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Saúde

Hospital CUF Sintra realiza

Cirurgia Diferenciada De Pr Tese Da Anca

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Dificuldades de mobilidade e dor são alguns dos sintomas que condicionam as pessoas com artrose da anca, que atinge até 20% da população após os 60 anos. Para quem precisa de tratamento cirúrgico, o Hospital CUF Sintra realiza uma abordagem diferenciada que permite menos dor no pós-operatório e uma recuperação mais rápida. Em entrevista ao Correio de Sintra, João Sarmento Esteves, ortopedista no Hospital CUF Sintra, esclarece sobre as vantagens desta cirurgia.

Após um diagnóstico de artrose da anca, é possível aumentar a mobilidade e acabar com a dor? Que tratamentos existem?

Dependendo do grau da doença e estado da articulação, normalmente é possível eliminar a dor e aumentar a mobilidade articular. O tratamento pode ser conservador com mudança do estilo de vida, fisioterapia, medicamentos ou com recurso a infiltrações articulares ou pode ser cirúrgico com colocação de uma prótese total da anca.

O que distingue a cirurgia de prótese da anca realizada pela equipa do Hospital CUF Sintra das restantes abordagens cirúrgicas?

É uma abordagem cirúrgica mais conser- vadora. A principal diferença está no local onde fazemos a incisão. Fazemos a cirurgia pela via anterior, ou seja, pela frente, com incisão na linha do biquíni. Na abordagem cirúrgica tradicional, a incisão é posterior ou lateral. Além disso, utilizamos instrumentos especializados que nos permitem fazer uma incisão mais pequena.

Que benefícios tem para o doente?

Esta cirurgia evita cortar músculos importantes da anca, causa menor perda de sangue e, consequentemente, os doentes sentem menos dor e têm poucas restrições no pós-operatório. A recuperação é mais rápida. O doente levanta-se logo ao primeiro dia.

Esta cirurgia exige um acompanhamento por várias especialidades?

A equipa de cirurgia da anca do Hospital

CUF Sintra funciona em paralelo com a Fisiatria e Fisioterapia, a Radiologia e a Reumatologia. Privilegiamos a articulação entre especialidades, com o objetivo de alcançar uma resposta mais completa e os melhores resultados possíveis para cada doente.

Equipa Especializada

Com uma equipa altamente especializada no tratamento de doenças da anca, são já mais de 200 as próteses da anca por via anterior realizadas no Hospital CUF Sintra, desde a abertura do bloco operatório em 2019.

José António Louro, de Colares, aos 61 anos, sentia-se limitado por constantes dores na virilha e na anca. “Tinha dificuldades em dormir. Havia posições insuportáveis. E, quando caminhava, sentia-me a coxear”, recorda.

“Por recomendação decidi agendar consulta com o Dr. João Sarmento Esteves. Realizei alguns exames e seguiu-se o diagnóstico de artrose da anca e a orientação para tratamento cirúrgico".

No dia da cirurgia, José confessa que “foi uma experiência muito positiva, ia com algum receio mas assim que entrei no hospital a equipa de enfermagem e os médicos acalmaram-me. Fizeram com que todo o processo corresse bem”.

Após três dias de internamento teve alta e começou a fisioterapia. “Ao fim de 15 dias fui à primeira consulta e já saí do hospital sem muletas".

Feito o balanço, José revela apreço para com a equipa do Hospital CUF Sintra que o tem acompanhado: “Estou satisfeitíssimo com o resultado da cirurgia e com o trabalho de toda equipa”.

Testemunho

“Não é um problema que afeta apenas as pessoas mais velhas”

A coxartrose, osteoartrose ou artrose da anca não é mais do que o desgaste progressivo e desaparecimento da cartilagem da anca. Em Portugal a incidência é de cerca de 9%. Atinge até 20% das pessoas após os 60 anos. Mas o ortopedista da CUF alerta que “este não é um problema que afeta apenas as pessoas mais velhas. Também a população ativa na faixa etária dos 40-60 anos de idade pode ser afetada, muitas vezes devido a situações pós-traumáticas, como uma fratura ou traumatismo de repetição”.

“Importa não desvalorizar os sintomas e procurar ajuda médica” Algumas pessoas deixam a doença ultrapassar todos os limites tangíveis clínicos e funcionais e recorrem à ajuda médica já tardiamente no processo de desgaste articular. Para João Sarmento Esteves “importa não desvalorizar os sintomas e procurar ajuda médica perante sinais de dor inguinal que não cede a tratamentos, perda de função articular, dificuldade e dor ao caminhar e dismetria dos membros inferiores”.

Artrose da anca A IMPORTÂNCIA DE UM DIAGNÓSTICO ATEMPADO E CORRETO

“No Hospital CUF Sintra temos todos os equipamentos necessários para um correto diagnóstico, que implica a avaliação dos sintomas por parte de um ortopedista e o recurso a meios complementares de diagnóstico, como o raio-x da ou a ressonância magnética da anca”, destaca o médico.