Caderno das Letras 2018-2019

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CADERNO DAS LETRAS 2018-2019


TEXTOS NARRATIVO/DESCRITIVO


NEIL ARMSTRONG E A VIAGEM À LUA Era uma vez, nos Estados Unidos da América, um homem que sonhava ir à Lua. O nome dele era Neil Armstrong. Certa noite, estava ele a pensar na ida a esse planeta, quando se lembrou de uma maneira de chegar até lá. Ia de foguetão, mas tinha de ter um assistente. Procurou e perguntou a muita gente e, finalmente, encontrou a solução para o seu problema. Escolheria o seu amigo James, que também tinha o mesmo sonho. Precisavam de um foguetão, e, por isso, foram pedir ao pai de James que, por sorte, era astronauta. Como era da NASA, rapidamente encontraram o foguetão adequado, que se chamava Apolo 11. Entraram e foram em direção à Lua. Os dois amigos pensavam que a viagem ia demorar pouco tempo, mas passada uma semana ainda estavam no espaço, muito longe do seu destino… Mesmo assim, Neil e James não desistiram e, apesar do cansaço, lutaram pelo seu objetivo, esperando ansiosamente pela chegada. - Quando é que chegamos, pai? - perguntou James. - Estamos quase... Já tinha passado um tempo infinito, mas depois de muito esforço e espera, os dois amigos estavam a menos de uma hora de chegarem ao seu destino. Era tanta a felicidade! Seriam os primeiros homens a pisar a Lua. Por fim, chegaram. Neil Armstrong saltou do foguetão, pisou a Lua e colocou no solo a bandeira dos Estados Unidos. Era o primeiro homem a pisar a Lua! Nem acreditava no que os seus olhos viam… À sua frente, lá ao longe na imensidão do espaço, conseguiram avistar a Terra. Como na Lua a gravidade é menor, deslocavam-se de uma forma engraçada, dando pulos e parecendo flutuar. A superfície da Lua era mais ou menos plana e o mais impressionante era o silêncio profundo… Depois de alguns minutos a explorarem, tiraram algumas fotografias, voltaram para o foguetão e iniciaram a viagem de regresso à Terra. Quando chegaram, foram considerados heróis para os Estados Unidos e para o Mundo. Neil Armstrong ficou muito conhecido e tornou-se astronauta da NASA. Já realizara o seu grande sonho: pisar a Lua! Mas depois ambicionou visitar mais planetas, outras luas… E assim podemos aprender uma grande lição: se lutarmos pelos nossos sonhos e objetivos, conseguimos tudo! Pela sua persistência, Neil Armstrong conseguiu pisar a Lua e tornou-se um astronauta privilegiado para os Estados Unidos da América.

Afonso Dias, nº1, 5ºA


UMA TRANSFORMAÇÃO INCRÍVEL

Era uma vez um inventor que vivia numa aldeia muito bonita. Certo dia, uma amiga de infância envioulhe este postal: «-Querido amigo, tenho muitas saudades da aldeia e dos seus aromas maravilhosos. Se ao menos houvesse alguma maneira de eu voltar a senti-los… é que agora estou muito doente e infelizmente não posso voltar à aldeia.». O inventor queria ajudar a amiga, impossibilitada pela doença, mas não sabia como. Pensou, pensou … até que teve uma ideia. -

Vou

inventar

uma

máquina

que

tire

fotos

e

que

depois

transmita

o

seu

cheiro.

Começou a trabalhar na invenção, experimentou de todas as maneiras, mas não conseguia arranjar forma de construir a máquina. Estava mesmo para desistir, mas queria muito ajudar a amiga, o que o levou a uma nova tentativa. Esteve todo o dia de volta da máquina, era difícil colocar os cheiros dentro dela. Foi preciso coloca-los dentro de um frasco… Finalmente, de manhãzinha, conseguiu e nem cabia em si de contente! De seguida, foi tirar as mais bonitas fotografias da aldeia, guardou-as uma a uma dentro da máquina e quando saíram de lá tinham um perfume encantador! Enviou o postal à amiga, e quando lá chegou ela ficou muito feliz, parecia que estava de volta à aldeia, recordando as suas imagens e cheiros ao mesmo tempo. Quando o inventor soube da sua felicidade, concluiu que nunca se deve desistir, pois conseguimos sempre alcançar o que desejamos quando nos esforçamos para isso!

Constança Heleno, Nº6, 5ºA


UM SONHO DIFERENTE

Era uma vez um menino chamado Aruh que vivia num país muito pobre, mas tinha um sonho… A sua mãe, Nicoli, era dançarina profissional, mas numa digressão artística que fez a Nova Iorque, o avião em que viajava despenhou-se no mar e ela morreu. Felizmente, Aruh tinha ainda o seu pai, Maccuci, que queria o melhor para o futuro do seu filho e lhe contava tudo sobre a sua falecida mãe. Certa noite, Aruh foi para a cama e o seu pai, como fazia todas as noites, foi ter com ele… - Aruh, tens algum sonho? - Sim. – respondeu Aruh. – Tenho, mas não gosto de o contar a ninguém. O pai de Aruh desconfiava que o sonho do seu filho fosse estranho, mas não parou de insistir. - Filho, tu sabes que me podes contar tudo! - Sim, eu sei. Mas ninguém pode saber deste meu sonho! - Podes estar certo que por mim ninguém saberá! Aruh contou-lhe tudo sobre o seu sonho e, adormeceu… O pai era mecânico de barcos, mas como queria tudo de bom para o seu filho e, acima de tudo concretizar o seu sonho, tentou construir um avião sem ele se aperceber. Na manhã seguinte, Aruh acordou bem-disposto e muito feliz. Quando estava a sair de casa para ir para a escola, avistou um pequeno avião com o seu pai ao comando. Imediatamente começou a chorar emocionado… - Filho, o que se passa? – perguntou Maccuci. - Obrigado, pai! Será que tu vais fazer o que estou a pensar? - Sim, vou. Maccuci ajudou Aruh a subir para o avião e, logo a seguir, este descolou. Rapidamente chegaram ao destino com que Aruh sonhara: Nova Iorque. Num estúdio de dança desta cidade, Aruh subiu ao palco e, recordando a sua mãe, começou a dançar. O público presente ficou maravilhado. No fim da sua atuação, convidaram-no para outros espetáculos, iniciando, assim, uma longa carreira de dança. Quando se encontrou a sós com o seu pai, Aruh perguntou-lhe: - Pai, como conseguiste isto tudo para mim? Maccuci respondeu: - Foi o meu amor por ti!... Aruh e o seu pai ficaram em Nova Iorque e viveram felizes para sempre! Moral da história: “O sonho comanda a vida.”

Joana Farinha, nº 7, 5ºC


A MINHA VISÃO Olá a todos! Eu sou a Mariana e vou contar-vos a história de uma menina chamada Rita. Rita tem os cabelos loiros como o trigo e muito encaracolados. Olhos verdes como duas esmeraldas e brilhantes como estrelas. Tem um olhar sonhador, encarando o futuro de forma clara, como se o previsse. Mas agora vamos ao que realmente interessa… a sua história. Rita vive no vale do Swat, onde as jovens não têm o direito à educação, pois os talibãs locais impedemnas de ir à escola. Mas algo estava prestes a mudar… Certa manhã, quando o Sol ainda estava a nascer, levantou-se da cama a pensar em tal injustiça, pois gostava de estudar e de aprender. Então, escreveu uma carta para a BBC, rádio britânica muito famosa, sobre a ocupação talibã, as tentativas destes em controlar o vale e o seu ponto de vista quanto à educação das raparigas nesta região. A única coisa que ela queria era que a justiça fosse feita. Enviou a sua carta e explicou os motivos. - Vou pensar o teu caso - prometeu Marco, funcionário da BBC. Rita ficou feliz, pois parecia que tudo estava a correr como queria. Passados alguns dias, entrou num autocarro para ir a uma pastelaria. Mas, de repente, ouviu uma voz grave de homem que a chamava pelo nome: - Rita! Rita! Virou-se para trás e um homem armado disparou três balas: - BUM! BUM! BUM! À terceira, caiu no chão inconsciente, porque a última bala acertou na sua parte esquerda da testa e perfurou a pele até ao ombro. Ficou hospitalizada durante várias semanas e o homem que a baleou foi para a cadeia. Quando saiu do hospital todos a receberam com alegria. Passados alguns anos, recebeu o “Prémio Nobel da Paz “e … - TRIIIIIM!!! O despertador acordou-me. Terá sido tudo isto um sonho? Uma visão do futuro? Levantei-me de manhã cedinho a pensar na injustiça das mulheres por não poderem ir à escola. Mas o meu sonho estava certo …. O meu sonho realizou-se…. Tem razão o poeta: “O sonho comanda a vida”.

Mariana Vidal, nº 17, 5ºC


UMA INVENÇÃO MAGNÍFICA Numa noite de verão, sonhei que eu era a segunda melhor inventora do mundo. Conseguia inventar desde uma máquina de fazer ovelhas até umas cuecas faladoras. Eu era espetacular! Mas o melhor inventor do mundo descobria sempre alguma coisa diferente, parecia que tinha pó mágico. Como eu queria ser a melhor do mundo, desafiei o David Rich (o melhor inventor do mundo) para uma "Batalha de Invenções". Tínhamos apenas uma semana para o realizar, e demorei um dia a pensar no que iria fazer. Pensei numa ventoinha que iluminasse e desse música, numa cadeira que fizesse massagens e fosse invisível, num prato de vidro que nunca se partisse e tivesse um bloco de notas dentro de si mesmo... Mas nenhum desses era a cereja no topo do bolo. Até que de repente tive uma ideia espetacular: um agrafador que tirava fotos, voava e, na parte de trás, tinha uma borracha com um laser. Eu estava quase certa de que o David Rich estava a fazer uma coisa do outro mundo. No dia seguinte, fui comprar os materiais necessários à minha invenção: o melhor agrafador, a melhor borracha, um laser muito resistente e encomendei uma câmara fotográfica da China. Para ela chegar o mais rápido possível, paguei o dobro do preço, pois eu queria mesmo ganhar. Depois, comecei. Demorei quatro dias, ainda deu algum trabalho, mas consegui! O último dia foi para dar os retoques finais e eu até achava que tinha possibilidades de ganhar. Quando chegou o dia da "Batalha de Invenções", estava muito nervosa, mas também confiante. O concurso ia passar em todas as televisões do mundo, no canal "Invenções". As votações iam ser feitas pelo público e pelo presidente de cada país. Eu apresentei a mnha invenção com imenso entusiasmo e de repente anunciaram: - As votações vão começar! Passado algum tempo, as votações terminaram e vocês nem acreditam no que aconteceu: eu GANHEI!!! Bem posso dizer: "O sonho comanda a vida"!

Sofia Matos, Nº25, 5ºC


O SONHO DE UMA CRIANÇA

Era uma vez um grande homem que dizia ao seu neto que os sonhos comandavam a vida e o mundo com eles avançava. E também lhe dizia que os sonhos de uma criança eram mais fortes do que qualquer outro sonho e que podia ir o mais longe possível, mas ele não acreditava no que o avô lhe afirmava. Até que um dia, o menino cresceu e o avô faleceu. Nesse dia, o rapaz lembrou-se das suas palavras, de tudo o que ele lhe dizia e prometeu a si próprio que não iria desiludir o seu querido avô. Assim decidiu ajudar os outros de modo a que também eles se pudessem tonar boas pessoas, tal como quem o ensinara. Todos os dias o menino ajudava uma associação de crianças carenciadas e repetia-lhes as palavras que ouvira desde pequeno: os sonhos de uma criança são mais fortes que tudo e tornam-se reais, desde que se acredite neles. O seu sonho concretizava-se todos os dias, sempre que as ajudava. O tempo foi passando, as crianças daquela associação passaram a ter uma vida muito melhor. Também elas resolveram seguir o exemplo dado por aquele menino e decidiram ajudar outras pessoas que precisassem. Tudo graças ao menino e aos seus sonhos.

Leonor Costa Cunha, Nº14, 5ºG


DESCRIÇÃO DE UMA PAISAGEM Em primeiro plano vê-se um azul, calmo e tranquilo mar onde uns barquinhos parecem adormecidos pela serenidade da água límpida e cristalina. Mais ao fundo à direita, ergue-se um conjunto rochoso que forma a linha da costa que parece beijar o mar. Por cima, estende-se um céu que parece atapetado de branco, onde nuvens pincelam o horizonte. Esta é uma belíssima e deslumbrante paisagem que convida ao sossego.

