4 minute read

entRevista

Next Article
capa

capa

entrevista “Não há por que se discutir a saúde pública apenas com os profissionais de Odontologia, mas com gestores e administradores também”

Debates, palestras e vários projetos para mudar o país. Foi assim a terceira edição do Encontro mineiro de administradores e profissionais dos Serviços públicos de odontologia, ou Emapespo. ao longo de quatro dias em setembro, membros do cro-mg e de entidades públicas se reuniram no evento promovido pela câmara Técnica de Saúde coletiva do cro-mg, feito em parceria com a Secretaria de Estado de Saúde de minas gerais. Tendo como tema “Saúde bucal coletiva: direito ou utopia?”, os participantes discutiram sobre a regionalização das políticas públicas e os direitos da população no atendimento odontológico do SuS. conversamos com o dr. heron martins, um dos organizadores do Emapespo, para saber um pouco mais sobre como foi a terceira edição e o que podemos esperar para o ano que vem. confira!

Advertisement

o que é o emapespo e qual o objetivo do evento? o evento surgiu logo na primeira reunião da câmara Técnica de Saúde coletiva, criada durante a pandemia, no final de julho de 2020. vimos a potencialidade dos encontros virtuais e decidimos levar o debate para o público em geral. afinal, não há por que se discutir a saúde pública apenas com os profissionais de odontologia. Temos que incluir gestores e administradores também. além de debater políticas, o Emapespo também foi criado para reconhecer atuações inspiradoras e proativas, passíveis de implementação em outros locais. a organização dos encontros é feita pelos membros da cTSc do cro-mg, com o apoio da SES-mg. São realizadas reuniões ordinárias e extras, para promover o desenvolvimento e a execução do evento, por meio de definição das temáticas e datas e análise das propostas do público participante. no final de cada evento, também é feito um relatório, com o feedback dos participantes, para ajudar a definir como será a organização das próximas edições do Emapespo.

como foram a primeira e a segunda edições? a primeira edição ocorreu em 2020 e a segunda em 2021. a agenda dos eventos era composta por mesas temáticas, feitas de forma virtual, e por apresentação de experiências em saúde bucal. Em

Dr. Heron Martins, organizador do Emapespo, faz do evento uma plataforma para a promoção de políticas públicas

“São cerca de 20 horas de conteúdo que continua disponível no Youtube para quem quiser acompanhar.”

“Por meio do questionário, descobrimos que 70% dos respondentes eram do serviço público: pessoas que podem ajudar a implementar e divulgar os temas e projetos debatidos durante o encontro.”

2020 o tema foi “Inovação e gestão: os desafios em período pandêmico e cuidado oportuno e seguro e baseado em evidência”, e, em 2021, “Saúde bucal coletiva em tempos de pandemia: integralidade e gestão do cuidado”. as duas edições tiveram 1.339 inscritos, emissão de 412 certificados, 20 mil visualizações no Youtube, publicação de 2 relatórios finais e anais do evento, com 93 relatos, além de premiação.

conte-nos um pouco sobre a terceira edição do emapespo.

Foram quatro dias de evento, totalmente online, com horários alternando entre manhã, tarde e noite. São cerca de 20 horas de conteúdo que continua disponível no Youtube para quem quiser acompanhar. aproveitamos que era um ano de eleições para elaborar uma carta, que foi enviada para o governo de minas e políticos de diferentes esferas, com sugestões de políticas públicas. Também encaminhamos esse material para todos os candidatos ao governo estadual, o ministério da Saúde e o conselho Federal de odontologia, repleto de projetos relacionados às boas práticas no Sistema Único de Saúde.

e como foi a participação das Ligas acadêmicas?

Elas são compostas por professores universitários e estudantes de odontologia que ajudam a implementar essas boas práticas e a debater os resultados. Temos participantes da uFmg, uFJF, unimontes e uFvJm. cada uma fez uma apresentação relacionada ao tema principal dessa edição do Emapespo, além de relatar as atividades que estão desenvolvendo. os alunos da residência, que participam dos projetos ligados à atenção básica e à saúde da família, foram muito elogiados. afinal, a saúde é um direito no Brasil e essa interação entre cada liga nos permite valorizar os profissionais e extrapolar a nossa atuação.

Foi um sucesso de público? Qual o perfil dos participantes?

Sim! Foram mais de 1400 participantes, participação superior à soma do público das outras duas edições. por meio do questionário, descobrimos que 70% dos respondentes eram do serviço público: pessoas que podem ajudar a implementar e divulgar os temas e projetos debatidos durante o encontro.

e como será a quarta edição do emapespo? o tema da próxima edição ainda não foi definido. com o questionário, constatamos que uma parte expressiva dos respondentes está interessada em ter algum tipo de atividade presencial. por isso, estamos estudando a realização do próximo Emapespo no modelo híbrido, contemplando tanto aqueles que clamam por este formato quanto os outros que não conseguem se deslocar para Belo horizonte, acompanhando as atividades pelas transmissões. a próxima edição acontecerá em setembro de 2023.

This article is from: