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PANORAMA
"Srs. Membros do Conselho Fiscal, Companheiros de Diretoria, Chefes de Departamento, aqui estamos, reunidos em singela cerimonia depossedo novo mem bro titular do Conselho Fiscal, representante dosacionistasclasseA — Governo. Sr. Arideu Galdino da Silva Raymunda
Dr. Arideu, o IRB aqui representadopelas suas mais expressivas liderangas, na pessoadesuaschefiasdeDepartamen to, vem, aolongo dosquaseSOanosde sua existencia, desempenhando, com exito, sua missdo institucional: a cria gao e o desenvolvimento de um mer cado de segurosgenuinamente nacionalea coordenagdo ea execugdo das operagoesdecossegura resseguro e retrocessati objetivando a utilizagaople nadacapacidadedomercadodesegu ro nacional.
no CF
Em cerimoniarealizadano Salao
Nobre do Edifkio Sede do IRB a I? de agosto, tomouposse como membro do Conselho Fiscal, Arideu Caldino da Silva Raymunda Sua nomeagao deveu-se ao afastamento, a seu prdprio pedido, de Fldvio Fenocchio, representantedaclasseA (Coverno). Estiveram presentes ao ato a Diretoria do Instituto, representantesdos Conselhos Ticnico eFiscal, chefesde DepartamentoeoPresidentedoIRB
Ronaldodo ValleSimoes, quepronunciou 0 seguinte discurso:
ENAEXdebate comercio exterior
A histdria do IRB efeita de lutas expressivas, sucessos marcantes e, comonaopoderiadebcardeser, alguns insucessos tambem. Esses ultimos, no entanto, dilut'dos e menores, se considerados relativamente a dimensao dos acertos e vitdrias.
Nessa histdria, que dfeita do nosso dia-a-dia, o Sr. entra agora, De bragos aberlos o acolhemos. Estamos seguros que nos tram valiosas contribuigoes.
Ao recebe-lo no nosso meio, neste momenta, oferecemos-lhe nossa colaboragao e nossa amizade desejando-lhe que sejaprofi'cua egmta a missao que om se inicia.
Em nome detodos osfunciondriosdo Instituto deRessegurosdoBmsil, aqui representadoporsua chefia, reafirmamos-lhe: Seja benvindo, Dr. Arideu". □
Comoobjetivo dediscutirques toes yinculadas ao comdrcio exterior, r^niu-se, duranteosdias15e16deserembro noHotel Gldria, no Rio, oIX fncontro Nacional de Comercio Ex^("'^-ENaex. Desta vez, otemada bienaldosexportadores joi: Moderniza9ao: Opgoes e Obstduios para a Internacionalizagao da Brasileira. No decorrerdos rabalhos realizados, diversospales^ntesabordaram, duranteospaineis aspectosHgadosao'^^Q.3. da Economia Mundial fa/o 15) ea Construcao do Novo Cenano Brasileiro (dia 16). OIRBsefez
P^'^entar, naspalestras e debates, i^^JoseFariadeSouza, chefedoDEf ^PorMartitn SartoriNeto, chedfi , EdodeCrdditoaExportagao . 9ueleDepartamento Pamlelamente rfeplendrio, o IX ENAEX V- . ^ontou com stands (inclusiiado"^
drea^r^''°P^''dcipagaodoIRB)mon-
atuam em ^ "gadas ao comercio exterior. , 9EncontrofoiabertopeloMito r ,5^^ddstriaeComercio, Rober- Atves, representando o em 1 nodoseSarney, equedestacou d'scursoqueosegmentodecodu?iH° "aindarepresentare- da h ^'^t'cipagaonageragdoderencomparado com '"^^onomias mundiais." uam °"iro lado, ressaltou que, °^'"enteessetndice, ''ees- 'oioapoio do Governo Ndocom porFldvio TellesdeMenezesfSociedadeRuralBrasiieira) e c) Os Servifos no Ambito Internacional, com Os Servi ces de Engenharia e Similares, por Emi'lio Odebrecht (da construtora Norberto Odebrecht) effProblemdticado GATT, porLia VailsPereira, do Funcex Opainel do dia 15 encerrouse com palestm do Embaixador Pau lo Tarso Flecha de Lima, secretdriogeml do Minisidrio das Relagoes Exteriores, quefalou sobre asperspectivas que se abrem pam a politica bra siieira de comdrcio exterior. agdo paternaiista, poisjd ndo mais atende as necessidades do atual estdgio da industria nacional, mas com agdo orientadomdoEstadono desen volvimento comercial". Nestesentido, afirmou a importdncia daNovaPoUtica Industrial implantadapelo MIQ que objetiva colocar d disposigdo do empresariado os instrumentos de de senvolvimento ao alcancedo Govema Para que esta meta seja alcangada aqueleMinisterio adota treslinhasbdsicas de agdo:facilitar investimentos naprodugdo, incentivaro desenvolvi mento tecnoldgico e libemlizar o comdrcio exterior.
