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Educação Infantil: Como os Estudantes Aprendem nos Diversos Momentos da Rotina

Ensino Fundamental: Conto Policial

Ensino Médio: O uso da Tecnologia em Sala de Aula

Festival Artístico Arte e Identidade

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Estudantes Marina Riskala Gasparini e Luisa Bonicote Riskala

Índice Editorial....................................................................................................................................................................... 4 EDUCAÇÃO INFANTIL Apresentação do Infantil................................................................................................................................................. 6 Como os Estudantes Aprendem nos diversos Momentos da Rotina........................................................................................ 8 Se eu fosse um Peixinho .........................................................................................................................................................10 Arte! muita Arte!......................................................................................................................................................... 11 Uma Visita mais do que Especial!.................................................................................................................................. 12 Uau! Que Sabor é este?................................................................................................................................................ 13 PERÍODO INTEGRAL E SEMI-INTEGRAL Curso de Férias 2011: “É para ser feliz!”........................................................................................................................ 14 Contos de Fadas.......................................................................................................................................................... 15 Acompanhamento de estudos........................................................................................................................................ 15 ENSINO FUNDAMENTAL Apresentação Artística: Arte e Identidade........................................................................................................................ 16 Ler para Escrever. Escrever para reler e revisar................................................................................................................ 18 Crianças vão a restaurante “americano dentro do colégio................................................................................................... 19 Visita ao Instituto Cultural Thamaz Lanelli...................................................................................................................... 20 Semana Cultural Franciscana: Encontro Fraterno de Emoções............................................................................................ 22 Estudo do Meio: Visita à Fazenda Nossa Senhora da Conceição......................................................................................... 24 Exposição de Releitura de Fotográfias “ As Caras do Brasil”............................................................................................... 26 Estudando Gaia........................................................................................................................................................... 28 Estudando e Viajando para COnhecer as Águas límpidas do Rio Tietê................................................................................. 29 Contando mais Aventuras............................................................................................................................................. 30 As relações entre o “Eu” e o “Outro” Mediadas pela Linguagem.......................................................................................... 32 Produção Textual......................................................................................................................................................... 33 Se Aventurando pelo Mundo da Poesia........................................................................................................................... 37 ENSINO MÉDIO Mostra de Artes e CCA................................................................................................................................................. 40 Pensando o uso da tecnologia na escola......................................................................................................................... 44 Museu da Memória: memórias de Interação, Solidariedade e Cidadania............................................................................... 46 Romantismo: Uma Nova Visão...................................................................................................................................... 47 Árvores na Cidade....................................................................................................................................................... 48 Exalando Clorofila........................................................................................................................................................ 48 Líder, Curso chega à Sala de Aula para ficar.................................................................................................................... 49 Minha casa vai ser assim? Não, minha casa é assim!....................................................................................................... 50 Olha Aí!..................................................................................................................................................................... 52 Conquistas Esportivas do Celfran/Consa 2011................................................................................................................. 54 Viagem da Estudante Júlia Akemi para a Alemanha.......................................................................................................... 56

Edição A Revista do Consa é uma publicação interna do Colégio Franciscano Nossa Senhora Aparecida Direção: Irmã Priscilla Rossetto Coordenação: Irmã Teresa Warzocha Revisão: Adelliane de Latorre Galhardo | Sandra Maria Guain Calvo Diagramação: Luciano Dias Galdino Colaboração: Pais, estudantes, ex-alunos, professores e orientadores Capa: Estudantes Arthur Gustavo dos Santos Ferreira e Caio Augusto Delafiori Frison Contra capa: Estudante Ana Clara de Oliveira Bezerra

Cursos da Alumni no Consa.......................................................................................................................................... 57 ACONTECE NO CONSA Encontro das Veteranas da Década de 80....................................................................................................................... 58 PASTORAL Primeira Eucaristia...................................................................................................................................................... 60 Grupo de Jovens.......................................................................................................................................................... 62 Campanha das Sacolas de Natal.................................................................................................................................... 63

Colégio Franciscano Nossa Senhora Aparecida Al. Jauaperi, 416 - Moema - São Paulo - SP CEP - 04523 - 011 | Telefone - (011) 5054 - 4399 www.consa.com.br

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Editorial Estamos concluindo mais um ano letivo e nos projetando para o ano de 2012. É tempo de pensar sobre as experiências que vivemos ao longo do ano e estabelecer novas metas para mudar o que desejamos, além de exercitar uma das virtudes que mais dignifica o ser humano: a Gratidão pelas conquistas, pela aprendizagem, pelos obstáculos superados e por aqueles que sabemos ter forças para superar. Cresce a consciência da complexidade de educar, efetiva e integralmente, as novas gerações, assim como o papel fundamental e cada vez mais imprescindível, do educador. Num cenário de tanta diversidade, seja de referenciais e valores, de comunicação, de relacionamento, de acesso à informação e de exigências, altera-se a forma de atuar ao mesmo tempo em que se confirma a importância de quem educa. A complexidade do mundo moderno exige que o processo educativo estimule a busca de conhecimentos e o desenvolvimento de habilidades, competências e valores, despertando o potencial que todo ser humano traz consigo. Observa-se um mundo de crianças e jovens extremamente ativos, que realizam diversas tarefas e que têm a tecnologia em seu dia a dia. A escola faz parte dessa sociedade e está inserida na Era da Informação. As novas tecnologias trouxeram grande impacto sobre a educação, desenvolvida nos dias atuais, criando diferentes formas de aprendizado, disseminação do conhecimento e, especialmente, novas relações entre professores e estudantes. A revolução trazida pela rede mundial possibilita que, a informação gerada em qualquer lugar, esteja disponível rapidamente. A globalização do conhecimento e a simultaneidade são ganhos inestimáveis para a humanidade. Não se pode ignorar a chegada dessas novas tecnologias. O uso das novas tecnologias tem contribuído fortemente para uma mudança nas práticas de comunicação e, consequentemente, nas práticas da educação como na leitura, na forma de escrever, na pesquisa e como instrumento complementar na sala de aula. A formação do professor, neste novo contexto, deve prover condições para que ele construa conhecimento utilizando a tecnologia. Deve–se criar condições para que o professor saiba contextualizar o aprendizado e a experiência vividos, durante sua formação, para a realidade da sala de aula compatibilizando as necessidades dos estudantes e os objetivos pedagógicos que se dispõe a atingir. Confirmando nosso compromisso com a missão de educar, reiteramos nossa esperança num futuro melhor para a humanidade, resultante da educação que hoje desenvolvemos. Agradecemos a todos aqueles que depositam sua confiança no Consa e que, de diferentes modos, contribuem promovendo a vida e os ideais que são a razão de nossa missão. Oxalá, os valores da família, da solidariedade e da paz, tão exaltados neste tempo de Natal, estejam continuamente presentes no cotidiano da nossa comunidade escolar. Feliz Natal e abençoado 2012! Que o Deus-Conosco que veio habitar entre nós, encontre sempre morada em nossos corações!

Irmã Priscilla Rossetto

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Educação Infantil

Apresentação da Educação Infantil Alegria, Autonomia e Prazer! Como já é tradicional no Consa, em 26 de novembro de 2011 os estudantes da Educação Infantil apresentaram-se em um belíssimo espetáculo, o qual foi preparado e ensaiado ao longo do 2º semestre. Durante todo este período, as crianças vivenciaram as mais diversas aprendizagens ao terem a oportunidade de observar rádios antigos, ouvir histórias que narram a participação deste importante meio de comunicação na sociedade através dos tempos e manusear este objeto. Além disso, puderam descobrir que, nos dias de hoje, a rádio também está na internet e voltaram ao tempo das vovós ao ouvirem radionovelas antigas e tradicionais propagandas veiculadas nas famosas ‘ondas do rádio’. Nossos pequenos estudantes da Educação Infantil embarcaram então “Nas ondas do Rádio”, percorrendo o grande universo do som, da música e da expressão corporal. O espetáculo foi embalado por canções antigas como “Calhambeque” do Rei Roberto Carlos até baladas atuais e contagiantes como a “I’ve got a feeling”do grupo Black Eyed Peas. Tudo isso permeado por uma boa pitada de humor, por conta dos atores Igor Pires e Luciano Renato, que contagiaram a plateia e convocaram a todos os presentes a participar cantando “Sonífera Ilha”, consagrada canção brasileira dos anos 80. Mais uma vez, nossos PEQUENOS mostraram-se GRANDES, enchendo nossos corações de muita felicidade e revelando grande entusiasmo e expressividade no palco. Parabéns aos queridos estudantes da Educação Infantil! Professora Patricia Mufid Kfouri

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Educação Infantil

Como os Estudantes Aprendem nos Diversos Momentos da Rotina

Brincadeiras e brinquedos:

Nos diversos momentos da rotina do Infantil 1, os estudantes são incentivados a adquirir gradualmente alguns procedimentos que os ajudarão a construir sua autonomia. Mas afinal, o que são procedimentos? Procedimentos nada mais é que “o saber fazer”. “A aprendizagem de procedimentos está diretamente relacionada à possibilidade de a criança construir instrumentos e estabelecer caminhos que lhes possibilitem a realização de suas ações. Longe de ser mecânico e destituída de sentido, a aprendizagem de procedimentos constitui-se em um importante componente para o desenvolvimento das crianças, pois se relaciona a um percurso de tomada de decisões. Desenvolver procedimentos significa apropriar-se de “ferramentas” da cultura humana necessárias para viver, ou seja, que tipos de procedimentos são necessários para se chegar ao resultado esperado. RCNEI volume1.

Deste modo, a escola se coloca como espaço privilegiado para o desenvolvimento dos procedimentos, pois é um lugar de convívio coletivo, que tem como objetivo as relações educativas e é através deste convívio e das vivências na rotina que os estudantes se apropriarão de tais procedimentos.

São importantes situações para aprendizagem e desenvolvimento da socialização, nas quais os estudantes têm a oportunidade de escolher livremente os brinquedos que lhes interessam mais, aprendendo o respeito ao outro, a esperar sua vez, a dividir, a verbalizar as necessidades e sentimentos e interiorizar algumas regras de convívio social. Procuramos também incentivá-los a compreenderem a importância da organização dos brinquedos e da sala de aula.

Estudantes em atividade na Educação Infantil

Atividades de Artes: Em Artes, nesta faixa etária, não há preocupação com o produto final e, sim, com a valorização do processo de criação, exploração e familiarização de diversos materiais. A aquisição dos procedimentos é uma etapa essencial para que a criança possa desenvolver e ampliar sua habilidade artística. Cada vez mais o estudante se desenvolve e avança no processo artístico através de pequenos combinados como: não pintar a si mesmo e os amigos, não colocar a tinta na boca, guardar os materiais no local indicado. Professoras do Infantil 1

Para ilustrar, citaremos alguns exemplos deste aprendizado:

Roda de conversa e roda de leitura: Nesta atividade os estudantes são organizados em um espaço, sentados de forma que possam se ver mutuamente, promovendo o respeito pela fala do outro e contribuindo para a formação do grupo. Na roda de leitura, as crianças são incentivadas a manusearem e compartilharem os livros de forma adequada, o que também contribui para a formação de futuros leitores.

Lanche: Mais do que um momento para promover uma alimentação saudável e a experimentação de alimentos, a hora do lanche também visa a socialização das crianças. Além disso, ao conseguirem alimentar-se sozinhas, sentando-se para fazer as refeições, comendo devagar, saboreando os alimentos, aguardando sua vez para serem servidas, solicitando quando desejam repetir o alimento e até respondendo quando não o querem, estão desenvolvendo sua autonomia.

Estudantes da Educação infantil

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Estudantes em atividade na Educação Infantil 9


Educação Infantil

Se eu fosse um Peixinho

Arte! Muita Arte! No Consa, desde cedo, as crianças são estimuladas no ensino das artes a APRECIAR, REFLETIR e FAZER. Para nós, educadoras do Consa, o ensino de artes vai além de propostas para entretenimento e artesanato.

Neste semestre, iniciamos o Projeto “Se eu fosse um peixinho...” com os estudantes do Infantil 2. Para a escolha deste tema, pesquisamos, refletimos, estudamos e chegamos à conclusão de que “peixes” seria um tema motivador para o desenvolvimento de diversas habilidades, considerando também que estes animais são muito admirados pelos estudantes desta faixa etária devido às suas cores, sua diversidade, seus movimentos e o meio em que vivem: a água.

Ao longo deste ano, os estudantes do Infantil 3 foram convidados a explorar os mais diversos materiais e linguagens das artes em diversos momentos significativos, de acordo com a metodologia triangular proposta pela estudiosa Ana Mae Barbosa.

Na idade em que se encontram, o processo de aprendizagem acontece por meio de vivências concretas. O Projeto possibilita trabalharmos assim, experimentando, interagindo, observando e manuseando, levando os pequenos estudantes a questionar, confrontar ideias e levantar hipóteses... e tudo isso de maneira lúdica!

