Experiências docentes em Psicologia - Em foco o PIBID

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202 estudantes do colégio. A edição de 2017 contou com cerca de 150 pessoas, sendo a avaliação dos envolvidos e do corpo docente da escola muito positiva. O detalhamento das duas oficinas realizadas nos anos de 2016 e 2017 encerra este item. OFICINA “ESTUDANTES POBRES NA IMPLICAÇÕES NA PRÁTICA PEDAGÓGICA”

ESCOLA

PÚBLICA:

A oficina ministrada em 2016 pelo(as) estudantes do curso de licenciatura em Psicologia teve como objetivo geral realizar reflexões iniciais sobre o(a) estudante pobre na escola pública e suas implicações na prática pedagógica. Entre os motivos que justificaram a escolha por essa problemática, podemos destacar: o contexto da escola locus do estágio, que se situa em um território marcado pela desigualdade social, na cidade de Florianópolis; por entendermos que a situação de pobreza vivida por milhares de crianças e adolescentes se constitui em uma violação ao Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) e, sobretudo, aos direitos humanos (MENDONÇA, 2015); a compreensão de que a temática da pobreza praticamente não está em pauta nos currículos que formam professores e professoras (ASSIS; YANNOULAS, 2012); a necessidade de a pobreza ser reconhecida como um fenômeno multidimensional, decorrente da desigualdade social e econômica característica do capitalismo, mas composta por dimensões éticas, culturais e políticas que agravam os processos de exclusão, humilhação e violação de direitos; o compromisso ético-político da Psicologia com o rompimento de ciclos de humilhação, exclusão e fracassos escolares historicamente imputados às crianças e aos adolescentes pobres; e o importante papel dessa ciência na formação de professores(as) e na garantia do direito à educação. Um dos focos da oficina foi o trabalho sobre as multidimensões da pobreza, de modo a ampliar a compreensão e o reconhecimento dos sujeitos pobres nas escolas públicas. Com isso, buscamos estabelecer diálogos em torno da superação do olhar moralizante e culpabilizador sobre os sujeitos pobres e o (re)conhecimento das políticas de transferência de renda vigentes no Brasil, como o Programa Bolsa Família (PBF), necessárias para a superação da fome e de outras necessidades básicas. O destaque a esta política social foi dado em razão da sua importância, pois sobre ela recai, em nosso país, muitos mitos e preconceitos. Atualmente, são beneficiárias do Programa Bolsa Família


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