Aspalestras apresentadasno IX ENAEX, por sua vez, versamm, no dia 15,5o6n?<7>Blocos Econflmicos em queforam discutidos os temas As ConsequSndas daConsolida^ao das Preferencias Thrifdrias e Formacao de Blocos Economicos - exposigdesque ficamm a cargo do Embaixador Ru bensRicupero (representante do Bmsilno GATT— GenemlAgreement on Tbriffsand Bade, Acordo Geratde 1brifase Comdrcio) e deMauro Laviola, da AEB — Associagdo de Comdrcio Exterior do Bmsil; Os Efeitos da Nova Escala de Produ^ao, da Evolufao"ftcnologicaedos Novos Padrdes deQualidadedo Mercado Internacional — a cargo de Ozires Silva e Barreiras Tarifdrias e Nao Tarifdrias, por Roberto Caiuby Vidigal, da Confab; b) PoUtica Agricola: a Escalada dos Subsfdios nos Paises Desenvolvidos,
Jd no dia 16, dentro do tema A Construcao do Novo Cenario Brasi leiro, foram analisadas a Mao-deObra Barata e Custo de Produgao Elevado: Causas e Conseqiiencias e As Distorcoes da Politica Brasiieira de Producao, em queforam abordadas aspoUticasdeinvestimento (industrial eagn'cola) deprodugdo edeimportagda Tambem neste diaforam passados em revista Os Fatores Corretivos de Precos eA CapacidadedeCompeticao Externa.
No decorrerdo segundo dia de trabalhos do ENAEX, o empresdrio Giulio Lattes, ao abordarapolitica de financiamento do setor, falou tambdm arespeitodaimportdnciadosseguros de Crddito a Exportagdo, afirmando que, enquanto ndosedecideaquestdo da criagao deseguradora especializadanamateria, seriaprefen'velinclinarseporfdrmula que contentasse a to dos aspartes envoividas. Nesse caso, a iddia seria que nas exportagoes de medio elongoprazosasoperagoesfossem realizadosentreaCACEXe oIRB ou entre os bancoseo IRBe, asdecurtoprazo, aid180dias, decompetencia das carteiras de cambio dos bancos, dentro do sistema atual (companhias e IRB).
Durante os debates realizados nesse dia a questdo dossegurosde Crd dito a Exportagdo foi novamente abordada, tendosidofeita asugestdo dequeoIRBconstiim'sse orgdo dotado de autonomia, a semelhanga da CACEXnoBanco doBrasil, especializado no assunto, para uma maior agilizagdo do setor.
O encerramento da IXENAEX deu-se com palestra do Ministro da Fazenda, Mailson daNdbrega, ecom a realizagdo de cerimonia de transmissdo da presidencia da AEB a seu no vo titular, Marcus Vinicius Pratini de Moraes, para o trienio 1988/1991. □
Quebra de Mdquinas muda normaspara Lucros Cessantes
da carteira de Quebra deMdquinascontinifamaserrevislospela Divisdo de RiscosdeEngenharia do DEOPE apartir dasobser vefoese estudos realizados, no decorrer do ana passado, porfunciondrios doIRB que estagiaram nasinstalagoes da seguradora americana Hartford Steam Boiler. Depots deDanosEletricosagora e a vez dosseguros de Que bra de Mdquinascom Lucros Cessan tes. Desde sua criagdo, em 1974, esta modalidade vinha sendo operada de acordo com diretrizesinspiradaspela Munich Re., da Alemanha. Segundo asregras esiabeiecidaspela resseguradora alemd, para a contratagao desta cobertura, teria de serfeito levantamento do valor em risco, que seria o atual, para cada mdquina ou equipamentc^ oquecriavaumase'rledeproblemaspara o segurado, o segurador e 0 ressegurador
OSseguros
Departamento,com vistas d contratagao do seguro em suas novas bases. Ainda com relagdo ao setorpetroqufmico, dpreciso salientar que cerca de 16empresasdo Polo de Camagarisolicitaram ao IRB inspegao, de acordo com as novascondigoes. OIRB designou engenheiro para execugao dessa tarefa, que teve duragdo de quatro semanas, apartir de5desetembro e que sera acompanhadapor engenheiro da Hartford.
Urn dosfatores que levaram os tecnicos da DIREG a empreender es ta reformulaeaofoia constatafdo de queaarrecadaedo depremios havia estagnado em urn patamar de cerca de US$ I milhdo, ao mesmo tempo em que observaiam que ascondigoespraticadas no mercado americano se revetavam muito maismodemas,gerando um volume depremiosem tomo de USSI bilhdo,epareciam ser maisadequadas d realidade brasileira.