Começamos realizando passeios ao Lago dos Peixes, contando histórias relacionadas ao tema e assistindo a vídeos na sala de Informática. Logo pudemos perceber que as crianças estavam bastante envolvidas com o assunto e com as propostas, pois a todo o momento interagiam, argumentavam e faziam perguntas muito interessantes, como “aqui é a casa dos peixes?”, “onde eles dormem?”, entre outras. Com as visitas semanais ao Laboratório de Ciências, o interesse e o entusiasmo das crianças ficaram ainda mais perceptíveis. A cada aula, novos desafios eram lançados, para que pudessem confrontar ideias e elaborar hipóteses a partir delas. Vale a pena registrarmos aqui um desses momentos, como quando perguntamos o que era preciso para que conseguíssemos montar um pequeno aquário. Surgiram muitas respostas interessantes, que nos revelaram o quanto os estudantes já sabiam: “Precisa de peixe!”, “...e de comida!”, “pedrinhas também!”. Após provocarmos muitas reflexões do tipo “será que ao colocarmos apenas as pedras, o peixe e a comida, isso basta?”, finalmente, chegaram à conclusão de que faltava a água. Juntos com a laboratorista montaram o aquário com um peixe Beta, que foi doado a cada classe e aprenderam diversos procedimentos de cuidado, para que pudessem colocar em prática na sala de aula diariamente. Assim que receberam o novo mascote da sala, cada turma escolheu um nome para seu peixe. As famílias também contribuíram bastante, enviando pesquisas, imagens, revistas, livros e matérias. Foi nítida a alegria dos estudantes em compartilhar as informações trazidas de casa com o grupo. Por meio de todas as aprendizagens ao longo do Projeto, ao estudarmos sobre as diferenças entre as espécies, o meio em que vivem, como se locomovem etc., nossos estudantes puderam desenvolver estratégias de comparação, como observar a cor, o tamanho e a forma dos peixes. Desta forma, percebemos quanto aprimoraram esta habilidade, pois foram diversos os momentos em que a utilizaram em situações do cotidiAno, comparando-se entre si, seus tamanhos, cores de cabelo e olhos, entre outras. Outra etapa interessante foi a interação com as classes do 1º Ano, pois como realizaram o Projeto “A vida na água”, ficaram muito empolgados em compartilhar um pouco do que aprenderam com os estudantes do Infantil 2. Cada turma preparou uma surpresa para recebê-los. Foram momentos enriquecedores, de muita diversão, interação e aprendizagens! Sem dúvida, “Se eu fosse um peixinho...” foi um Projeto muito apreciado pela série, que garantiu aprendizagens significativas, provocou novos olhares, novas habilidades e comportamentos.

Professoras do Infantil 2

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Quem imaginaria que poderíamos fazer música com diversos materiais: embalagens, latas de lixo, vassouras, com o próprio corpo e com o silêncio? Isso mesmo! A música é composta por sons e silêncio! Na oficina do dia dos pais, todos foram convidados a fazer este experimento. E não é que parecia mesmo uma música?

Estudantes do Infantil 3

Confeccionar fantasias, atribuir novos significados a objetos, cantigas de roda, jogos teatrais e dramáticos, experimentar expressões diante do espelho. Tudo isso é teatro!

E por que não um pouco de poesia? Apreciá-la faz bem e nos encanta! O ar de todo dia pode render uma bela e engraçada poesia, como fez Vinicius de Moraes... Os estudantes do Infantil 3 apreciaram as bailarinas, produção do artista Edgar Degas. Dançaram e se inspiraram ao som de músicas clássicas, explorando movimentos e espaços. O tema dos ensaios para a apresentação artística da Educação Infantil “Faça chuva ou faça sol” motivou as crianças a serem felizes no palco, envolvendo-se pela música e, simplesmente se soltarem com espontaneidade! “Pois bem cheguei, quero ficar bem à vontade...” “...chove chuva, chove sem parar!”. Na semana das crianças, os estudantes aproveitaram este repertório artístico e ampliaram sua criatividade explorando diversas técnicas e modalidades: pintar em bexigas, em um grande painel, desenharam com massinha, fizeram colagens e um varal com jornal ... As crianças, com apenas três ou quatro anos, revelaram seus talentos, surpreendendo a todos que apreciavam a exposição. Muitas possibilidades podem acontecer numa sala de aula com pincel, tinta, rolinho, areia, esponja, farinha, mão, cola, espátula, papel, palito, plástico, algodão, barbante... Produções interessantes, invenções, explorações fazem das crianças, pequenos criadores, protagonistas da Arte! Professoras do Infantil 3

Estudantes do Infantil 3

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Educação Infantil

Uma Visita mais do que Especial! Durante todo o percurso da Educação Infantil, são apresentados diferentes autores e gêneros, com uma infinidade de títulos ampliando assim o repertório cultural das crianças. Nesta etapa da vida escolar, é fundamental estimular a criação de um forte vínculo da criança com a literatura, uma cumplicidade alicerçada no prazer e no encantamento que histórias são capazes de proporcionar. Pensando nisso, planejamos para este ano uma sequência de leitura do autor Ilan Brenman. Suas histórias revelam personagens próximos das crianças, “mais reais”, e com características compartilhadas, o que promove uma identificação por parte dos estudantes e a reflexão sobre padrões pré-estabelecidos. Ilan Brenman fez sucesso com os estudantes do Pré 1 desde o início! Após um intenso trabalho de leitura de diversos títulos, comparações, discussões e apreciações das ilustrações, as crianças já se sentiam íntimas e familiarizadas com sua obra. Para coroar esse trabalho, no dia 25 de agosto, o Pré 1 recebeu a visita do próprio Ilan! Todos ficaram encantados com sua presença e quiseram lhe fazer várias perguntas, todas respondidas com carinho, espontaneidade e atenção.

Uau! Que sabor é esse? O Projeto “Que sabor é esse?” desenvolvido pelos estudantes do Pré 2, no segundo trimestre de 2011, possibilitou de maneira lúdica e prazerosa a aprendizagem interdisciplinar de muitos conteúdos. Este Projeto proporcionou a descoberta de sabores e, também, de muitos saberes... Iniciaram o trabalho com uma apresentação em “Power Point” de algumas obras de Giuseppe Arcimboldo e Paul Cézanne, que utilizavam frutos em suas composições e “alimentavam” a imaginação dos estudantes! Apreciaram as imagens e, após discussão sobre as impressões verificadas, fizeram um levantamento de todos os frutos que observaram. Propusemos, então, uma visita ao Hortifruti “Natural da Terra”, em Moema. O Estudo do Meio foi muito produtivo e possibilitou a descoberta de frutos desconhecidos pelos estudantes, que puderam comprá-los para serem provados e estudados no colégio. No laboratório de Ciências Naturais, os estudantes observaram e manipularam os frutos, realizando experiências e descobertas. Com a utilização da lupa, verificaram suas características internas e externas, descobriram porque a gelatina não endurece se colocarmos abacaxi, como são feitas as frutas secas, porque aparecem fungos em frutos que apodreceram e muito mais.

O autor também contou a história “O pó do crescimento” e “O rei sem orelha”, além de ter lido “O livro da comfusão”, de sua autoria, que rendeu inúmeras gargalhadas. Ao final, Ilan autografou, pacientemente, os livros de cada uma das crianças e das professoras! Certamente foi um momento inesquecível para as crianças, que se prepararam e aguardaram ansiosamente a visita. Ilan Brenman se surpreendeu com os estudantes do Pré 1 porque demonstraram conhecimento e envolvimento com as histórias de sua vida pessoal e produção literária.

Conheça alguns títulos do autor lidos pelos estudantes do Pré 1: A cicatriz

O livro da com-fusão

A festa de aniversário

O nariz da Cris

Até as princesas soltam pum

O pó do crescimento

Clara

O que cabe num livro?

Conversa pra pai dormir Gabriel Gabriel, já para o banho! Isso não é brinquedo! Mamãe é um lobo!

Estudantes do Pré 2

O que os meninos fazem, O que as meninas fazem? Pai, todos os animais soltam pum?

Como produto final, os estudantes tiveram que elaborar um livro com receitas de sucos de frutas, que foram testadas no refeitório do colégio, seguindo rigorosamente os ingredientes e o modo de fazer. Descobriram sabores, misturas, quantidades, pesos e resolveram situaçõesproblema nas áreas de Matemática e Linguagem Oral e Escrita.

Com este projeto, as crianças construíram aprendizagem e habilidades, desenvolvendo conteúdos, hábitos e atitudes. Cuidando dos hábitos alimentares desde a infância e adolescência, as crianças se tornarão pessoas saudáveis.

Papai é meu!

E o que é melhor: pais e estudantes poderão consultar o livro confeccionado pelas crianças para preparar gostosas receitas, além de poderem guardar para sempre esta lembrança tão significativa da Educação Infantil do Consa!

Pra cama hoje não! Telefone sem fio

Professoras do Pré 2 Professoras do Pré 1

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Período Integral e Semi-Integral

Curso de Férias 2011: “É para ser feliz!” O objetivo do curso de férias foi proporcionar aos pais a tranquilidade de que seus filhos possam continuar num ambiente seguro com atividades que tornem este período fascinante com momentos de grandes aprendizagens, alegrias e descobertas. Durante as quatro semanas de férias, as crianças mostraram-se entusiasmadas pelas surpresas preparadas por suas professoras. Foi necessário juntar criatividade com muita tinta, terra, massinha de modelar, filmes de aventura com pipoca e outros ingredientes. E o que falar das contações de história com Ana Luísa Lacombe e dos teatros “Pés Descalços” do Grupo Morpheu e “Zoo-ilógico” da Cia Truks que transportaram todos nós, adultos e crianças, para mundos mágicos onde a fantasia e a realidade se misturavam em uma fantástica experiência? Não podemos nos esquecer dos lindos e deliciosos pirulitos de chocolate, preparados pela “Maria Bolo” e decorados pelas crianças, além das nutritivas e saborosas receitas preparadas pela equipe da Nutrical, que utilizaram como ingrediente principal algumas ervas aromáticas, plantadas e colhidas na horta do colégio. O dia da fantasia, momento aguardado e sempre prestigiado pelas crianças, contou com a presença da equipe do salão de beleza infantil “Funny Hair”, que fez os penteados elaborados das princesas e dos super heróis. E, para que as crianças, juntamente com suas famílias, pudessem recordar esse momento, a “School Picture” registrou belas fotos. As atividades esportivas também foram contempladas. Destacamos o treinamento de corrida com a equipe do “Kids Running”, no Parque do Ibirapuera, os circuitos motores e o dia da bicicleta no colégio. Para completar, horas no parque, brinquedos infláveis, brincadeiras tradicionais e um prazeroso passeio no “Pet Zoo”, onde os estudantes puderam desfrutar de grandes experiências, tais como: ordenhar a vaca, passear a cavalo, alimentar os animais, entre outras atividades, ou seja, ter esse precioso momento com a natureza. Foram dias completos e, com certeza, fortes lembranças permanecerão na memória de todos aqueles que puderam fazer parte deles.

Contos de Fadas Os Contos de Fadas nos transportam para outros mundos, onde o imaginar é quase que indispensável e as personagens tomam vida unindo-se ao “faz de conta”. Partindo da sequência didática sobre os contos clássicos, realizada no curso regular, os estudantes do 1º Ano do Semi-Integral, iniciaram a construção de um castelo. Primeiramente, os estudantes escolheram a obra a ser construída. Surgiram diversas propostas: a casa dos Sete Anões, o castelo do Gigante Egoísta, o castelo da Bela e a Fera, entre outros. A maioria optou pelo castelo do “Gigante Egoísta”. O passo seguinte constituiu-se em reunir materiais reciclados, embalagens de suco, leite e jornais. Utilizando-se de cola, fita, tinta e, principalmente, muita imaginação, disposição e união, iniciaram, assim, a construção! Os estudantes, talentosamente, finalizaram este projeto e constataram que sonhos podem se tornar realidade e que a união e o trabalho em equipe, aliados ao poder criativo, são capazes de mudar e reconstruir o mundo. Maria Cleonice R Da Silva e Karina Cunha Esteves - 1º Ano – Semi-Integral

Acompanhamento de Estudos O acompanhamento dos estudos nos períodos Semi-Integral e Integral ocupam lugar de destaque. Diariamente, os estudantes realizam as tarefas de casa, revendo conteúdos trabalhados no curso regular, individualmente ou em pequenos grupos, sob a supervisão da professora. Com essa organização e rotina de estudos, os estudantes partilham suas descobertas, colaborando com trocas de informações e experiências entre si, construindo um aprendizado prazeroso e de maior compreensão, com autonomia, potencializando a percepção da importância do estudo diário para a aprendizagem. Patricia Coimbra e Luciana Abe - 2º ao 6º Ano do Semi-Integral e Integral

Equipe do Integral e Semi-Integral

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Ensino Fundamental

Apresentação do Ensino Fundamental Flautas afinadas... Tambores organizados... Vozes cativantes... Mostramos ao grande público o que preparamos e produzimos nas aulas de música! Em uma aguardada manhã de sábado, os estudantes de cada um dos anos do Fundamental I puderam sentir as emoções que envolvem uma apresentação artística, na qual o processo de aprendizagem da proposta musical do CONSA foi apreciado por um seleto grupo de pessoas cheias de expectativas. Apresentamos muitas canções relacionadas aos projetos desenvolvidos pelas professoras polivalentes, mostrando que a música pode enriquecer e acrescentar valiosas informações aos temas geradores de discussões na sala de aula. Destacamos que todos os professores de Inglês que acompanharam a idealização deste Festival Artístico demonstraram, em belas músicas, o envolvimento dos estudantes em seu componente curricular. Os aprendizes e praticantes do instrumento flauta marcaram presença em um dos momentos mais aguardados desta mostra cultural, realizando uma apresentação grandiosa e surpreendente. Desenvolvemos a leitura e escrita musical de pentagrama, selecionando para a apresentação quatro músicas compostas pelo professor, que demonstravam a crescente evolução das variáveis rítmicas e melódicas e dos desafios enfrentados pelos estudantes na prática do instrumento. As instrumentações percussivas demonstraram precisão, concentração e preparo rítmico de forma primorosa, enchendo de orgulho os pais presentes que aguardam com ansiedade o início do novo ciclo escolar dos estudantes de quinto ano e a continuidade desta linda trajetória artística. Como professor de música do CONSA, agradeço a todos os estudantes pelo desempenho brilhante, estendendo minha gratidão às famílias que acreditam em nossos esforços, confiando seus bens mais valiosos nesta jornada de construção de saberes. Professor Mauricio Paraventi

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Ensino Fundamental

Crianças vão a Restaurante ‘Americano’ dentro do Colégio

Ler para Escrever Escrever para reler e revisar A reescrita de contos clássicos no 1º Ano do EF “As atividades de reescrita criam, assim, um espaço intertextual entre o texto-fonte e os textos reescritos, que permite uma dupla comparação: entre as escritas resultantes entre si e entre cada uma delas e o texto-fonte.” Ana Teberosky “Para escrever bem é preciso ler muito”. Esta é uma afirmação indiscutível em sala de aula. Então, para desafiar nossos ávidos leitores, fizemos uma nova proposta: reescrever uma história que gostam muito de ler para compartilhar com colegas e familiares. A atividade foi aceita e logo começamos a ler para selecionar a obra em que nosso trabalho iria se basear. O gênero eleito foi ‘contos clássicos’ devido à familiaridade de nossos estudantes e o fascínio que essas histórias despertam no universo infantil: princesas, príncipes, heróis, vilões, fadas, bruxas... um mundo de faz de conta onde tudo pode acontecer.

Entre os dias 18 e 21 de outubro, as crianças do 1º Ano do Ensino Fundamental tiveram uma aula de inglês para lá de saborosa. Os estudantes foram ao restaurante da Nutrical, onde tiveram a oportunidade de colocar em prática o que vêm aprendendo nas aulas. Durante a atividade no restaurante, tiveram de fazer pedidos como se estivessem em um país de Língua Inglesa. “O objetivo era que eles fizessem o uso do aprendizado em sala numa situação mais próxima do real”, explica a professora Leila Neves Machado. Eles se divertiram muito e, além do uso da língua, também nos preocupamos em utilizar alimentos saudáveis como frutas, sucos, cereais integrais e lanches naturais, pois esta também é uma preocupação do Consa, a de que crianças incorporem hábitos saudáveis”, afirma a professora. Foi uma experiência muito gratificante e um estímulo para o aprendizado da língua inglesa!

Nossos leitores colocaram-se em uma posição diferente: precisaram ler e reler para se apropriarem de expressões usadas nos contos, observaram detalhes descritivos, discutiram semelhanças e diferenças presentes nos episódios ou, mesmo, em elementos mágicos, verificaram continuamente se o texto que produziam apresentava características semelhantes a outros do mesmo gênero.

Leila Neves Machado – Profª de Inglês

Diferentes versões foram lidas da mesma história e, como leitores exigentes, todas foram criticadas: “Essa versão usa palavras difíceis, mas bonitas”, “Essa aqui não é muito boa, não tem detalhes” ou “Esta está muito distante da versão original”. No processo da produção da reescrita, essas diferentes versões lidas foram essenciais para a revisão: o trabalho foi dividido e desenvolvido em diversas aulas para que os estudantes pudessem se preocupar em como reapresentar a história, com o desafio de retomar trechos importantes, definir quais partes seriam escritas e quais seriam cortadas. Ao mesmo tempo, questões discursivas e de coesão foram ressaltadas: como não repetir várias vezes a mesma palavra, dar sentido e continuidade aos fatos relatados, utilizar-se de expressões que façam os leitores interessarem-se pela história, entre outros. Após muito trabalho, cada sala produziu uma nova versão de um conto, que foi compartilhado com as famílias e estudantes do colégio! Professoras do 1º Ano EF

Estudantes do 1º ano - EF

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Ensino Fundamental

Visita ao Instituto Cultural Thomaz Ianelli Com o objetivo de propiciar a imaginação criadora, favorecer a criação de formas artísticas e vivenciar a experiência da percepção estética, nós, professoras do 2º Ano do Ensino Fundamental do Consa, pensamos num Estudo do Meio que envolvesse Arte. Como o tema de estudo do 3º trimestre neste componente curricular envolvia “Cores”, elegemos uma visita ao Instituto Cultural Thomaz Ianelli, localizado na Rua Joaquim Távora, 61 – Vila Mariana – São Paulo. Essa escolha se deu porqueThomaz Ianelli (1932-2001) começou a trabalhar como aprendiz de cartazista na Companhia de Anúncios de bondes e descobriu a sua vocação colorista, sua facillidade enorme para lidar com cores, misturando tintas para os arte-finalistas. Frequentou o ateliê de Alfredo Volpi, conviveu com artistas como Mário Zanini e Arnaldo Ferrari e integrou o Grupo Guanabara, ao lado do irmão e dos artistas Manabu Mabe e Tomie Ohtake. Olívio Tavares de Araújo diz: “Thomaz costuma trabalhar primeiro com uma cor determinada, antes de colocar qualquer outra, estabelecendo com ela certos pontos de apoio essenciais. Numa segunda rodada, cria com outro tom um contraponto e só então liberta o improviso.” Célia Ianelli, esposa do artista, responsável pelo Instituto Cultural, possibilitou o contato com este espaço privilegiado, com exposição de obras do artista, bem como seu ateliê, conservado exatamente como ele o deixou, antes de seu falecimento.

Estudantes em atividade no Instituto Os estudantes tiveram a oportunidade de assistir a um vídeo com depoimentos do próprio artista, imagens dele pintando, conhecer seu ateliê portátil, o qual era levado em todas as suas viagens. Puderam tirar dúvidas diretamente com a companheira do artista, uma pessoa encantadora, muito disposta a divulgar o maravilhoso trabalho deste artista brasileiro. Célia Ianelli contou que a obra de Thomaz Ianelli ficou de certa forma relegada do mercado de arte por uma série de motivos. Entre eles, dada a própria natureza tímida e retraída do artista, que preferia dar aulas e ficar preparando suas criações longe de holofotes a ter de fazer concessões. Mas, ultimamente, uma série de ações vêm contribuindo para que a sua produção ganhe a devida importância no cenário brasileiro. No final da visita, as crianças participaram de uma oficina em meio às obras de arte de Thomaz Ianelli, criando aquarelas. Professoras do 2º Ano - EF

Relato de um dos nossos estudantes: “Quando nós chegamos lá no Instituto, a D. Célia conversou com os estudantes. Depois ela mostrou um vídeo do Thomaz desenhando no Xingu. Depois disso, fomos tomar lanche. A próxima coisa que fizemos, foi ver as pinturas do Thomaz. Elas eram muito bonitas. Quando terminamos de ver as pinturas, nós fizemos as nossas próprias pinturas. E muito antes disso, nós assinamos nossos nomes num quadro enorme que tinha no ateliê.

Estudantes assistem a apresentação de Célia Ianelli

Antes de nós sairmos, a D. Célia nos deu um cd de presente.”

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Rodrigo Garcia – 2º E

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Ensino Fundamental

Semana Cultural Franciscana: Encontro Fraterno de Emoções No mês de outubro, os estudantes do 2º ao 5º Ano do Ensino Fundamental, participaram da IX Semana Cultural Franciscana. A Semana Franciscana favoreceu um encontro de convivência, no qual os participantes consolidaram relacionamentos fraternos.

Estudantes em atividades na Semana Franciscana

O evento contou com várias atividades, entre elas: desfile de abertura, grito de união, jogos competitivos, maratona cultural e lanche comunitário. Além destas atividades, os estudantes contribuíram com a arrecadação de alimentos que foram destinados às Obras Sociais mantidas pela Associação Cultura Franciscana (ACF). Foi um momento de alegria, de fraternidade e descontração. Professoras do 3º Ano do Ensino Fundamental

Estudantes se confraternizando, durante as atividades

Depoimentos dos nossos estudantes: “A Semana Franciscana foi bem legal. Todas as equipes participaram com camisetas coloridas. As brincadeiras e os jogos foram bem animados, todos se esforçaram e deram o seu melhor. O resultado foi justo, eu adorei.” Ana Carolina Belucio de Araújo - 3° Ano “A Semana Cultural Franciscana foi muito legal, teve muitas brincadeiras e um Quiz cultural. Nós não queríamos saber quem iria ganhar, só queríamos nos divertir. Tenho certeza que todos do 3º Ano adoraram a Semana Franciscana.” Leonardo Fernandes Frank – 3º Ano “Eu achei a gincana muito legal. Todos os jogos foram emocionantes e divertidos. Esse dia é um dos mais esperados do ano. Não importa quem ganha ou quem perde, o importante é participar.” Santiago Naliato - 3 º Ano «Eu achei a Semana Franciscana muito legal e eficiente, pois nós dos 3° Anos aproveitamos as brincadeiras e também a parte cultural. Deu para nós lembrarmos sobre os estudos, avaliações, aulas e como os professores nos ensinaram nesse ano.» Marina Pires de Souza – 3º Ano

Estudantes em atividades na Semana Franciscana

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Estudantes em atividades na Semana Franciscana 23


Ensino Fundamental

Estudo do Meio:

Lavador de café Depoimentos dos estudantes do 4 Ano-EF

Visita à Fazenda Nossa Senhora da Conceição UMA VOLTA AO PASSADO Os estudantes do 4º ano tiveram a oportunidade de participar do Estudo do Meio à Fazenda Nossa Senhora da Conceição, em Jundiaí. Os objetivos da saída foram ampliar os conhecimentos históricos e geográficos acerca da história da escravidão, da imigração e do ciclo do café. O estudo do meio consiste em recuperar aspectos importantes da História do Brasil do século XIX e da História do estado de São Paulo, tais como: a escravidão, o ciclo do café e a imigração, enfatizando a italiana, ocorrida na fazenda. Os estudantes tiveram a oportunidade de conhecer desde a plantação de café nas estufas até a torrefação. Ficaram encantados com as construções remanescentes e impressionados com a senzala.

O 4º Ano foi visitar a Fazenda Nossa Senhora da Conceição e viu o lugar onde era feita a lavagem do café. Os grãos eram esfregados manualmente, depois seguiam para o despolpador e para o terreiro, para a secagem.

Os estudantes do 4º Ano gostaram muito do Estudo do Meio e aprenderam muito sobre café.

Museu de café “Foi muito legal o Estudo do Meio, aprendemos muitas coisas e vimos como era uma fazenda de café no tempo dos escravos. Ficamos impressionados com a senzala. “ Comentário Coletivo 4º Ano - EF

Depoimentos dos nossos estudantes: “Eu gostei de várias partes, mas a parte que eu achei mais interessante, foi quando nós fomos à casa dos colonos e conhecemos tudo sobre eles: como eles viviam e de onde eles vieram, que foi da Itália. Eles viviam com suas esposas e seus filhos, que geralmente eram mais ou menos 15 filhos! A comida da fazenda era muito boa e a paisagem era bem bonita! As pessoas que trabalham na fazenda são muito gentis e educadas.” Amanda Rodrigues Bertocchi – 4º Ano -EF

Estudantes observam grãos de café

“Eu adorei o passeio porque aprendi sobre o café e o seu plantio. A comida de lá é muito boa e a lojinha também! Aprendi sobre várias máquinas de café e sobre os trabalhadores de antigamente. As casas antigas e a casa sede são muito interessantes! Nós plantamos uma muda de café e também brincamos no parque. Foi um passeio muito legal!” Laura Rigoni Pagnard – 4º Ano-EF “No começo deste ano, antes de começar as aulas, eu folheava meu livro de História, pensando em quando iria começar a aprender sobre o café. E isso aconteceu no começo de setembro, mas foi em outubro, no dia 17, na Fazenda Nossa Senhora da Conceição, que comecei a gostar mais ainda desse assunto. Para mim, o estudo do meio foi uma oportunidade para aprender mais e, por sorte, soube como aproveitar muito bem esta chance, prestando atenção em tudo o que os monitores falavam, ao mesmo tempo em que observava cada detalhe deste lugar histórico tão importante.” Luiza Gibran – 4º Ano-EF

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Estudantes plantam muda de café

Estudantes observam onde o café era selecionado e lavado

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Ensino Fundamental

Confira alguns trabalhos de estudantes:

Exposição de Releituras de Fotografias

“As caras do Brasil”

O domínio da língua oral e escrita é fundamental para a participação social efetiva, pois é por meio dela que o homem se comunica, tem acesso à informação expressa e defende pontos de vista, partilha ou constrói visões de mundo, produz conhecimento. Pensando nisso, os estudantes do 5ºAno do EF tiveram a oportunidade de colocar em prática uma sequência de atividades que, com certeza, contribuiu para a conquista de novas habilidades e a construção do conhecimento. Durante a realização das atividades da sequência, os estudantes aplicaram seus conhecimentos na escrita e na produção fotográfica, sendo o desenvolvimento da leitura o grande foco dos trabalhos. Por meio de atividades em grupos e individualmente, identificaram o conceito de releitura, analisaram estratégias de releitura em obras de arte verbais e não-verbais, compararam diferentes fotografias, poemas e cartazes de divulgação de eventos, reconhecendo sua importância e seu uso na sociedade. Além disso, desenvolveram estratégias de produção de fotografias e cartazes de divulgação de eventos. Orientados a construir suas próprias conclusões, sistematizando o seu conhecimento e usando essa sistematização em novas aprendizagens, os estudantes, em grupos, produziram cartazes para divulgar a exposição das releituras das fotografias, intitulada “As caras do Brasil”. Esta exposição foi apreciada como um acontecimento social recebendo muitos visitantes: Estudantes, Familiares e Amigos. Professoras dos 5º Anos do Ensino Fundamental

Estudantes apresentam a exposição 26

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Ensino Fundamental

Estudando Gaia Floresta Tropical

Floresta Temperada

Deserto

Savana

Tundra

Campo

Na mitologia grega, Gaia era a deusa da Terra. Atualmente, Gaia se refere a uma teoria científica que procura explicar a Terra como um organismo vivo, já que o equilíbrio ambiental do planeta é regulado pela ação dos seres vivos. Portanto, os seres vivos são os responsáveis por manter as condições necessárias à vida do Planeta. Outras teorias defendem que a vida se adaptou às condições da atmosfera terrestre. Então, para estudarem as diferentes composições da Biosfera e seus grandes domínios naturais, os estudantes dos 6ºs Anos realizaram mini painéis sobre a distribuição dos principais domínios naturais do mundo. São eles: Florestas Tropicais e Equatoriais, Savanas, Campos, Desertos, Florestas Temperadas e Tundra. Ao final deste estudo, puderam compreender a inter-relação entre os elementos da biosfera, que caracterizam os domínios naturais e provocam contínua transformação destes ambientes. Durante a maior parte da história da Terra, essas mudanças ocorreram de forma lenta, mas a ação humana acelerou e intensificou o ritmo dessas modificações.

