e felizmente, em Portugal, não se vivem situações de guerra há já longos anos! A preparação constante das suas equipas de voluntários e os recursos necessários para fazer face a catástrofes continua a ser uma prioridade. Nunca se sabe quando será necessário atuar nesta área. Assim, trabalhamos muito a nível interno, investindo na formação das nossas equipas e tentando angariar os meios de suporte. A Coordenação Local de Emergência é o departamento que gere toda esta vertente nas suas várias valências. Uma equipa de 12 colaboradores e de 76 voluntários assegura diariamente o transporte de doentes urgentes, sendo reserva do INEM, e de não urgentes (transportes programados para transferências hospitalares, consultas, hemodiálise e fisioterapia) num total de 950 pessoas, transporte escolar para 12 alunos com necessidades educativas especiais e remoção de cadáveres. Asseguramos ainda apoio a eventos de caráter desportivo e outros e fazemos parte da Equipa do Centro Municipal de Operações de Socorro, que atua 365 dias/ano, 24/24h. Periodicamente efetuamos recruta que assegura o treino necessário a novos voluntários e colaboradores. Outra área, em que somos sobejamente reconhecidos, é a Formação e Ensino de Socorrismo, aberto a toda a população, vocacionado para empresas e outras i

nstituições, em que são ministrados os conhecimentos necessários para atuação em caso de emergência. Mas não ficámos por aqui. A emergência social e as situações e privações que parte da nossa população enfrenta e a consciência e vontade de fazer algo para minimizar esse sofrimento, levou a Delegação de Setúbal, ao longo da sua existência, a abraçar novos desafios, que vão desde a saúde, a educação, o desporto e o apoio social. NA ÁREA SOCIAL, que os idosos em isolamento, sobretudo nas zonas mais periféricas da cidade, necessitariam da nossa intervenção. Nasce assim o 1º protocolo com a Segurança Social, de Serviço de Apoio Domiciliário (SAD) a idosos e/ou dependentes, numa fase inicial em 1998, apenas apoiando 25 utentes e passando a apoiar 35 utentes em 2004. Os apoios prestados vão de higiene pessoal a habitacional ao tratamento de roupa e à entrega de refeições. Ainda há lugar a pequenas diligências necessárias aos utentes como seja o acompanhamento a consultas médicas, e realização de atividades de carácter lúdico e de convívio intergeracional aos idosos apoiados, prestando ainda apoio psicológico aos seus utentes.

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newsletter O que fazemos hoje Entrevista

A Delegação da Cruz Vermelha participa no Grupo EnvelheSeres, um projeto de diversas instituições de solidariedade social do Concelho de Setúbal de Apoio à Terceira Idade , com promoção de atividades de animação no sentido de estimular a participação social das pessoas idosas e, simultaneamente, contribuir para a sua autonomia e autoestima, sensibilizando também a comunidade local para as questões inerentes ao envelhecimento da população. Para que possamos desenvolver a nossa ação, procedemos a candidaturas várias que possam financiar alguns dos nossos muitos sonhos. De uma destas candidaturas surge o Projeto Cozinha + Solidária, com o apoio da Missão Continente para promoção do combate à fome e má nutrição e consequente aumento de doenças associadas, resultante das dificuldades económicas atuais das famílias.É um espaço social com carácter inovador, com refeições prontas a levar, a baixo custo e catering social.

bens alimentares, roupa e calçado, artigos de casa, livros escolares, material escolar bem como jogos e brinquedos. Fornecemos ainda apoio na procura de emprego e fazemos o encaminhamento para outras instituições sociais com outras respostas sociais. Participamos num Projeto da Sede Nacional “Portugal+ Feliz”, em que apoiamos algumas pessoas que se encontrem em situação de grande fragilidade, sendo ainda padrinhos da Escola Básica dos Pinheirinhos, onde acarinhamos muito os nossos meninos!

Para apoiar cada vez mais famílias, contamos com a generosa oferta dos Nossos Mecenas , de bens de ordem diversa, que entregamos a indivíduos e cerca de 50 famílias carenciadas -

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Editorial

O que fazemos hoje

ÁREA DA SAÚDE O Posto de Enfermagem na baixa setubalense ainda hoje é muito conhecido e presta serviço a muitos habitantes. No presente, a nossa cobertura de Enfermagem é já considerável, dado determos dois Postos: um na zona central da cidade e outro numa zona mais periférica. Belavista, Alameda das Palmeiras, Forte da Belavista, Quinta de Santo António e Manteigadas abrangendo um universo de cerca de 6.700 pessoas, assentando no princípio de que todas as ações deverão ser protagonizadas pelos próprios, no sentido de promover a autonomia e responsabilidade.

Com a desativação do Posto de Saúde de S. Sebastião, mais conhecido pelo Posto da Terroa, a população daquele bairro deixou de acesso rápido a alguns cuidados primários. Com a candidatura aprovada do “Movimento Mais Para Todos”, e da já longa experiência da Delegação na área da saúde, surge a possibilidade de capacitação de um Posto de Saúde nesse local Projeto “+ Saúde para Todos” que, no período da manhã funciona como Posto de Enfermagem e, no período da tarde, realiza Workshops sobre saúde e cuidados básicos.

Isto leva-nos a outra grande aposta desta Delegação - o trabalho em parceria com as entidades de relevo da nossa comunidade. Sem conjugarmos esforços não atingimos os objetivos nem servimos bem a comunidade.

Participamos no Conselho Local de Ação Social de Setúbal (CLASS) e Núcleo Executivo do Conselho Local de Ação Social de Setúbal (NCLASS).

Tudo o que fazemos tem como objetivo minorar as dificuldades e proporcionar melhores condições de vida à população mais necessitada, sejam eles adultos, crianças, jovens ou idosos.

Colaboramos no Programa “Nosso Bairro, Nossa Cidade” e integramos a equipa que desenvolve a vertente de promoção da saúde. Este Projeto pressupõe uma intervenção integrada na área da saúde no Bairro da Belavista, com diversos parceiros. Envolve os moradores dos bairros da

Esta é a nossa Missão! Queremos fazer mais e melhor! Rita Ferreira Cruz Vermelha Portuguesa Delegação de Setúbal

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newsletter Janeiro em destaque

Cruz Vermelha visita a Escola das Manteigadas

O Dia de Reis ficou marcado pela visita da nossa Delegação à Escola Básica das Manteigadas. E que melhor forma de passar o dia do que com abraços, sorrisos e muita alegria? Obrigada por fazerem parte das nossas vidas!

(...) sempre que um homem sonha o mundo pula e avança como bola colorida entre as mãos de uma criança. In Pedra Filosofal, António Gedeão

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Janeiro em destaque Entrevista

Sorteio do Cabaz de Reis

E a vencedora do nosso Cabaz de Reis foi a nossa querida Voluntária Ana Paula Lopes . Parabéns! Um agradecimento a todos os amigos, parceiros e colaboradores que participaram! O dinheiro angariado com este sorteio será para ajudar as 50 famílias que apoiamos na construção de uma vida mais digna.

Bem hajam!

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newsletter Janeiro em destaque

A Cruz Vermelha apoia os Jogos da Liga NOS A Delegação de Setúbal da Cruz Vermelha continua a apoiar os jogos da Liga NOS e no dia 30 de janeiro não foi exceção e, por isso, estivemos presentes em mais um apoio no Estádio do Bonfim, ao jogo da liga NOS entre o Vitória Futebol Clube e o Benfica. Entre as 18h30 e as 23h00 estiveram presentes 29 elementos da Delegação de Setúbal e também 5 elementos da Delegação Aveiras De Cima da Cruz Vermelha Portuguesa ao dispor de jogadores, adeptos e staff.

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Testemunhos

O voluntariado, a sensação e o que tem mudado ao longo dos tempos Se perguntarem à maior parte dos voluntários “porque fazem isto?”, “o que vos motiva?” as respostas não vão variar muito. “Porque gosto”, “é uma sensação boa que fica”, “porque sinto que quero ajudar de alguma forma”. A verdadeira resposta na maior parte das vezes é “não sei”. Não conseguimos descrever o que nos faz sair de casa cedo, deixar a família para trás, não ter tempo para nós próprios, mas ter para estas causas. Faço-o quase há 17 anos e ainda hoje procuro a resposta! Quando ajudamos alguém e percebemos que fizemos a diferença nem que seja apenas naquele momento e por alguns minutos, a sensação que fica no fim não tem descrição. O voluntariado é uma base enorme do nosso sistema de socorro nos dias de hoje. Embora a tendência – e bem – seja profissionalizar, continua a ter um suporte bastante importante nos voluntários. Este facto pode levar à mudança de paradigma, que já se observa nalguns locais. Embora voluntários, estamos sujeitos a número mínimo de horas seja de formação, seja de trabalho. Acredito que o caminho passe por aí. Se não nos dedicarmos, como podemos prestar o auxilio adequado? A Cruz Vermelha Portuguesa tem hoje uma presença forte, seja nos serviços de socorro / emergência, como no apoio domiciliário ou prestação de cuidados de enfermagem entre outros. Num mundo em constante mudança com os fatores industriais e humanos, precisamos cada vez mais de estar preparados e dotados para

