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56 • REVISTA O GLOBO • 1 DE MAIO DE 2011 •

DECORAÇÃO O

Fotos de divulgação/Leonardo Costa

O segundo andar do ateliê, que tem um espaço para a parte burocrática do trabalho

Na sala da casa, móveis de família, artesanato e obras de arte, como as de Adriana Varejão Divulgação

Entrada da sala: peças trazidas de viagens

A fachada da casa, que preserva características típicas dos imóveis de Rio das Ostras

O casal: “Nós somos inquietos”, diz ela

a A grande reforma começou pela parte externa da casa e pelo ateliê, que conta ainda com escritórios no segundo piso com estantes abarrotadas de livros e computador, onde os artistas cuidam dos negócios — ou a “parte chata” do trabalho. Foi lá que o casal viveu de maneira improvisada enquanto investiu na etapa final da obra: a casa propriamente dita. A estética ficou parecida com a do ateliê: o mesmo piso de cimento queimado, ambientes amplos e bom gosto com leveza. Na sala, apenas três cadeiras, incluindo uma em forma de disco de vinil de Bernardo Senna e

Marcelo Lima, valorizam o design assinado. A decoração é uma mistura harmoniosa de móveis de família e artesanato adquirido pelo Brasil, inclusive na cozinha integrada à sala. Há mais algumas peças garimpadas fora do país durante as viagens a trabalho, como os tapetes da Turquia e os lustres coloridos comprados em Nova York. Outras duas luminárias no mesmo ambiente, feitas com caixas de lâmpadas, levam a assinatura do próprio Felipe Barbosa. No Rio, a Rua do Lavradio, na Lapa, é endereço frequentado pelo casal. É de lá a mesona de jantar em que recebem amigos e família,

tizado pelo casal nos últimos dois anos. Foi nesse período que nasceu a Cosmocopa — galeria de arte que eles inauguraram em Copacabana, em dezembro. Nasceu também Benjamin, o segundo filho do casal, hoje com 5 meses. Assim como para a irmã Aurora, de 4 anos, há espaços pela casa pensados só para ele. O carrinho do ateliê, aliás, já fica preparado para quando a mãe precisa ficar de olho no pequeno durante o trabalho. — Nós somos inquietos, sempre quereremos inventar, mudar — diz Rosana. — E esses últimos anos foram bem criativos...l

quando não está ocupada por obras de arte. — Viu? A gente ainda precisa de mais espaço — brinca Felipe. A rede para se estirar no meio da sala veio da simpática e pouco conhecida lojinha do Museu do Folclore, no Catete. Cinco degraus acima, ficam os quartos e o banheiro. Em todas as paredes, claro, diversas obras de arte formam belas composições, incluindo peças de Adriana Varejão, Cildo Meireles, José Damasceno, Guga Ferraz e Rafael Alonso — coleção que o casal vem acumulando ao longo dos 12 anos em que está junto. A casa-ateliê, aliás, não foi o único projeto concre-


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