A partir destesfatos o DEOPE procurou darampla divulgagdo dessas condigoes ao mercado brasileiro. -45sim 4que, dentro desse quadro de alividades,jdfoirealizadapalestrasobre o assunto na FENASEC,promovida pela FUNENSEG, estando prevista outra, em outubro, em Sdo Paulo,com o mesmo objetivo.
O interesse despertado entreseguradores, corretores esegurados, que seacentuou no decorrerdo ISemindrio de Riscos Petroqufmicos — realizado em Salvador de 16a 19 de agosto, equecontoucomapresengaderepresentanteda Hartford— temsetraduzido em numerosospedidos de co'tagdo e inspegao encaminhadosdquele
Paralelamenie o IRB vem desenvolvendo o mesmo trabalhojunto a outro segmento da industria que apresenta as mesma caracterCsticaspa ra efeito de cobertura: asfdbricas de. papel e celulose. Tambdm neste caso foi realizada inspegao, por engenheiros do IRB e da Hartford, com infcio em 12desetembra Poroutro lado, em vista da importancia do papel que a inspegao de riscos passa a desempenhar noseguro, nestaprimeirafaseas inspegoestambdm estaosendo acompanhadas porfunciondrios da DI REG,quepossuemformagdo na drea deengenharia,e que vem desenvolvendo estudospara ascotagdes destesse guros.
-4s mudangas bdsicas que estao ocorrendo no seguro de Quebra de Mdquinascom Lucros Cessantes,por sua vez, consistem em transformd-lo em um seguro a primeiro risco absoluto, o que otomaria maisatraentepa ra o segurado,ftxando-se um limite mdximo de indenizagdo, deixando-se de lado afigura do raleio. Gradualmente,estdsendo dadapreferinciaaos seguros contratados pelas novas con digoes, ao mesmo tempo em que se continue o trabalho de esclarecimento Junto aossegurados que ainda seguem 0 modelo antigo, demonstrando asvantagensdamudanga. A ideiada de que os doisseguros convivam ain da durante um prazo de aproximadamente tris anospara, a partir daC s6 seremfeitosseguros de Quebra de Md quinas com Lucros Cessantes a pri meiro risco absoluta
Se para osegurado, agora, existe a grande vantagem de nao ser mais necessdrio discriminar quais os equipamentoscobertos, valendo oseguro para toda uma indtistria, para osegu rador e 0 ressegurador a grande van tagem consiste em que o novoseguro e totalmente baseado na inspegao de riscos. Com efeito, eslasJdsdo efetuadas antes da assinatura da apolice, de maneira minuciosae detalhada,levantando-se todos ospontospassi'veis de sinistro, toda a maquinaria queprecisade manutengao,assim coma asprobabilidades de parados maiores em fungao da cobertura de Lucros Ces santes.
A partir dos resultados dessa primeira inspegaofaam-se osparametros da apolice, tais como limite md ximo deindenizagdo,franquiasepre mios e, apos sua emissdo, e mantido um.acompanhamento atraves de no vasinspegoes, queservem de basepa ra recomendagoes ao segurado sobre a melhor maneira de dar seguranga d suafdbrica.
Ainda no capitulo das vanta gensacredita-se que oseguro ndosendo maisaprimeiro risco relativo,fard com que o segurado se beneficie, na medida em que aimportanciasegurada, anteriormente. era definida pelo valor de novo, mas as indenizagoes eram pagaspelo valor atual(valor de novo, descontando-seadepreclagdo), o que geravafrequentes mal-entendidos. Uma dasconseqiienciasdessasituagdo era que osseguradospreferiam fazer seguro apenas das mdquinas e equipamentos com maioresprobabilidades de quebrarem. Ao haver o si nistro, e ao ser paga a indenizagdo, tornava-se dificilate mesmo a recuperagdo do premia Na novaforma, os premios sdo ajustados emfungao da totalidade dos equipamentos, havendo um nivelamento destes com os sinistros e, por conseqiiencia, o crescimento da carteira.
Sob este aspecto a previsdo da DIREG4dequeareceita depremiosse elevariapara USSSmilhoesatiofinal doano estandoaindaprevistoumcrescimentopara USS 15 milhoesem 1989 eparaUS$25milhdeseml990. □
PANORAMA PROAGRO tern perspectivas de mudangas
Emjulhofoinoticiadopelagran de imprensa. em estimativas do Ministerio daFazenda, queoProgramadeGarantiadaAtividadeAgropecudria—PROAGRO—estariaapresentando umadiferenga entre arrecadagdo edespesas da ordem de CzS36 milhoes.