Francine Maria Felisoni Nogueira - Professora de História e Geografia

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Ensino Fundamental

Contando mais Aventuras…

El Viaje de los Sueños Hago memoria de un viaje que ocurrió del 30 de junio hasta el 10 de julio de 2011. Salí de casa con mi padre y mi hermano y pasamos por muchos aeropuertos; después de la mitad de un día volando, llegamos a Orlando, en EE.UU. Nosotros alquilamos un coche y fuimos para el hotel y salimos de compras.

Los alumnos del séptimo año, con la supervisión de la maestra Fernanda Matos, escribieron relatos de viajes inolvidables, pues siempre es bueno recordar, ¿no?

El primer día estuvimos en el parque de atracciones de Islands of Aventure, con muchos juguetes y norias radicales, también había juguetes y una parte del Harry Potter. Nos divertimos tanto que salimos super cansados, entonces el día siguiente nosotros decidimos ir para el Epcot dónde aprendimos más sobre la energía, los sentidos y paseamos por un área que mostró los países y la historia americana. Había también el Soarin que nos mostraba volando y el Test Track con un coche en test.

Un hermoso día me desperté, me vestí, tomé mi desayuno y fui para el aeropuerto con mi papá para viajar para Aracaju. Llegué en el avión, me senté y estuve por 3 horas hasta mi destino. Cuando salí, hacía mucho calor. Ya en el hotel estaba más fresco y divertido: con piscina, parques y restaurantes.

El día siguiente fuimos para el Busch Gardens y nos vislumbramos con la Cheeta Chung que imita a los movimientos de la Chita y es una noria muy grande. También había otras atracciones bien divertidas, como el Animal Kingdom y la MGM con la Tower Terror (aquí tuve un poco de miedo). Hubo una parte que hablaba sobre el Walt Disney, y un parque no tan divertido donde cenamos con un amigo de mi padre y su familia. Por fin, fuimos nuevamente al Busch Gardens y al Islands of Aventure y volvimos el día siguiente para São Paulo. Ése viaje fue muy bueno. Estudiante Rodrigo García de Andrade

Yo visité muchos lugares como la “Barra de los Coqueros”, playas y la “Ponte Principal”… Fui también a Bahía y conocí el “Pelourinho”, “Elevador Lacerda”, “Mercado Modelo” y la “Praia do Forte”.

Un Viaje Inolvidable

Cuando volví para Aracaju también me divertí mucho: jugué en la piscina, fui a tiendas, hice compras, anduve en barco, balsa…

En diciembre de dos mil nueve mi padre, mi hermano y yo viajamos para Orlando para ir a los parques de Disney y de la Universal. Fuimos al aeropuerto de Guarulhos y entramos en el avión de la compañía AEROMÉXICO. El viaje de ida fue muy bueno. Hicimos, en el medio del camino, una pausa en la Ciudad de México, y con eso nos quedamos mucho tiempo en el aeropuerto.

En los últimos días era Navidad y luego Año Nuevo. Papá y yo conmemoramos, ganamos regalos y nos divertimos mucho.

Cuando llegamos en Orlando fuimos en autobús para el hotel de Disney. Yo estaba muy contento pues era la primera vez que iba a los parques de atracciones de Orlando.

¡Fue un viaje muy chévere! Estudiante Bruna Agatha

El primer parque que fuimos fue el Magic Kingdom. Fue muy divertido. Me entretuve mucho con los juguetes como los del Piratas del Caribe. Fuimos al Animal Kingdom y nos divertimos mucho en la noria del Everest que fue muy radical y los safaris también. Luego, fuimos a Disney Hollywood Studios, que fue mi parque de atracciones favorito pues jugué mucho en los juguetes del Star Wars, en el Toy Story Manía y en la torre del terror, además de la noria de Aerosmith. Después estuvimos en el Epcot donde había locales mostrando varios países del mundo entero. Por último fuimos a los parques de atracciones de la Universal, así nos mudamos de hotel. La Isla de Aventura es el mejor parque de los dos de la Universal pues hay juguetes que mojan, norias radicales y atracciones muy divertidas. Yo nunca me voy a olvidar este viaje pues fue muy bueno, además me divertí muchísimo. Estudiante Daniel Vasconcelos

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Ensino Fundamental Propaganda Publicitária:

As Relações entre o “Eu” e o “Outro” Mediadas pela Linguagem “A linguagem participa na vida através dos enunciados concretos que a realizam, assim como a vida participa da vida através dos enunciados”. (Bakhtin) Foi nessa perspectiva que, em 2011, os estudantes do 7º Ano do Ensino Fundamental do Consa, desenvolveram uma sequência de atividades que culminou com a elaboração de um cartaz de propaganda, cujo objetivo era divulgar um espaço ou evento do Colégio, merecedor dessa divulgação. O estudo concomitante do gênero textual cartaz de propaganda e dos conteúdos linguísticos vinculados a esse gênero, antecedeu a produção final dos estudantes. Foram aproximadamente 20 aulas de pesquisa, análise, discussões, construção de conceitos, sistematização, para que chegassem à elaboração do produto final. Os estudantes também foram responsáveis por definir os espaços e os eventos do colégio que seriam divulgados, que informações precisariam para fazê-lo, a quem deveriam recorrer para coletar tais informações, que imagens estariam adequadamente associadas ao texto verbal, que materiais seriam necessários. Enfim, a produção do cartaz de propaganda permitiu que o processo de ensino-aprendizagem de língua rompesse as barreiras do livro didático, atingindo a esfera da comunicação humana. Eis o nosso objetivo para o ensino de língua portuguesa: superar os limites da sala de aula e conceber a linguagem como matéria prima que possibilita aos nossos pequenos falantes, construir pontes que diminuam as distâncias entre o eu e o outro, entre o eu e o mundo. Parabéns aos estudantes dos 7ºs Anos do EF que, com muita dedicação e seriedade, construíram pontes, estreitando os laços entre os homens por meio da linguagem.

Produção Textual Conforme afirma Elias José (2003, p. 101), “ser poeta é um dom que exige talento especial. Brincar de poesia é uma possibilidade aberta a todos.”

Escondido

Tudo pára.

Costumava andar sozinho

De repente ouve-se outra vez

Até te conhecer

Tic Tac Tic Tac Tic Tac

Todos os dias, todas as noites

- Não, fique!

Me pego pensando em você.

Tic Tac Tic Tac Tic Tac

Uma avenida extensa,

- Não posso, o tempo não pára.

Não sabia o que estava por vir

Tic Tac Tic Tac Tic Tac

Um passo de cada vez

Oh, como o amor é impaciente!

E, de repente, estávamos ali. Subitamente, comecei a tremer Ora, mas... por quê?

Lembranças

Uma beleza que ofuscava tudo em volta

Compro chocolates,

Essa era você.

Compro roupas,

Uma chama em meio ao mar profundo Uma pomba voando em um céu inexistente O que poderia eu fazer

GÊNERO POEMA – 8º Ano do Ensino Fundamental

Joana M. Alves Mota – 8º Ano B

Se foi esse o destino reservado para gente? A rosa mais bonita,

Compro sapatos, Compro flores, Compro tudo para me lembrar. Compro frutas, Compro brincos,

O trabalho com poemas teve início no 1º trimestre com o objetivo de despertar o prazer da leitura de poesias, desenvolvendo um olhar mais apurado às imagens e às associações inusitadas.

Não era tão bela ao seu lado. Naquela avenida extensa,

Compro colares,

Para registrar as habilidades que os estudantes desenvolveram, organizou-se um Recital de Poesias. Neste momento, os estudantes recitaram poesias de escritores conhecidos, como Fernando Pessoa ou Cecília Meireles e, também, produções próprias que foram postadas no ambiente virtual do Colégio e na Rádio Consa.

Meu amor foi revelado.

Compro chapéus,

No 2º trimestre, os estudantes conheceram as principais características deste gênero e tiveram a oportunidade de praticar a escrita de poemas, retomando conceitos relacionados à estrutura e aos recursos poéticos: repetição, rima, comparação e figuras de linguagem. A elaboração da poesia deu-se a partir da observação de uma imagem e da reflexão sobre aspectos que auxiliariam os educandos no desenvolvimento da produção textual. Também foi necessário anotar um leque de palavras que seriam significativas para o texto, com a ideia de estimular sensações do leitor, transmitir sentimentos ou fazer refletir. Professora Cristiane Regina A. Vicentin

Estudante Amanda Pogi – 8º Ano

Compro tudo para me lembrar. Se pudesse, roubaria parte do céu para ela.

O Tempo Tic Tac Ele a espera Tic Tac O tempo demora a passar Tic Tac E nada

Se quisesse, atravessaria o Atlântico por ela. Faria tudo para me lembrar. Isso tudo é inútil... Faço qualquer coisa para lembrar, Mas depois daquele acidente, ela nunca vai voltar. Bernardo de Lima Alves – 8º Ano - EF

Tic Tac... ela chega

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Ensino Fundamental

Conto Policial

Amadeu não estava errado

No 2º trimestre, os alunos do 9º Ano do Ensino Fundamental se aventuraram com a leitura do romance policial “Martini Seco” de Fernando Sabino. A obra, de caráter investigativo, transformou os alunos-leitores em verdadeiros detetives. Os estudantes foram desafiados a desvendar os crimes ocorridos na história, pois o autor, de propósito, ofereceu pistas, mas não solucionou os casos. Diante desse desafio, os estudantes, agora escritores, deveriam escrever um novo final para a história, desvendando os mistérios e pondo fim à narrativa ou não. Para situar melhor, você, leitor, vamos resumir o romance policial lido para, em seguida, apresentarmos os textos de nossos alunos-escritores.

Serpa não havia descoberto o autor do crime, não sabia se arquivava o caso ou se investigava-o novamente. Porém decidiu não desistir. Como principais suspeitos, tinha Amadeu e o garçom. Mas e se fugisse do óbvio? Talvez Maria poderia ser a verdadeira assassina. E essa hipótese levou Serpa a analisar os registros feitos por Motinha, durante a denúncia de Maria, mas nada evidenciava que ela fosse a autora do crime, porém lembrou-se que, em todas as queixas, a mulher mostrava-se ansiosa em relação ao marido. Talvez a moça tivesse tanto medo de Amadeu que aceitaria qualquer proposta que lhe fizesse e Carmen faria o mesmo.

Professora Adelliane de Latorre “O ano é 1957. Um casal entra em um bar e pede uma bebida: martini seco. Minutos depois a mulher cai morta. O companheiro dela é indiciado. Exatamente cinco anos depois acontece um fato inusitado na delegacia que havia tratado desse caso. Uma mulher adentra a delegacia e acusa seu marido de pretender assassiná-la. Essa mulher, Maria Miraglia, causa um verdadeiro rebuliço na delegacia, a ponto de ser refeita a reconstituição do crime acontecido cinco anos atrás. Amadeu encontra-se mais uma vez em maus lençóis depois que uma morte de fato acontece no local onde ele havia se encontrado com Maria, sua atual esposa para beberem um martini seco. Sem ter como se defender e provar sua inocência, Amadeu se sente encurralado. É o estopim para um desfecho emocionante e inesperado.”

O comissário relembrou do interrogatório de Amadeu. Ele poderia mesmo estar falando a verdade. Maria e Carmen poderiam querer se suicidar, mas não sem motivo, e, para descobri-lo, teve de interrogar Maria novamente. -Sente-se, Maria.

-Não, creio que não.

-Obrigada.

-E você faria tudo para provar seu amor por ele?

-A senhora amava seu marido?

-Tudo e mais um pouco.

-Mais do que tudo.

-Até aceitar um pacto de morte?

-E Carmen, não a conheceu?

-Qual a relevância dessas perguntas?

-Não senhor, Amadeu nunca falou sobre ela. - disse hesitante.

-Apenas responda! - Serpa se alterou.

-Ela era bonita, não?

-Sim!

– Tudo Bem! Vocês querem saber a verdade, então... Há cinco anos, Carmem estava me traindo e eu descobri. Naquele dia no bar, ela sabia que eu faria algo e foi ao telefone avisar alguém. Quando descobriu que não estava funcionando, deve ter fingido para que eu pensasse que ela tinha pedido socorro... – disse Amadeu.

-Eu particularmente não acho isso! -E como sabe disso se não a conheceu?

-Então foi assim que bebeu o cálice envenenado não é, Maria? Tinha inveja de Carmen, e queria mostrar que era melhor amante que ela.

– E você tinha ido ao banheiro pegar a estricnina para pôr no martini de Carmem enquanto isso. – sugeriu Serpa.

-Ah! - Maria ficou sem fala – Não, o senhor entendeu errado!

-Eu só queria mostrar meu amor por ele!

-E você acha que ela poderia amar Amadeu mais do que você?

-Está liberada.

