Encarte cd seminario

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Senhor das Estrelas Gladston / Tim

Coração de luz, estrela ao peito Corpo transfigurado em constelação Pés singelos, joelhos ao chão No lava-pés aos pescadores de ilusão O que divisam esses olhos límpidos Que revelam céus na terra e anjos nas feras? O que plasmaram essas mãos perfeitas Que elevam os caídos e curam feridas? Fronte de anjo, alteia a virtude Captando as divinas revelações Voz sublime, harmonia Ensinando o inolvidável às multidões De Ti emanam místicas virtudes Quando Tua boca se abre Senhor das Estrelas O que fizemos? O que fizemos? Trespassamos o coração Perfuramos os pés e as mãos Surramos os olhos Espinhamos a fronte altiva E quisemos calar a voz Do Senhor das Estrelas Força do perdão, lição derradeira Coroando um Evangelho de morte em luz Questão de tempo, o tempo da paz Que vibrou nas Oliveiras e fulgurou na cruz


A outra borda do mar Música: Júlio Corradi / Helder Rocha Letra: Aluízio Elias

Sopra a brisa da fé soberana Sopra o hálito do Criador Barlavento da nau Lusitana Sofre o místico toque do amor

Sobre o bojo de vela latina Consagrado sinal redentor No pendão da nave peregrina Estandarte de Nosso Senhor

O alinhavo traçado na escuma É o bordejo de náutico andor Ê, bordado de Deus, se consuma Pelo leme de um navegador

Gloriosa visão do cruzeiro Eis o Cristo na constelação Ver a cruz no céu brasileiro Vera Cruz em nosso coração

Navega fiel marinheiro Até a outra borda do mar Navega fiel marinheiro Que vento não há de faltar

Navega fiel marinheiro Até a outra borda do mar Navega fiel marinheiro Que vento não há de faltar


Bem aventurado, Brasil -

Júlio Corradi / Poema de Cruz e Souza

Do alto do Monte, diáfana Luz Transfigura-se o verbo em divino Apogeu Do Cordeiro que o próprio pai elegeu A vibração que encanta e seduz

Canta o Cordeiro, encanta a multidão De Seu profético canto, leve e certeiro Institui-se, no futuro, iluminado pelo Cruzeiro O Lar do Evangelho, no mundo: coração

Ecoa na Eternidade, fórmula imortal Canto, verso e prosa da salvação Gravando, para sempre, em cada coração O código Divino do Bem e da moral

Oh Terra de rimas de esperança Abençoado torrão de consolo e luz Em teu solo aprouve à Jesus A propagação do Reino da Bonança


Carta de Natal

Música: Júlio Corradi Poema de Casimiro Cunha Interprete: Sansão / Estradas

Meu amigo não te esqueças Pelo Natal do Senhor Abre as portas da bondade Ao chamamento do amor Reparte os bens que puderes Às luzes da devoção. Veste os nus. Consola os tristes, Na festa do coração. Mas não te esqueças de ti No banquete de Jesus, Segue-Lhe o exemplo divino De paz, de verdade e luz. Faze um novo compromisso Na alegria do Natal Pois o esforço de si mesmo É a senda de cada qual Sofres? Espera e confia. Não te furtes de lembrar Que somente a dor do mundo Nos pode regenerar. Foste traído? Perdoa. Esquece o mal pelo bem. Deus é a Suprema Justiça. Não deves julgar ninguém.


Faze um novo compromisso Na alegria do Natal Pois o esforço de si mesmo É a senda de cada qual

Faze um novo compromisso Na alegria do Natal Pois o esforço de si mesmo É a senda de cada qual

Esperas bens neste mundo? Acalma o teu coração. Às vezes, ao fim da estrada Há fel e desilusão.

Natal!... Lembrança divina Sobre o terreno escarcéu... Conchegate aos pobrezinhos Que são eleitos do céu.

Não tiveste recompensas? Guarda este ensino de cor: Ter dons de fazer o bem É a recompensa melhor.

Mas ouve, irmão! Vai mais longe Na exaltação do Senhor. Vê se já tens a humildade A seiva eterna do amor.