prestar o adequado auxilio não só no dia-a-dia mas também em situações excecionais. Numa ocorrência de catástrofe natural, por exemplo, é nossa função auxiliar em várias frentes e em colaboração com todas as entidades de socorro. Mas estaremos realmente preparados para isso? A conjuntura financeira não é a mais adequada para cumprirmos com as nossas missões do diaa-dia e muito menos para estas situações excecionais. As pessoas com vontade existem, mas não temos por vezes as viaturas e os materiais em quantidade necessária. No entanto, não é isto que desmotiva. Quem um dia “ganhou o bichinho” por ajudar, não vai deixar de o fazer. Porque sabemos que fazemos a diferença, e sabemos a sensação que isso nos traz no final do dia! Ficam no ar algumas questões para reflexão ao longo do texto. É um facto que ajudamos muito os mais necessitados, que lhes levamos refeições quentes, que prestamos cuidados de higiene e de enfermagem, que acorremos – com risco para nós próprios – aos que pediram ajuda emergente através do 112. Como podemos fazer mais? Diga-nos! Filipe Botas Socorrista Voluntário Cruz Vermelha Portuguesa Delegação de Setúbal

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newsletter Testemunhos

A Enfermagem, a Arte de Cuidar do Outro Eis o que realizamos junto a Cruz Vermelha: "Arte no Cuidar" ao prestar serviços em prol da saúde da pessoa e sempre com a missão bem latente de dar o nosso melhor, mesmo com os recursos que temos disponíveis ! É um prazer trabalhar aqui na Cruz Vermelha - Delegação de Setúbal. Já trabalho junto desta instituição desde 2008 e tenho vivido experiências bastante enriquecedoras e gratificantes, entre elas a realização de campanhas de sensibilização e rastreios à população local. Nestas sessões, há o contacto direto com a população na rua, onde é possível verificar os valores tensionais, de colesterol, glicémica, etc. Mas acima de tudo, entre os ensinos direcionados para prevenir a doença, é possível despender uma palavra afável com as pessoas e obter dessas mesmas pessoas reconhecimento pelo nosso trabalho. Dentro de portas, a Cruz Vermelha dispõe de serviços de Enfermagem em gabinete próprio, onde realizamos avaliações de tensão arterial, glicémias capilares, colesterol, pensos, lavagens auriculares, etc. Nestas minhas atividades, o contacto com a pessoa tem o seu tempo e muitas vez o que é suposto ser uma simples avaliação de tensão arterial, torna-se um momento de partilha de experiências, desabafos dos utentes que aqui recorrem. É muitas vezes esta a essência: prestar cuidados de excelência, de qualidade e abrangente, onde vemos a pessoa como um todo e não meros valores de referência! Liliana de Jesus Enfermeira Voluntária Cruz Vermelha Portuguesa Delegação de Setúbal

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Um dia na vida de...

... uma Voluntária Em janeiro do ano passado fiquei desempregada após 30 anos de trabalho e os últimos dias de trabalho foram vividos com um misto de entusiasmo e tristeza: entusiasmo por uma nova vida onde iriam surgir novas oportunidades e a possibilidade de fazer coisas que não tinha tido tempo de realizar e tristeza por deixar de partilhar o dia-a-dia com pessoas de quem gosto e com quem dividi sorrisos, suor e lágrimas. Ficam as memórias de momentos inesquecíveis e dos projetos que abracei e, acima de tudo, saí com a sensação de missão cumprida. Há já uns anos que fazia voluntariado e nos últimos 3 anos fazia parte da equipa organizadora de um Clube de Voluntariado da empresa onde trabalhava: aprendi muito e conheci novas e tristes realidades. Ao ficar com tempo livre, decidi cumprir a promessa e o desejo de ser voluntária a tempo inteiro. E,por isso, aqui estou! Sou voluntária de alma e coração, um coração que bate mais forte por duas instituições cujas causas abracei como minhas: o C.A.S.A. ( Centro de Apoio ao Sem Abrigo) Setúbal, onde coordeno a equipa da 3ª.feira e a Delegação de Setúbal da Cruz Vermelha Portuguesa onde presto a minha ajuda quer seja em campanhas de angariação de alimentos, no desenvolvimento de projetos, no apoio à Direção, a arrumar o armazém, a acompanhar grupos de idosos ou a escrever na nossa newletter. É um trabalho muito

