Boletim COMEX - Vol 4 - 2024

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Boletim Informativo COMEX - Biênio 21/ 23 Vol 4, Fevereiro de 2024 Destaque Diagnóstico das ações de extensão no período de 2017 a 2022 Extensão em Foco: Curricularização da extensão nos cursos de Graduação da UFRPE Ações NEPPAS Ações dos PETs Ações do Dadá Extensão na UAST em fotos


Editorial Com muita alegria estamos compartilhando com vocês mais um Boletim Informativo da COMEX - UAST, edição 2023. Essa edição busca apresentar um resumo das atividades desenvolvidas durante a gestão 21 e 23, no qual foram desenvolvidas algumas atividades, entre elas um diagnóstico das ações de 2017 a 2022. Também detalhamos um pouco dos principais resultados obtidos desse diagnóstico das ações de extensão. Além disso, ao final de 2022, também houve a aprovação da resolução n°552/2022 que trata das normas da curricularização da extensão da UFRPE. Dessa forma, preparamos um resumo dos conceitos de curricularização e um resumo dos principais pontos da resolução da UFRPE. Por fim, trazemos um resumo das ações desenvolvidas pelo NEPPAS e PETs (Biologia, Letras e Pesca) durante esse período. Assim como, algumas fotos e vídeos das ações de extensão desenvolvidas nesse período.


Comissão 2021 a 2023 Membros: Alan Cézar Bezerra (Atuação de 2021 a 2023) Priscila Michelle Rodrigues Freitas (Atuação de 2021 a 2023) Martinho Cardoso de Carvalho Júnior (Atuação de 2021 a 2023) Kleyton Ricardo Wanderley Pereira (Atuação de 2021 a 2022) Roberto Willians de Lima Santos (Atuação de 2021 a 2022) Leandro Ricardo Rodrigues de Lucena (Atuação de 2022 a 2023) Andreia de Lima Andrade (Atuação de 2022 a 2023)


Ações desenvolvidas durante o período da gestão 2021-2023 1. Fluxogramas de submissão de processos de ação (Novas propostas e relatórios) 2. FAQ (Perguntas mais frequentes) 3. Diagnóstico das ações de extensão (2017 a 2022) 4. Atualização do Regimento Interno da COMEX 5. Avaliação de, aproximadamente, 180 processos Disponível em: http://www.uast.ufrpe.br/comex


Diagnóstico das ações de Extensão UFRPE-UAST no período de 2017 a 2022


Diagnóstico das ações no período de 2017 a 2022

Figura 1: Quantidade de ações de extensão por ano desenvolvidas pela UAST/UFRPE entre os anos de 2017 e 2022.

Quantidade de ações aprovadas por ano, durante os anos 2017 a 2022, com uma média de 40,5 ações por ano.


Diagnóstico das ações no período de 2017 a 2022 A predominância de projetos e eventos, correspondendo a um total 95,5%, não havendo registro da modalidade prestação de serviços. Problemática: Viabilização do financiamento para implementação das atividades extensionistas. O financiamento das ações ocorre, principalmente, com o custeio de editais promovidos pela PróReitória de Extensão, Cultura e Cidadania (PROExc) da UFRPE. Outras instituições como: o Programa de Apoio à Extensão Universitária (ProExt), vinculado ao Ministério da Educação, e a Fundação de Amparo à Ciência e Tecnologia do Estado de Pernambuco (FACEPE).


Diagnóstico das ações no período de 2017 a 2022

As Áreas temáticas, cerca de 50% das ações são direcionadas para educação, tecnologia e produção, por outro lado, as ações relacionadas a direitos humanos e justiça foram as menos realizadas no período.


Diagnóstico das ações no período de 2017 a 2022

A área do conhecimento com mais foco na UFRPE/UAST é a área de ciências agrárias, com 38,7%, devido agricultura ser a principal atividade econômica regional.