Esteprograma tern como obje- fivo garantir o pagamento de crddito obtidopelo produtorJunto aos banfos e/7i caso deperda desafra, quitar mvidasJunto as instituigoesfmancei- flomesmo tempo queconcedeam- patv ao agricultor na medida em que '^desonerado compromissoassumi-
No momento em que apalavra oe ordem do Governo 4a contengdo do deficitpiiblico — o PROAGRO 4 odministradopelo Banco Centralem Oasesde utilizagao derecursosafun0pe^ido—quesotugoespoderiam
^''adotadasquenaoonerassemosre<mrsosda Uniao e tampouco compro^tessem os objetivos socials desse f^tograma?
Talvez o caminho mais vldvel josse conciliar a manutengao de um rfe natureza semelhante ao K0-4Ci?0e o desejo manifesto das ddtpanhiasseguradorasnacionaisde^ra-lo, aquepareceserintengdodo overno, conforme mat4riapublicaI97SD Sao Paulo em -■ ondese afirma havera intenp,° transferirparaomercadose- mdor lal tipo de atividade. aj- ^oaascompanhiasseguradoras d^'^portsabilidadesdeum^''omadeseguro rural4necessdrio dot^^"'^dspremissassejamobservaPro Sarantia de solvencia do tecn^^"' detarifasem niveis . ."'fomente recomenddveis, substielPn° do PROAGROnum das '^"/fwrosaserem estabelecidoJ^^ ^''^^''^ossegmentosenvolvi-'*'ot4ria epromogdo concomi"^'omdticadoscontratosdefiinvr',°'^-"'° e de seguro ruralpelas aoJ dweconcederem cr4dito d "Srtculturaedpecudria.
Eimportante assinalarqueaga rantiadesolvenciadoprograma4imprescindivel, pois o Seguro Agri'cola tern como uma desuas caracten'sticas aapresentagdo deresultadosdeficitdrios, significando dizerqueprogramas desse tipo sempre carecem de auxflio especificocomo o concedidopelofundo deEslabilidadedo Seguro Rural— FESR.
Assim, antes de se instiluir as modificagdes nessa drea, 4 tambem importante lembrarque, no caso bra sileiro, 0FESR talvezndopossasuprir asnecessidadesde um novoprograma at4porquetevesuareceitareduzidape lo Decreto 93.871, de 23.12.86, ao excluirda obrigatoriedade do Sorteio as sociedades de economia mista nao criadas por leifederal.
No caso do Govemo realmente optar pela extingao do PROAGRO, sem duvida, haverdredugao dedeficit piiblicoporquesera transferidapara a iniciativa privada uma atividade que vem comprometendoseusrecursos. □
* Para andlise do assunto colaborou Cclso de Souza Figueircdo, chefe da Divisio de Riscos Rutais/DERHA — IRB.
CTdefine basespara vistoria maritima
ladFENASEG, quemanifestou-sefavordvel dposigdo do IRB
A votagdo do CTfoi motivada por requerimento defirma especiali zada namateria, quesoUcitou ao IRB credenciamento para atuar nas vistoriasdo ramo Cascos Mari'timos, tarefa que, atualmente, estd a cargo da BrasilSalvage. Ao definirsuaposigdti o Conselho Tecnico do IRB levou em consideragdo ofato de que, em outras partesdo mundo, asSalvageAssocia tions existentes ndo possuemfins lucrativos,,Poroutrolado, mesmomercados bastante competitivos, como o da Inglaterra e o dos Estados Unido's, so comportam uma dessas instituigoes em funcionamenta
DecisaodoConselhoT4cnic(^ho-
mologadapelaDireioriadoInstituto, estabeleceu que empresa que atuar na drea de vistoria e expedigao de laudo t4cnico sobre abalroamento deembarcagdesndo deverdterfinslucrativos, devendo contar com capital controladopelo mercadoseguradore pelo IRB. Ainda deacordocom o CT, apenas uma empresa deve continuar operandonestecampo, uma vezquea natureza altamenleespecializadadereparosem CascosMari'timossemostra incompati'velcom alivreconcorrencia, capazdeprejudicarumajustaavaliagdo dos danos. Ao mesmo tempo, a Diretoria do IRB encaminhou consul-
A BrasilSalvage, porsua vez, es td hdquinze anos em atividade, desde a 4poca em que estes servigosforam nacionalizados. Esta medida, naquela ocasido, permitiuaformagdode t^nicos localse estabeleceupadroes brasileirossobre o assunto, de acordo com osquesdo adotadospelospai'sescom OS mercados seguradores mais representativos.
Ap6s 0posicionamenlo tornado pelo CT, aguarda-se deliberagdo por parte do CNSR De qualquerforma, espera-se queseja determinado que a empresa que vier a operar nesta drea comexciusividade, apartirde 1deJa neiro de 1989, deverd se adaptor aos novospardmeiros, queorientardoseu funcionamento e atividade. □