Fonte: http://goo.gl/LMO1k

Capítulo 8

Bira relatou a investigação falando que o homem que estava com a vítima era um desconhecido dela e que o casal e o martini seco estavam ligados a Amadeu Miraglia. Maria mostrou um sorriso ambicioso. Amadeu, ao notar a súbita transformação de humor, se levantou e se preparou para dar-lhe um tapa, mas Serpa tem melhores reflexos e empurrou-o contra Bira, que o segurou.

Amadeu hesitou.

– Sim! Fui ao banheiro, peguei meu frasco de bicarbonato, que é na verdade estricnina, e joguei um pouco na mão. Quando estava na mesa, joguei no meu copo, pois não suportava o fato de ter sido traído. Carmem achou que eu tinha posto algo no cálice dela, tomou meu martini e morreu. – Amadeu Miraglia começou a chorar – Eu não queria matá-la! Eu queria me matar! Todos na sala ficaram chocados e Serpa percebeu que sua suspeita era verdadeira.

O caso estava resolvido! Amadeu fazia um pacto de morte com suas mulheres, prometia que iria morrer junto com elas, porém quem o cumpria eram elas, bebendo o cálice envenenado. Era como um ritual, iam ao mesmo restaurante, a moça ia ao telefone e Amadeu ao banheiro, pediam martini seco, e ambos bebiam-no, mas apenas a mulher se envenenava e ele se safava.

– Mas e hoje? Era o cálice de Maria que estava envenenado! – insinuou o comissário Serpa. – Enquanto a cena se repetia hoje no bar, – continuou Amadeu – eu pensei que Maria faria o mesmo e beberia o meu martini, então pus estricnina no cálice dela. Quando ela caiu no chão, vi que estava errado e saí correndo, pois sabia que a polícia viria atrás de mim... Imagine o susto que eu levei ao chegar aqui e vê-la sentada conversando com você. – Esse tempo todo você só queria se matar? Não pensou em fazer isso em casa? Ou se jogar de cima de um prédio? – exclamou Maria. Amadeu não respondeu e a sala ficou em silêncio enquanto todos se perdiam em pensamentos. Serpa se sentou e examinou a sala. Maria começou a se lembrar de seu casamento com Amadeu. Bira não sabia o que fazer, então saiu e ficou do lado de fora da sala esperando que esse momento de tensão terminasse. O criminoso, agora solto do forte abraço de Bira, se viu em um beco sem saída: ou iria para a cadeia ou fugiria. Nas condições em que estava, a segunda opção não era viável, e subitamente viu a solução para seus problemas. A arma do comissário estava no cabide por um descuido de Serpa. Amadeu a pegou e atirou em sua própria boca. Antes mesmo de o investigador Bira entrar, acompanhado do escrivão Motinha e do guarda Fortunato, Amadeu Miraglia jazia morto em cima do tabuleiro de damas na mesinha, em um canto da sala. Se alguém pensou que há cinco minutos a sala estava tensa, devia ter presenciado essa cena, em que o caso do Martini Seco foi encerrado. Bárbara Cristiane Bonfim 9º Ano-EF

E foi assim que Carmen morreu e Maria quase caiu fulminada. Nicole Ayako Oshima 9º Ano - EF

Desfecho de Martini Seco Maria e Miraglia estavam na delegacia à espera do Serpa, e Maria perguntou: - Por que você quer me matar? O que eu tenho que você não gosta? - Eu já te disse Maria, não quero te matar. Além disso, você é perfeita assim. No escritório do Comissário, o telefone começou a tocar, Serpa atende-o e fica chocado com a notícia. - Bira, vem aqui! - O que foi, senhor? - Vá até o bar e descubra o que aconteceu desta vez.

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O comissário virou-se para os dois e falou:

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Ensino Fundamental

Os dois ficam surpreendidos e, ao mesmo tempo, Bira volta para a sala do comissário:

Aventurando-se pelo Mundo da Poesia

- Serpa, examinei tudo: a morte se deu por outro martini e a mulher de um outro casal foi quem morreu.

- O marido não fugiu por casualidade, Bira? – olhou ironicamente o Amadeu.

“Concluí que somente através da leitura é que os escritores aprendem todos os mistérios que conhecem.

- Olhem os problemas que vocês dão, houve mais uma morte no bar.

- Não senhor, dessa vez quem fugiu foi o garçom!

Para aprender a escrever jornais, deve-se ler jornais: livros-texto sobre o assunto não serão suficientes. Para escrever artigos de revista, deve-se folhear uma revista (...). Para escrever poesia, ler poesias (...)

(Serpa se surpreende fazendo um gesto duvidoso). Passam-se perto de duas horas na investigação do crime e o Genaro, garçom, aparece na delegacia, senta perto do Serpa em uma sala e diz:

Os textos são como vitrines de exposição de palavras.”

- Comissário, Amadeu não tem a culpa de nada, o culpado sou eu!

Frank Smith

- Como assim, Genaro?

(nesse momento, o Miraglia olha assustado para a Maria e para o Bira) - Desde a infância, quando eu estudava com o Miraglia, ele sempre se saia bem, tirava boas notas, era o mais popular, e, ao crescer, saía com as melhores garotas e, a partir disso, eu comecei a ter inveja e ciúmes dele. - Agora é que me lembro de você, Genaro. Com razão, a sua cara me parecia familiar!

Tomando como base o pensamento de Frank Smith, os estudantes do 9º ano do Ensino Fundamental, ao lerem o poema “Quadrilha” de Carlos Drummond de Andrade, foram estimulados a produzir paródias, paráfrases, assim como fizeram grandes escritores ao parodiar o tão conhecido “Canção do Exílio” de Gonçalves Dias. O que começou como uma tarefa de Nota de Classe se transformou em uma bela oficina de criação. Nossos estudantes se envolveram com a proposta e produziram textos muito interessantes, críticos e criativos.

Serpa interrompe o bate-boca. - Então o Miraglia nunca quis matar ninguém?

Para você, selecionamos apenas uma pequena parte desse momento maravilhoso em que os estudantes se descobrem donos das palavras.

- É claro que não, sempre falei que era inocente! - Pera aí, e a Carmen? – disse a Maria.

Professora Adelliane de Latorre

O Genaro se adianta para tentar responder primeiro: - Esse foi o meu primeiro intento para matá-lo.

Amadeu, com raiva, tenta ir em cima dele, mas o Bira o impede.

Quadrilha

- Então você matou a minha mulher? Seu... Seu... - Sim, mas por engano, pois eu também gostava dela. Simplesmente ao te matar ia ficar com ela, bom, tentar ficar com ela! Só que ela pegou o teu cálice por engano, em que coloquei o veneno antes de servi-lo.

João amava Teresa que amava Raimundo que amava Maria que amava Joaquim que amava Lili que não amava ninguém.

- Então por que você fugiu? – disse o Bira. - Eu não fugi, eu fui procurar socorro! - Então você sempre disse a verdade, amor. Desculpe por não acreditar em você.

João foi para os Estados Unidos, Teresa para o convento, Raimundo morreu de desastre, Maria ficou para tia, Joaquim suicidou-se e Lili casou com J.

- E mais... Tudo teria dado certo se você tivesse bebido desta vez, – completou Genaro. Serpa interrompe dizendo:

Pinto Fernandes que não tinha entrado na história.

- Tá, mas e este caso com o novo casal? - Foi outro intento de matá-lo, mas eles não beberam e eu tinha me esquecido do veneno, pois tinha passado um tempo desde que eles se foram e dei o cálice a outro casal!

Carlos Drummond de Andrade

Serpa se levanta da cadeira e manda o Bira prender o Genaro. - Vocês dois, querem ir tomar algo? – Serpa pergunta para o casal. - Pode ser, mas outra coisa que não seja martini, pois já deu muita dor de cabeça! – disse o Amadeu. Então um rum, e por minha conta. Gian Franco Gazillo Pestana 9º Ano - EF

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Se Aventurando pelo Mundo da Poesia

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Ensino Fundamental Ciranda Julia Motta Vale - 9ºAno

A Quadrilha da Copa Marcelo Monteiro e Caio Tambelli Dardis – 9º Ano

João, que estava atrasado, esbarrou em Teresa

Espanha jogou com Itália,

que derrubou toda sua água na camiseta de seu amigo Raimundo

Que jogou com Alemanha,

que, no susto, esbarrou a mochila em Maria

Que jogou com Inglaterra, Que jogou com Japão,

que derrubou seus livros no chão, provocando a queda de Joaquim

Que jogou com Brasil,

que caiu bem em cima de Lili

Que não jogou com ninguém.

que se esborrachou no chão do corredor. Espanha chegou à semifinal, João não conseguiu fazer a prova, Teresa morreu de sede,

Itália não passou das eliminatórias,

Raimundo se acabou de dar risada, Maria perdeu um livro,

Alemanha chegou até as quartas,

Joaquim se apaixonou por ela e Lili, coitada!

Inglaterra foi eliminada na fase de grupos,

Foi pra enfermaria!

Japão não conseguiu ir às finais,

De onde foi encaminhada para a clínica do doutor J. Pinto Fernandes,

E Brasil ganhou da Argentina que ainda não havia entrado para a competição.

que até então não sabia que seu filho, João Pinto Fernandes Jr., havia perdido a prova.

Relações Internacionais Estudantes Julia Gonçalves Mendes e Maria Júlia de Paula – 9º Ano Rússia odiava a França, que odiava a Inglaterra, Que queria conquistar a Itália, que idolatrava a Alemanha, Que estava em crise.

Rússia se tornou comunista, França entrou em crise. Inglaterra foi bombardeada. Itália se uniu com Alemanha que fez pacto com o Japão Que ainda não tinha entrado na guerra.

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Quadrilha do trânsito paulistano Estudantes Mariana Valladares Andersen e Samantha Stocco Andrade - 9º Ano

Quadrilha da loja de roupas Estudantes Verônica Rodrigues Alves e Juliana Bianco Marques – 9º Ano A calça odiava o short que não gostava da saia que era prima do vestido que gostava do salto alto que não combinava com a camiseta.

A calça foi para o manequim. O short para o estoque. A saia entrou em promoção. O vestido foi comprado. O salto alto experimentado. E a camiseta saiu de linha junto com a bolsa que nem tinha entrado para a coleção.

Quadrilha da Comida Estudantes Ana Paula Schlithler de Freitas e Thaís Neves - 9º Ano João cozinhava macarrão para Teresa,

João bateu no carro de Teresa

que cozinhava feijão para Raimundo,

Que bateu no carro de Raimundo

que cozinhava batatas para Maria,

Que bateu no carro de Maria

que cozinhava arroz para Joaquim,

Que bateu no carro de Joaquim

que cozinhava lasanha para Lili,

Que bateu no carro de Lili

que não cozinhava para ninguém.

Que não bateu em nenhum.

João teve traumatismo craniano.

João virou chef de cozinha,

Teresa quebrou a perna.

Teresa engordou 10 quilos,

Raimundo morreu na hora.

Raimundo morreu de alto colesterol,

Maria ficou ferida.

Maria se queimou na panela,

Joaquim machucou o braço.

Joaquim virou gourmet,

E Lili foi salva por J. Pinto Fernandes

E Lili passou a cozinhar para J. Pinto Fernandes,

Que passava pelo local no momento do acidente.

que não tinha entrado na história.

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MATÉRIA DE CAPA No Colégio Nossa Senhora Aparecida a Arte tem papel fundamental neste processo. Da Educação Infantil ao Ensino Médio, os estudantes passam por vivências artísticas diversas, constroem um percurso repleto de sopros metafóricos que disparam sentidos para a vida. E como a Arte se torna aliada na construção da nossa identidade?

Arte e Identidade Passeando pelas redes sociais e caminhando por entre as ruelas da tecnologia, tentamos entender o que, de fato, caracteriza este nosso mundo, esta nossa vida. O homem contemporâneo está em fissuras de inúmeras identidades que se formam e se desfazem o tempo todo. É difícil olhar no espelho e dizer, com certeza, o que se vê. Isto parece ser um ponto comum e inevitável: com as relações em rede, e redes instáveis, sentimos falta de um corrimão que nos dê segurança durante o pisar nos degraus da existência. Como lidar com isso? Muitas respostas, a maioria delas, desconhecida. Sabemos que é difícil permanecer no território movediço da dúvida. Sabemos que em tempos de google, a habilidade de responder o que quer que seja, de forma imediata, é extremamente valorizada. Temos que concordar, no entanto, que por mais filtrada que seja uma procura, jamais encontraremos a real resposta da pergunta ‘o que sou?’ em um site de busca.

Ao adentrarmos em uma experiência artística, repleta de transformações, a subjetividade nos pega pela mão. Nesta parceria homem/arte, o que se sobressai é a vontade galopante de nos entendermos enquanto humanos, compreender os processos que fazem o homem ser memória e sonho ao tempo. É neste ponto que se instala uma parcela significativa da importância da Arte. Se soubermos entender, no fundo das nossas entranhas, que a Arte é o território da pergunta, muito podemos ganhar. Quando lemos uma obra de arte, estamos olhando para dentro de nós e nos perguntando: o que estou fazendo aqui? O que eu gostaria que fosse diferente? Qual o motivo para isto existir? Quem vai ver isso? Por que isto é diferente daquilo? Como isto chegou até aqui? Quem fez isso? Quando estamos criando uma obra de Arte, e isto é um exercício de escrita, outras questões surgem: O que eu quero com isso? Qual é a melhor forma de fazer isso? E se eu fizesse diferente? O que me fez escolher isso? Será que alguém vai gostar disso? Qual é a melhor forma Exposição de Arte na Mostra Cultural de mostrar? Eu acredito no que estou fazendo? Podemos ver o quão enriquecedora pode ser uma experiência em Arte. Todas as questões atingem, em alguma instância, a relação entre o EU e o OUTRO e entre o EU com os OUTROS “EUS”. Enfim, põe em contato o homem consigo mesmo. Em 2011, as questões acima ecoaram pelos corredores e salas do Consa. Foi possível ouvir, pelas ruas do bairro de Moema, os pensamentos inquietantes, ansiosos e criativos dos estudantes. Quando a Arte mostra seu sorriso convidativo, não resta alternativa que não responder com um aceno igualmente cordial e, mais que isso, aproveitar o que de bom ou provocador ela tem a nos oferecer. Sim, pois a Arte tem um quê de provocadora. Não está no patamar somente do prazer. Está também, como já dito, na seara da inquietude, do desequilíbrio. E é desta forma que nos acolhe e nos conduz ao oásis de nós.