Diagnóstico das ações no período de 2017 a 2022

O mapa de distribuição das ações de extensão, observa-se que há concentração das ações na cidade de Serra Talhada. Em termos microrregionais, as ações concentram-se no Pajeú, Salgueiro e Itaparica, enquanto as mesorregiões com registros de ações são Sertão Pernambucano e São Francisco Pernambucano.


Diagnóstico das ações no período de 2017 a 2022

Mapa Virtual das Ações (WebSIG)

https://www.google.com/maps/d/u/0/edit? mid=1TzD3JF7zaiAK1MxUqSB_iQXceFZmOMk&usp=sharing


Diagnóstico das ações no período de 2017 a 2022

As ações de extensão da UAST/UFRPE concentram-se principalmente na região de Serra Talhada, áreas das ciências agrárias, biológicas, humanas, sociais aplicadas e Linguística, Letras e Artes, tendo como áreas temáticas predominantes a Educação, Meio Ambiente, Saúde e Tecnologia e Produção.

Para uma avaliação mais detalhada do diagnóstico e uma análise das perspectivas para ações de extensão da UFRPE-UAST, sugerimos o relatório completo do diagnóstico das ações, disponível em: Relatório das Ações de Extensão da UFRPE-UAST de 2017 a 2022


"A extensão universitária é uma atividade que visa construir novos conhecimentos a partir da interação das universidades com a sociedade, contribuindo para a melhoria da qualidade de vida das pessoas, para o desenvolvimento local e para a transformação da realidade. Em regiões economicamente subdesenvolvidas, como o Sertão pernambucano, esta promoção pode ter um papel ainda mais importante, já que contribui para o fortalecimento das atividades produtivas, culturais e sociais da região."

Seguimos Esperançando!


Extensão em Foco


Extensão em Foco: Curricularização da extensão nos cursos de Graduação da UFRPE A concepção de extensão universitária tem sido discutida no cenário atual, tendo em vista a proposta de inseri-la como parte dos currículos de graduação por meio da curricularização da extensão. Inclusive, a lei de diretrizes e bases da educação brasileira Lei nº 9.394/96 - dá ênfase à compreensão de extensão quando fala que a educação superior, tem o dever de incentivar o conhecimento dos problemas no mundo atual, principalmente os nacionais e regionais, prestar serviços focados à sociedade e estabelecer relações recíprocas com a comunidade (PEREIRA; DA SILVA VITORINI, 2019).

Almejando a implementação da extensão nos currículos dos cursos, o Plano Nacional de Educação (2014-2024), na meta 12.7, cria possíveis concretizações ao prever a inserção total de, no mínimo, 10% da carga horária dos cursos de graduação para atividades de extensão, envolvendo 100% dos alunos das universidades federais, por meio de projetos e programas em áreas de pertinências sociais (RIBEIRO; DE FREITAS MENDES; SILVA, 2018; ALMEIDA & BARBOSA, 2020). Assim, a curricularização da extensão se refere à integração sistemática e formalizada das atividades de extensão universitária na estrutura curricular dos cursos de graduação.


Extensão em Foco: Curricularização da extensão nos cursos de Graduação da UFRPE Isto posto, as universidades se deparam com desafios referentes às práticas e concepções extensionistas, o currículo e o papel da universidade na sociedade (ALMEIDA; BARBOSA, 2020). Diante do exposto, é imperativo repensar a abordagem da extensão universitária, considerando cuidadosamente as oportunidades e desafios para a organização de programas e projetos de extensão que estejam integrados aos projetos pedagógicos dos cursos de graduação (COSTA, 2019). Por isso, é necessário estabelecer diálogos entre a extensão, a pesquisa e o ensino, gerando interações com a sociedade a partir de suas demandas (RIBEIRO; DE FREITAS MENDES; SILVA, 2018).

Essa perspectiva epistemológica da extensão universitária tem como objetivo criar mudanças significativas nas práticas de ensino e pesquisa nas universidades e é direcionada a um público diverso e heterogêneo. Ainda, devemos buscar superar o entendimento da extensão como uma atividade extracurricular ou complementar, para um compreensão que é um elemento integrante do processo formativo e educativo. Portanto, essa proposta afeta diretamente a visão sobre as práticas de formação universitária e, em certo sentido, até a concepção sobre a educação (PEREIRA; DA SILVA VITORINI, 2019).