Faze um novo compromisso Na alegria do Natal¨ Pois o esforço de si mesmo É a senda de cada qual Queres esmolas do céu? Não te fartes de saber, Que o Senhor guarda o quinhão Que venhas a merecer. Desesperaste? Recorda, Nas sombras dos dias teus, Que não puseste a esperança Nas luzes do amor de Deus.


BrasiPátl, coração do mundo ria do Evangelho Música: Júlio Corradi Letra: Sergio Lavarini Interpretes: Cacau, Cassio Fajardo, Vanessa Santos, Willi de Barros

Vem comigo vem sonhar Uma terra linda vou te mostrar Tantas matas, tantos rios Puros, lindos, cristalinos Que montanhas colossais Venha ver, recheadas de ricos minerais Que povo generoso Trabalhador, vive neste lugar Vem comigo, Vem conhecer companheiro

Este lugar onde Jesus O Divino Jardineiro A árvore do Evangelho replantou Sob o símbolo do cruzeiro Veja ainda Que beleza uma bandeira Tremulando sob o azul dessa imensidão Deus, Cristo e caridade É o lema desta nação Eu lhe convido a participar Dessa orquestra espiritual Trabalhar, se esforçar Para nessa terra transformar


O ódio em amor A revolta em louvor O rancor em perdão E aí então, e aí então O Brasil de coração Do mundo será muito mais Em vibrações de amor e paz Teremos feito do Brasil Em vibrações de amor e paz A pátria do Evangelho. Em vibrações de amor e paz A pátria do Evangelho.

Aurora

Gladston / Tim

Uma grande noite abate a Terra, que se abate. Treva imensa, não sem estrelas... Passados milênios, um abrasamento tisna o horizonte clareando esperança. Prenúncio milenar do amanhecer. Bem-vinda Aurora A terra sofreu noites convulsivas Verteu lágrimas, rangeu dentes Mas gestou-se, majestou-se No parto regenerativo deu-se à luz Na Remissão Bem-vinda Aurora O lobo pasta junto ao cordeiro Crianças brincam com a serpente E os anjos andarilham Com os homens que volitam No amor da Promissão Bem-vinda Alvorada Artefazendo o belo bom Entreflorindo olhar A aliança homem-Deus Já não é só arco-íris É comunhão Bem-vindo dia, bem-vinda Luz Bem-vindo dia, bem-vinda Luz Bem-vinda Aurora, bem-vinda Luz


AAbá históCunt ria deá Espírito: Nego Zé / JF Leitura: Altay Velloso

Eu ando por cá só oiando Ocês nesses falá complicado Com os livro grosso na mão Fiquei mesmo foi assuntando Pra não me fazer enganado Por gente de má intenção Eu já vivi nesse mundo E vi muita gente se escondê Nas máscara das palavra complicada De intenção ruim mascarada Fazendo esse provo sofrê Mas procês eu quero é contá As história que não tem escrivinhado Tá tudo mesmo é gravado Na cabeça de Abá Cuntá Eu era um menino matrero Lá nas terra distante do mar Na tribo dos Iorubá Tribo de homi guerrero Ah, eu era menino valente Eu corria pelas mata fechada Num tinha medo de nada Nem de escuro, nem de serpente Mas um dia eu conheci o medo Numa manhazinha, logo cedo Saí pra caçá pra famia E cabei por querer ver o mar Desviei do dever, pra nadá Como fazia todo dia Perdido ali na distração Senti uma rede me prendê Comecei a gritar e me debatê Com meu coração na mão Vi dois homi com cara de mau

Falando uma fala toda embolada Enquanto a rede era arrastada E eu preso nela, como um animal Lembrei dos aviso dos mais antigo De não caminhar sozinho nas trilha Andá sempre com gente da famia Ou junto com muitos amigo “Abá, aquieta, por Olorum e Obatalá, ” Um dia minha mãe esbravejou: “Quem caiu na rede dos branco, Abá, Nunca mais voltou” Tomado de apavoramento Continuei me debatendo Tentando me libertar Gritei os nome que eu alembrava Pra vê se alguém me escutava E vinha me ajudar Mas só uma resposta Abá recebeu Um dos homi me bateu E eu num vi mais nada Só acordei num lugar diferente Apinhadinho de minha gente Tudo ali, aprisionada Tinha gente de tribo rival Mas na força daquelas corrente Ali nós era tudo igual Era animal, não era gente E coisa engraçada que eu vou contá Inimigo que dantes queria matá Ali se abraçava ao seu malquerer A dor ajuntou os companheiro de sorte Todo mundo ali temia a morte Todo mundo ali queria viver