Na escola, onde identidade e alteridade se constroem em cada ação, esta pergunta é latente. A cada mão levantada, a cada linha escrita, a cada situação vivida, um painel de imagens de si vai sendo erguido. É na escola que todos nós, educadores e educandos, aprendizes, tentamos decifrar este código absolutamente encantador: nós mesmos. E temos, para isso, inúmeras ferramentas. Em cada aula, um mundo de possibilidades se apresenta, uma experiência se anuncia, um novo eu nasce. Não pode ser diferente.

E não é fácil se apoderar dela. Como um organismo vivo, está a todo o momento escapando por entre nossos inábeis dedos. Como a vida, possui uma complexidade que cega. E talvez por este mesmo motivo, se apresenta de forma tão importante na construção da identidade de uma pessoa, de uma sociedade. Porque é viva, porque é vida. E como foi bonito ver o melhor de cada estudante impresso em cada foto, em cada escultura, em cada música, em cada gesto, em cada palavra! O colégio foi tomado, durante todo o ano de 2011, por exposições, mostras e festivais. Em todas as ocasiões, foi evidente o quanto um movimento artístico pode tomar vida própria e dizer algo que está muito além das palavras, que está no espaço entre o impulso e o movimento, este lugar que não sabemos qual é, mas que temos certeza que podemos visitar em tempos difíceis como o nosso.

Exposição de Arte na Mostra Cultural

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Se, hoje, é tão difícil sabermos ao certo quem somos, é na Arte que podemos, de alguma forma, ser. Pois somos muitos nela.

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MATÉRIA DE CAPA Veja algumas imagens das Mostra de Artes e apresentações musicais dos estudantes do CCA

O caminho da Arte no Consa Educação Infantil: Desde cedo, a Arte enquanto linguagem dita os rumos das atividades com os estudantes. Estabelecida como objeto de comunicação, com regras próprias, possibilita o desenvolvimento da subjetividade, aliando prática e convívio social na abordagem de todas as modalidades artísticas. Ensino Fundamental: Partindo de um exercício de autonomia, o estudante tem a possiblidade de escolher a modalidade que irá cursar: artes visuais, dança, música ou teatro. Estas modalidades fazem parte da Cultura Corporal e Artística (CCA), adotada pelo colégio como forma de situar o estudante no painel cultural no qual está inserido usando, para isso, os braços da prática artística. Ensino Médio: Aliando pesquisa e prática reflexiva, o adolescente desenvolve um olhar crítico sobre a História da Arte e da Literatura nas duas primeiras séries deste segmento. Já na 3ª série, a esfera disciplinar Estudos Comparados Arte e Literatura oferece ferramentas para um entendimento global da linguagem artística como detentora de reservas metafóricas, assim como possibilita a descoberta e desenvolvimento de poéticas pessoais. E os meios para que a Arte tenha vazão são vários: Festival Artístico da Educação Infantil, Mostra de Artes de CCA, Museu da Memória, Festival do Minuto, Museu Virtual de Animação, Rádio Consa, Revista Virtual E-Space, Festival Olha Aí, exposições etc. Nesta edição da Revista do Consa você pode acompanhar as imagens que melhor representam o contato do estudante com a Arte no colégio. Aproveite! Abel Xavier Professor de Artes, Teatro, Corpo e Sociedade.

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MATÉRIA DE CAPA “As tecnologias evoluem em quatro direções fundamentais: do analógico para o digital (digitalização); do físico para o virtual (virtualização); do fixo para o móvel (mobilidade); do massivo para o individual (personalização)” Carly Fiorina, ex-presidente da HPackard Cada vez mais utilizamos e nos tornamos mais dependentes dos recursos tecnológicos. Segundo o ComScore, no Brasil já somos 40 milhões conectados à internet, o que representa 23% da população. São números muito significativos para deixar a escola fora deste cenário. O desafio é inserir os diversos recursos tecnológicos ao processo de aprendizagem, de maneira significativa, contextualizada, relevante.

O uso da Tecnologia em Sala de Aula

Frente a tantas possibilidades, o principal agente “condutor” dessa imersão do estudante no universo tecnológico é o professor. É ele quem deve orientar o estudante, articulando da melhor forma os diversos recursos. Entretanto, vale lembrar que, na grande maioria das situações, o estudante irá dominar o recurso tecnológico com mais autonomia que o professor. Por isso, utilizar esse conhecimento de tecnologia do estudante, em favor do processo de aprendizagem, é fundamental para o bom relacionamento e o sucesso de todos. Pensar e disponibilizar recursos virtuais são papéis da escola. A sala de aula deve deixar de ser somente física para conectar-se a diversos recursos virtuais. Hoje existem diversos softwares, tanto pagos quanto gratuitos, para ambientes virtuais de aprendizagem; um dos mais populares é o Moodle (www.moodle.org). Neste tipo de ambiente, o professor pode promover fóruns de discussão, construção coletiva de textos ou glossários, divulgar links e diversos outros materiais de apoio (vídeos, infográficos, hipertextos, simulações etc). A tecnologia dá suporte às aulas dos diversos componentes curriculares, ou seja, ela ‘empresta’ seus recursos de som, imagem e interatividade para o desenvolvimento das mais variadas atividades e projetos, pois uma escola verdadeiramente ‘conectada’, é aquela em que estudantes e professores aprendem em parceria, na qual a máquina é meio e não o fim do processo. Em 2012, a 1ª Série do Ensino Médio do Consa receberá nas salas de aula um conjunto de soluções tecnológicas educacionais que objetivam favorecer uma aprendizagem mais participativa e dinâmica, favorecendo assim a ampliação da ação protagonista do estudante na construção do conhecimento. A sala de aula conectada será equipada com lousa digital, rede wireless e um notebook por estudante com todos os softwares e simuladores do Consa. Desde 2004, o corpo docente do CONSA está em formação continuada, e o domínio das novas tecnologias é mais uma etapa deste processo de formação. Neste modelo, cada sala de aula será um laboratório de informática e conhecimento, em tempo integral. Fabiano Luiz Gonçalves - Coordenador de Tecnologia Educacional

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Pensando o uso da tecnologia na escola

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Ensino Médio

Museu da Memória:

Memórias de Interação, Solidariedade e Cidadania O Museu da Memória é uma instituição social e cultural que tem como objetivo preservar os acontecimentos que marcaram a vida de uma determinada comunidade, estabelecendo sua identidade ao longo do tempo. No primeiro trimestre, os estudantes da 1ª Série do EM do Consa inauguraram no colégio uma exposição fotográfica que revelou à comunidade as memórias da dor coletiva em suas diversas faces. Com fotografias que, representando a fome, os desastres ambientais, a violência, os estudantes despertaram a atenção para o sofrimento do outro que, muitas vezes, passam despercebidos aos nossos olhos.

Romantismo:

Uma Nova Visão O século XIX foi marcado por uma corrente artística conhecida como Romantismo. Atualmente, é comum associarmos o termo “romântico” ao amor e a atos apaixonados. Porém, na época, a estética romântica era caracterizada, entre outros aspectos, pela relação emocional do homem com a natureza, a consciência da solidão e a fuga da realidade. Com base nessas temáticas, os estudantes da segunda série do Ensino Médio realizaram um projeto fotográfico que retratou o Romantismo, a partir de uma perspectiva moderna. Essa corrente artística foi interpretada utilizando situações vivenciadas pelos jovens no dia a dia, como a fuga do cotidiano através da leitura, momentos de solidão e tristeza compartilhados somente com a tela do computador ou, mesmo, a tentativa de encontrar sentido para a correria diária da cidade em meio à natureza.

No segundo trimestre, o propósito do nosso museu é relembrar atos de SOLIDARIEDADE, de

A exposição tem o objetivo de mostrar que muitos aspectos do Romantismo ainda estão presentes, de alguma maneira, em nossas vidas. Romantismo: Uma Nova Visão busca revelar ao público como certas formas de enxergar o mundo permanecem atuais, apesar da passagem do tempo.

INTERAÇÃO e de CIDADANIA, por meio dos quais superamos a DOR. Interagir, trocar, agir em prol do bem comum, conscientizar-se da sua responsabilidade consigo mesmo e com o próximo, compartilhar, são ações que nos levam à construção de uma comunidade mais justa, com indivíduos mais humanos.

Estudantes da 2ª Série do Ensino Médio

São essas ações que aparecem representadas metaforicamente nas fotografias feitas pelos estudantes nesse trimestre. Fotografias que são frutos de estudos sobre a metáfora, a linguagem fotográfica e a arte. Os estudantes da 1ª Série do Ensino Médio, junto com a professora Isabele Veronese, da área Linguagens, Códigos e suas Tecnologias convidam a olhar para si e para o outro reconhecendo no enlace das mãos um caminho que nos conduza a felicidade comum! Ana Clara Vital e curadores da 1ª Série do EM

Estudante Vitoria Parada - 2ª Série-EM 46

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Ensino Médio

Árvore na Cidade

Líder, Curso chega à Sala de Aula para ficar Parceria de sucesso!

O ambiente urbano é cercado de construções, carros, ônibus, pessoas e muitas outras coisas que o tornam cada vez mais claustrofóbico. As poucas áreas verdes que restam em cidades como São Paulo têm a função de, na maioria das vezes, enfeitar – o que não é errado – mas o fato de o homem derrubar árvores que demoram anos para crescer de uma hora para a outra, é muito perturbador.

Esse é o resultado de dois anos de parceria do trabalho realizado entre o Colégio Franciscano Nossa Senhora Aparecida - Consa e a empresa educacional 4FUTURE, certificada pela Lego Education, que oferecem o Programa Lego Líder com o objetivo de criar um ambiente inovador, capaz de preparar as crianças e jovens para este novo mundo dinâmico e criativo. Ao implantar o curso Líder, programa educacional para o público infanto-juvenil, como curso extracurricular, o Consa dá um passo à frente e prioriza a formação dos seus estudantes com base nos quatro Pilares da Educação, segundo a Unesco - Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura: Aprender a ser – Aprender a conviver – Aprender a Fazer – Aprender a Aprender. ( sugestão –usar imagem do cd – imagem Can60d6f)

É claro que o ser humano precisa de urbanização para ter onde viver, porém, as ações de devastação da natureza estão se tornando cada vez mais radicais e constantes, e seguindo neste ritmo, em alguns anos não haverá mais áreas verdes. No ambiente em que estão, as árvores são muito eficientes para eliminar o gás carbônico presente na atmosfera (através da fotossíntese) e, assim, ajudam a diminuir a poluição. Mas o efeito causado por árvores isoladas presentes nas cidades é mínimo e as míseras áreas verdes restantes nas cidades são totalmente vulneráveis e cada vez mais corrompidas pelo comportamento humano (pessoas que danificam as árvores e arbustos). Com o desenvolvimento do trabalho de fotografia “Árvore na Cidade”, do componente de Biologia, foi possível perceber a importância que a natureza tem sobre nossas vidas. Com isso, deve-se, através da educação, conscientizar os seres humanos de que o que fazem com a natureza é prejudicial também a nós. Estudante Rodrigo Alonso Lopes – 2ª Série do EM

Exalando Clorofila A preservação das árvores nos dias de hoje tem se tornado uma ação involuntária nas grandes cidades. Projetos do meio ambiente de grande repercussão têm como foco mostrar como um pequeno ato de preservar as árvores pode mudar o ar, o clima e principalmente o ambiente das cidades. De uma maneira sutil, nas cidades, a arborização é vista em ruas, avenidas, parques públicos ou privados, clubes e condomínios fechados. A decoração natural é agora uma novidade para esses ambientes. Além de deixar a cidade mais bonita, toda essa mobilização natural contribui beneficamente para o ambiente, o ar e população. Deixando o ambiente leve, bonito, aprazível e saudável, a população deve, além de agradecer a todo esse novo visual que a natureza dispõe, zelar para que ele se perpetue por muitos anos. Assim, a própria espécie humana terá a ação de proteger a parte verde, agora integrante da sociedade, no mundo.

O Programa Lego Líder é conduzido por profissionais qualificados da 4FUTURE, em módulos semestrais e ensina conceitos de liderança e empreendedorismo. Focado no desenvolvimento de habilidades, atitudes, competência e valores, oferece aulas descontraídas para os estudantes.

Estudantes em aula de Robótica

Utilizando robótica e informática, as turmas, de até 12 estudantes, sendo adolescentes de 10 a 15 anos, dividem-se em grupos nos quais cada um assume um papel - Construtor, Programador ou Líder da Equipe - e a cada aula apresentam novas soluções para os diversos desafios propostos. A evolução dos estudantes é registrada pelo professor por meio de fotos e vídeos, que ao serem enviados aos pais, proporcionam o acompanhamento da aprendizagem.

