BALANÇO 2018 |
[Por: Vagner Ricardo Foto: Arquivo CNseg]
A INFORMAÇÃO PARA O CRESCIMENTO SUSTENTADO DO SETOR SEGURADOR A Carta de Ipanema, escrita no início do atual mandato, tornou-se estratégica para ajudar o setor segurador a atravessar dias desafiadores em todas as dimensões da vida nacional.
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m abril de 2019, Marcio Coriolano despede-se de seu primeiro mandato da CNseg e é candidato a voltar a comandar a Confederação pelo próximo triênio. Sua indicação para encabeçar a chapa candidata ao Conselho Diretor é a maior prova de que sua administração foi avaliada positivamente pelo colegiado da CNseg e pelo Conselho dos Representantes da Fenaseg, ainda mais se considerado o complexo quadro econômico, político e social do período. A Carta de Ipanema, espécie de constituição escrita por Marcio Coriolano e seu Conselho Diretor, logo após a posse no primeiro mandato, em 2016, norteou os passos de sua administração e tornou-se estratégica para ajudar o setor segurador a atravessar dias desafiadores em todas as dimensões da vida nacional. Nesse período, o PIB per capita caiu quase 10%, o desemprego cresceu vertiginosamente, um processo de impeachment paralisou o País; a Lava-Jato, a maior operação contra a corrupção no Brasil, varreu biografias e reputações e paralisou negócios em setores estratégicos, como petróleo e gás e construção civil. E o clima de polarização política suspendeu o anda-
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mento das reformas estruturantes até o término do atual Governo. Enfim, o Brasil submergiu, mas o setor, sob o comando dos dedicados líderes da CNseg, FenSeg, FenaPrevi, FenaSaúde, FenaCap e das seguradoras, esquadrinhou estratégias e táticas bem-sucedidas para permanecer resiliente e em expansão. No plano microeconômico, a CNseg, suas quatro Federações e os órgãos de supervisão proativos ajudaram a colocar à vista dos consumidores os produtos adequados aos tempos de crise ou para o resto da vida, no caso daqueles cidadãos e empresas que incorporaram o uso do seguro como mecanismo para preservar o patrimônio, negócios e riscos de danos a terceiros.
AGENDA REGULATÓRIA
Temas inovadores foram incorporados à pauta do seguro, como a necessidade de o setor ser integrado às políticas públicas, gerando duplo benefício à nação: maior alcance de sua proteção à sociedade e mais recursos para fortalecer a poupança doméstica. No campo da agenda regulatória, por exemplo, Marcio Coriolano
sugeriu a incorporação da Análise de Impacto Regulatório (AIR) à rotina do setor segurador, “para garantir estabilidade no plano da regulação, previsibilidade jurídica e normas que evitem elevar os custos de transação”. A comunicação institucional foi outra ação ampliada na gestão de Coriolano, contribuindo, ao lado da produção e distribuição de cartilhas e livretos especializados, para combater a desinformação sobre o setor. Destaque para a criação um canal no YouTube, a Rádio CNseg, página no Facebook, programas nas rádios JB e BandNews, tudo sob o guarda-chuva do emblemático Programa de Educação em Seguros, que visa apresentar à sociedade e interlocutores os mais variados aspectos do mercado segurador. Para ele, o Programa de Educação pode ser uma contribuição decisiva para que a população passe a ser mais bem informada sobre o seguro, deixando de considerar sua contratação como um gasto discutível e, sim, como um investimento para preservar bens e negócios dos prováveis e possíveis riscos. Nesse sentido, o presidente da CNseg destacou também o papel de protagonismo que cabe ao corretor de seguros, sobretudo em momentos de recessão ou baixo crescimento. “É exatamente