Revista de Seguros - nº 907

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INFLUENCIADORES DIGITAIS |

[Por: André Felipe de Lima Fotos: Arquivo CNseg e divulgação Bradesco Seguros]

FORMADORES DE OPINIÃO ONLINE, ELES AGORA ENTRAM NAS PAUTAS DAS EMPRESAS A investida dos influenciadores digitais fervilha nas redes sociais, arrastando milhões de seguidores e desafiando os métodos tradicionais de se fazer propaganda e atrair consumidores.

A

o desembarcar na rotina de todos nós no final da década de 1990, a internet trouxe uma aura revolucionária que mudou os modelos de comunicação em geral, especialmente aqueles que envolvem marcas e clientes. De lá para cá, surgiram inúmeras redes sociais e, no rastro delas, uma não menos revolucionária autonomia dos consumidores, que hoje conseguem emitir opiniões e transformar a mensagem original, algo impensável nos modelos tradicionais de propaganda e marketing que antecederam a era digital. Ainda não se sabe, no entanto, qual a plataforma mais precisa para essa comunicação entre empresas e pessoas, mas um personagem começa a se destacar nessa nova fase do marketing: o influenciador digital, a bola da vez da comunicação online, após o boom dos blogueiros e moderadores da primeira década do século XXI. O mercado de influenciadores digitais movimentou cerca de 4 bilhões de dólares em 2017, segundo informações da agência Mediakix, especializada em marketing digital, que prevê, até 2020, um salto dessa cifra para 10 bilhões de dólares. 36 | REVISTA DE SEGUROS///

EFEITOS COMPORTAMENTAIS

“O que vimos acontecer com toda a revolução que a internet trouxe foi uma ruptura total do modelo tradicional, porque o consumidor passou a ter mais opções e passou a ter mais controle.” Paula Chimenti / Coppead UFRJ

É público e notório o desafio para o marketing digital com a investida desses influenciadores que pululam as redes sociais, sobretudo o YouTube, arrastando milhões de seguidores. Afinal, embora ainda sejam um embrionário recurso de comunicação, alguns efeitos comportamentais suscitam dúvidas quanto ao sucesso desses personagens que tentam ditar consumo, conceitos e marcas na internet. Um deles é o crescente uso de bloqueadores de anúncios na internet. Um relatório da empresa de publicidade digital PageFair, revelado no ano passado, apontou que 11% da população online utiliza recursos para bloquear propagandas. O uso dessas ferramentas cresceu 30% e somente 6% dos anúncios exibidos são acessados. Para virar esse jogo de resistência, publicitários e empresas começaram a experimentar influenciadores digitais em suas campanhas. “Dez ou quinze anos atrás havia uma receita de bolo para fazer a marca chegar ao consumidor final. Contratava-se uma agência de


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