Confira alguns depoimentos de pais de estudantes: “Sensacional! Eu aqui, como pai, vibro com as apresentações, percebendo a cada dia a evolução dos meninos. Parabéns à equipe”. Milton Clemente (Pai do estudante Pedro Tessarolo) “Sou mãe do tímido Pietro. Aliás, queria falar que ele realmente adora essa atividade e eu, a cada dia, que vejo o trabalho de vocês, fico mais feliz. Não apenas na parte técnica, mas também no desenvolvimento humano que vocês propiciam. Vocês estão de parabéns”! Tatiana Oliveira (Mãe do estudante Pietro de Oliveira F. Mura) Para o início do próximo ano, o Programa Lego Líder reservou várias novidades, uma delas é a aventura Ocean Trek - as matrículas já estão abertas.

Estudante Maria Carolina de Castro Andrade Pagani – 2ª Série do EM

Para mais informações, acesse o site do Colégio Franciscano Nossa Senhora Aparecida www.consa.com.br * Saiba mais sobre as novas aventuras robóticas do Líder e sobre o Genius projeto desenvolvido para crianças de 6º a 9º Anos.

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Ensino Médio

Minha Casa vai ser assim? Não, minha Casa é assim! A próxima proposta vinda de uma professora que adora desafios teria que deixar os estudantes de cabelo em pé. E não deu outra. Quem disse que nós tivemos férias? O projeto “Minha casa vai ser assim”, proposto pela professora Cristiane Tavolaro tirou o sono de muita gente e fez todos os professores do colégio entenderem um pouco mais de física no ultimo mês, de tanto ouvir comentários e discussões pelos corredores.

Para alguns, parecia fácil a proposta de construir uma maquete. Mas, na verdade não foi tão simples assim. E para piorar, alguns dos componentes do circuito não atendiam pelos nomes que tratamos em sala. Como por exemplo: dimmer, na verdade, era conhecido como resistência variável e o equipamento para esquentar a água é chamado popularmente de “rabo quente”. A apresentação do trabalho foi realizada a partir do dia 22 de agosto e a professora divulgou o seguinte critério para a nota: Se todos os componentes funcionarem, a nota é 10. Na verdade, 20, pois o trabalho tem peso 2 ! E, como forma de incentivo, as casas que funcionarem irão para uma exposição, onde serão votadas. Os integrantes que construírem a melhor casa ganharão a taxa de inscrição da FUVEST.

O projeto tem como objetivo fazer com que os estudantes mostrem na prática o que aprenderam durante o segundo trimestre sobre circuitos elétricos. O grande desafio seria passar do imaginário para o real. Os requisitos mínimos eram: uma casa com instalação elétrica com no mínimo 4 ambientes, com luz e interruptor em cada um deles, um cooler (que simularia um motor em funcionamento), um dimmer (para variar a intensidade de algum equipamento) e água quente em um dos cômodos (cozinha ou banheiro). Isso tudo ligado a uma única fonte de tensão.

Depois de tanto empenho, de tanto dinheiro gasto e de tantos dedos colados e martelados, pudemos apenas torcer para que tudo desse certo e que todos os grupos alcançassem o sucesso. Estudantes Juliana Garuba Rahhal e Maria Victória Nogueira Duarte Oliveira - 3ª Série-EM

Maquetes terceirizadas não seriam aceitas. Ou seja, o jeito seria martelar, colar e cortar os dedos, para fazer a casa do zero. Além disso, os grupos deveriam ser mistos, compostos de ambos os sexos. O lugar mais indicado para comprar os materiais necessários foi a Santa Efigênia. Porém, houve variações nos lugares, desde o centro até Moema. Mesmo assim, a maioria dos grupos relatou grandes dificuldades em encontrar os componentes para a casa. Outro desafio em comum, foi a construção da estrutura, pois além de tempo, requeria paciência e dedicação.

Estudantes observam a exposição

Em relação à questão financeira, os grupos deveriam arcar com todos os gastos desse projeto, divididos por cinco/seis integrantes. O jeito seria se desdobrarem para conseguirem materiais mais em conta a fim de reduzir o custo total. Mesmo assim, foi grande a quantia gasta, entre 150 e 350 reais.

Maquete desenvolvida pelos estudantes da 3ª Série - EM

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Estudantes vencedores do concurso de maquetes

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Ensino Médio

Representatividade: a Voz do Estudante do Ensino Médio.

Veja algumas imagens das apresentações

O mundo globalizado grita por um cidadão autônomo e participante. Apenas o conhecimento acadêmico não é suficiente. Desenvolver habilidades e competências que ajudem os jovens a enfrentar os desafios da vida é dever da escola. O estudante precisa exercitar sua ação, transformar-se em protagonista. Neste sentido, o Consa vem orientando seus estudantes do Ensino Médio no exercício de sua representatividade. Em parceria com a área de Ciências Humanas, a coordenação do Ensino Médio abre espaço para a participação dos estudantes em algumas instâncias da gestão deste segmento. Durante o ano de 2011, os estudantes refletiram, debateram, apresentaram propostas e colocaram em prática ações que visaram o bem de todo o segmento. Foi gratificante para os educadores constatarem o amadurecimento da consciência política e participativa dos estudantes após um ano de ações compartilhadas. Mas como tudo começou... No início do ano letivo, os professores de História e Sociologia refletiram com os estudantes o conceito de representatividade. Durante as aulas, eles elaboraram o perfil dos representantes e suas possíveis ações. Em outro momento, os representantes foram eleitos pelos colegas. Cada turma elegeu dois representantes. Ao longo do ano, estes estudantes eram convidados para momentos de reflexão e tomada de decisão. O grande desafio de cada um era abrir mão de suas vontades pessoais para garantir o melhor para o grupo. A semente do protagonismo deu frutos. No 2º semestre os estudantes se mobilizaram e fizeram acontecer a Copa Recreio de Futsal e de Handball (evento esportivo) e o Festival Artístico Olha Aí. Foi um sucesso! Esta experiência mostrou que jovens bem preparados e engajados atuam de maneira consciente, cooperativa e responsável. Os primeiros passos no caminho de futuras ações cidadãs!

Dandara Melynna Juliano Ferraro

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Ana Carlota Niero Pecorari -Coordenadora do Ensino Médio

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Celfran

Conquistas Esportivas do Celfran/Consa 2011 A equipe do Celfran parabeniza os estudantes que participaram dos jogos e campeonatos disputados entre os colégios particulares de São Paulo.

Campeonato Interno de Futsal Essa modalidade pauta-se na finalidade do esporte educacional: construção da cidadania. Tem como objetivo e propósito ensinar ao estudante mais do que o esporte: propiciar o prazer pela prática esportiva em integrar os estudantes de diferentes séries e idades. O Consa ofereceu, no 2º semestre, um campeonato de futsal, no qual participaram 128 estudantes. No dia 07 de novembro ocorreu a premiação dos atletas deste evento. Campeonato Interno de Futsal

Apresentamos as conquistas do Celfran/Consa em 2011: Categoria

Colocação

Competição

Sub 10 masculino Sub 11 masculino Sub 11 masculino Sub 11 masculino Sub 12 masculino Sub 12 masculino Sub 12 masculino Sub 12 masculino Sub 12 masculino Sub 14 feminino Sub 14 feminino Sub 14 masculino Sub 14 masculino Sub 14 masculino Sub 15 masculino Sub 17 masculino Sub 17 masculino

Vice campeão 3º colocado CAMPEÃO CAMPEÃO Vice campeão Torneio Inicio Vice campeão Vice campeão CAMPEÃO CAMPEÃO CAMPEÃO CAMPEÃO Vice campeão Vice campeão Disputa a 3ª colocação CAMPEÃO 4º colocado Vice campeão

LE2 Série Bronze LE2 Série Ouro Copa Toon Oliarqui Fut Cup LE2 Série Ouro Liga Netshoes Torneio da Amizade - Cristo Rei Oliglória Torneio Carandá LE2 Série Bronze Torneio Carandá Copa Idéia FM LE2 Série Ouro LE2 Série Ouro Copa Senac Interactus

Títulos individuais: Nome

Título

Campeonato

Categoria

Mateus Senna

Seleção da competição

LE2

Sub11

Roberto Schnorrenberg

Melhor goleiro

Copa Toon

Sub11

Caio Liberatore Rosa

Seleção da competição

Liga Netshoes

Sub12

Caio Liberatore Rosa

Melhor jogador da rodada

Liga Netshoes

Sub12

Carlos Megale

Artilheiro

Liga Netshoes

Sub12

Matheus Roberto

Melhor jogador da rodada

Liga Netshoes

Sub12

João Pedro S. Vinha

Seleção da competição

LE2

Sub12

Leonardo Guidio

Seleção da competição

LE2

Sub13

TEC- NATAÇÃO

Pedro Henrique Beltrão

Seleção da competição

LE2

Sub14

Além dos esportes de quadra, a Natação iniciou o grupo de treinamento participando de duas competições: Oliarqui 2011 e Liga de esportes escolares – LE2.

Anderson L Venturini

Seleção da competição

LE2

Sub15

Rafael Paulino Veiga

Melhor jogador da rodada

Liga Netshoes

Sub17

TEC – Treinamento Esporte Competitivo O treinamento esportivo tem como objetivo o aprimoramento e o desenvolvimento físico do atleta, aperfeiçoando a força, a velocidade, a resistência e a flexibilidade necessárias para o êxito desportivo, dispondo-se a fazer o seu melhor, dentro de suas capacidades e limites.

Campeonato Interno de Futsal

A Natação do Celfran/Consa ganhou o primeiro título de CAMPEÃO da LE2, resultado da dedicação dos atletas representando o Consa nos campeonatos externos.

Equipe Celfran: Alessandro Pacheco Bars - Gerente Esportivo Álvaro Almeida – Coordenador de Esporte Luiz Felipe Teixeira – Coordenador de Natação

No ano de 2012, esperamos continuar realizando, com êxito, as atividades do Celfran/Consa, alcançando muitas vitórias! Campeões da Liga Esportiva de Natação

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Cursos Extras da Alumni no Consa Viagem da Estudante Júlia Akemi para a Alemanha Depoimento da Estudante A oportunidade que eu tive de participar do concurso cultural – acampamento de futebol, para conhecer Munique e treinar no clube alemão Bayern München, foi incrível! Eu me inscrevi nesta promoção pois, desde pequena, meu sonho era viajar para a Alemanha. Além disso, eu torço para o Bayern e adoro futebol. Foi a chance que eu tive de unir todas as coisas que eu mais gosto. A minha experiência dessa viagem é algo indescritível. Conheci o centro de treinamento do clube, treinei no mesmo campo que os jogadores, peguei vários autógrafos e tive a chance de conversar com o meu jogador preferido, Bastian Schweinsteiger e ele até assinou sua camisa de treino e me deu, fiquei sem palavras. Mas eu acho que a melhor parte dessa viagem foi conhecer e conviver alguns dias com outros adolescentes de vários lugares do mundo: Bulgária, Alemanha, Hong Kong, Brunei, Portugal, Hungria, República Checa, China, Holanda, Espanha, Irlanda, Coréia do sul, Tailândia, Índia, Polônia e pessoas de outras partes do Brasil. Nós nos comunicávamos em inglês, mas aprendi coisas em todas as línguas. Mesmo agora tendo passado algum tempo desde que voltei ao Brasil, mantenho contato com eles. Os amigos que fiz em Munique, tanto os outros vencedores do concurso como os monitores e os organizadores, ficarão para sempre na minha memória e, acima de tudo, no meu coração.

É de conhecimento geral que o domínio do inglês é imprescindível, seja para o desenvolvimento de uma carreira no futuro, seja para garantir a presença dos jovens em um mundo globalizado e digital, cada vez mais dominado pelos relacionamentos via internet. Foi pensando nessa necessidade que o Consa e a Alumni uniram suas forças e, a partir do segundo semestre de 2010, começaram a trabalhar juntos em busca de um formato de curso extracurricular de inglês capaz de proporcionar a todos os estudantes do colégio uma maior exposição ao idioma, complementando o conteúdo já trabalhado na matriz curricular da escola. E é com grande satisfação que, após um início dedicado ao conhecimento mútuo e ao alinhamento cultural entre as duas instituições, a parceria Consa - Alumni cresceu. Ganhou volume, passou a fazer parte do dia a dia da escola e de muitos de Aula de Inglês seus estudantes, sempre com o objetivo de preparar as crianças e jovens do Consa para os desafios do ensino superior e da carreira profissional, considerando a formação do indivíduo e da cidadania.

da Alumni

Hoje, a Alumni atende cerca de 50 estudantes divididos em 6 turmas, com aulas de 50 minutos ministradas duas vezes por semana, às segundas e quartas-feiras ou às terças e quintas-feiras. Esse formato de curso foi muito bem recebido por pais e estudantes, não apenas pela adequação às atividades do colégio, como pelo elevado padrão de qualidade de ensino e preço acessível. Maria Amélia Marcus, coordenadora do programa da Alumni no Consa, destacou o excelente nível de aprendizado das turmas, repletas de estudantes que obtiveram notas acima de nove. “O aproveitamento dos estudantes a quem atendemos no Consa, superou a média registrada na Alumni como um todo. Certamente, resultado da forte integração acadêmica entre os dois programas e da qualidade e dedicação dos estudantes da escola. É um grande privilégio participar do desenvolvimento desse grupo tão especial de crianças e jovens”. Assim, não é demais dizer que as perspectivas para o ano de 2012 são mais que animadoras: além da expansão do número de turmas de Juniors, Pre-Teens e Teens, a Alumni oferecerá também cursos para Adultos, matriculados no Celfran e familiares dos estudantes, nas instalações da escola. “Temos certeza de que essa parceria trará grandes resultados”, completa Maria Amélia Marcus, “e estamos ansiosos para participar ainda mais das atividades do colégio. Para isso, ficamos à total disposição dos pais e estudantes, seja na sala da Alumni oferecida pelo Consa no 5º andar, que funciona de segunda a quinta das 13h às 19h ou por meio da Central de Relacionamento, pelo telefone 5644-9700”. Equipe da Alumni

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Acontece no Consa

Encontro das Veteranas da Década de 80

Tomando café na Dengosa com a Márcia Vilela, e depois, uma sopa com Ana Lucia Barrionuevo, fui incentivada! Sem falar dos vários pequenos gestos de outras ex-alunas. Indo em frente, coloquei a escolha da data em pauta. Decidimos pelas respostas obtidas no tempo da internet, pois nem todas acessam com a mesma frequência. A troca de mensagens foi animando e não tinha mais volta! Eis que o dia 17 de setembro de 2011 amanhece lindo! Um feliz contratempo fez com que nossa reunião acontecesse embaixo de uma pérgola no Jardim. E, literalmente, ficamos no meio das flores sentindo a Bênção de São Francisco. As deliciosas “pamonhas de Piracicaba” foram mais uma gentileza da nossa Mariangela Catandi, que veio na companhia de sua mãe desta vez. Só para citar uma, entre muitas das gostosuras trazidas para nossa comemoração. Ligia Mascarenhas nos honrou com a presença de sua filha, assim como Ana Maria Sodré com a de seu filho mais novo. Esse ano teve duas Anas debutando no encontro no Colégio, a Sodré e a Pontes, assim como Maria Tereza Figueiredo teve sua primeira vez. Lembramos tantas coisas engraçadas e nos divertimos muito. O formato de pic nic, rezar na Capela, cantar o Abba Pai, a Oração de São Francisco... já estão virando tradição. Sugestões para 2012 já são bem vindas!