Extensão em Foco: Curricularização da extensão nos cursos de Graduação da UFRPE Nesse novo cenário, é importante compreender a extensão como uma sinergia entre a universidade e a sociedade, estabelecendo uma ligação entre o conhecimento acadêmico e conhecimento popular ou não acadêmico, possibilitando a produção de novos conhecimentos, baseados no cotidiano. Em outras palavras, a extensão promove uma formação mais integral, unindo o conhecimento acadêmico ao conhecimento da vida e ampliando as experiências entre a cultura científica e a humanista (RIBEIRO; DE FREITAS MENDES; SILVA, 2018).

Mas como realizar a acreditação da extensão? Não existe uma única forma de realizar e, como evidenciado na análise bibliométrica de Oliveira, Tosta e Freitas (2020), a forma como as atividades e disciplinas de extensão podem ser integradas às matrizes curriculares dos cursos, de acordo com as normas estabelecidas, pode variar em cada curso, levando em consideração suas especificidades. Os autores reforçam que cada instituição de ensino deve escrever sua própria história, encontrando maneiras de envolver docentes, discentes, técnicos e a gestão em prol do compromisso e da materialização da extensão.


Extensão em Foco: Curricularização da extensão nos cursos de Graduação da UFRPE Contudo, entre as principais estratégias utilizadas pelas instituições, destacamos: disciplinas de extensão, projeto e programas, estágios de extensão, projetos integradores e reconhecimento de atividades de extensão. Algumas estratégias para curricularização incluem, com base nas diferentes experiências extensionistas: Disciplinas de extensão: incorporação de atividades de extensão nas ementas das disciplinas, oferecendo aos estudantes a oportunidade de participar de atividades de extensão como parte de sua formação acadêmica. Essas disciplinas podem abordar temas como desenvolvimento comunitário, sustentabilidade, ação social, entre outros.

Projetos e Programas de extensão: inclusão de projetos e programas de extensão como componentes curriculares em seus cursos de graduação, permitindo aos estudantes a oportunidade de aplicar os conhecimentos adquiridos em sala de aula na solução de problemas reais da comunidade. Estágios de extensão: estabelecimento de parcerias com organizações sociais, governamentais ou outras, para oferecer estágios de extensão aos estudantes como parte obrigatória ou complementar de sua formação acadêmica.


Extensão em Foco: Curricularização da extensão nos cursos de Graduação da UFRPE Projetos integradores: criação de atividades institucionais que integram ensino, pesquisa e extensão de forma articulada, permitindo aos estudantes a participação em atividades de extensão ao longo de sua formação acadêmica, como parte integrante do currículo do curso. Reconhecimento de atividades de extensão: implementação mecanismos para reconhecer e validar atividades de extensão realizadas pelos estudantes fora da estrutura curricular, como certificados, créditos acadêmicos ou outros incentivos, para promover a participação voluntária dos estudantes em atividades de extensão.

A UFRPE estabeleceu as regras da acreditação por meio da resolução CEPE n°552/2022, aprovada em 26 de dezembro de 2022. Esta resolução prevê como diretrizes para as Atividades Curriculares de Extensão (ACE): Desenvolver formações inter, multi e transdisciplinares dos discentes, articulando temáticas em eixos formativos integradores. Realizar ações de extensão junto a comunidades, organizações sociais, organizações da sociedade civil, empresas e poder público, visando a formação integral e cidadã dos estudantes.


Extensão em Foco: Curricularização da extensão nos cursos de Graduação da UFRPE Oportunizar o protagonismo dos estudantes nas diferentes etapas das ações de extensão, incluindo o planejamento, execução, monitoramento e avaliação. Articular ensino, pesquisa e inovação como um processo pedagógico único, interdisciplinar, político-educacional, cultural, científico e tecnológico. Estabelecer metodologias participativas para o fortalecimento de ações de extensão dialógicas, que integrem conhecimentos de povos e comunidades tradicionais e movimentos socioculturais do campo e das cidades.