5ºG, texto coletivo


A VIAGEM ATÉ AO MUNDO DOS HUMANOS Na cidade dos ratos, que era nos esgotos, vivia um pequeno ratinho, muito peludo, que se chamava “O Pequeno Gervásio”. Ele era feliz, mas desejava viver na cidade dos humanos. Todas as noites, na cama, perguntava à mãe se quando fosse grande poderia viver na cidade dos humanos. Mas a mãe não lhe ligava e fechava os olhos. Os dias foram passando e ele crescia sem parar. Quando já estava na faculdade, reparou que no teto da escola havia uma tampa gigante entreaberta. Decidiu espreitar e ouviu os mesmos sons de carros que costumava ouvir em pequeno. Quando estava prestes a saltar, um carro passou por cima da tampa gigante e o pobre Gervásio ficou com o pelo todo molhado de água que por acaso estava muito fria. E pensou para si “se calhar, já tenho a passagem para a cidade dos humanos, amanhã de manhã, vou secretamente tentar abrir aquela tampa”. Dito isto, foi para casa congelado, tomou um banho nas águas verdes do esgoto e ficou logo quentinho. Já de manhã, foi para as aulas e, no teto, continuava a estar a tal tampa. Tentou tanto, tanto, mas aquela tampa não se abria. De repente, um polícia abriu a tampa para investigar o esgoto e o Gervásio aproveitou a oportunidade e escapou-se para a cidade dos humanos. Os primeiros dias foram péssimos, porque o tinham capturado e puseram-no numa espécie de canil. Esteve lá sozinho, semanas e mais semanas, e só queria ter um dono que cuidasse de si e lhe desse carinho. A certa altura, chegou uma menina que adorava ratinhos peludos, olhou para aquele ratinho e pediu ao pai, como prenda de anos, que lho oferecesse. O pai não teve outra opção e comprou-lhe o ratinho. O Gervásio ficou contentíssimo por o seu sonho se ter realizado. Entretanto, ele contou à menina que tinha uma família no esgoto. Assim, a menina, todos os meses, levava o ratito à entrada da passagem para a cidade dos ratos e este visitava a família. Tudo isto aconteceu pela sua força de vontade e por não desistir de alcançar o sonho que tinha desde pequeno. Um sonho, agora realizado, que transformou a sua vida também ela num sonho. E viveram felizes para sempre.

Catarina Cavaleiro, Nº 9, 6ªA


DE SONHO À REALIDADE

No ano de mil oitocentos e noventa e cinco, no Brasil, vivia um menino. Esse menino, chamado Danilo, vivia feliz numa pequena vila, onde os brasileiros não eram escravizados, pois nessa vila, «brancos e pretos» viviam em harmonia. Danilo foi feliz até aos seus nove anos, quando apareceu, naquela povoação, a febre-amarela. Mais de metade da vila foi infetada, incluindo o pai e a avó de Danilo. E o pior desta situação, era que ainda não se tinha inventado a cura para esta doença! Nessa noite, Danilo foi-se deitar, cabisbaixo, pois sabia que o seu pai e a sua avó iriam perecer.

Quando

Danilo adormeceu, teve um sonho estranhíssimo: ele estava a fazer um remédio para a sua avó e para o seu pai, todo à base de frutas. E funcionou! Quando acordou, decidiu preparar o remédio com que sonhara. Estava quase pronto! Só lhe faltava o último ingrediente: cascas de tâmaras. Ele pediu a todas as pessoas da vila que o ajudassem a procurar uma tamareira, mas, uns após outros, todos lhe disseram que não tinham encontrado nenhuma. De noite, enquanto esperava que o sono chegasse, Danilo pensou para consigo “ Se as grandes mentes da história não tivessem arriscado, o mundo de hoje não seria o mesmo! “ Animado com a ideia, ele esgueirou-se para o mato e foi em busca da tamareira. A certa altura, a meio da caminhada, começou a ouvir muitos guinchos. Aproximou-se da fonte do ruído e descobriu um guaxinim que tinha levado um tiro na coxa, certamente de algum caçador. O menino, com pena do pobre animal, aproximou-se com cautela e ajudou-o. Após isso, olhou à sua volta e reparou que estava mesmo ao lado de uma tamareira! Só que deparou-se com um grande problema: era demasiado baixo e não chegava às tâmaras. O guaxinim, ao vê-lo em dificuldades, subiu à tamareira e atirou-lhe algumas tâmaras. Finalmente o rapaz e o guaxinim voltaram para a vila, terminaram o remédio, curaram os infetados e tornaram-se os melhores amigos.

Guilherme Rodrigues, nº15, 6ºA


UMA SURPRESA INCRÍVEL

A noite acabara de cair, não se via nada no horizonte, e nós tínhamos acabado de partir na nossa jangada quando o Jim me perguntou: - Quando sairmos desta nossa aventura, o que planeias fazer? - Eu vou para o Novo México, vou construir uma quinta, vou ser produtor de gado… se conseguir arranjar dinheiro, é claro. -Eu cá vou para a casa de uma prima minha no Canadá. Vou para o México e de barco e AH!!!

Virei-

me para ver o que fizera Jim gritar, e também eu fiquei apavorado: a nossa jangada estava a desfazer-se! Remámos com as mãos até à margem e mesmo a tempo, pois a nossa jangada desfez-se mal chegámos à praia! Jim, frustrado, começou a gritar e a dar pontapés nas rochas, quando bateu em qualquer coisa diferente. Desenterrou-a e chamou-me, eufórico. Era uma arca do tesouro! Arrombámos a fechadura e vimos riquezas de todos os tipos! Havia lá um pergaminho que dizia: “Parabéns, encontrou o tesouro de Filipe Maneta, o pirata.” Estava lá o retrato de um homem com um chapéu com três bicos e uma pena vermelha. Os seus olhos eram verde-esmeralda e tinha uma barba castanha e desgrenhada. O seu ar era feroz. Reconstruímos a jangada e fomos até ao México, sabendo que nos aguardava uma vida melhor.

Guilherme Rodrigues, Nº 15, 6ºA


SONHAR

E finalmente pisara a Lua! Ah! Só começaram a ler agora? Eu recomeço… Era uma vez um rapaz que tinha um sonho, um sonho que mais ninguém tinha um sonho espetacular…Ele tinha o sonho de ir à Lua. Todos lhe chamavam utópico, sonhador, mas ele nunca desistia. O sonho ia-se tornando cada vez mais uma certeza, à medida que o menino crescia. Foram dias, meses e anos até que ele pensou «Um sonho, para ser sonho, tem de ser concretizado». Embalado por este pensamento, o rapaz cresceu, e decidiu entregar-se à realização do seu sonho. Assim, decidiu começar a construir um objeto, um objeto que voasse, um objeto que, aos poucos, foi tomando forma, peça a peça. Logo, este começou a erguer-se do chão: não era muito alto, tinha uma porta pequenina e quando se entrava, viam-se muitos botões e teclas iluminados por uma redonda e pequena janela. Como o objeto parecia sair um pouco do chão, ele deu-lhe o nome de foguetão, significando «foge do chão». Os vizinhos viam-no a trabalhar arduamente e quiseram ajudá-lo. Juntaram -se a ele e conseguiram introduzir cada vez mais melhorias no engenho. O rapaz, que agora era um homem, constituiu família: a mulher, lindíssima, de cabelos loiros e olhos azuis bem vibrantes e um filho. O tempo foi passando, o foguetão estava quase terminado e o homem pensava «O meu sonho está a tornar-se realidade». Dias depois, o foguetão estava pronto e totalmente equipado para passar umas miniférias na Lua. Entretanto a mulher adoecera. O homem e o filho estavam cada vez mais tristes com a doença, nem se lembravam das miniférias. Era o dia previsto para a partida do foguetão, o filho estava ansioso pela viagem. Então, o pai disse-lhe: -Vai tu, o meu sonho pode ser realizado por ti. Eu fico com a tua mãe e tu vais à Lua. Será sempre um pequeno passo para o homem e um grande passo para a humanidade. O rapaz e o seu pai colocaram o foguetão num terreno baldio. Ao entrar despediu-se do pai - Adeus pai, cuida da mãe até eu voltar e sejam felizes! - Não te preocupes, vai e diverte-te. De repente, uma grande multidão aproxima-se para ver partir o objeto. E o rapaz deslocou no melhor foguetão do mundo. Passado algum tempo ele chegou à Lua! Pela primeira vez a humanidade viajava no espaço. O jovem concretizava, assim, o sonho do seu pai… Finalmente pisara a Lua!

Maria Carolina Simões, Nº 18, 6ª A


A VOAR EM PAZ

Era uma vez, uma linda menina chamada Anna. A Anna tinha muitos amigos, um pai e mãe que a amavam profundamente. A família vivia numa casa, numa pequena aldeia no Japão. Às vezes, a pequena a menina sentia uma dor, mas ninguém sabia do que se tratava. O tempo passou e essa dor começou a piorar. Os pais levaram-na ao médico… E este anunciou que a pequena menina tinha um tumor. Toda a gente ficou muito preocupada com ela, e todos os dias os seus pais iam visita-la e traziam como presente um balão, pois o grande sonho de Anna era voar. Anna tinha que fazer bastantes tratamentos e, algumas vezes estava com muita falta de apetite. A menina começou a pensar que nunca iria concretizar o seu grande sonho de voar e ver as nuvens de perto, os pássaros, as estrelas, o sol e a lua. Um dia, Anna contou quantos balões já tivera. Contou oito balões e depois disso foi fechando os olhos lentamente, até cair num sono profundo do qual nunca mais acordou. O que sucedera à pequena Anna foi um choque para toda a aldeia onde esta vivia. Passado algum tempo Anna sentiu-se a flutuar em direção ao céu. Um sorriso desenhou-se-lhe na boca, e uma lágrima escorreu-lhe pelo rosto. O seu sonho finalmente se tinha concretizado, depois de acreditar. Desde então, todos os anos, pelo aniversário da menina, a família de Anna lança oito balões ao ar como recordação do seu sonho.

Sara Alves, Nº23, 6ºA


Aquela frase mudou tudo

Certo dia, estava eu numa prova de natação, quando o meu treinador me diz que estavam lá alguns membros da Federação Portuguesa de Natação a fim de recrutarem atletas para a seleção e lá sabia eu que esse momento ia mudar a minha vida, tudo o que queria estava a uma braçada de se concretizar. Eles estavam a avaliar os bons nadadores e nadadoras e os quinze melhores de cada sexo avançariam para três fases, até que na última só ficariam cinco. As três primeiras entrariam para a seleção de Portugal e a primeira seria a campeã. No fim das provas, só vejo os meus treinadores, a Carina e o João, a falarem com os tais membros da Federação Portuguesa de Natação e a saltarem de alegria. Naquela altura, a minha cabeça estava confusa. Por que saltavam eles de alegria? Aqui está a resposta: eu tinha passado para a primeira fase!!! Esta fase seria no Porto, na sexta-feira partiria para lá. Nessa semana, quando cheguei para treinar, todos me deram os parabéns: o Malhão, o Afonso, o Gonçalo e até o Melo! Fiquei admirada. E eu que ainda pensava que eles não me serviam de nada, mas estava errada, eles apoiaram-me e nunca desistiram de mim. Essa semana correu normalmente até que na sexta-feira viajei para o Porto. As provas correram bem e passei à segunda fase, a realizar-se na Madeira. Tudo aconteceu normalmente, a semana correra bem, parti para a Madeira e passei para a última fase, se ganhasse teria de me mudar para Lisboa. Nessa altura, o que eu mais queria fazer era desistir, não queria perder os meus amigos que fiz, não queria perder alguns professores de quem tanto gosto e foi o que fiz, no dia a seguir fui falar com o meu treinador: - João, desculpa, mas…eu quero desistir. - Porquê?-perguntou ele assustado. - Eu não sou capaz. - Há duas coisas que são proibidas dizer aqui: “não sou capaz e não consigo”. E outra coisa ainda: “Deus não te dá sonhos que não consigas alcançar” Esta frase mudou tudo. Hoje agradeço ao João por me ter dito isso. Sou a melhor nadadora do mundo graças a quem sempre acreditou em mim e me apoiou. Nunca desistam dos vossos sonhos!

