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Saúde: O HFF perto de si

HPV: três letras que tem de conhecer

OHPV, ou Vírus do Papiloma Humano, é uma das infeções de transmissão sexual mais comuns a nível mundial. O HPV não escolhe sexos ou idades: estima-se que entre 75 a 80 por cento das mulheres e dos homens sexualmente ativos, venham a ser infetados com o vírus ao longo das suas vidas.

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Esta elevada percentagem explica-se porque a transmissão sexual pode ocorrer muito facilmente, com ou sem penetração, ou através da prática se sexo oral.

Na maioria das vezes, a infeção pelo vírus não resulta em qualquer sintoma, e mesmo quando a doença já está instalada, esta é geralmente assintomática.

Existem mais de uma centena de tipos diferentes de HPV, dos quais, 40 afetam preferencialmente os órgãos genitais – na mulher poderão afetar a vulva, vagina, colo do útero e o ânus e, no homem, o pénis e ânus.

Os vírus HPV dividem-se em tipos de “alto” e “baixo risco”.

Nos HPV de “alto risco” incluem-se os tipos 16 e 18, que são responsáveis por 75% das lesões que provocam cancro.

O HPV está associado a 5% dos cancros, no geral (sendo responsável por 47% dos cancros no pénis e 84% dos cancros no ânus) e por 10% dos cancros na mulher – este vírus é responsável por 100 por cento dos cancros do colo do útero e a 70% dos cancros vaginais.

Nos HPV de “baixo risco” estão incluídos os tipos 6 e 11, que são responsáveis pela maioria das doenças benignas causadas, das quais as mais frequentes são os condilomas ou verrugas genitais.

Tanto homens como mulheres são transmissores da infeção por HPV e, na maior parte dos casos, são-no sem o

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saberem.

O uso de preservativo não assegura uma proteção completa no caso da infeção pelo HPV.

A vacinação é a chave da prevenção. Em Portugal, o Plano Nacional de Vacinação adotou a vacina nonavalente, que oferece proteção contra nove subtipos nove subtipos de HPV e potencial para prevenir 97% dos casos de cancro do colo do útero.

Esta vacina está incluída no Programa Nacional de Vacinação (PNV) e é gratuita para as meninas de 10 anos.

Desde outubro de 2020, os rapazes nascidos a partir de 2009 podem fazer a vacina gratuitamente, no âmbito do PNV.

O PNV prevê ainda que seja possível fazer a vacinação gratuita nas raparigas caso a vacinação se inicie até aos 17 anos de idade. Na eventualidade de só ter feito uma dose até aos 17 anos, a rapariga ainda pode terminar o esquema de vacinação gratuitamente até aos 26 anos. Esta possibilidade é particularmente importante porque se estima que no nosso país, cerca de 20% das mulheres entre os 18 e 64 anos possam estar infetadas pelo HPV.