A História de Walachai

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de Dois Irmãos, juntamente com os neossacerdotes Pedro Stoffel e Bráulio Backes. Este último desistiu do sacerdócio anos após. Foi celebrante da ordenação Dom Vicente Scherer. Observação: O primeiro padre saído de Walachai foi propriamente monsenhor Antônio Guilherme Grings porque nasceu aqui e, por coincidência, na mesma casa em que nasceram os padres Guilherme Wendlig e Hugo Büttenbender, na casa do vovô Guilherme Büttenbender Filho. Como os pais de monsenhor Antonio Guilherme se mudaram para Linha Imperial, é claro que a primeira missa solene de monsenhor Antônio Guilherme aconteceu na Linha Imperial e foi no dia 8 de dezembro de 1947. Em 1980, a comunidade católica adquiriu da Alemanha, por intermédio de “Bromberg S.A”, um sino grande de aço, pesando 220 kg. A partir da conclusão do Concílio Vaticano II, a vida religiosa da comunidade passou por acentuadas mudanças. O padre passou a rezar a missa virado para o povo. Em vez de ser no altar, passou a ser na mesa eucarística que foi colocada na capela para esse fim, por Vicente Büttenbender. Em vez de cada fiel fazer a sua oração individual, uns rezando o terço, outros acompanhando a missa em seus livros de reza e o coro cantando, toda a comunidade passou a participar ativamente da missa, todos juntos rezando e cantando, seguindo as determinações do Concílio Vaticano II. A celebração da missa tornou-se facultativa durante as 24 horas do dia, e não somente de manhã. Em vez da celebração de uma única missa nos dias de semana, e duas nos domingos e dias santos de guarda, veio a autorização da celebração de tantas missas quantas fossem necessárias, respeitando os critérios do bispo. O jejum absoluto eucarístico, que iniciava a meia-noite até após a recepção da comunhão, foi restringido apenas à abstenção de alimentos sólidos e de bebidas, exceto água, até uma hora antes da comunhão. Esta, que era só lícito receber na língua, foi facultada receber na língua ou na mão, a critério do fiel. Antes do Concílio Vaticano II, durante a missa, o padre era ajudado por um ou dois coroinhas. Esses respondiam em latim a uma porção de orações, além de servirem ao ce-lebrante durante a missa. Nas missas solenes os coroinhas eram em número de quatro ou até mais. Dois coroinhas serviam ao padre no altar e dois cuidavam do turíbulo, contendo brasas, e da naveta, contendo o incenso. Esses dois serviam o padre no ato de incensar o altar, no ato de incensar o Santíssimo exposto e nas encomendações dos falecidos. Para alguém poder servir como coroinha, era preciso bastante tempo para aprender as orações em latim e de muito ensaio para estar apto ao serviço durante a missa e de outras celebrações litúrgicas. Em troca de seu serviço os coroinhas recebiam uma gorgeta da comunidade. Até o ano de 1934, nossa comunidade foi atendida pelos padres jesuítas. Até então, o padre atendia a nossa comunidade mensalmente nas segundas e terças-feiras, salvo exceções. Vinha no domingo, à tardinha. Seguindo a ordem das moradias, um sócio de cada vez tinha a obrigação de acompanhar o padre, tanto na sua vinda de Dois Irmãos até aqui, como na 137


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