Leonor Veiga,6º G


UM SONHO DE NATAL

Foi há alguns anos, numa fria manhã de dezembro, estava eu a chegar à escola quando vi todos os alunos a irem colar um cartaz com os seus sonhos de Natal escritos, na parede do corredor da escola. Tinha-me esquecido do meu em casa, pois nessa manhã tinha saído à pressa para ir apanhar o autocarro. Fiquei ali, entretida, a ler os sonhos dos meus amigos. A maioria era a pedir brinquedos, mas havia um diferente, muito simples, com a seguinte mensagem: “Para o Natal, eu só quero conhecer pessoas novas, integrar-me nesta escola e fazer amigos.” Estava escrito com uma letra muito miudinha. Vi logo de quem era, era da Inês, uma menina da minha turma, que está sentada ao fundo da sala, sempre caladinha. No intervalo, senta-se num banquinho do recreio e fica ali sozinha, a olhar para nós, como se fosse uma lagarta escondida no seu casulo. Tomei uma decisão, ir ajudá-la. Dirigi-me a ela com um olhar meigo. Sentei--me ao seu lado: - Olá, posso sentar-me aqui? - Claro, não vejo por que não -disse ela, timidamente. - Não queres vir brincar à “apanhada” comigo e com a Catarina? - Não posso, tenho asma… ninguém quer estar ao pé de mim… - Não digas disparates! Vem lá, brincamos ao que tu quiseres! - Está bem, se insistes… E lá fomos, lado a lado. À medida que íamos brincando, eu sentia a Inês cada vez mais à vontade. Eu e a Catarina sempre fomos as melhores amigas, mas há sempre espaço para mais uma no nosso grupo. - Se quiseres, podes passar a andar connosco –disse-lhe eu, cansada de correr. - A sério? Fariam isso por mim? - Claro! E posso apresentar-te ao resto da turma! - Não, isso não… Eles vão rir-se de mim! Todos os dias lhe perguntava, e todos os dias ela me respondia o mesmo. Até que um dia, de tanto eu insistir, ela cedeu. Então, levei-a até aos meus colegas. - Podemos brincar às escondidas convosco? - Sejam “Bem-Vindas”! Mas atenção, nós somos muito bons a “procurar os outros”! - Não te preocupes, nós desenvencilhamo-nos…- disse a Inês, confiante. Mas mal começou a contagem, ela desapareceu como um camaleão. Eu fui logo apanhada, ela foi a última! Todos a elogiaram. Pressenti que novos amigos estavam prestes a ir ao encontro da Inês, a tímida rapariga em que ninguém reparara anteriormente. Inês passou a andar sempre acompanhada. Estava radiante e, no último dia de aulas, abraçou-me e deu-me um postal que dizia: “Realizaste os meus sonhos de Natal… Foste a estrela que iluminou o meu Natal! Feliz Natal!!! Beijinhos, Inês”

Sofia Farinha, Nº 29, 6ºG


A MENINA GUERREIRA Era uma vez uma menina chamada Diana. Ela era uma menina normal, loira e adorava dançar ballet, mas… não dançava lá muito bem. Era gozada por todas as outras meninas do grupo. Mas havia uma coisa que a distinguia das outras: era sempre a primeira a chegar (pois vinha mais cedo para treinar) e a última a sair (ficava até mais tarde a tentar corrigir os seus erros). A Diana, quando chegava a casa, trancava-se no quarto a chorar porque estava farta! Quando estava sozinha, pensava para si própria “ O que é que eu tenho de diferente? Tenho cara, braços, pernas, pés, sou uma rapariga normal?!” Na escola, ela não brincava com ninguém, estava sempre a pensar no que tinha de melhorar para conseguir, pouco a pouco, fazer as coisas perfeitas. Ela era a aluna que tirava melhores notas, devido a estudar muito todos os dias, fazer os trabalhos de casa e ser bem-educada. Ao contrário, aquelas meninas que a gozavam não tiravam boas notas, não estudavam e nem faziam os trabalhos de casa, quanto mais serem bem-educadas! Eram demasiado convencidas e muito gananciosas. Apesar de Diana ser uma menina cheia de força de vontade, aos poucos foi perdendo-a com as críticas que lhe fazia. Os seus pais não sabiam de nada até que, certo dia, a mãe descobriu tudo o que se passava com ela e começaram a ficar preocupados. Num primeiro momento, não sabiam o que fazer, não sabiam bem o que era melhor para ela. Depois de muito pensar, decidiram pedir ajuda a uma psicóloga. Falaram com a filha e ela agradeceu a ajuda, mesmo com algum receio de tudo aquilo. Passaram meses e os pais da menina não notaram qualquer diferença no seu comportamento, percebendo que este não estava a resultar. Tanto a Diana como os seus pais e a psicóloga estavam no limite. Não sabiam mais o que fazer. Diana começou a entrar quase em depressão. Foi então, que um dia, enquanto se dirigia para a escola, encontrou uma menina sem uma perna. As duas jovens começaram a conversar, a contar as suas histórias e a menina sem uma perna, Sofia, contoulhe como tinha ficado assim. Nesse momento, Diana percebeu que podia passar por aquela fase depressiva se ignorasse o que os outros diziam e se tivesse força de vontade para continuar a lutar. A partir desse dia, Diana foi melhorando passo a passo e tornou-se a melhor bailarina da Europa! Deixou de ser gozada e passou a ser respeitada por toda a gente. Participou em vários concursos e conseguiu sempre ficar no pódio! Assim, continuou a dançar, sempre com muita força de vontade e muito treino! Diana foi uma verdadeira guerreira!

Beatriz Poeira, Nº5, 6ºF


PARQUE VERDE O Parque Verde é um local muito amplo e que nos transmite logo uma sensação de liberdade e de conforto! Este está dividido em duas margens, separadas pelo rio Mondego. A água do rio é brilhante e cristalina e espelha os dourados raios de sol, como se fosse um campo de searas. A ligar as duas margens, estende-se uma ponte enfeitada dos seus lados, com pequenos triângulos de várias cores, qual arte abstrata. Na margem direita, existe um parque para crianças rodeado por uma cerca de metal. Lá dentro, escorregas e baloiços fazem as delícias dos mais novos. Ao lado há uns cafés e esplanadas com uma vista para o rio onde se passeiam vários patos à procura de migalhas deixadas pelos visitantes. Uma extensa calçada permite andar de bicicleta ou dar passeios em contacto com a natureza. Na outra margem, também há alguns cafés e um enorme espaço aberto onde bancos de madeira, espalhados ao acaso, convidam ao descanso. E as árvores imponentes oferecem-nos, no verão, um ambiente refrescante, à sombra das quais se podem fazer agradáveis piqueniques ou simplesmente descansar na relva, envoltos na tranquilidade do momento e embalados pelos acordes da natureza, enquanto uma brisa suave rodopia em passos de dança musicados pelos trinados dos pássaros e pelo sussurro da corrente do rio. O Parque Verde é, realmente, um dos cartões-de-visita da cidade de Coimbra com muitas potencialidades para quem desejar passar agradáveis momentos de lazer.

Beatriz Poeira, Nº5, 6ºF


JARDIM ENCANTADO

Era um jardim muito bonito, soalheiro e grande. Na entrada do jardim destacava-se um passeio. No lado direito, havia uma casa amarela e, encostada a ela, encontravam-se alguns vasos onde, na primavera, floresciam as mais lindas flores que eu já vi e o seu doce perfume adocicava o local. Do lado esquerdo, uns arbustos podados em forma de cestinhos encantavam o jardim. Perto deles, uma roseira repleta de rosas vermelhas, que se desfolhavam em camadas, era o reino das abelhas. Aí, elas zumbiam o dia todo. Um pouco atrás, ouvia-se o som refrescante de um riacho num dia de verão. Nesse riacho cresciam umas quantas plantas. Neste local de imaginação, quando o visito, sou sempre tão feliz!

Maria Rita Lourenço Gonçalves, Nº 21, 6ºF


A REALIDADE COMEÇA NUM SONHO Há pouco tempo conheci uma menina chamada Clara que conseguiu transformar o seu sonho em pura realidade. Ela queria ser bailarina porque era totalmente apaixonada por dança, mas vivia numa pequena vila e não sabia como havia de conseguir concretizar o seu sonho. No entanto, tudo começou com uma inesperada viagem a uma grande cidade chamada Nova Iorque. Quando chegaram, a primeira coisa que os pais de Clara fizeram foi tratar de ir à nova casa desmanchar as malas. Era um apartamento com muito espaço, arejado e sobretudo muito iluminado, pois as grandes janelas, rasgadas nas paredes, deixavam entrar o ar e a luz. Na varanda, encontrava-se uma pequena mesa circular com três cadeiras à volta e um jarro de rosas vermelhas. No dia seguinte, a Clara foi para a nova escola, onde a receberam muito bem, não só os novos colegas como todos os professores. Ela adorou a nova escola! Naquele dia, as surpresas ainda não tinham acabado… Assim que chegou ao carro, a mãe perguntou: - Pronta para uma nova paragem? - Qual paragem? – interrogou a rapariga entusiasmada. - Bem…como te mudaste para uma nova cidade, eu e o teu pai decidimos oferecer-te aquilo que tu sempre desejaste. Nós inscrevemos-te numa escola de dança! – exclamou a mãe. Clara ficou estupefacta, não sabia o que dizer, pensar ou imaginar, o seu sonho estava prestes a começar e, de repente, mais nada interessava, apenas a enorme felicidade que sentia naquele momento. Simplesmente disse aos pulinhos: Obrigada! Amo-te, mãe!- disse a menina num sussurro carregado de emoção. No dia seguinte, quando chegou à primeira aula de dança, apercebeu-se de que o nível de exigência a que a expunham era enorme, tão grande que, no final da lição, estava cansadíssima, mas sempre com pensamentos positivos e isso dava-lhe força para continuar. Infelizmente, certo dia, o pior aconteceu: quando estava a descer a escada central da escola, tropeçou, caiu e, de degrau em degrau, rebolou como uma bola saltitona até conseguir agarrar-se a uma saliência do corrimão que lhe interrompeu a descida abruta. A pobre da Clara não se conseguia levantar, todas as pessoas por perto foram a correr tentar ajudá-la, mas não conseguiram! A funcionária da secretaria correu a ligar aos pais que a tiveram de levar ao hospital. O joelho tinha saído do sítio e tinha voltado a ir para lá, uma luxação. A miúda, de seguida, seguiu para casa e pronunciou as palavras para si mesma: “Cada segundo é tempo para mudar tudo para sempre”, na esperança que isto ajudasse. Assim que o joelho sarou, na aula seguinte, dançou com alma, nesse dia estava uma dançarina famosa que lhe fez a seguinte proposta: se a Clara treinasse muito poderia ir a Londres a um concurso. Assim aconteceu. Clara, como foi persistente, agora vai a Londres e o que acontecerá? Maria Rita Lourenço Gonçalves, Nº21, 6º F


O NOME DO DIABRETE [conclusão alternativa do conto tradicional “O nome do Diabrete”]

No terceiro dia, o mensageiro regressou e informou a rainha: - Sua alteza, o diabrete fez uma proposta. Tem de ir a casa dele e num sítio qualquer o nome dele está escrito. Ele quis dificultar o desafio! Tem dois dias para o fazer. - Onde é a casa dele? - Na montanha Cerem. A rainha, a cavalo, partiu logo para a montanha, mas a viagem era muito perigosa por isso o caminho foi feito com muita cautela. O primeiro obstáculo era uma ponte estragada. Felizmente tinha trazido a sua montada e um coice dela numa árvore derrubou-a. Para passar a ponte a rainha decidiu não arriscar, por esse motivo seguiu caminho sozinha, levava apenas consigo uma mochila com equipamento de escalada. O segundo contratempo era um desfiladeiro sem fim visível. Ela prendeu a corda numa árvore e desceu porque, no final deste obstáculo, encontrava-se a casa do diabrete. Foi descendo com cuidado, cuidado, cuidado, mas, à medida que ia descendo, a corda ia-se rompendo. Até que o pior aconteceu: a corda não aguentou a pressão e desfiou-se. A pobre mulher estava em queda livre! A salvação foi uma espécie de arbusto raro e fofinho em que ela caíra. Finalmente, encontrava-se na casa do pequeno trapaceiro. Estava tudo desarrumado. Então, ela decidiu arrumar tudo e, depois, procurar. Tanto pesquisou que encontrou uma porta secreta onde estava escrito “Rumpelstilzchen”. No momento em que ela pronunciou estas palavras foi transportada para casa! Por fim, estava tudo bem!

Maria Rita Lourenço Gonçalves, Nº 21, 6ºF


UMA AVENTURA VALIOSA Já havia algum tempo que Finn e Jim viajavam escondidos, ao longo do rio Mississípi. A sua rotina era a mesma todos os dias. Mas isso estava prestes a mudar. Um dia, já ao anoitecer, Finn e Jim foram buscar a sua jangada, que se encontrava toda tapada por choupos pequenos e salgueiros para não ser descoberta e começaram a viajar calmamente até que chegaram a uma parte do rio encantada e muito brilhante. Na margem esquerda, havia árvores que pareciam tombar na água reluzente e cristalina iluminada pela luz de pequenos pirilampos que voavam apressados. As árvores davam a impressão de estarem suspensas, quebrando as leis da física e formando arcos por onde os dois passavam. Na outra margem, rochedos rugosos e ásperos, também havia camélias, narcisos e cameleiras que inundavam o ar com o seu perfume. De repente, os dois ouviram um barulho muito forte! Huckleberry Finn tirou rapidamente um mapa que trazia consigo e perceberam que estavam quase a cair numa cascata! O pânico foi geral! Finn e Jim pegaram num remo do barco e tentaram travá-lo, mas este partiu-se. Jim arrancou um pouco de bambu e fez o mesmo procedimento, mas acabaram por cair. Depois da queda, por sorte a cascata era pequena. Jim passou perto de uma caixa reluzente. Pegou nela e mostrou ao amigo. - Agora, com esta caixa de moedas, podemos ir para a cidade começar uma vida nova! - Qual será o caminho para a cidade? – perguntou Jim. Essa é outra história que terão de imaginar!

Maria Rita Lourenço Gonçalves, Nº21, 6ºF


SONHOS CONCRETIZAM-SE Era uma vez um rapaz chamado João. O João era gozado pelos seus colegas de escola, por viver numa favela e ser negro. No entanto, o João nunca lhes deu muita atenção, o que ele queria mesmo era concretizar o seu sonho e ser um grande jogador de futebol famoso, para dar alegria aos seus pais, já que eles eram muito pobres e esforçavam-se muito no seu trabalho, mesmo só recebendo uns trocos. Mesmo que ninguém o apoiasse, ele esforçava-se muito. Quando o João fez treze anos, o pai inscreveu-o numa escola de futebol onde treinava todos os dias. O problema era que os pais do João não tinham muito dinheiro, por isso só poderiam pagar o primeiro mês de treino. Comovido com a história de vida do João, o treinador, depois de falar com ele, prometeu deixá-lo na equipa principal, se ele se dedicasse e nunca faltasse aos treinos. Assim aconteceu até que um dia, o seu pai ficou muito doente e teve de ser internado. Foi picado por um mosquito muito perigoso, João ficou muito triste porque a família não tinha dinheiro para o tratamento e por isso o pai, provavelmente, iria morrer. A tristeza era tão grande que não lhe apetecia ir aos treinos, mas lembrou-se da promessa que fizera quer ao treinador, quer ao pai, e voltou aos treinos. Passada uma semana, João teve um teste e se alcançasse uma boa cotação e ficasse entre os três melhores, receberia como prémio uma quantia de dinheiro, que lhe permitia tratar do pai; O menino estava nervoso, mas conseguiu ficar em primeiro lugar, e com lágrimas nos olhos, foi receber o dinheiro. Finalmente podia ajudar o pai. Passados cinco anos, João concretizou o seu sonho: tornara-se um ótimo jogador de futebol e o seu pai estava curado. Com isso, João pôde trazer felicidade à sua família. Depois de se tornar conhecido, deu uma entrevista onde contou toda a sua história e explicou como realizara o seu sonho, demonstrando, assim, a milhões de pessoas que um sonho pode ser concretizado com esforço e persistência.

Martim Mora, Nº24, 6ºF


JÚNIOR

Era uma vez um rapazinho chamado Júnior que vivia numa favela do Rio de Janeiro. Esse rapazinho era muito moreno, cabelo pequeno e escuro como a noite e olhos azuis como o mar. Júnior tinha um sonho desde miúdo, todos os dias pensava nele: jogar no Flamengo e tornar-se um grande jogador internacional. Mas, o menino tinha um problema: não conseguia tirar boas notas na escola e tinha negativas à maior parte das disciplinas. A sua mãe ficava triste porque sempre que Júnior saía da escola, em vez de estudar um bocado e fazer os trabalhos de casa, ia jogar futebol para o único campo existente na favela. Era um campo feito em cimento, muito degradado, cheio de grafites e com vários posters de jogadores conhecidos e ele queria ser um deles. Certo dia, Júnior foi captado para ir jogar para o campeão do Brasil, o Flamengo. Só que, como era terrível na escola, a mãe não lhe deu autorização. - Queres ir jogar para o Flamengo?- questionou-lhe a mãe. - Claro que sim, é o meu sonho.- respondeu ele - Então, se queres, tens de te esforçar e tens de tirar um muito bom no teu próximo teste, foram as ordens que foram dadas pelo Flamengo e por mim, disse a mãe. Júnior sempre que saía da escola, ia para casa estudar e fazer os trabalhos de casa e mãe sempre que o via a estudar, ficava muito orgulhosa. Até que chegou o dia do teste e ele estava nervoso, mas fê-lo com calma e concentração. No dia de receber o teste, Júnior estava ainda mais nervoso e, quando chegou a sua vez, a professora sorridente diz: - Tiveste muito bom, a melhor nota da turma, parabéns! - Boa, conseguiiiiiii! Quando Júnior chegou a casa, informou: - Tive muito bom no teste. - Parabéns! - gritou a mãe a chorar de felicidade- agora sim podes ir para o Flamengo. A partir desse dia, Júnior tornou-se muito mais responsável, preocupado, solidário e focado no seu trabalho de escola e do futebol. E em todas as conferências de imprensa, iniciava o seu discurso dizendo: - Miúdos, nunca desistam dos vossos sonhos mas nunca se esqueçam que os estudos são muito importantes.

Pedro Mendonça, Nº 26, 6ºF


[CONCLUSÃO ALTERNATIVA DO CONTO TRADICIONAL “O NOME DO DIABRETE”]

No terceiro dia, o diabrete regressou e perguntou à rainha se ela já sabia o seu nome. Esta, muito nervosa, começou a dizer nomes disparatados. A todos eles, o diabrete continuava a afirmar que não era o seu nome. A rainha, muito triste, começou a chorar e pedia imensa desculpa por não descobrir o verdadeiro nome do homenzinho. Como o diabrete era uma pessoa muito bondosa, perdoou-lhe, mas, em contrapartida, lançou outro desafio: - Assim, já que não és capaz de descobrir como me chamo, obrigo-te a que confesses ao rei que fui eu que transformei aquela palha toda em ouro. A rainha, com medo, afirmou: - Mas, se eu lhe disser que foste tu que o fizeste, ele vai ficar muito irritado e vai acabar por me matar. O diabrete não se deixou impressionar pelas razões da rainha e esta viu-se obrigada a ir contar ao rei que não tinha sido ela que transformara a palha em ouro, que tinha mentido e que pedia imensa desculpa pelo modo como agira. O rei respondeu: - Estou muito aborrecido por me teres mentido, mas perdoo-te porque foste honesta e descobriste alguém extremamente talentoso. Mal o rei acabou de pronunciar estas palavras, o homenzinho, que entretanto se tinha escondido atrás do vestido da rainha, apareceu. Um pouco surpreso, o rei perguntou-lhe: - Foste tu que transformaste aquela palha toda em ouro? - Sim, fui eu – respondeu com muita timidez. O rei ficou tão feliz com o sucedido, que decidiu homenagear o homenzinho. Assim, mandou organizar uma enorme festa e convidou todos os habitantes.

Pedro Mendonça, Nº 26, 6ºF


A PERSISTÊNCIA DE UM SONHO Em tempos que já lá vão, existia uma menina bailarina, chamada Rita, que era bela, criativa e extremamente generosa. Um dia, soube-se que tinha um grave problema de saúde numa perna, tendo assim necessidade de a amputar e substituir por uma perna de madeira. Certo dia, Rita, mergulhada numa tristeza profunda, lembrou-se do maravilhoso tempo em que era uma brilhante e radiosa dançarina que bailava suavemente como uma pena voando num palco desafiante. De repente, teve um sonho e, bastante comovida, verteu uma lágrima enquanto pensava que o sonho deve comandar a vida e que por isso se deveria esforçar e lutar para que este se concretizasse. Ora, os dias passaram e Rita continuava a pensar naquela frase tão sábia. Foi então que num dia invernoso repleto de encharcadas gotas de chuva, começou por tentar levantar-se, e… assim foi: levantando-se, caindo, chorando, erguendo-se novamente e voltando a tentar. Longas horas, dias, semanas e meses se passaram cheios de conquistas e derrotas, até Rita se tornar na primeira bailarina amputada de uma perna. Havia, por fim, realizado o sonho de uma verdadeira vencedora: voltar a brilhar num palco! Com grande coragem e determinação, Rita conseguiu alcançar o seu maior objetivo, aprendendo que, afinal, nunca devemos desistir de um sonho, pois este comanda a vida.

Maria Luísa Teixeira de Magalhães, Nº 15, 6ºH


A ARTE DA VIDA Conta a história, faz já algum tempo, a Holanda, país nórdico e baixo, estava povoada de tulipas multicolores e perfumadas, as quais emprestavam vida ao ar frio típico da região. Das inúmeras aldeias que a compunham, uma delas, pequena e insignificante, era habitada por uma menina única e singular. Boo, a menina dotada e incomum, residia numa acanhada cabana construída com estreitos ramos por entre os quais, nas manhãs de verão doiradas e abafadas, espreitavam bisbilhoteiros os raios de sol. Esse espaço era partilhado por duas pessoas envelhecidas que tinham idade suficiente para se assemelharem a seus avós. Eram elas Rose, mulher esguia, odiosa e fria e seu marido Josef, mais compreensivo, mas anónimo e insignificante. Lamentavelmente esta narrativa desenrola-se no inverno e, nesses frios dias, os raios de sol retraíamse e Boo enregelava-se e gemia de frio, entre mantas gélidas e pesadas, ouvindo o ensurdecedor ressonar de Rose. A nossa rapariga era franzina, engenhosa e talentosa. Grande parte desse talento era empregue na arte, adorando o desenho e a pintura, desaprovados por Rose. Prestava serviço em casa de uma dama, à qual surripiava os livros de que muito gostava. Detestava limpar-lhe a vivenda e cozinhar. E o dinheiro que com isso ganhava pouco era. Certo dia, caía chuva furiosamente e, ao vislumbrar ao longe a Sra. Marinette, numa corrida dolorosa, tentou alcançar a dama arrogante. Quando se encontrava a seu lado, rapinou a sua carteira de peles recheada. Continuou rua acima, sem a chuva dar tréguas aos seus pés descalços que agora eram como duas pedras. Corria tão rápido e decididamente que nem uma rasteira do filho do padeiro a impediu de prosseguir a sofrida corrida. Quando os barulhos da povoação cessaram, Boo parou, recuperou o fôlego e olhou para si: as calças rotas, ensopadas de lama, um joelho a sangrar, a camisola embebida em chuva e, claro, com a carteira de peles que furtara numa das mãos. Porém, e apesar do estado em que se encontrava Boo, desgovernada, tomou um trilho para a povoação mais próxima. Quando por fim se deparou com ela, deixou-se embrenhar timidamente nas ruas. Um senhor cabisbaixo vendo uma criança vagueando, tremendo e olhando vagamente à sua volta, manda-a entrar em sua casa, uma modesta galeria d’arte, repleta de pinturas maravilhosas e de diferentes dimensões. Boo explicou-lhe a sua história, por vezes, omitindo algumas verdades e o homem, de olhos verdes, vagos e cabisbaixo, pensava numa solução para os problemas da jovem que não se revelasse um prejuízo para si. Por fim, depois da sua demorada reflexão, ordenou a Boo que desenhasse. E Boo assim fez. Sentia-se feliz e também confusa e desenhou a face de um rapaz. O artista, ao contemplar o trabalho, sentiu-se inexplicavelmente feliz e confuso como Boo. O que ele desconhecia naquela rapariga ensopada que acolhera, era que esta tinha um talento irreverente e mágico, o qual lhe permitia exprimir os sentimentos vividos através da arte. Esta criança mudou a vida daquele artista. Eu sei como, mas agora cabe-vos a vós imaginá-lo!

Carolina Martins Torres Santos, Nº 7, 7º D


A EVOLUÇÃO DA TECNOLOGIA

Era uma vez um rapaz de dez anos chamado Rui, que amava a natureza como se fosse a sua casa, por isso, todos os fins de semana ia dar um passeio com o seu avô Gustavo. Costumavam ir passear ao Terreiro do Paço. Era fantástico, existiam plantas de várias cores, roxas, vermelhas, azuis, era um arco-íris de flores que brilhavam devido ao bater da luz do sol nas gotas de água pousadas nas folhas. Os pássaros acasalavam e cantavam de várias formas, uns mais grave, os outros mais agudos, mas cantavam lindamente como nunca ninguém conseguia cantar. As árvores dançavam com o sopro do vento, de um lado para o outro. Toda aquela paisagem transmitia uma imensa alegria, harmonia, encanto, beleza e amor. Era uma paisagem de encantar. Mas, por outro lado, várias pessoas agarradas a tecnologias estragavam aquela paisagem, tornando-a feia, triste e obscura. Era uma imagem de arrepiar. Rui, ao ver aquela imagem, perguntou com curiosidade ao seu avô: - Avô, tal como todos os meninos da minha idade, gostava de perceber porque é que toda a gente está ligada à tecnologia, de onde é que tudo isto apareceu? O seu avô Gustavo respondeu: - Há muitos, muitos anos, estava eu, um menino como tu de dez anos, a andar de carroça. Era uma beleza, a pele macia e bela do cavalo, com a crina em trança, até o seu relinchar era belo, a maneira como cavalgava era extraordinária, para não falar da beleza das carroças, cada uma com uma diferente textura e diferente cor. Algumas carroças eram feitas de ouro. Dentro destas, existia um banco do lado direito e outro atrás, e a vista que se via de lá de dentro para fora era como estar dentro de um sonho em que tudo era belo. As pessoas que iam dentro dela sentiam o baloiçar da carroça de um lado para o outro, mas hoje em dia não sentimos o baloiçar da carroça porque se criou o carro, o autocarro e o comboio. Estes novos meios de transporte trazem mais segurança, como nos carros, mas isso não implica que não tenhamos de respeitar as normas de segurança. Nos autocarros e comboios, temos de nos apressar para os conseguirmos apanhar e sermos levados ao nosso destino. Estes dois meios de transporte são públicos, mas são mais seguros do que os carros. - E os telemóveis, avô, eram tão espetaculares como os de agora? – perguntou o Rui. O avô, lembrando-se de quando era novo, respondeu: - Os telemóveis antigos estavam atarrachados a uma parede da casa e eram muito menos práticos, mas, por outro lado, não tínhamos de atender e incomodar as pessoas que nos rodeavam com o “trim… trim….” permanente do telemóvel. Antigamente, existiam muito menos atualizações como as de hoje em dia, que viciam as pessoas. Algumas atualizações são um meio de divertimento, mas outras mudam o comportamento das pessoas para pior, fazendo-as responder mal aos familiares e às pessoas que as rodeiam. A tecnologia foi evoluindo ao longo dos anos e estes são dois exemplos. Mas, Rui, nunca te esqueças, aproveita as coisas boas que Deus deu ao mundo, porque um dia podes não as ter!