Atuar para o desenvolvimento econômico, técnico e tecnológico, social e cultural das populações que vivem em situação de vulnerabilidades, prioritariamente. Construir conhecimentos e desenvolver ações socialmente equitativas, economicamente viáveis e ecologicamente sustentáveis, articuladas aos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS). Reconhecer e incorporar epistemologias e saberes das tradições indígenas, afrobrasileiras, quilombolas e de demais povos tradicionais, seus mestres e mestras populares e suas manifestações culturais, artísticas e pedagógicas.


Extensão em Foco: Curricularização da extensão nos cursos de Graduação da UFRPE Além disso, a resolução estabelece que as atividades de extensão incorporadas ao currículo de graduação têm como finalidade desenvolver processos pedagógicos participativos e dialógicos, promover o uso de metodologias participativas e inovadoras de ensino e aprendizagem, destacar a relevância acadêmica das atividades de extensão na formação discente, e promover a formação profissional orientada pelas necessidades sociais por meio de vivências pedagógicas formativas. As ações poderão se encaixar nas seguintes modalidades: Programa, Projeto, Curso e Oficina, Evento, Prestação de Serviço e Publicações e Produtos Acadêmicos.

A resolução também prevê a criação de uma Comissão Institucional da Curricularização (CIC), composta por representantes de diferentes instâncias da universidade, que será responsável por orientar e acompanhar a implementação das Atividades Curriculares de Extensão nos cursos de graduação da UFRPE, promover atividades formativas sobre a curricularização da extensão e seus procedimentos, e contribuir para o desenvolvimento e aprimoramento das ações de extensão na universidade.


Extensão em Foco: Curricularização da extensão nos cursos de Graduação da UFRPE As Atividades Curriculares de Extensão (ACE) desempenham um papel central como elementos integradores, abordando temáticas relacionadas aos componentes curriculares, de forma a atender aos objetivos da formação profissional estabelecidos no Projeto Pedagógico de Curso (PPC). As ACE’s na UFRPE serão classificadas como: Atividades Curriculares de Extensão de Curso (ACEC), Atividade Curriculares de Extensão Transetorial (ACET), Atividades Curriculares de Extensão Interinstitucional (ACEI) e Atividades Curriculares de Extensão Diversificadas (ACED). Esse é um panorama superficial sobre a curricularição na UFRPE e para um aprofundamento sobre as questões

operacionais e processuais, é fundamental o acompanhamento do documento base da Curricularização da Extensão na UFRPE e o Guia da Inserção Curricular da Extensão na UFRPE. Por fim, ressalta-se que a curricularização da extensão deve ser encarada como uma abordagem pedagógica. Assim, é fundamental que as atividades extensionistas sejam integradas ao currículo, garantindo a participação equitativa de todos os alunos, assim como qualquer outra unidade, disciplina ou módulo.


Extensão em Foco: Curricularização da extensão nos cursos de Graduação da UFRPE Ademais, recomenda-se a adoção de uma abordagem transversal para as organização das atividades extensionistas curricularizadas, permitindo a conexão dos os conteúdos e disciplinas ao longo dos semestres, ciclos, módulos ou eixos de formação. Dessa forma, os discentes tem maior chance de aplicar os conhecimentos e habilidades em desenvolvimento de forma significativa para a sociedade, compreendendo seu papel profissional em diferentes contextos sociais relevantes para sua formação.

Referências ALMEIDA, S. M. V. de; BARBOSA, L. M. V. Curricularização da extensão universitária no ensino médico: o encontro das gerações para humanização da formação. Revista Brasileira de Educação Médica, v. 43, p. 672–680, 2020. COSTA, Wanderleya Nara Gonçalves. Curricularização da extensão: o desafio no contexto das licenciaturas. Revista Panorâmica online, v. 2, 2019. DE OLIVEIRA, Carla Viviane Novais Cabral; TOSTA, Marielce de Cássia Ribeiro; DE FREITAS, Rodrigo Randow. CURRICULARIZAÇÃO DA EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA: UMA ANÁLISE BIBLIOMÉTRICA. Brazilian Journal of Production Engineering-BJPE, p. 114-127, 2020.


Extensão em Foco: Curricularização da extensão nos cursos de Graduação da UFRPE PEREIRA, N. F. F.; DA SILVA VITORINI, R. A. Curricularização da extensão: desafio da educação superior. Interfaces-Revista de Extensão da UFMG, v. 7, n. 1, 2019. RIBEIRO, M. R. F.; DE FREITAS MENDES, F. F.; SILVA, E. A. Curricularização da extensão em prol de uma universidade socialmente referenciada. Revista Conexão UEPG, v. 14, n. 3, p. 334–342, 2018. SEMPSP - Assessoria Educacional. Curricularização da extensão - o que fazer, como fazer e o que evitar. 29 nov. 2022. Por Celina Camargo Bartalotti, Diego Amaro. Disponível em: https://www.semesp.org.br/assessoriaeducacional/noticias/curricularizacao-da-extensaoo-que-fazer-como-fazer-e-o-que-evitar/. Acesso em: 08 fev. 2024.


Ações NEPPAS no período de 17 a 23


NEPPAS: uma dinâmica na busca da sustentabilidade ambiental, produtiva e social no Pajeú O Núcleo de Estudos, Pesquisas e Práticas Agroecológicas do Semiárido (NEPPAS), desenvolve atividades de pesquisa, ensino e extensão relacionadas a diversos eixos temáticos, entre os quais destacamos a produção agroflorestal de caráter sintrópico e o acompanhamento de sistemas de irrigação com reuso de água cinza em áreas agrícolas conduzidas em sistemas agroflorestais familiares (SAF´s). O Núcleo conta com um espaço permacultural localizado na Universidade Federal Rural de Pernambuco, em sua Unidade Acadêmica de Serra Talhada. Um ambiente construído a partir da concretização de diversas dinâmicas com a participação dos mais variados setores e pessoas ligadas à agricultura familiar, agroecologia e à defesa do Bioma Caatinga.

Neste espaço, além das estruturas já materializadas em sistemas agroflorestais sintrópico em cultivo e manejo, salão geodésico para realização de oficinas, uma bioconstrução de adobe que abriga um biblioteca setorial e um banco de sementes, viveiro para produção de mudas de espécies nativas, sistema de captação de água da chuva para uso nos cultivos agrícolas, outras estão em fase de implantação, de forma que o espaço se mantenha vivo, dinâmico e autossustentável, propiciando assim a docentes/pesquisadores, discentes, agricultores e agricultoras familiares e ao público em geral,


NEPPAS: uma dinâmica na busca da sustentabilidade ambiental, produtiva e social no Pajeú principalmente advindos de escolas rurais e urbanas do Pajeú, um lugar de efetiva prática da agroecologia e da permacultura. O Espaço Permacultural do NEPPAS foi planejado como um lugar de identidade do próprio núcleo, onde a academia e a agricultura familiar (especialmente de transição e agroecológica) pudessem estar mais próximas. Um espaço que possibilita a troca de conhecimentos (empírico e científico), utilizando os princípios éticos e de design da permacultura e que seja permanentemente planejado e efetivado por todas as pessoas que compõem o sistema/processo.

É nesse espaço onde ampliamos/disponibilizamos a Universidade, antes restrita a estudantes, professores e servidores, para outras instituições, sejam elas oficiais ou privadas e que estejam ligadas às comunidades rurais, bem como às famílias agricultoras espalhadas pela Bacia Hidrográfica do Rio Pajeú e ao público em geral. Cabe aqui ressaltar a importância dos projetos e programas de extensão universitária que tem ganhado força dentro da UFRPE, os quais são de fundamental importância no que tange a ações participativas de todos os atores que fazem o Sertão do Pajeú na redução do cenário inquietante de insegurança alimentar e nutricional ,