Nós fomos tudo amontoado Em um barco, tudo apertado Pra rumar pro desconhecido E ante a rudeza dos branco Que tratava nós aos solavanco Nenhum gemido era ouvido

A comida era pouca e medida E só pra quem não tivesse ferida, Nem febre ou prostração Esses era tudo acorrentado E no mar era tudo jogado Sem qualquer compaixão

Pior que o chicote atrevido Era o peito oprimido Enquanto o barco movimentava Gente que os branco prendia Se na praia não morria, Nunca mais vortava! Fiquei oiando minha terra A terra da minha ternura Que lá ia sumindo na lonjura E me fazendo pensar Lá ficou minha alegria, Minha liberdade e minha famia Que eu não soube escutar

Nem sei quanto tempo isso levou Mas um dia o barco chegou Onde tinha que chegar E nós descemo tudo assustado E fomo logo apreciado Por quem queria comprar

Ah, durante os primeiro dia Eu pensava em Iemanjá Esperava ela se levantá E acudir os fio maltratado Mas nós num fomo ajudado Por nenhum deus de nossa crença Naquele barco mardito Era só morte e doença Ou era chicote malvado Que chispava nos lombo pelado Ou era a fome que matava Ou os nego por si mesmo se jogava Nos braço amigo do mar Buscando fim praquele sofrer Achando que era melhor morrer Que se deixar escravizar

Eu era só um menino Mas tava ali nas corrente Como se eu fosse um bicho E vinha uns home e me oiava De vez enquando falava Aquela língua embolada Eu num entendia nada Mas queria falar pra eles também Que Abá Cuntá era gente também E queria vortar pra casa Aí o povo me agredia Pra piorar meu sofrimento Eu fiquei ali, no relento Depois daquela agonia Naquela viagem sem fim Com fome, com sede e cansado Esperando ser comprado Pra saber o meu fim Acabei por ser comprado Por um homi mal encarado Que me levou até a montaria Mas não me fez montar Me fez foi caminhar Me puxava pela corda amarrada

Nas minha mão acorrentada Junto a outras tanta mão De outros que nem eu Que na viagem não morreu Nós ia aquele bando, caladinho E se caía pelo caminho O home dava uns arrancão E gritava as palavra embolada Parecia uma besta malvada Sem dó e nem compaixão Nosso pé descalço no chão Ia ferindo e sangrando Mas o homi ia puxando Sem querer saber de nada Muitas hora caminhamo Com a muringa queimano No sol forte da estrada Caminhamo bem longe Chegamo no alto de um monte Com uma estranha construção Levaro nóis prum lugar Onde nois ia ficar Era nossa prisão Tinha tanto nego lá dentro Que hoje eu penso admirado Com tanta abominação Que pensava esse povo branco Pra fazer tanta loucura? Só por causa da pele escura Nóis não era seus irmão? Durante muitos dia Eu só ficava calado Tava muito acabrunhado De sôdade e de dor Mas as nega veio aproximano Aos pouco fui se acostumano Com aquela vida de horrô


Nem sempre nois compreendia O que o outro nego dizia Porque muitos que ali chegou Vierum de lugar diferente Outra tribo, outra gente Mas aos pouco nos aprendia A língua embolada dos branco E a língua uns dos outro também Pra entender as ordi dada E não tomar umas lambada Do chicote do feitô No seu constante estala, estala. Nois trabaiava de dia E de noite se recoia Num lugar chamado Senzala Onde dormia no chão Tudo amontoado Mas tinha também os coitado Que por castigo ou ruindade Ficava preso pelas extremidade Até a luz do dia vortá Me chamarum José Eu não era mais o Abá Eu via o tempo passá Eu já num era mais um menino Agora eu já era um homi forte Mas de jeito fraco, amuado Num queria ser martratado Tinha medo da morte O menino atrevido da mata Agora era manso que nem os gado Obedecia calado Trabaiava nas plantação Fugia das briga Que as veiz se dava entre os irmão E ficava só espreitando O chicote do feitô estalando