diversificado e que realizo sempre com renovado prazer. São 8h da manhã e o despertador toca para mais um dia. Ontem foi 3ª feira e, portanto, noite de trabalho no C.A.S.A. onde fazemos a distribuição de alimentos a sem-abrigos e a famílias. Foi uma noite intensa como muitas pessoas sem-abrigo a chegar com fome e frio e alguns com os ânimos um pouco alterados. Ontem recebemos a visita de três jovens universitários, um rapaz e duas raparigas, que nos foram ajudar: as meninas irão repetir a experiência durante as próximas semanas até iniciarem o semestre, mas o rapaz terá que voltar à Covilhã, local onde estuda. É necessária muita calma, serenidade e paciência, mas no fim o saldo é muito positivo. Agora sento-me à secretária para escrever este texto para a newsletter de janeiro que terá que ser enviada ainda hoje para revisão e composição gráfica.

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newsletter Um dia na vida de...

Parte da manhã será passada a escrever e à tarde irei ter mais uma Tertúlia Sénior. Eu explico melhor: a Cruz Vermelha faz parte do Grupo EnvelheSeres um projeto conjunto de várias instituições de solidariedade social do Concelho de Setúbal com o apoio da Divisão de Incluão Social (DISOC) da Câmara Municipal de Setúbal. Este grupo promove atividades de animação no sentido de estimular a participação social das pessoas idosas e contribuir para a sua autonomia e autoestima. O grupo pretende ainda sensibilizar a comunidade local para as questões relacionadas com o envelhecimento. E é aqui que entram as tertúlias sénior que não são mais do que conversas com idosos que se encontram institucionalizados ou em centros de dia. Estas tertúlias irão servir de ponto de partida para uma apresentação que será feita num congresso que pretende assinalar os 10 anos do Grupo EnvelheSeres e o 2º Congresso Distrital de Anciania, o qual se irá realizar a 27 de abril no Fórum Luísa Todi em Setúbal e que terá como tema “ Ouvir para Intervir – Para uma cidade de todas as idades”.

São vários são os motivos que levam uma pessoa a ser voluntário, cada um encontra a sua inspiração em causas diferentes. A minha foi sentir que o meu papel no mundo também passa por ajudar quem mais precisa e todos os dias agradeço que a vida me tenha proporcionado fazer o que mais gosto com saúde e alegria. Mas seja qual for a razão, é importante saber que esta atividade requer compromisso e responsabilidade, seja na assiduidade e cumprimento das tarefas, seja no envolvimento com a causa e quando se escolhe ser voluntário, deve assumir-se o compromisso de realizá-lo com dedicação e excelência. Fátima Henriques Voluntária Cruz Vermelha Portuguesa Delegação de Setúbal

Quando comecei a trabalhar na Cruz Vermelha e fui convidada a integrar este grupo fiquei um pouco receosa, pois nunca tinha trabalhado com idosos e era algo que me assustava um pouco. Contudo, passado um ano é com muito carinho que acompanho os nossos idosos, que nada mais desejam do que um pouco de atenção e afeto. Vale tanto e não custa nada ! O final da tarde será passado numa reunião da Cruz Vermelha e por volta das 19h é hora de voltar a casa e à família.

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Os nossos heróis

Quem são os nossos HERÓIS?

Há heróis por todo o lado, em cada canto, em cada esquina, até nos lugares mais insuspeitos!!! E ainda bem, porque heróis, precisam-se e SEMPRE! E há os que são VIZINHOS! Falemos então dos nossos vizinhos, mais concretamente nos vizinhos que estão mesmo à nossa frente: a Pastelaria Capri, de renome nesta cidade, de tradição e muita solidariedade! Começamos pelos donos – o Nuno e o António, que nos recebem sempre com um sorriso, sempre disponíveis para as nossas pretensões quer oferecendo artigos para um cabaz de natal, quer oferecendo biscoitos e bolinhos para vários dos nossos eventos solidários e que também nos ajudam a tornar o mundo de crianças e idosos bem mais doce!