Lucas Porto Mariz, Nº 11, 7º E


A ÁRVORE DE OURO

Era uma vez, uma cidade chamada Locaide. Essa cidade era diferente de todas as outras, era pequena e pobre e ninguém era feliz. Certo dia, nasceu um menino na cidade, o Jorge. Ele era filho de uma família muito muito pobre, como o resto das famílias de Locaide. O Jorge desde pequeno que queria mudar aquela cidade para melhor. Quando já tinha doze anos, começou a inventar. Começou por tentar inventar uma máquina que produzia automaticamente comida, mas só causou confusão. De seguida, tentou inventar uma afiadeira automática, mas na primeira experimentação, foi como se a afiadeira tivesse comido o lápis em segundos. Depois, tentou inventar uma máquina que fizesse o trabalho dos agricultores, ou seja, plantava, regava, colhia, e muito mais, mas, mais tarde, percebeu que só estava a piorar, pois estava a retirar o trabalho a pessoas, o que lhes ia dificultar a vida. Jorge fez muitas tentativas de invenções para melhorar a cidade de Locaide, para além destas. Certo dia, Jorge, já estava farto de não conseguir fazer invenções úteis para a cidade, então desistiu. O seu pai, quando descobriu que o rapaz tinha desistido, teve uma conversa muito séria com ele. Depois dessa conversa, Jorge conseguiu ter imaginação para continuar. Fez tantas invenções que, no final do ano, recebeu um prémio de melhor inventor juvenil de Locaide. Com este prémio, Jorge teve mais vontade de continuar e nunca desistir. Quanto Jorge atingiu os dezoito anos, já tinha feito imensas invenções e continuava a ter muito boas notas na escola. Nas férias de Verão do mesmo ano, Jorge já tinha mais tempo para pensar e inventar, sentia que já estava na hora de melhorar de uma vez por todas aquela cidade. Num dia de muito sol, Jorge teve uma grande ideia. Decidiu plantar uma árvore que desse um tom verde àquela cidade, e não cinzento, a cor da tristeza. Chegou o dia de plantar aquela tão esperada árvore. Aquela árvore era especial. Finalmente conseguiu melhor aquela pequena, triste e pobre cidade. Aquela árvore reproduzia-se tao rápido, que num mês cresceram 200 árvores. A cidade já não era a mesma coisa, agora já não era cinzenta, era verde, e as pessoas já não eram tristes, a felicidade era contagiante. Aquela árvore valia ouro para a cidade, então ficou conhecida como a Árvore de Ouro, e Jorge ficou conhecido como o grande inventor de Locaide.

Maria Helena Cunha, Nº 14, 7º E


“A QUÍMICA DA VIDA: UMA HISTÓRIA DE TRANSFORMAÇÃO.” A vida humana surgiu há muito pouco tempo, aliás se reduzirmos a criação do Universo e da Biodiversidade a um dia, os humanos só existiram nos últimos trinta segundos antes da meia-noite. Apesar disto, somos incrivelmente inteligentes e criativos. Mas também temos aspetos negativos como por exemplo a violação dos direitos humanos, tema do qual venho falar-vos. Há muito tempo, existiu uma rapariga chamada Ana. Ana vivia no Paquistão e era uma jovem destemida, muito corajosa e bela. Tinha os olhos verdes claros e o cabelo era longo, liso e castanho. Na sua cidade, as mulheres quase não tinham direitos: não podiam mostrar os membros e o tronco em público e eram expressamente proibidas de estar na rua depois das vinte horas. Esta jovem não gostava, nem concordava com estas regras e queria impor-se, fazer-se ouvir, mas não sabia como. No seu quarto, sozinha, começou a refletir no que poderia fazer. Primeiro pensou em ir às escolas, falar sobre o assunto aos jovens, mas logo se lembrou que não podia entrar nelas, pois o seu acesso estava limitado ao sexo masculino. Depois de algum tempo, lembrou-se de organizar reuniões secretas, à noite, com outras jovens mulheres, consciente de que, se fossem descobertas, poderiam acabar mortas. Porém, Ana estava tão preocupada com essa situação que já não pensava em mais nada. Cansada, acabou por adormecer. Quando acordou, no dia seguinte, vestiu-se, foi tomar o pequeno-almoço com a família e transmitiu-lhes a sua preocupação com a violação dos direitos das mulheres no seu país. O pai discordou logo e a mãe limitou-se a concordar com o marido, todavia, mais tarde, manifestou-lhe todo o seu apoio. Na noite seguinte, quando se foi deitar, chamou a mãe e perguntou-lhe: - Mãe, que posso eu fazer para parar este horror? Ao que a Mãe lhe respondeu: - Se queres parar com isto, age! Vai para a rua e faz-te ouvir! Organiza manifestações! Fala com todas as pessoas que querem acabar com este martírio e com esta discriminação! Ana agradeceu os conselhos da mãe e deitou-se a pensar numa forma de fazer todas aquelas coisas. Na manhã seguinte, levantou-se, bebeu um copo de sumo de romã e foi para a rua reunir jovens a favor da abolição do horror que estava a acontecer no seu país. Conseguiu reunir trinta mulheres que formaram um grupo a que ela chamou GCOM e que significava: Grupo Contra a Opressão das Mulheres. Ao longo dos anos, Ana e o seu grupo fizeram inúmeras manifestações, deram palestras e foram ganhando imensos apoiantes, inclusive homens. Já com idade avançada, durante uma palestra, Ana foi atingida por um tiro de uma pistola e morreu. Foram feitos vários memoriais em honra dela e a verdade é que o Paquistão mudou, as mentalidades evoluíram, graças à iniciativa, à força e à coragem de uma simples rapariga chamada Ana que um dia teve um sonho!

Lourenço Freitas, Nº 8, 7ºG


“A QUÍMICA DA VIDA: UMA HISTÓRIA DE TRANSFORMAÇÃO”

Chovia em Nova Iorque. Allan, um empresário com algum prestígio, contemplava da grande janela do seu escritório as crianças felizes a brincar nas poças de água lá fora, as pessoas a saírem das padarias com bolinhos acabados de fazer e ele, ali, fechado num escritório, onze horas por dia, todas as semanas, todos os meses, todos os anos… Allan era de origem africana. Os seus pais não tinham tido possibilidade de lhe dar, a si e aos seus irmãos, uma infância colorida. Apenas um cenário de guerra e pobreza. O rapaz e os irmãos cresceram numa instituição para crianças cujos pais não tinham possibilidade de as sustentar. Sempre admirou as pessoas que trabalhavam naquela instituição, principalmente a senhora Aida, que fora uma mãe para ele. Por causa de graves problemas de saúde, o mais velho dos três irmãos, Sisse, morrera, tendo ficado apenas Allan e Crispie, o qual, mais tarde, fora trabalhar para a Rússia como militar. Allan, com toda a ajuda possível, conseguiu tirar um curso na Universidade e tornar-se posteriormente um empresário de sucesso. Mas, para ele, ser empresário era apenas uma forma de ganhar dinheiro para poder viver, sem depender de ninguém. Porém, ele tinha um sonho: poder ser igual à Senhora Aida e a todas as outras pessoas que cuidavam dele na instituição. O seu sonho era poder ajudar os outros! Certo dia, após o trabalho, chegou a casa, olhou para a jarra feita pela senhora Aida e sentiu que estava na altura de lhe fazer uma visita. E assim, embarcou numa viagem até África, relembrando tudo o que tinha vivido naquela época. Desde as coisas boas às menos boas. Quando finalmente chegou à instituição, olhou para o rosto da Senhora Aida, após tantos anos a vê-la apenas na fotografia desfocada que possuía, e uma pequena lágrima surgiu no canto do seu olho, logo de seguida acompanhada de muitas outras, pois a emoção era enorme! Os dois conversaram por muito tempo. Durante a sua estadia, Allan ajudou nas tarefas, tomando conta das criancinhas. Sentia que tinham sido os melhores dias da sua vida, mas chegara a hora da partida e das despedidas. Durante a viagem, pensou em todos os piores cenários que vemos diariamente nos meios de comunicação social, os quais não refletem só o que se passa em África, como em todo o mundo: pessoas que perdem as casas devido aos incêndios; pessoas desempregadas; sem abrigos; mães que não conseguem sustentar os filhos, entre outros. Então surgiu-lhe uma ideia fantástica: criar uma fundação que ajudasse todas estas pessoas, pessoas com as mais variadas dificuldades. E assim surgiu a fundação “ Química da Vida” que se expandiu rapidamente por vários países. Allan concretizou, deste modo, o seu sonho e o de muitas outras pessoas por todo o mundo!

Matilde Costa Alemão, N.º18, 7.ºG


OS NOSSOS SONHOS FRÁGEIS Quando somos pequenos acreditamos, muito inocentemente, que, quando crescermos, quando formos adultos, poderemos ser tudo aquilo que como crianças queríamos ser: bailarinas, astronautas, cientistas ou, até, bailarinas às quartas, astronautas aos fins-de-semana e cientistas nos restantes dias da semana. Com sete anos de idade, sonhava ser pintora. Não! A melhor do mundo. Não! Do universo, até os extraterrestres me iriam admirar. Já tinha tudo planeado: como seria, como agiria, como falaria quando fosse famosa, importante e imponente. Nesse momento, estava a desenhar um carro, o carro que eu teria no futuro, precisava de pensar em todos estes pormenores antes do dia em que me tornaria famosa, porque aquele ia chegar, certamente, e eu tinha de estar preparada. Também foi nesse momento quando todos os meus desejos mais profundos, pelo menos os mais profundos que uma criança de sete anos conseguia imaginar, se desvaneceram. E o traidor? O aliado em quem eu mais confiava: a minha Mãe. Foi apenas uma frase, e não creio que ela pudesse ter imaginado o golpe que seria, uma frase elogiosa para ela: “Que lindo chapéu!” Mas, não era um chapéu, era um carro! Via-se perfeitamente, certo? Comecei a duvidar dos meus sonhos “Melhor pintora do mundo”... É pedir demasiado? Depois das minhas habilidades “Ser pintora” Seria capaz? E, aí, com a enorme maturidade que tinha aos sete anos, tomei uma decisão que mudaria o curso da minha vida. Desisti de desenhar. “E agora porque estou a pensar nisto?”. Anos passaram, deixaram-me apenas memórias do incidente e da promessa que tinha feito a mim própria. Desde o incidente, por princípio, devido à minha teimosia tive o cuidado de religiosamente nem pegar num lápis de cor. Que bem faria? Apenas me iria fazer acreditar no impossível, sonhar o inalcançável, pensar que alguma vez na minha vida seria boa a desenhar. “Ah, pois. O projeto.” Olhei para a mesa e para a o papel do enunciado sobre ela. Dizia, claramente, e em letras a negrito. “Trabalho para 20% da nota final (...) cria um cartaz ilustrando os benefícios de consciência ambiental no mundo” e finalmente “Para nota completa o trabalho terá que conter um texto e uma imagem ilustrativa (Os alunos não serão avaliados nas suas técnicas de desenho, mas no conteúdo).” O trabalho final de Ciências Naturais. Já tinha acabado de escrever o texto só faltava a imagem. Um pensamento proibido passou pela minha mente. “E se eu desenhasse? Não seria avaliada na técnica. Não devia ser um problema, mas, as correntes que eu própria criara, impediam-no. Peguei num lápis, encostei-o ao papel, fiz um risco, depois outro e um a seguir. Era relaxante, confortável, e dava-me alegria duma forma misteriosa. No dia seguinte, cheguei à escola, com o trabalho terminado e pu-lo na mesa, à vista de todos, experimentando um orgulho como já não sentia há muito tempo. Vi os colegas a circularem por entre as mesas, apreciando o que os outros tinham feito. Uma colega passou pela minha carteira, olhou e sorriu: “Ah! Eu não sabia que gostavas de desenhar! Está tão bem!” Agradeci imediatamente sem pensar, por instinto, mas dentro da minha cabeça, o pensamento mais clandestino de todos estava a começar a despontar de forma súbita e irreprimível: “Se calhar… até podia desenhar.”