Nos lombo dos mais afoito Que entrava na confusão Por ser nego manso e calado Que não gostava de brigá Um dia fui apontado Pra poder acompanhá O sinhozinho daquelas terra Parecia boa coisa Ia comer miorzinho Ia vesti miorzinho Ficá na casa grande Sem serviço muito pesado Eu fiquei até animado Pensei que a sorte sorria Pra o coitado do Zé Eu é que num sabia Que tinha tipo de mardade Que faz a gente senti sardade Do chicote do feitô Ah, não! Tem castigo pior Lambada de toda hora Que num estala no lombo Mas causa dor maior A dor da humilhação Que num marca a carne de fora Mas marca o coração O sinhozinho em questão Não viu no nego Zé Mais que uma diversão. Muitas vezes na casa grande No luxo daquelas sala Eu tinha farta da senzala Em meio aos meus irmão

Mas agora eu num quero alongá. Eu vivi muita rudeza, Conheci muita tristeza, Judiaram muito de mim. Mas tudo nesse mundo tem fim E é isso que eu quero contá! Ah, meu povo que estuda Vosmicês precisa de sabê Que nessa vida na Terra Vale a pena tudo sofrê Sem se dá na desforra Um dia o sinhozinho casou E parece até castigo O que se assucedeu A mulher dele morreu No parto do primeiro filho E esse homi desassossegou. O menino nasceu adoentado E num aceitava ser cuidado Pelas nega que ele buscava Cada vez que uma pegava Se ouvia pela casa inteira Os grito do menininho E o desespero do pai Que temia perdê o herdeiro E gritava no terreiro Fazendo todo mundo corrê Pra achar a providência Pro seu filho num morrê Um dia eu fiquei assuntando E fui me aproximando Pra oiá bem o menino Que chorava no berço, sozinho Peguei ele nos braço Olhei aqueles zoinho E balancei no regaço


Aquele corpo miudinho E num é que ele se calô? Acho mesmo é que ele gostô. Aí o pai me deu um sossego Porque eu tinha que pagiá Fazê dormir e alimentá O menino branco do nego O menino cresceu no meu colo Ouvindo minhas história inventada Ouvindo as minha toada Me seguindo pra todo lado Em nada parecia com o pai Nas dureza e nas mardade Meu menino tinha bondade Naqueles zói de mar. Mas tinha muita fraqueza Por mais que o nego cuidava Por mais que ele alimentava Parecia definhá Como uma luz que se apagava Bastando o vendo soprá Desde que vim de minhas terra Nas onda brava do mar E nessas terra pisá Meu zói havia secado. Eu nunca tinha chorado Nas tristeza que eu vivi Nem nas humilhação que sofri Nem nas vez que eu apanhei Uma lágrima eu derramei. Mas quando vi meu anjo branco Baixar no buraco da terra Ah, oceis num pode imaginá A dor que eu senti Pelos meus zói eu vertia o mar!

Vou ser muito verdadeiro Tive pena, muita pena Do pai do meu menininho Nunca vi tanto desalinho Num era gente. Era o diabo Parecia enfeitiçado De zói esbugalhado Perdido, sem razão Num guentava o sofrimento De ver seu único rebento Enterrado naquele chão Ele que fez tantas mãe chorá Separando dos filhinho Que outros branco vinha comprá. Nunca teve compaixão Daquelas mãe desesperada Que nos seus pé se arrastava Na suprema humilhação. Eita noite sombria Que eu nunca mais vou esquecê. Depois do enterro do menino A senzala toda sofreu Porque o chicote lambeu As costa de todo nego Inclusive eu. E bateu com tanta agressão Que naquela noite de tristeza O chicote, na sua rudeza Libertô do sofrimento Um ou outro irmão. A mim ele feriu o braço. Acho que a carne se ofendeu. Com os dia sem milhorá Acharam por bem cortá. E esse nego sobreviveu.