Mas não poderemos falar só dos responsáveis da Pastelaria, pois seria injusto para com os empregados, que são também de uma enorme simpatia, tentando sempre que possível ser também eles solidários. Falamos da Sónia, do Carlos, da Elisabete, da Cidália, a quem tratamos pelo nome e a quem gentilmente também nos tratam! E tantos outros, que trabalham nos bastidores, os artistas da doçaria! Obrigada por ADOÇAREM A VIDA DE QUEM CUIDAMOS e de tantos SETUBALENSES!

Rita Ferreira Cruz Vermelha Portuguesa Delegação de Setúbal

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newsletter Conselhos sobre Saúde

Não deixo de fumar pois vou engordar! Muitos fumadores e fumadoras alegam ter

respiratórias, bem como muitos tipos de cancro.

receio de engordar se deixarem de fumar. Desculpa para quem não tem vontade de deixar

O aumento de peso é muitas vezes o principal

de fumar ou realidade para muitos?

motivo para a relutância em parar de fumar. De facto, o aumento de peso após a cessação

Em primeiro lugar, há que relembrar o que todos

tabágica ocorre em cerca de 84% dos

sabemos. Fumar é a primeira causa evitável de

fumadores em cessação.

doença, incapacidade e morte prematuras e está associada a seis das oito primeiras causas

Deixe de fumar! Vale a pena! Procure ajuda e

de morte a nível mundial.

concentre-se no processo de deixar de fumar. Se aumentar alguns quilos depois trata disso.

Em 2010, o consumo de tabaco foi responsável em Portugal, pela morte de cerca de 11.000 pessoas fumadoras ou ex-fumadoras, causadas por doenças respiratórias, cancro ou doenças do aparelho cardiovascular. Deixar de fumar diminui o risco de desenvolver doenças

cardiovasculares

e

doenças

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Conselhos sobre Saúde

Recomendações para o fumador(a) que decidiu deixar de fumar

1- Parabéns por estar a tentar deixar de fumar!

com outros pensamentos e outras tarefas.

A sua saúde e a saúde dos que o rodeiam

5- Anote as horas de maior vontade de fumar

certamente ganharão!

e tenha sempre disponíveis pastilhas elásticas

2- Mesmo que aumente um pouco de peso,

sem açúcar ou frutos gordos em quantidades

lembre-se que continuar a fumar é mais

moderadas (nozes, amêndoas, avelãs,

prejudicial que este eventual e temporário

amendoins, ...).

aumento de peso.

6- Tente seguir as recomendações da nova

3- Faça um diário alimentar durante 5 dias,

Roda dos Alimentos e ponha em prática os seus

antes de iniciar o processo de cessação, onde

ensinamentos: no blogue www.nutrimento.pt e

anote as refeições que habitualmente faz, os

website www.alimentacaosaudavel.dgs.pt,

seus horários e o que consome. Quando iniciar o

poderá encontrar vários documentos sobre

processo de cessação, faça o mesmo, compare

alimentação saudável que o ajudarão neste

os seus dias alimentares habituais antes e depois

sentido.

de iniciar o processo e verifique as alturas de

7- Faça várias refeições ao longo do dia: depois

maior vontade de comer. Assim, poderá

da cessação tabágica, os alimentos têm um

antecipar-se, definindo um plano para estas

cheiro e um sabor mais agradáveis e os sintomas

ocasiões.

de privação da nicotina como a ansiedade,

4- Aprenda a distinguir a fome física da fome

craving (forte vontade de fumar) e aumento de

emocional e compulsão alimentar. Quando

apetite levam a que haja uma maior vontade de

sentir fome sem sentir desconforto

comer. Fazer pequenas e várias refeições e

gastrointestinal

lanches ao longo do dia ajuda no controlo destes

e

dores

de

cabeça,

provavelmente é a sua mente que tem fome:

sintomas e a não comer demasiado.

aguarde cerca de 15 minutos e tente ocupar-se

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newsletter Conselhos sobre Saúde

Recomendações para o fumador(a) que decidiu deixar de fumar 8- Tenha sempre disponíveis pequenos

13- Pratique atividade física de forma regular.

lanches saudáveis. Fruta e hortícolas crus,

A prática de atividade física diminui a ansiedade

frutos gordos, leite e derivados magros e

e a vontade de fumar. Para além disso, a

cereais integrais são boas opções.

atividade física diária ajuda a manter um peso

9- Consuma alimentos com proteínas e fibras

corporal saudável, aliviar o stress e a aumentar a

ao longo do dia: estes nutrientes retardam o

autoestima.

esvaziamento gástrico, contribuem para a

14- Mude a rotina para evitar a recaída. Os

saciedade e diminuem o apetite.