Kira Morozova, Nº 15, 9º C


A QUÍMICA DA VIDA Tudo começou no dia vinte e cinco de junho de mil novecentos e oitenta e quatro, em Viana do Castelo, quando Francisca Rodrigues deu à luz uma menina chamada Cristina. Essa menina era pequena, tinha bochechas rosadas que contrastavam com o seu tom de pele, branca como uma rosa, muito bonita. Francisca era mãe solteira, o seu namorado tinha fugido com uma mulher mais nova e nunca mais aparecera. Ela passou por muitas dificuldades para conseguir que o parto corresse como esperado, mas conseguiu e deu à luz uma filha encantadora. Desde os três anos, Cristina adorava ajudar os outros. Apesar de muito pequena, conseguia realizar pequenos atos e, pelas feições, notava-se que ficava orgulhosa de si mesma. Quando entrou para a escola primária, decidiu, logo no primeiro dia, que iria ser professora, ainda não sabia de quê, mas a mãe sabia lá no fundo que não era isso que ela iria ser. Era uma aluna exemplar a tudo, exceto a Matemática. Achava a Matemática uma disciplina difícil e muito trabalhosa. Passados alguns anos, ela encontrava-se no nono ano e, tal como a mãe imaginava, Cristina mudou de ideias e decidiu que ia ser psicóloga porque achava que não bastava que as pessoas estivessem bem fisicamente, mas também psicologicamente, e achava que conversando com elas, estas ficavam melhor. E assim foi. Quando passou para o décimo ano, depois de investigar muito, seguiu a área que permite prosseguir para psicologia. O primeiro ano correu muito bem, ela acabou com uma média de dezoito, porém, nos anos seguintes, baixou um pouquinho, acabando com dezassete valores de média. Num dia muito chuvoso de outono, Cristina, que estava na faculdade a estudar, recebeu uma notícia horrível, sua mãe morrera numa explosão de um carro quando esta ia levar o almoço à sua filha. Cristina estava triste, muito triste, chorava da mesma maneira que a chuva caía lá fora. Como iria ela viver sem o amor da sua vida, a pessoa que sempre a apoiou e ajudou, a única pessoa que ela tinha para lhe dar um colo e para chorar? Passados alguns meses, Cristina, que tinha começado a trabalhar num restaurante, com o dinheiro que tinha guardado a vida toda mais o dinheiro da sua mãe, comprou uma casa. Era um T1 barato onde, agora, poderia viver em paz. Depois de acabar o curso, começou a trabalhar numa clínica juntamente com dois psicólogos, Tiago Santos e Rui Lopes. Cristina deu-se bem com os dois, pois era uma pessoa bastante simpática e comunicativa, porém entendeu-se melhor com o Rui. Ele trazia-lhe uma grande paz de espírito e tal como ela, ele era muito simpático. Um dia, a caminho do trabalho, Cristina encontrou um rapaz a pedir esmola e, como desde pequenina era muito solidária, para além de esmola decidiu falar um pouco com ele. O mendigo chamava-se Guilherme e o seu sonho era um dia poder estudar psicologia numa universidade, porque achava que não bastava que as pessoas estivessem bem fisicamente, mas também psicologicamente. Ao ouvir estas palavras ficou emocionada e decidida a ajudar o mendigo, pois ele tinha exatamente o mesmo pensamento que ela, que o Tiago e o Rui. Depois de um ano, depois de arranjar uma casa para o Guilherme, conseguiu angariar dinheiro suficiente para realizar o seu sonho. Tal como Cristina, nós não devemos desistir dos nossos sonhos, independentemente dos obstáculos e porque esses sonhos podem influenciar os sonhos dos outros. Bárbara Simões, Nº5, 9ºD


ABU Abu era um jovem de cor negra, que nascera nos arredores de Lisboa, num bairro social muito degradado e pobre, no qual já não existia uma réstia de esperança ou de sonho em vista de uma vida melhor. Desde pequeno, Abu sempre vira o mundo de outra maneira, com olhos reluzentes e esperançosos que muitas vezes se desvaneciam quando os miúdos e colegas do bairro gozavam com ele, pois eles tinham sido educados como ladrões e rufias, que ao descobrirem os sonhos de Abu, tinham a certeza que não passavam disso, de meros sonhos. Amália, a mãe de Abu, em tempos também teria pensado da mesma maneira. Tinha como sonhos alcançar uma boa profissão e ajudar as outras pessoas, algo impossível para uma mulher, sobretudo de cor negra. Porém, ela, infelizmente, casara-se com o homem errado, forçada pelos pais que a tinham oferecido, sem mais nem menos, como forma de sustento ao delinquente que oferecesse mais, em pleno século vinte. Preconceitos como o racismo e a descriminação não se mudam num clique, de um dia para o outro e, muitas vezes, atos impensáveis são cometidos nos dias que correm. No entanto, o foco desta história não são as tristezas e as desavenças da mãe, mas sim as do seu filho, que ainda tinha uma longa jornada de altos e baixos pela frente. O pequeno sonhador imaginava-se sendo um dos heróis de banda desenhada, no futuro. O Super-Abu, nome bastante original, seria um combatente contra o crime, que com a sua capa extraordinária conseguiria voar e tornar o mundo num lugar pacífico e próspero onde crianças da sua idade não seriam transformadas em ladrões, devido à falta de dinheiro ou de oportunidades. Infelizmente, a vida não é um sonho e os superpoderes não caem do céu, uma moral que o protagonista desta história ia interiorizando, à medida que ia crescendo. No dia do seu décimo quarto aniversário, Abu presenciou o momento que mudaria a sua vida para sempre. O pai de Abu, que de pai não tinha nada, espancou mais uma vez a sua mãe, mas desta vez as marcas foram muito maiores. O monstro levou a vítima indefesa à sua morte. Depois da escola, ao encontrar a porta do seu pequeno apartamento entreaberta, apercebeu-se do que tinha acontecido. O menino, que sonhara em tempos com super-heróis e fontes de chocolate, tornar-se ia num adulto com apenas um objetivo, deter o assassino da sua mãe, que era o seu próprio pai. Se Abu se tornou num rufia como todos os outros, ou se se tornou num polícia ou detetive em busca do assassino, é algo que se encontra fora de registo.

Pedro Daniel Veiga Vaz Cortesão, Nº17, 9ºD


A QUÍMICA DA VIDA: UMA HISTÓRIA DE TRANSFORMAÇÃO

A Filipa era uma rapariga alegre, com cabelos compridos e loiros, olhos azuis e de baixa estatura. Ela tinha um namorado chamado Carlos, um pouco mais alto do que ela, cabelos escuros como o carvão e olhos cor de avelã. Certo dia, nas férias do verão, o Carlos estava a andar na rua até que viu um carro despistado que o atropelou. Ele foi para ao hospital e entrou em coma. A Filipa, assim que soube, foi lá ter para que, assim que ele acordasse, ela estivesse lá para o ver. Mas isso não aconteceu. Passados dois meses, um médico ligou-lhe para lhe dizer que ele ainda não tinha dado nenhum sinal e que, por isso, teriam que desligar os aparelhos aos quais ele estava ligado. Ela ficou muito desiludida, por isso fechou-se no quarto sem querer comer, nem falar com ninguém durante duas semanas, saindo só para comer. Começaram as aulas e a Filipa, relutante, foi para a escola. A sua rotina baseava-se em casa-escola-casa, até que um dia a professora de português disse que iam fazer um trabalho de grupo e que ela ia fazer esse trabalho com os colegas Diogo e a Mariana. Enquanto faziam o trabalho, eles iam conversando sobre todos os assuntos possíveis, até que a Mariana perguntou porque é que ela nunca estava com ninguém da turma e andava sempre sozinha. A Filipa pensou que até era bom desabafar e contou-lhes o que acontecera com o seu ex-namorado, o Carlos. A Mariana e o Diogo compreenderam e convidaram-na para ir lá a casa, pois eles eram irmãos. Ela aceitou, visto que também era bom para ela sair de casa e, durante algum tempo, a Mariana, o Diogo e a Filipa começaram a andar juntos e acabaram por se tornar melhores amigos. O ano foi passando e voltaram a chegar as férias do verão. Assim, a Filipa relembrou o que aconteceu durante o ano e pensou na felicidade que ela tinha, agora, por ter dois melhores amigos, apesar da pessoa que ela mais amava ter morrido.

Rita Farinha Silva, Nº18, 9ºD


A QUÍMICA DA VIDA: UMA HISTÓRIA DE TRANSFORMAÇÃO

Agora vou contar a história de um menino, que talvez faça pensar (ou talvez não). Este menino aparentava ser uma criança normal. Tinha cabelo castanho, olhos verdes como a relva, era alto e chamava-se Miguel. Ele tinha uma característica diferente dos outros meninos. O Miguel era autista. A história do Miguel começou quando ele tinha apenas sete anos. Ele tinha uma família normal como todos nós. Tinha um pai, uma mãe e um irmão mais novo, que era tudo para ele. Certo dia, estava Miguel a brincar com o seu irmão (o Duarte) numa espécie de um parque de estacionamento velho. Este parque tinha muitos carros antigos, era sujo, tinha bastante pó, mas, mesmo assim, era o lugar preferido dos dois irmãos. Passavam no parque todos os domingos. Andava o Miguel e o Duarte no parque a saltar de carro em carro, quando aconteceu algo terrível! O Duarte tinha caído durante um dos saltos! Então o Miguel foi a correr depois de ouvir um estrondo. Quando viu o irmão no chão, a sangrar, entrou em pânico. Ele estava estático, simplesmente a olhar para o irmão sem saber o que fazer. O tempo passava e o Duarte cada vez perdia mais sangue. O seu irmão, Miguel, tentava ajudá-lo, mas já era tarde demais, pois o Duarte acabara por morrer. Os pais nunca perdoaram o Miguel depois daquela tarde. Por isso, depois de várias tentativas (falhadas) de explicar o que acontecera ao Duarte, o Miguel foi expulso de casa e entregue a um orfanato, onde foi criado até completar os seus vinte anos. O Miguel também não se conseguia desculpar e todos os dias pensava como tudo podia ter sido diferente se ele tivesse conseguido salvar o irmão. Por este motivo, comprometeu-se a estudar medicina para que ninguém voltasse a sentir o que ele sentiu ao perder o Duarte. Portanto, já adulto, o Miguel concorria ao seu primeiro trabalho num hospital. Ele era bastante inteligente, tinha um vasto conhecimento, logo, conseguiu o trabalho que ele tanto desejava.O Miguel concretizara o seu sonho e não demorou muito para ser o médico que todos os hospitais aspiravam ter. Todos nós devemos fazer como o Miguel, nunca devemos desistir dos nossos sonhos, não importa se temos alguma deficiência ou se todos nos tentam derrubar. Ele transformou a morte do seu irmão em algo bom que lhe deu força e coragem.

Ana Carolina Campos Filipe, N°1, 9°E


UM DIA... Aysla, uma médica muito competente e focada, com trinta anos e dez de profissão, tem o sonho de encontrar a cura para o cancro. Todo dia quando chega do trabalho, vai direto para o seu escritório, no escuro e solitária, porém cheia de ambição. Rapidamente, começa suas pesquisas que sempre acabam indo para o mesmo murmúrio, “um dia eu consigo”, e sempre é a mesma rotina, todos os dias, com o mesmo murmúrio no final. Sempre pela manhã, Aysla liga para sua mãe e pergunta como vai a saúde de sua heroína e, como todos os dias, a menina recebe a mesma resposta: - Não se preocupe comigo, Aysla! Vá viver sua vida, você ainda é jovem. Saia deste escritório e sinta o calor do sol por mim! - Mãe, eu vou conseguir. A senhora tem de acreditar em mim. - Está bem, só não deixe de viver, filha! As duas desligam. E sempre de manhã é a mesma coisa, a mesma conversa, o mesmo drama e a mesma frustração de Aysla, por ter pouco tempo para salvar a sua mãe. O dia no trabalho foi preenchido, mas com a mesma alegria de Aysla por pensar que está salvando vidas. Porém, para existir um jardim florido, é necessário chuva, e foi neste instante que a tempestade alcançou a vida da menina. Um telefonema, bastou somente uma breve ligação para tirar o chão de Aysla. Foi assim que a jovem médica se sentiu após a notícia da morte de sua amada mãe. Ela culpou-se, culpou-se porque pensou que não trouxera orgulho para a sua mãe, não ficara com ela nos seus últimos suspiros e o pior, não conseguira salvá-la a tempo. Com este sentimento de dor e culpa, ela adormeceu com o peito doendo, e prometeu a si mesma que tentaria ser forte. Pela manhã, acordou chorando por lembrar que não tinha mais sua mãe para ligar. Pediu uma folga do trabalho que foi concedida, mas logo foi para o escritório, chorosa e determinada. Passou horas trancada naquele escritório escuro e deprimente. Aquela menina sorridente, que encantava a todos com seus olhos verdes como duas esmeraldas e sua pele morena, estava, agora, cansada, com os olhos inchados e avermelhados. Ela terminou o seu dia com uma frase diferente, porém depressiva, “eu não consigo” e dormiu com esta frase na cabeça. Pela manhã, abriu seus olhos lentamente e começou a pensar em tudo o que houvera em somente dois dias. Então, lembrou-se do que sua mãe lhe dizia, “siga novos caminhos, pense no que esses caminhos irão trazer. Nunca deixe de viver”. Aysla sorriu com uma alegria sem igual e passou a adormecer pensando no amanhã. O dia passou-se ligeiro, contudo totalmente diferente. Foi trabalhar, só que nesse dia decidiu escutar as histórias dos seus pacientes. Foi almoçar, entretanto acompanhada dos seus amigos e colegas do emprego. Aysla pensou em viver o dia, não só estar lá, então chegou a hora de ir para o escritório, para aquele escritório escuro que estava agora iluminado com a luz do sol. Ela revia todas as suas pesquisas e, agora, prestava atenção em todos os detalhes que não tinha conseguido ver porque estava cega, cega de ambição. Antes de dormir calma e serena, ela passou a murmurar algo, algo novo, “esse dia chegou...eu consegui! Catarina del Carmen Gonçalves Castro, 9ºE