Num sei se foi de pesar Pelo exagero que fez Mas o sinhozinho nunca mais Bateu em nóis outra vez. Passarum os dia e os ano Daqueles acontecido O sinhozinho envelhecido Já sem podê andá Num tinha ninguém pra cuidá Sozinho no mundo e meio endoidecido. A riqueza acabo, os escravo fugiu E eu também quis fugi Mas que piedade que eu senti Por aquele homi acabado Naquele lugar mal cuidado. Acabei por ficá. Também eu era veio e sozinho E afinar de contas, aquele sinhozinho Era o pai do meu anjo branco Que alegrô meus dia de tristeza Eu esqueci da rudeza Que ele haverá de me tratá. Vi a morte chegá de manso Entre os grito de agonia Daquele pobre coitado Havia mesmo endoidado Dizia ver as sombra dos nego Que ele tanto fez por maltratá Esperando ele distraí Pra poder se vingá. Os zói do sinhozinho se fechô Depois de muito delirá E eu me pus a pensá Pra onde devia fugi. Mas eu tava veio e alejado Preferi ficá por ali. Até que a morte teve dó.


Um dia eu dormi e acorei diferente Mais forte, com disposição Num tinha mais meu aleijão Meu braço tava no lugá. Levantei, me pus a andá Até que fui chamado. Mas não como eu era tratado Me chamou por Abá! Me virei já estranhando Porque era voz conhecida E... Ah, meus fios, que coisa boa! Eu devia ta sonhando Pois ali mesmo, me chamando Era meu anjo branco De rostinho rosado! Eu fiquei meio abalado Sem saber o que falá. Aí o meu menino andou E logo se aninhou Nos braço do nego. Eu me pus a chorá. - Como é isso, sinhozinho? Se eu mesmo vi o menino Baixar na cova no chão... E meu menino, bonzinho Me deu as explicação Que eu num preciso repeti Vosmiceis já sabe que eu morri. Com os dia na vida nova Eu conheci outras pessoa Mas era muito diferente Ali toda gente era boa E tratava nois como gente Meu anjo branco me ajudou E um dia eu pude entendê O porque do sofrê Da minha vida que tinha acabado

Num me caba aqui dizê Mas também eu já fui malvado E fiz muito sofrimento Em volta dos meu pé. Mas a divina piedade Me deixou pelejá Pra podê me libertá Da minha própria mardade E pra findá esses verso Eu quero dizê proceis Que depois que conheci Jesus E soube tudo que ele passô Só pra podê libertá Os seus irmão pecadô Eu agora sô escravo por vontade Desse meu novo sinhô E ele tem me ensinado Que a força maior desse mundo É maior que as corrente de aço Que um dia prendeu nosso braço Lá na escravidão E que se nóis aprendê a amá Nois vamo nos libertá De corrente muito pior Que as corrente de ferro Nois vamo é tá liberto Das corrente da ilusão E quem se liberta dessas amarra Já sente vontade de vortá De modo a podê sarvá Aqueles nosso irmão Preso nesse tormento Acorrentado ao sofrimento Nas terra do coração.

Desde o dia que entendi Tenho daqui muito lutado Pra um dia ver libertado Das corrente da ilusão Aquele que foi meu sinhô Mas como Jesus ensinô Agora é meu irmão. Eu tenho esperado ansioso Apertá no meu peito saudoso O coração do sinhozinho Que luta agora no mundo Reconstruindo os próprio passo. E se fizer tudo direitinho Como manda as lei do Amor Num demora podé descansá No peito de seu Abá!


A mãe de Judas

Altay Velloso

“E a noite tava bonita, o céu cheinho de estrelas nenhuma palavra escrita poderia descrevê-la uma emoção tão rara acontecia naquele instante nada tão impressionante, nada em minha vida tão intenso, de repente um silencio. Aquela mulher que quase ninguém conhecia trazia no rosto uma tristeza. Ficou aquela mulher indefeza com delicadeza falou com Maria. Desculpe de eu chegar aqui agora sou intrusa pecadora isso eu sei eu vim em busca de uma tal senhora que meu filho me dizia que era mãe de um rei eu disse pro meu filho: traga ele em nossa casa, filho nada nem ninguém engana o coração de mãe eu posso te dizer se segues algum homem errado ou se deve seguir seu coração meu filho não ouvia as coisas que eu dizia me acariciava os cabelos e beijava a minha mão e hoje terminaram os seus dias, meu Deus quanta solidão eu, eu sou a mãe de Judas meu coração ta sangrando pois foi embora meu rouxinol, meu rebento e ele foi infeliz numa rajada de vento, numa chama sem luz eu vim aqui, vim pra te conhecer Maria - Ah Maria você é a mãe do melhor amigo do meu filho Judas me falou de ti como quem fala de um grande abrigo você também perdeu sua flor então sabe de mim