Com espírito de confraternização, tivemos o Encontro de 2011 e nos entregamos à alegria de reviver e viver momentos únicos! Em 2007 encontrei, por acaso, a minha amiga de colégio Andrea Kaiser e, em uma rápida conversa, comentamos a vontade de rever as antigas companheiras da jornada escolar. Algumas meninas já estavam em contato. No ano seguinte, a Andrea me convidou para um encontro de ex-alunas em uma lanchonete na mesma rua do Colégio. Penso que, na primeira vez que se reencontra uma amiga depois de tantos anos, o sentimento é muito intenso. De fato, naquele dia, minha mente realizou sinapses que só essa experiência fora capaz de proporcionar. Como uma viagem no tempo. Ao olhar minhas colegas conseguia vê-las como mulheres que hoje são e como as meninas que foram, simultaneamente e com uma nitidez de imagem impressionante! Reconhecia pedaços da minha história em cada uma delas. A localização da lanchonete inspirou-me a fazer mais um encontro, só que no próprio Colégio. Seria uma forma de agradecer a todas as minhas colegas, hoje, ‘Senhoras Meninas’, por aqueles momentos e de ter mais emoção da próxima vez! As dúvidas apareceram: Será que me receberão no Colégio? Será que permitirão o encontro? Com quem falar ? Quem virá? Como organizar? etc. Busquei inspiração em São Francisco e pensei em ir à missa encontrar alguma Irmã do meu tempo. Adivinhe quem encontrei? A Irmã Priscilla Rossetto, que foi minha professora de Prática do Ensino do curso do Magistério e, mal sabia eu, é a atual diretora. Caminhamos juntas e eu tive a confirmação da minha idéia com encantamento e alegria: a Irmã Priscila acolheu a proposta! E assim, fiquei com a responsabilidade de organizar a próxima reunião.

A Vida respondeu à minha divagação revelando-se em momentos poéticos e, como escreveu Fernando Pessoa: “Tudo vale a pena quando a alma não é pequena”. O Encontro de 2011 justificou-se entre flores, alegrias, troca de olhares, sorriso solto e a celebração aconteceu mais uma vez. Sandra Helena Nunes

Encontro de Ex-Alunos do Consa de 1993 A turma de formandos do Ensino Médio do Consa de 1993 tem se reunido há anos com alguma periodicidade para confraternizar, falar da vida e relembrar momentos gostosos vividos juntos naquela época. No mês de outubro deste ano, a turma reuniu mais de 20 ex-alunos num barzinho em Moema. Um deles veio do Rio de Janeiro só para reencontrar os amigos. A maioria tem filhos. Alguns deles estudam no Consa, repetindo a história de seus pais. Agora, a ideia é preparar uma festa em 2013 para comemorar os 20 anos de formados! P. Aguiar Maccaferri

O Encontro de 2009 foi maravilhoso, mesmo debaixo de uma chuva torrencial e ininterrupta. Ficamos no pátio coberto da área infantil. Tivemos alegres cantorias e até a companhia dos passarinhos! O Encontro de 2010 aconteceu perto da lanchonete do pátio, próximo das escadarias, numa tarde muito ensolarada. A emoção foi garantida pelos reencontros, nas gargalhadas gostosas e nas delicadezas. Antes do Encontro de 2011, comecei a me questionar, indo além do impulso do coração e do prazer em rever pessoas tão especiais... Será que eu quero fazer isso mesmo? De novo? Por quê? Será que as pessoas querem? Sendo pedagoga e artista vejo o encontro e o afeto como propulsores da evolução humana. A iniciativa de encontros é saudável para equilibrar os processos de individualização na sociedade. Além disso, compartilhar o crescimento e o movimento de articulação do Consa é para mim uma alegria. Estavam aí bons motivos...

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Turma de 1993 59


Pastoral

Primeira Eucaristia

Grupo Técnico Administrativo

A catequese é a educação permanente, sistemática e orgânica da fé. Nesse percurso, o Consa contribui com a Família na sua responsabilidade de educar na fé, oferecendo aos seus estudantes a catequese de Primeira Eucaristia cumprindo com a sua missão de ser parte da Igreja e anunciar o Reino de Deus.

Durante o ano de 2011, os colaboradores do Consa tiveram diversas oportunidades de participarem de encontros de formação oferecidos pela Pastoral. Em cada encontro um tema diferente foi abordado sempre buscando e tendo como objetivo o desenvolvimento pleno das capacidades humanas de cada colaborador. A relação entre os colegas de trabalho, as angústias, as alegrias, os desafios do dia-a-dia, a fraternidade, tudo foi abordado com muita leveza e alegria, proporcionando, assim, tempos de convivência e descontração em que cada um pode trazer um pouco mais de si e levar um pouco mais dos outros.

Depoimento da Equipe de Segurança “O encontro de formação foi um momento muito agradável, pois tivemos a oportunidade de nos unir enquanto Equipe e encontrar outros colaboradores. Muitas vezes estamos centrados nas atividades do dia-a-dia e não nos dedicamos à convivência fraterna. Participar de dinâmicas, ouvir opiniões e interagir com esse grupo, proporcionou a nós a sensação de acolhimento, de alegria, de pertença, pois pudemos sentir que fazemos parte de uma grande Equipe que está em busca de viver os valores e atitudes franciscanas. Temos a certeza de que trabalhando com união, compreensão, paciência, construiremos a fraternidade e um ambiente de trabalho possa ser sempre mais agradável e fraterno, independente das funções de cada colaborador.

Agradecemos pela oportunidade!”

Depoimento da Equipe de Secretaria e Recepção: Cerimônia realizada na Igreja de Moema

No dia 17 de setembro, na Paróquia Nossa Senhora Aparecida em Moema, realizou-se a Celebração da Primeira Eucaristia de nossos estudantes. Após dois anos de estudos, vivências, aprofundamentos, as crianças e adolescentes estavam preparados para dar mais um passo no caminho da Fé. Foi um momento de muita concentração, paz e alegria. Todos ansiosos para receber pela primeira vez o Corpo e o Sangue de Jesus, na Eucaristia. Todos que estiveram presentes puderam sentir o clima de amor, paz e fraternidade que emanava de cada um.

“No dia 06 de agosto deste ano, tivemos a oportunidade de nos reunir num “Encontro de Formação para colaboradores administrativos” onde pudemos compartilhar várias experiências com depoimentos, momentos de reflexão, partilha em grupos, envolvendo o tema “Alegria e Fraternidade”. No dia a dia, estamos envolvidas com atividades relativas ao trabalho e isso nos impossibilita de vivenciarmos a troca de experiências e de momentos de fraternidade. Neste encontro, pudemos perceber o quanto pequenos atos fazem a diferença: receber e dar um “Bom Dia”, agradecer, sorrir, estar sempre à disposição, fazendo assim, a diferença em nosso meio de trabalho.

Aula de Inglês da Alumni

Relato sobre a Primeira Eucaristia: “As lágrimas estavam presentes nos olhares apaixonados de todos os familiares, agradecendo por esse dia tão especial e admirando a beleza que é ver uma criança receber um sacramento tão altivo. Com essas mesmas lágrimas no olhar, agradeço por todos os momentos vividos desde o primeiro dia de aula, pois o sentimento de grandeza imensurável proporcionou dentro de todos nós o que só a força de uma fé inabalável pode compreender.

Nossa eterna gratidão à Equipe da Pastoral por todo o trabalho realizado.”

Quando vivenciamos a espiritualidade no trabalho, os benefícios que podem ser esperados são a melhoria da qualidade de vida individual e coletiva, o estímulo à situações de crescimento e desenvolvimento, o incentivo do sentido de parceria, criatividade, cooperação e trabalho em equipe. Agradecemos à Direção e Equipe de Pastoral por nos proporcionar estes momentos de partilha e crescimento que muito contribuem para que nossas vidas tenham mais alegria e disposição no âmbito pessoal e profissional.”

Estudantes: Alana, Ricardo, Maria Eduarda e Marco Túlio Pe. Deolino Baldissera - Pároco

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Pastoral

Grupo de Jovens

Campanha das Sacolas de Natal

Com o objetivo de contribuir para o desenvolvimento e amadurecimento do jovem, apresentando-lhe referenciais que orientarão a sua vida em relação às temáticas que o envolvem, o grupo de Jovens do Consa continua! Em cada encontro, um tema diferente é levantado e discutido entre os jovens. Temas relevantes para a juventude de hoje são conversados e aprofundados, de maneira a ajudar o jovem a desenvolver um olhar diferenciado sobre a sua realidade e sobre o mundo. Se você deseja se aprofundar nesses temas, se quer ter um espaço de convivência e partilha, esse é o seu lugar! Venha fazer parte dessa caminhada!

Natal Solidário

“Durante o ano participamos de vários encontros com temas interessantes, dinâmicas, filmes, trabalhos em grupo e visita à uma Instituição. Na quinta-feira, dia 20 de outubro, nós tivemos uma maravilhosa experiência e lição de vida. Visitamos e entregamos os alimentos arrecadados durante a IX Semana Cultural Franciscana à Pastoral do Menor, da Paróquia Nossa Senhora Aparecida de Moema. As crianças passam seu dia realizando atividades e aprendendo, enquanto seus pais trabalham aqui na região, pois residem em bairros distantes. Assim que chegamos lá, percebemos que as crianças mereciam tudo de bom que poderíamos oferecer. Assim, com o passar do tempo, nós nos soltamos e as crianças também. Cantamos, brincamos, tiramos muitas fotos, dançamos e nos divertimos muito. Só temos a agradecer pela oportunidade! Queremos também agradecer pela oportunidade de participarmos do Grupo de Jovens do Consa e dos encontros. Para quem não sabe, o Grupo de Jovens é um grupo em que os estudantes do 9º Ano do Ensino Fundamental e da 1ª Série do Ensino Médio, se reúnem para partilhar suas vidas, suas opiniões iguais e diferentes. Assim, crescemos juntos e depois seguimos para o grupo Cuca Fundida. O Grupo de Jovens é um encontro muito bom que nos tira da tensão do dia a dia e nos faz pensar e vivenciar outros temas. É muito bom ver que o Consa se preocupa com a gente e nos ajuda a passar cada dia de um jeito melhor.

Obrigada Grupo de Jovens! Obrigada Consa!” Isabela S. Fech, Tainá S. Santos, Sabrina Zambon, Thaís Neves e Ana Paula S. de Freitas Estudantes do 9º Ano-EF

Grupo Vocacional Religioso No primeiro semestre, o Consa passou a oferecer para os estudantes do 7º Ano do Fundamental a 1ª Série do Ensino Médio encontros vocacionais – formação humana. Nestes encontros, os jovens são convidados a discutirem e a se prepararem para a tomada de decisões no futuro. Decisões que dependerão do quanto se conhecem e sabem lidar com as demandas internas: o que desejam, o que sentem e, com as demandas externas, o que a família, amigos, sociedade projetam neles. Da interação entre essas duas forças surge então uma escolha, uma vontade. Os encontros têm como objetivo ajudá-los nesse processo de autoconhecimento e de tomada de decisão.

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Ele é a fonte de toda a esperança, pois Nele a redenção da humanidade,

Relato dos estudantes:

Encontro de Jovens realizado no Espaço Verde do Colégio

É Natal! Jesus nasceu!

prometida e profetizada, se cumpriu: “Hoje nasceu o nosso Salvador, Jesus Cristo, o Senhor!” (Lc 2, 11) Os estudantes do Consa e suas famílias proporcionaram alegria a muitas crianças no Natal com seu gesto de partilha e generosidade, através da adesão à Campanha das Sacolas de Natal. As Sacolas foram entregues para as 563 crianças das seguintes Instituições: Centro Franciscano de Acolhimento da Liberdade Centro Franciscano de Acolhimento do Jardim São Luís Creche Mãe Operária de Americanópolis Pastoral do Menor da Paróquia Nossa Senhora Aparecida Lar Maria Albertina - CEI Lar Escola São Francisco Comunidade São Francisco

Agradecemos pelo gesto de solidariedade, carinho e amor dos estudantes e de suas famílias. Que o Deus Menino encha seus corações de alegria, saúde, paz e abençoe sua Família! Equipe da Pastoral

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