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MATOCOMPETIÇÃO

o seu potencial produtivo”, explicou Dieimisson.

Doen As

O pesquisador agronômico do CTC, Dr. Dieimisson Paulo Almeida, falou sobre o sorgo granífero: das altas produtividades até o controle de plantas daninhas. Segundo ele, a planta daninha de folha estreita era um problema que o agricultor enfrentava no cultivo do sorgo. “Tínhamos a chamada matocompetição. Ou seja, uma planta daninha de folha estreita com a cultura do sorgo, que também é de folha estreita. A gente vem desenvolvendo pesquisas no CTC e mostrando que é possível controlar essas daninhas, sem prejudicar a cultura e evitando a matocompetição”, destacou o pesquisador e continuou: “Mostramos também o alto teto produtivo que o sorgo pode alcançar quando ele é posicionado dentro de uma janela técnica adequada possibilitando que ele receba uma quantidade de chuva adequada, que seria ali por volta do dia 15 de fevereiro. Vale ressaltar que o sorgo não é uma cultura rústica, mas que consegue otimizar melhor que outras culturas a utilização da água. Entretanto, ela precisa de água. Não adianta ter um solo corrigido e fértil se não tiver água para absorver esses nutrientes. Foi isso que reforçamos. O posicionamento do sorgo dentro de uma janela possibilita desenvolver todo

Já o pesquisador agronômico do CTC, Dr. Rafael Henrique Fernandes, palestrou sobre o Manejo de doenças nas culturas de segunda safra. “É importante para o produtor conhecer as principais doenças que acometem as culturas de segunda safra em nossa região. Principalmente o milho e o sorgo. No milho nós temos doenças como a mancha branca (mancha de phaeosphaeria), mancha de diplódia e a cercosporiose que podem causar danos severos à cultura. Na cultura do sorgo temos a antracnose, cercosporiose, helmintosporiose, que são doenças que impactam diretamente na produtividade desses grãos.

Além de conhecer essas doenças, Rafael reforçou a importância de o produtor estar atento à integração dos métodos de controle disponíveis em sua propriedade para evitar perdas expressivas de produtividade. “Dentre os principais métodos de controle empregados nessas culturas nós temos: o controle da cultura, que é a semeadura em época adequada; o estande adequado; níveis adequados de fertilidade do solo; o controle genético, que é fundamental para essas duas culturas (milho e sorgo), que é a seleção de materiais com boa tolerância às diversas doenças que acometem essas culturas na condição de segunda safra; e também o controle químico, que é uma ferramenta dentro do manejo integrado. O controle químico que a gente utiliza em dois momentos: principalmente no tratamento de sementes e também posteriormente com as aplicações, com as pulverizações”, explanou Rafael que ainda trouxe alguns resultados de pesquisas realizadas no CTC, que podem auxiliar os produtores no posicionamento adequado dessas moléculas de fungicidas ao longo do ciclo da cultura.

Pragas

O pesquisador agronômico do CTC

Dr. Diego Tolentino de Lima falou sobre o manejo de pragas no sorgo e milho na segunda safra. Ele alertou sobre a importância de o produtor realizar um monitoramento eficiente para acertar o time de aplicação de inseticidas de forma que eles possam ser mais eficientes. “À medida que a gente deixa o tempo passar a população do pulgão aumenta de forma exponencial causando grandes prejuízos. Dentre os resultados que a gente apresentou, que foram realizados no CTC, existe um sobre o time de infestação, entre 10% e 20%, que é o momento ideal para se fazer o controle”, orientou o pesquisador.

De acordo com ele, existem materiais de referência para que o produtor possa fazer essas avaliações e o monitoramento para se identificar a hora certa de entrar com o controle. “Também falamos sobre o controle químico que temos, de produtos que têm eficiência para o controle deste pulgão, mas o grande problema é que não temos registro para sua utilização na cultura do sorgo. Esse é um gargalo que temos atualmente”, frisou Diego.

Ele ainda destacou alguns resultados sobre a utilização de híbridos de sorgo resistentes ao pulgão. “Já temos híbridos comerciais que têm resistência ao pulgão, que é uma ferramenta que facilita o manejo e cabe ao produtor adequar, dentro de sua janela de plantio, a utilização ou não deste híbrido já que vai depender muito de seu potencial”, justificou.

Em relação à lagarta do cartucho do milho, Diego também alertou sobre a importância do time de aplicação. “A avaliação que a gente faz é a seguinte: no início das raspagens, quando as lagartas estão em primeiro e segundo instar, as lagartas são menores e estão mais sensíveis e ficam mais expostas. Depois do terceiro instar ela se esconde mais para dentro do cartucho e fica menos sensível aos inseticidas. Então, para facilitar a identificação, o ponto do início das raspagens é o ideal para se iniciar o controle químico desta lagarta”, enfatizou o pesquisador e completou: “falamos brevemente também sobre a cigarrinha do milho e sobre sua dificuldade de controle. Trouxemos alguns resultados de pesquisa. Existem produtos que têm uma certa eficiência, entretanto a grande problemática, na verdade, é a migração de outras áreas para a cultura do milho”.

Cigarrinha

O Manejo da cigarrinha do milho no sistema produtivo foi o tema da palestra da professora titular da Escola de Agronomia na Universidade Federal de Goiás, engenheira agrônoma com doutorado em Bioecologia Degli Entomofagi e Biocontrollo pela Universitá Di Degli Studi Di Perugia Perugia/Itália, Dra. Cecilia Czepak.

Valeu A Pena

Já para o cooperado Marcelo Gomes Ferreira, de Paraúna, os temas foram de grande relevância e atuais dentro do contexto que a agricultura da região Sudoeste de Goiás vive. “Pude tirar todas as dúvidas que eu tinha sobre esse assuntos que foram discutidos da safra passada, como da próxima que iremos entrar nela agora. Minha maior dúvida foi relacionada ao pulgão. O conhecimento que eu adquiri no Workshop é de muita importância. Estou levando muita informação útil que vou colocar em prática no campo”, frisou o cooperado.

Para o cooperado Neucemar

Cruzeiro de Souza, de Jataí, essas palestras são muito importantes porque os pesquisadores trazem os resultados de forma que os produtores possam levar para o campo. “Isso é muito importante e a COMIGO tem que continuar realizando esse tipo de evento. Se todos os produtores soubessem o valor destas palestras para nossa atividade não faltariam em nenhuma delas”, destacou Neucemar.

Comemoração

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