me abrace, me toque e me de sua mão Maria, hoje eu preciso do seu abrigo perdoe-me a cancão que é tão triste “Não chora não, mulher deixa que de Deus vai dar jeito nosso filhos não têm defeito ainda mais quando lembramos daquela coisinha pequenininha mamando no peito como é que a gente iria imaginar que eles estavam sujeitos aos malfeitos e maldades do mundo? Olha mulher, foram quase três anos que nossos filhos ficaram juntinhos quase todos os dias e ai o coração dessa velha Maria às vezes quase parava às vezes quase explodia só de ouvir as más línguas dizendo que mais dia menos dia iriam pegar os nossos meninos será que os nossos meninos sabiam, mulher? e por que é que o seu filho iria trair com um beijo alguém que brilhava como um relampejo e todo mundo via, até o forasteiro sabia o que meu menino Jesus fazia olha, mulher não chora, não chora eu vou te lembrar agora aquela poesia do nosso vizinho - nossos filhos não são nossos filhos são filhos da ânsia da vida vêm por nós, mas não nos pertencem podemos até abrigar seus corpos mas não as suas almas nós somos o arco na mão do grande arqueiro sejamos bons arcos, mulher é o bastante a vida não sabe andar pra trás e olha, confiai seu filho às ondas assim como eu confiei o meu”


OCoração do mundo

Zé Henrique Martiniano Letra: Esp. Humberto de Campos* / Chico Xavier

Dos céus à Terra, foi colocado outro símbolo da escada infinita de Jacob, formado de flores e de estrelas cariciosas, por onde o Cordeiro de Deus transpôs imensas distâncias, clarificando os caminhos cheios de treva. Mas, se Jesus vinha do coração luminoso das esferas superiores, trazendo nos olhos misericordiosos a visão dos seus impérios resplandecentes e na alma profunda o ritmo harmonioso dos astros, o planeta terreno lhe apresentava ainda aquelas mesmas veredas escuras, cheias da lama da impenitência e do orgulho das criaturas humanas   Embalde seus olhos compassivos procuraram o ninho doce do seu Evangelho; em vão procurou o Senhor os remanescentes da obra de um de seus últimos enviados à face do orbe terrestre.

No coração da Umbria haviam cessado os cânticos de amor e de fraternidade cristã. De Francisco de Assis só haviam ficado as tradições de carinho e de bondade; os pecados do mundo, como novos lobos de Gúbio, haviam descido outra vez das selvas misteriosas das Iniquidades humanas, roubando às criaturas a paz e aniquilando-lhes a vida.

voz: Adriana Gennari violão: Zé Henrique Martiniano teclados: Walter Jr. efeitos: Marquinhos Froco baixo acústico: Otávio Gali arranjos de cordas e regência: Ronaldo de Oliveira cordas: Turma do Aramis arranjo: Zé Henrique Martiniano


A árvore transplantada

Zé Henrique Martiniano Letra: Esp. Humberto de Campos* / ChicoXavier

Nas paisagens suntuosas e inéditas Onde o calor suave dos trópicos alimenta e perfuma Assembleias espirituais, sob as vistas amorosas do Senhor, abençoam as praias claras e florestas bravias. São vibrações gloriosas da espiritualidade Que se elevam pelo espaço ilimintado Louvando o Artista Inimitável O Matemático Supremo De todos os sois, de todos os mundos A bandeira das quinas Desfralda-se então gloriosamente Nas plagas da terra abençoada Para onde transplantara Jeusus A árvore do seu amor E da sua piedade

* Adaptação do texto de Humberto de Campos, psicografado por Chico Xavier presente no livro Brasil, Coração do Mundo, Pátria do Evangelho. Fonograma gentilmente cedido por José Henrique Martiniano

voz: André de Souza violão: Zé Henrique Martiniano teclados: Walter Jr. baixo acústico: Franco Lorenzon arranjos de cordas e regência: Ronaldo de Oliveira cordas: Turma do Aramis arranjo: Zé Henrique Martiniano