A QUÍMICA DA VIDA: UMA HISTÓRIA DE TRANSFORMAÇÃO

Há muitos exemplos e histórias de pessoas que transformaram a sua vida e de outros, por querer seguir uma ideia ou sonho. Pode-se transformar a vida das pessoas pela negativa ou pela positiva, dependendo da ideia ou do sonho. Todos nós, provavelmente, já perdemos alguém que nos era próximo e isso também é uma maneira de nos transformar, a maior parte das vezes, essa transformação é caracterizada pela tristeza, pois afeta a nossa maneira de pensar, viver… Há um exemplo dessa transformação em Dinis, um homem robusto, de cabelo de curto e loiro, trabalhador, pois trabalhava desde os 13 anos como pedreiro. Era também algumas vezes um pouco duro na educação do filho, apenas para que ele se tornasse também num homem. Na maior parte das vezes era uma pessoa bem-disposta e sobretudo muito amigo. Dinis tinha um melhor amigo desde infância, Gonçalo, e ambos fizeram tudo o que se podia fazer, juntos. Todas as asneiras, todas as coisas boas… tudo! Tanto que desde a sua infância até aos seus 35 anos acompanharam-se um ao outro, acabando até por ser cunhados. Gonçalo havia apresentado a sua irmã mais nova ao Dinis e estes acabaram por se casar, Assim, esta era uma amizade com muita lealdade e confiança. Mas Dinis tinha um vício, que Gonçalo já tinha deixado de fazer, que era o motocross, mas não em competição, apenas com amigos nos pequenos matos que havia perto de sua casa. Ele era um “louco” por motas. Além de saber desmontar e montar uma mota e ela ficar igual, tinha um “kit de mãos” para a mota que toda a gente queria ter, pois conduzia muito bem. Mas nem sempre corre tudo bem… Então, um dia, Dinis, foi andar de mota, como já era hábito, com os seus amigos. Algum tempo depois, quando Gonçalo estava em Marrocos, devido à sua profissão, recebeu uma chamada de Portugal. Foi a pior chamada que podia ter recebido, pois era a notícia de que tinha acabado de perder o seu melhor amigo. Dinis teve um acidente de mota que lhe provocou morte imediata. Gonçalo, longe de casa, não podia sequer estar presente, mas mal chegou foi procurar pelo seu melhor amigo. A partir daí, Gonçalo, mudou completamente não a sua forma de ser, pois continuou a ser uma pessoa brincalhona, amiga e humilde, mas sim a sua forma de pensar. Daí em diante começou a pensar em aproveitar a vida, com moderação claro, mas tirar o máximo de prazer dela, porque percebeu que ora está tudo bem ora a vida se torna num pesadelo. Gonçalo, a partir daí, disse uma frase vezes sem conta “A vida são dois dias, por isso, vou aproveitá-la!”. Ele, desde então, tornou-se uma pessoa mais sensível e deu ainda mais valor à família, apesar de alguma parte da sua família lhe ter sido ingrata e desleal, pois por motivos financeiros deixaram de lhe falar, contudo, apesar das perdas, Gonçalo consegue ser feliz. Gonçalo continua a ser um grande pai, tal como Dinis foi um bom tio.

João Rodrigues, Nº8, 9ºE


AMO-TE ATÉ ÀS ÚLTIMAS BATIDAS DO MEU CORAÇÃO

Coração acelerado, mãos a suar, respiração ofegante e uma lágrima no rosto. Fiquei assim quando te toquei pela primeira vez. Quando te peguei ao colo, senti tuas lágrimas a secar e o teu pequeno coração a bater ritmadamente com o meu. Num instante, pareceu-me que estivesse no paraíso e éramos apenas nós dois contra o mundo. Mas nem sempre foi assim… Quase me esqueci de me apresentar! Sou o John Green, um músico britânico de 26 anos que, após passar por tantas desilusões e confusões, apenas quer um amor para a vida. - Bom dia, John! - cumprimentou Sarah, a minha manager.- Pronto para o grande dia? - Bom dia, Sarah! A que horas é a reunião com a produtora? -10 horas da manhã. Olho para o meu relógio que marca nove horas e trinta. Decido ir à casa de banho para me acalmar. Estou nervoso, pois vou ter uma reunião com a Sra. Theresa Rossi, uma famosa produtora da Sony Music. Isto pode dar um grande impulso à minha carreira e assim vou poder ajudar a minha mãe que está muito doente. Vejo-me ao espelho e estou mais confiante que o normal. Visto umas calças beges e um polo branco que realça as minhas tatuagens coloridas. Saio da casa de banho e vou ter ao encontro da Sra. Rossi. A meio do caminho avisto uma rapariga de costas, com o cabelo até pouco baixo dos ombros, vestida formalmente. - Bom dia! Posso falar com a Sra. Rossi? - É a própria. E quando ela se virou o meu coração deu um aperto e senti o meu estômago com borboletas. - Uhm… Prazer Sra. Rossi… Sou… o… John Green…- disse nervoso. - Podes-me chamar de Tessa. Entra, fica à vontade! Discutimos o contrato e acabei por assiná-lo. Começava ali uma grande era! - Tessa? - Sim… - Tenho algumas dúvidas, será que podíamos ir jantar às 20h? - Claro, encontramo-nos às 20h, então! Vou para casa, feliz e componho durante a tarde e, quando o meu relógio marca as 18h, sinto-me nervoso após a Tessa ter-me enviado a sua morada. Então decido ir tomar banho e vestir-me. Visto umas calças azuis escuras, uma camisa branca com detalhes pretos na gola e os meus sapatos de sair. Penteio o meu cabelo castanho ondulado e saio ao encontro da Tessa. O percurso de carro foi tranquilo, fiquei a saber que tem apenas 26 anos como eu e que os seus pais trabalham ambos na Sony Music. Decidimos ir ao Camila’s Restaurant e depois dar um passeio na praia. Quando saímos do carro, pude ver melhor o que ela tinha vestido. Gosto da maneira clássica como se veste, da sua maquilhagem simples e do seu cabelo castanho penteado de uma maneira que contrasta com as suas vestes. Passados uns meses, muitos outros encontros aconteceram e começámos a namorar. A maneira como eu e ela estávamos apaixonados parecia de filme e eu era a pessoa mais feliz por tê-la ao meu lado. Até


que chegou a nossa casa uma carta do Hospital Robert Scott para a Tessa. Decidi ler a carta e ela dizia que tinha sido diagnosticada com o Síndrome de Up. - Tessa… Chegou esta carta para ti. Ela logo leva-me a carta da mão e desata a chorar contra o meu peito. - John… Tenho apenas 9 meses de vida. Já te devia ter contado há mais tempo, mas tenho Síndrome de Up. Há uma bactéria no meu coração que o vai destruindo aos poucos e não há nada que eu possa fazer para pará-la.- diz soluçando. Desatei a chorar. - Eu só queria amar a pessoa perfeita que és, Tessa! Quem vou eu amar agora? - Ainda tenho outra coisa para te contar… Estou grávida de 2 semanas. - Oh Tessa, eu amo-te! Vou cuidar desta criança como nunca amei ninguém. Passaram-se os melhores nove meses da minha vida com muitos concertos, beijos, choro e amor pelo meio e chegou o dia do parto. - John, o meu coração não vai aguentar o parto… Amo-te! - Eu também te amo, Tessa. Cuida de mim lá em cima. E depois de te tocar pela primeira vez, ouvi as máquinas a darem os últimos bipes do coração de Tessa. Logo senti as minhas lágrimas a misturarem-se com as tuas e as tuas pequenas mãos a tocarem no meu peito. - És tu pequena Tessa Rossi Green, o meu verdadeiro amor. Mesmo depois de saber da doença da tua mãe, lutei para te conhecer. Tu transformaste a minha vida e a dela fizeste valer a pena. Amo-te até às últimas batidas do meu coração.

Ana Carolina Santos, Nº3, 9ºF


A QUÍMICA DA VIDA: UMA HISTÓRIA DE TRANSFORMAÇÃO

Vou contar a história de um jovem que apenas com vinte anos já tinha mudado o mundo, conseguindo torná-lo melhor. Desde a sua infância sempre foi uma criança diferente, sempre teve sonhos maiores do que si próprio, queria fazer a diferença no mundo, queria mudá-lo para melhor. Tinha apenas oito anos quando deu o primeiro passo para concretizar o seu sonho. Na escola, enquanto dois dos seus melhores amigos estavam a discutir, ele pensava para si mesmo qual seria o motivo para discutirem simplesmente por não aceitarem uma derrota. Aquila discussão só estava a deixálo cada vez com mais perguntas e não conseguia descobrir a resposta a nenhuma delas. Foram estas perguntas ainda sem resposta que o fizeram perceber que o seu sonho seria possível de deixar de ser apenas um sonho e tornar-se realidade. Aí ele percebeu que tinha uma missão de vida e que, com muito trabalho, ele conseguiria tornar pelo menos o seu pequeno mundo melhor. Até ir para a Universidade, ele limitou-se a mudar a mentalidade e a perspetiva do mundo de quem o rodeava, como por exemplo aqueles que desprezavam idosos porque diziam que só davam trabalho e que não faziam nada sozinhos e que até as crianças davam menos trabalho. Ele fê-los perceber que, apesar disso, é nas pessoas idosas que se encontra mais conhecimento e todo o passado da família, representam a sabedoria e têm a resposta a praticamente todas as perguntas. Em vários outros assuntos, ele fez com que as pessoas mais ignorantes em relação a tudo percebessem quão boa é a sensação de ajudar e de deixar os outros felizes. Com os seus dezanove anos, os seus pais morreram num acidente rodoviário, ele não sabia como lidar com aquela situação, chegou a pensar várias vezes em desistir do seu sonho e deixar este mundo, já nada fazia sentido para ele sem o apoio dos seus pais. Ele não tinha para onde ir, não tinha com quem ficar, era ele e ele mesmo. Com o apoio de um psicólogo, ele acabou por ganhar ainda mais força para alcançar o seu sonho, agora não só por ele, mas pelos seus pais também. Em todo o seu percurso escolar, já tinha ganho vários prémios relacionados com as suas ações para tornar todas as escolas por onde passou melhores. Agora, tinham aberto as inscrições para um concurso em que tinha de apresentar os maiores problemas da sociedade e três formas viáveis de os mudar. Isto seria muito simples para ele, visto que já desde há muito tempo ele andava a trabalhar para mudar estes aspetos. Mas nunca tinha tido uma oportunidade como esta, trabalhou arduamente naquele concurso e, sem grande surpresa, acabou por vencê-lo. O prémio desta vez era bem maior, era “o tudo ou nada do seu sonho”, uma viagem a Paris, para apresentar as suas ideias ao mundo numa entrevista traduzida em várias as línguas e transmitida em todas as televisões de todos os países. Ele não podia perder aquela oportunidade. No dia da viagem, já com tudo pronto, os nervos começaram a surgir, mas ele não podia deixar que o afetassem. Acabou por adormecer na viagem e ao chegar, tinha o presidente da ONU à sua espera. Foi uma grande surpresa para ele, mas correu tudo bem. Estava na hora da entrevista, o momento mais importante da sua vida. Com a ajuda do presidente, ele conseguiu fundamentar ainda melhor as suas ideias, pois finalmente tinha encontrado alguém que pensava exatamente como ele. Aos vinte anos ficou a ocupar uma das cadeiras mais importante da ONU e nem uma semana depois da entrevista já se notavam diferenças em todo o mundo. Muitas crianças começaram a passear com os seus


avós e a conversar durante horas seguidas com eles, em vez de os criticar pela memória já não ser a melhor e por falarem devagar. Ajudavam-se em vez de se criticarem e insultarem. Acabou por chegar a presidente e o mundo em que vivia tornou-se no mundo com que ele sonhava. Este jovem era o meu bisavô e foi com ele que aprendi tudo o que sei hoje, só gostava que a sua memória ainda fosse a mesma para me poder contar tudo com pormenor. Ele não só mudou a sua vida como mudou também a vida de muitas pessoas do mundo ao tornar o seu sonho realidade. Quem me dera que este mundo ainda existisse e que pudesse viver nele. É preciso voltar a torná-lo melhor.

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Diana F. Santos, Nº3, 9º G


“ A QUÍMICA DA VIDA: UMA HISTÓRIA DE TRANSFORMAÇÃO”

Desde sempre quis poder ajudar os outros nas suas necessidades. Não sei o porquê, mas sempre pensei em, por exemplo, fazer parte de uma daquelas associações que têm como função principal ajudar as famílias carenciadas de África, enviar-lhes alimentos, ajudar a construir escolas, hospitais nesses locais onde geralmente as pessoas não têm acesso a quase nada e ajudá-las também a conseguir ter uma vida melhor. Em poucas palavras, eu queria acabar com a pobreza do mundo. Tinha onze anos quando disse isto ao meu avô. Ele, no início, riu-se. Não percebi se foi um riso de troça ou de admiração, mas o certo é que foi um riso. Depois disso, levantou-se, encarou-me e disse-me o seguinte: “Se é isso que queres fazer, tens todo o meu apoio, mas aviso-te, não vai ser fácil!”. Entretanto, os anos passaram e eu já tinha concluído o ensino superior, mas aquela ideia ainda não tinha desaparecido, pelo contrário, ainda estava mais forte. Quando comecei a trabalhar, para poder realizar o meu desejo, o meu avô morreu. A sua morte foi um golpe forte, para mim, mas não desisti. Após muito esforço, consegui tornar-me um membro de uma associação (não lembro do nome). Todos os meses, eu participava com um grupo numa viagem para a Etiópia ou para qualquer outro país pobre do mundo, onde distribuíamos alguns bens para as comunidades mais desfavorecidas e também cuidávamos da sua saúde, distribuindo-lhes vacinas e medicamentos (entre outras coisas). Certamente que nunca iria erradicar a pobreza em todo o planeta, mas sinto-me feliz de saber que posso mudar a vida de muitas pessoas. Talvez ao mudar a vida de muitos, a minha também tenha mudado.