fumadores,

10- Beba líquidos ao longo do dia e faça da água a

comportamentos e hábitos na sua rotina

sua bebida de eleição. A água ajuda a libertar a

associados ao ato de fumar. Em substituição

nicotina e seus metabolitos do organismo, nos

opte por dar um passeio, fazer alongamentos,

primeiros dias de cessação. Para além da água,

respiração abdominal ou meditação, de modo a

as infusões sem açúcar são boas alternativas. Os

manter a cabeça ocupada.

sumos de fruta natural, quando consumidos de

15- Mantenha as mãos ocupadas: rabiscar

forma moderada, poderão também ser boas

enquanto está ao telefone, utilizar uma bola de

alternativas.

stress, fazer tricô ou croché, resolver palavras

11- Evite bebidas com cafeína. O café, chás

cruzadas ou outros jogos semelhantes ou ler um

verde e preto, refrigerantes e bebidas

livro.

frequentemente,

têm

energéticas com cafeína podem despoletar sintomas como a ansiedade que é muitas vezes um efeito secundário da ausência da nicotina. 12- Evite as bebidas alcoólicas. O álcool pode prejudicar a concentração e desencadear uma maior vontade de fumar e comer.

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Conselhos sobre Saúde

Recomendações para o fumador(a) que decidiu deixar de fumar 16- Faça uma lista de atividades, que

durante o processo de cessação tabágica e em

dependam maioritariamente de si, que lhe deem

adotar um padrão alimentar saudável consulte,

prazer e o façam sentir bem, para além de

se possível, um Nutricionista. Este profissional

comer e fumar: assim, quando sentir o craving e

de saúde está apto para ajustar a sua

a compulsão em comer, relembre a lista que

alimentação

escreveu e ponha em prática umas das

características e poderá ajudá-lo a enquadrar

atividades. Lembre-se que as possíveis recaídas

hábitos alimentares saudáveis na sua rotina.

ao consumo tabágico e os episódios de

20- Não faça uma dieta demasiado restritiva

compulsão alimentar estão associados a um

do ponto de vista calórico: para além de ser mais

prazer momentâneo, sendo provável que tenha

provável o insucesso de cessação tabágica, o seu

um sentimento de culpa após estes

organismo adapta-se metabolicamente a esta

acontecerem. Ao escolher outra atividade da

restrição e se a continuar durante algum tempo,

lista que elaborou, aprenderá que poderá

o mais provável é que perca peso à custa de

aumentar o seu bem-estar de uma forma mais

massa muscular.

às

suas

necessidades

prolongada! 17- Informe-se sobre a existência de consultas

Não desista!

multidisciplinares de cessação tabágica no Centro de Saúde ou Hospital da sua área de

Isabel Machado

residência. Os elementos desta equipa

Direção

certamente o ajudarão a ultrapassar os

Cruz Vermelha Portuguesa

obstáculos que encontrará durante o processo

Delegação de Setúbal

de cessação tabágica. 18- O controlo de peso regular faz parte de um

Adaptado de texto da Direção Geral da Saúde

estilo de vida saudável: pese-se com uma frequência semanal, com pouca roupa, e se possível na mesma balança. 19- Se tiver dificuldade em controlar o seu peso

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e


Atividades em destaque no mês de

fevereiro

agenda

11 de fevereiro

Jogo da Liga NOS: Vitória FC x GD Chaves

Ficha Técnica Coordenação:

24 de fevereiro

Desfile de Carnaval / Grupo EnvelheSeres

Fátima Henriques Edição:

26 de fevereiro

Jogo da Liga NOS: Vitória FC x SC Braga

Fátima Henriques Revisão: Carla Tavares Isabel Machado Rita Ferreira Colaboraram nesta edição: Diogo Ferreira

Contactos

Duarte Machado Isabel Machado

Delegação de Setúbal da Cruz Vermelha Portuguesa

Rita Ferreira

Largo da Misericórdia, nº1 2900-502 Setúbal Tel.: 265535353 / 965394386 E-mail: dsetubal@cruzvermelha.org.pt Web page: www.cvpsetubal.pt

SAD ( Serviço de Apoio Domiciliário)

(investigador)

Design Gráfico: Telmo Ferreira

Quem nos ajuda a ajudar

Largo Eduardo Maria Duarte, nº3 Bairro 2 de Abril 2910-481 Setúbal Tel: 967423675

Estrutura Operacional de Emergência Central - 918 500 112

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S

22 UNIDADE UNVERSALIDADE


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