Agradecimentos A Deus pela oportunidade de trabalho, a Jesus que nos proporciona, nessa terra, oportunidades de redenção, a Ismael, condutor de nossa nação, a Humberto de Campos por ter aceitado a tarefa, a Emmanuel nosso maestro, a Chico Xavier pela pena amiga, aos pintores desencarnados que nos ensinaram humildade, aos poetas e compositores desencarnados que nos elevaram o grau de amor ao Brasil, prometendo nos empenhar para que a poesia tenha cada vez mais espaço nos seminários. À equipe de médicos do outro plano da vida que nos sustentou a saúde durante a preparação do trabalho. De forma muito especial ao Instituto Meimei que nos acolheu e se empenhou para nos oferecer tudo que precisávamos para que o trabalho espiritual fosse realizado. A todos os amigos e voluntários que trabalharam e muito para a realização do seminário, em especial Regina Mercadante e Marcelo Uchoa que vieram do Rio de Janeiro para realizar a transmissão ao vivo. A todos que nos acompanham de diversas regiões do país e do mundo, auxiliando o SER a realizar seus projetos. Aos que vieram e aos que queriam vir e não puderam, esperamos vocês no próximo. A todos os amigos de Belo Horizonte que nunca faltam, agradecemos a todos nas pessoas de Victor Hugo e Claudio Marins. A toda a equipe do Teatro SESIMINAS que nos atendeu com o maior carinho e competência, ao Mundo dos Palcos (Sr Gilberto), a EMERSOM pela sonorização, a Cine-Vídeo (Feu), ao Anderson Gouthier e a Carmélia (elementos de cenografia) e demais empresas e profissionais que apoiaram o evento. Às nossas familias e ao Brasil, Coração do Mundo, Pátria do Evangelho. Equipe do SER


Ficha Técnica Produção: SER Direção Geral e Artística: Júlio Corradi Coordenação e Produção: Victor Hugo, Claudio Marins e Sheila Passos Direção Musical: Júlio Corradi e Luiz Enrique Arranjos: Luiz Enrique, Nilton Moreira, Luis Barcelos Mixagem: Christiano Caldas, Luiz Enrique Masterização: Christiano Caldas Cenografia: André Crispim Pinturas e desenhos Mediúnicos: Espíritos Diversos / Janaína Farias Infográfico: Dum (Ilustração) , Aluízio Elias (Informações) Direção de Filmagem: Thiago Franklim Edição de Vídeo: Thiago Franklin, Augusto Reis Iluminação: Feu (Cine Video) Figurino: Clarissa Emediato e Scheila Lavarini Pintura nas batas: Augusto Reis Projeto Gráfico: Júlio Corradi / Marina Reis Fotografia: Jairo Delano, Thiago Monteiro, Will, Janaina Prata Sonorização e Gravação: Emersom Secretaria: Natália Dantas Nutrição: Cinthia Rodrigues Transmissão ao vivo: Regina Mercadante e Marcelo Uchoa Video Abertura: Jaime Sá, Augusto Reis, Adhemar Ribeiro Narração: Luciano Luppi Cerimonial: Eleonora Escobar Tosetto, Sergio Lavarini e Rafael Souza Equipe de Sustentação Espiritual: Sheila Passos, Claudia Abreu Vendas: Editora SER - Gesiane Martins e Luiz Eugênio Estrutura de Palco: Mundo dos Palcos * Ficha Técnica completa em www.portalser.org


Gravado nos dias 14 e 15 de junho de 2014 no Teatro SESIMINAS em Belo Horizonte.

VOZES: Cacau Lopes, Cassio Fajardo, Ladston do Nascimento, Vanessa Santos,

Tim, Willi de Barros, Sansão e Altay Velloso MÚSICOS : Violão: Luiz Enrique | Bandolim: Luis Barcellos | Piano / Acordeon: Christiano Caldas

| Baixo: Luizinho Horta | Bateria: Leo Pires | Percussão: Serginho Silva | Flauta: Nilton Moreira | Violino: Leo Barcellos | Cello: Demosthenes Junior


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