Luís António Martins Perdigão, Nº 14, 9º G


POESIA


PALETA DE CORES

Num dia de sol fui para o jardim brincar e pus-me a pensar: “Será que o mundo precisa de alguém para ajudar?”

Peguei numa paleta de cores, num pincel e comecei a desenhar: castanho para os africanos, e também para os indianos, cor de pele para os ciganos.

Fui-me sentar numa cadeira, olhei para a tela e perguntei-me: “Será que a beleza do mundo é como a beleza das cores?”

Assim compreendi… O mundo é mesmo assim Belo e carregado de flores Como uma paleta de cores.

Nuno Rafael Sereno Dias Carvalho Pimpão – 3º A EB1 Montes Claros


INTERCULTURALIDADE

Na minha escola há meninos Portugueses, Sírios, Brasileiros Mas eu gosto da inclusão, Porque no intervalo há muita diversão.

Os meus colegas são meus amigos do peito Por eles tenho muito respeito. Aprendo as suas diversidades culturais Pois eles são fenomenais.

Com a sua diversidade Surge a oportunidade da integração Temos um bom coração! Sociedade plural É a atual A aceitação dos outros O respeito mútuo é fundamental E a diversidade da língua é real!

A minha escola parece um arco-íris!

Leonor Inês Branco de Castro, 3ºB, EB Martim de Freitas


INTERCULTURALIDADE

A minha escola é fenomenal Porque há diversidade cultural Na minha escola faz-se uma boa inclusão Porque temos um bom coração. Nesta escola Fazemos um bom acolhimento Um excelente entretenimento. Aqui e ali vemos meninos negrinhos Que vieram de Angola E jogavam à bola. Os meus colegas são verdadeiros amigos E por eles tenho muito respeito. Se és um bom cidadão Faz uma boa ação Aposta na aceitação dos outros. Na minha escola Há meninos da Síria, Inglaterra e Brasil Foram todos acolhidos Por pessoas com bom coração Essa é a missão de um cidadão. A minha escola é como um canteiro repleto de flores De múltiplas cores e cheia de valores.

Maria Santos Marinho Marques, 3ºB, EB Martim de Freitas


NA TELA DO AMOR

Misturei as tintas Numa tela branca, Pintei com amor Meninos de diferente cor. Imaginei um mundo diferente Sem preconceito, Com muito respeito. Um mundo sem racismo, Um mundo sem discriminação, Onde todos escutem A voz do coração.

Eu sou como tu, Tu és igual a mim. Diferentes, mas iguais, Cada um à sua maneira, Somos os dois especiais. A vida assim vivida Será bem mais colorida.

Juntos, seremos melhores, Juntos, seremos mais fortes, Juntos, derrubaremos barreiras, Juntos, passaremos fronteiras

Adriana Freire Cardia – 4º ano, Eb1 de Coselhas


UM AMIGO DIFERENTE

Sentado, sozinho, num banco Um menino diferente. Olhei para ele e sorri. Apresentei-o a toda a gente, Partilhámos comida da sacola, Brincámos no recreio da escola. Tornámo-nos bons amigos, Sentimo-nos muito bem, Demos sorrisos e abraços, E, assim, estreitámos laços. Sentimo-nos sem igual E gritámos bem alto Ser diferente é fenomenal! Não o pusemos de parte, Foi recebido com amor, Brincámos todos juntos Com respeito e carinho.

Este é o verdadeiro caminho.

Clara Margarida Melo Dinis – 4º ano, EB1 de Coselhas


SOMOS TODOS DIFERENTES, MAS TODOS IGUAIS

Tenho um amigo magrelo Outro é gordinho. um é castanho Outro é ruivinho.

Um é preguiçoso Outro é espertinho. Um é falador Outro é caladinho.

Tenho um amigo branquelo Outro é sardento. Um é modelo Outro é sargento.

Um tem olhos rasgados Outro arredondados. Um tem nariz achatado Outro arrebitado.

Um gosta de arroz Outro gosta de batatas Um come carne feroz Outro come peixe à socapa.

E a minha irmã, Diferente de mim é… Olhos azuis como o céu tem, Cor de mel tenho eu. Seu cabelo é loiro como um girassol,


Meu é castanho em dias de sol. Amigos de cores, Somos crianças lindas! Juntos damos as mãos, Sem distinção de raça, Religião ou nacionalidade. Somos todos diferentes, Mas todos iguais!

Gonçalo Filipe Soares Oliveira Rosado – 4º A EB Martim de Freitas


A INTERCULTURALIDADE

Respeito e amor é o que devemos ter. Respeitar outras culturas vamos ter de o fazer

A diferença de todos vamos ter que aceitar. Viver em harmonia e o mundo mudar.

Em Portugal a comida típica é o bacalhau. E em Macau, será o carapau?

A nossa língua é o Português e na Islândia, o islandês. Mas eu gostava de ter um amigo japonês!

Somos todos diferentes, mas nada impede a amizade. Vivemos todos contentes, viva a interculturalidade!

Sofia Silva – 4º A n.º 24 CE Montes Claros


MULTICULTURALIDADE

Eu sou portista, Eu benfiquista, E eu sportinguista. Eu sou alemão, E eu francês. Eu sou inglês, Eu afegão. Eu pratico o islamismo, Eu o jainismo, Eu o protestantismo, E eu o mormonismo.

Matilde Antunes, Nº17, 5ºA


SOLDADINHO DE CHUMBO

Há muitos anos, Veio a minha casa parar Um barco. Era azul como o mar. Lá dentro encontrei Um boneco de papel Soldadinho de Chumbo Pintado a pincel. Ele estava triste, Porque não tinha amigos. Então, acolhi-o com carinho Em minha casa. Pobre soldadinho, todo molhadinho…

Matilde Antunes, Nº17, 5ºA


POEMA À IMAGINAÇÃO

O corpo fica no chão, mas a cabeça não. A imaginação faz-nos voar, Basta apenas acreditar.

Quem me dera na minha cabeça viver, Fazer o que bem me apetecer. Mas … à Terra vamos voltar, Na próxima vez que sonhar, O meu passaporte… será imaginar!

Matilde Freitas, Nº19, 5ºC


A FLORESTA

A floresta eu vou preservar Para o ambiente de mim gostar E fogueiras não vou fazer Nos sítios onde não deve ser.

Lixo não vou deitar Porque é no lixo que deve estar E o ambiente fica contente Comigo e com muita gente.

Árvores e terra ela contém isso eu aproveito bem E assim vou mostrar Como se deve preservar...

Rita Varandas, Nº20, 5ºC


A ESCOLA

Tanta matéria para dar Tanto para estudar Tanto para decorar E a minha cabeça a rebentar!

Português, matemática, ciências… Tantas disciplinas… Será que vou passar? Ou será que vou chumbar?

Muitos amigos, fiz Que me fizeram feliz No meu coração sempre vão estar E lá vão continuar…

Tantos saltos que dei Tantos quilómetros que corri Só sei que nunca esquecerei Os professores que conheci.

As férias quase a começar E a escola vai acabar Três meses de saudades com muitas felicidades!

Sofia Matos, Nº25, 5ºC


O PIAR MATINAL

Quem vê, também ouve. Quem preserva, aprecia. Os pássaros a cantar Uma linda melodia.

De onde vêm estes acordes Que oiço todas as manhãs? Será a minha amiga, A cantar com as suas irmãs?

Ou será o passarinho, Que vive no meu telhado, Onde construiu o ninho, Com saber e muito cuidado?

Ester Ribeiro, Nº5, 5ºH


A COR DO AMOR

O amor não tem cor É uma linguagem universal Negro, branco, multicolor Acontece em qualquer lugar.

O preto pode não ser branco, O branco pode não ser preto, Mas o que é que isso interessa? Somos todos iguais por dentro!

Não interessa se és azul Negro, rosa ou violeta Quando o amor acontece Não há cor que prevaleça.

Tu, que te sentes superior, Com o coração cheio de rancor Um dia vais perceber O que é viver o amor.

Beatriz Cortez Poeira, Nº5, 6ºF


A BARCA DA CULTURA

Velejei numa barca Remei sem me cansar E num ato despreocupado Sem futuro marcado Ao Oriente fui parar

Na mão direita tinha o surreal Na esquerda, um quimono bordado Imponente um verdejante arrozal Uma japonesa de olho rasgado Naveguei para mais encanto Atraquei em terra africana Onde o açúcar era o engenho O Homem, tratado com desdenho A qualidade de vida, sub-humana A língua inglesa cantada Remetia para uma cidade americana Onde aquela vida atribulada Estava mais do que entranhada Em plena raça caucasiana Já acordada deste sonho Prisioneira desta alucinação Entrei na seguinte reflexão: “Valerá a pena uma guerra, Que deite alguém por terra, Só porque não segue o meu padrão?”

Mas a diversidade é um ensino O seu limite não tem altura E a tal cigana do atletismo Ou aquele menino com autismo Que pareciam não ter destino São uma nova magia, uma nova cultura Maria Ana de Almeida Monteiro, Nº 13, 8º G


CONFLITOS DO TAMANHO DE MOEDAS

Chamam à carteira um lar, Indivíduos de todo o lugar Todos com frente numerada Uma orla endentada e umas costas enfeitadas.

Numa manhã sossegada Apareceu um feixe de luz, do nada Uma mão para dentro entrou e uma nova moeda deixou

"Olha, olha, quem se decidiu juntar, Se não é o Alemão! Ainda a carregar às costas a águia que o levou, no final, a perder quando nos desafiou"

"Francês! Ninguém quer ouvir-te E, árvore, gasta-te numa baguete Talvez, assim, sejas finalmente frutífero" "Ah! Pelo menos não sou um racista mortífero"

"Vá, não comecem a mandar insultos para o ar"- disse o Finlandês "Se não, francamente, vão acabar como o Luxemburguês e o Holandês Que acusam um ao outro de roubar Quando o Luxemburguês, e ninguém duvida Foi o primeiro a desenhar A imagem da cara meio obstruída"


O Holandês, indignado, respondeu: "Ó cisne, não digas falsidades! Quem teve a ideia original, fui eu!" "Ladrão para de contar inverdades" -Respondeu o Luxemburguês "É um cisne-bravo!"-intercalou, enraivecido, o Finlandês "Holandês, Luxemburguês, calou! Não importa quem roubou a quem Porque quem vê o vosso esplendor, Nos rostos, não reconhece ninguém!" -Diz, o Português com ar de vencedor.

"O rosto não é identificado?" Exclama o espanhol irado Do meu outro lado tenho D.Filipe, rei honrado Enquanto tu, de Portugal, Tens somente um triste selo real"

"Amigos, amigos que tal não cedermos ao instinto animal, E, para vos acalmar, Vou a minha harpa tocar"

"Chamas música a algo tão perverso?" Eu sou o maior perito do universo Pois tenho Mozart no meu verso "Austríaco, não podemos concordar que ambos estilos podemos apreciar?" "Ó Irlandês, para algo assim dizer, não andas por acaso a beber?" "Beber? Ai queres ir por aí! “...


E, assim, naquele momento, Até quem não queria ser violento, Também à raiva cedeu. Todos discutiam com o seu: Uns com mais, outros com menos razão

De repente o feixe, e de novo a mão, E a moeda que retirou Foi a única que tocou Sem consideração, Nem ponderação, Pois a mão, não distingue entre as tatuagens de trás Só vê o que a moeda à frente traz

E assim, para ela são todas iguais, Todas de um euro e nada mais

Kira Morozova, Nº15, 9ºC


GUARDA-O NO TEU BLUSÃO

Dentro disso Há respeito Não há cataclismo Há interação Culturas e diferentes pinturas Forma recíproca No teu coração Favorecendo crescendo e sendo Convívio Na palma da tua mão, a palavra interação Depois relação sem racismo E ajuda a ajudar Sem egoísmo Relação com respeito Isso sim tem jeito Integração Guarda no teu blusão Ter enriquecimento não por dinheiro Mas por talento

Fernando Salgado (EFA B3)


INTERCULTURALIDADE

Há interculturalismo, quando há diálogo Há interação Há interesse entre culturas Há reciprocidade Há convívio, respeito graúdo Há relação na diversidade É enriquecimento sem segredo Há interculturalismo

Há relação na diversidade É como contigo ter cumplicidade É algo variado

Se temos o interculturalismo Pergunto-me porquê o racismo?

Rúben Santos (EFA B3)


IGIVEYOUGIVE IGIVEYOUGIVE

Beleza e cor Entre Culturas Forma em movimento De Life I give You give culturas no enriquecimento da alegria joy constrói enriquecimento mútuo e acontece a magia

Nuno Brito (EFA B3)


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