NEPPAS: uma dinâmica na busca da sustentabilidade ambiental, produtiva e social no Pajeú e que se agravou nos últimos anos nas comunidades urbanas periféricas e na zona rural do Sertão pernambucano. Ao longo dos seus 13 anos o NEPPAS acumula um portfólio de oficinas e mutirões junto às famílias agricultoras do Pajeú que permitiram a construção de um ambiente reflexivo, de aprendizagem e troca de saberes, utilizando e aplicando os princípios da permacultura, da agroecologia e das ferramentas de uma política de convivência com o Semiárido, que norteiam a produção sustentável de alimentos saudáveis, a proteção à biodiversidade do Bioma Caatinga e a produção de água na Bacia Hidrográfica.

Cabe aqui ressaltar que o sistema agroflorestal em consolidação dentro do espaço permacultural do NEPPAS está fundamentado nos princípios da sintropia. Isso significa que buscamos criar e manter uma interação harmoniosa entre os elementos do ecossistema, promovendo a proteção, o aumento da biodiversidade, a melhoria da estrutura do solo e a retenção de água proveniente do ciclo hidrológico. A manutenção e organização do espaço permacultural pelo NEPPAS é de fundamental importância para garantir o desenvolvimento de um número significativo de pesquisas em andamento que embasam os estudos de discentes de graduação e pósgraduação,


NEPPAS: uma dinâmica na busca da sustentabilidade ambiental, produtiva e social no Pajeú cujas as informações geradas se desdobram em valiosas contribuições para os trabalhos de extensão que levam embasamento para as comunidades rurais que trabalham na transição, ou já efetivamente implantaram em suas áreas de cultivo e de criatórios de animas, os princípios da agroecologia. Paralelo a isto, o NEPPAS intensifica a catalogação e armazenamento de sementes crioulas e de espécies da mata de Caatinga no banco de sementes, de forma a garantir em suas áreas de pesquisas e em toda a rede de pequenos sítios dos agricultores familiares que se capilarizam de Brejinho, na nascente do Rio Pajeú, a Itacuruba em sua foz junto ao Rio São Francisco, a oportunidade de terem acesso a material

genético que possibilite a manutenção da biodiversidade em toda a extensão do território do Pajeú. Nos últimos 04 anos o NEPPAS tem se desdobrado em ações de monitoramento da “produção” e qualidade da água cinza filtrada utilizada em sistemas agroflorestais por agricultores familiares assistidos de forma direta pelas ONG´s parceiras e membros do Núcleo, Centro Sabiá e Casa da Mulher do Nordeste, no Sertão do Pajeú e Caatinga no Sertão do Araripe, águas estas provenientes do chuveiro, da máquina e do tanque de lavagem das roupas e da pia da cozinha.


NEPPAS: uma dinâmica na busca da sustentabilidade ambiental, produtiva e social no Pajeú Neste importante estudo, que envolve uma água que antes era destinada ao ambiente no entorno das casas rurais e para dentro pequenos riachos sem nenhum tipo de tratamento, ameaçando a saúde de moradores e rebanhos, contaminando solos e água de reservatórios superficiais e subterrâneos, ao longo do tempo vem sendo monitorada através de auditorias nas estruturas hidráulicas utilizadas, aferição da qualidade da água para fins de irrigação e o levantamento do portfólio de plantas do SAF conduzidas em regime de sequeiro e irrigadas com água cinza filtrada, gerando informações a partir das quais, em tempo real e oportuno são devolvidas às famílias agricultoras e aos seus assessores técnicos,

para ajustes no manejo da própria água e das plantas em cultivo, visando a proteção da saúde das famílias agricultoras envolvidas e dos componentes naturais impactados no processo, como é o caso do solo e dos corpos hídricos. Por fim, nós que compomos o NEPPAS salientamos que é preciso continuar apoiando fortemente as estratégias locais de produção sustentável e a consolidação de novas tecnologias sociais direcionadas à convivência com o Semiárido brasileiro, como é o caso do reuso de águas cinzas para produção agrícola, principalmente por estarmos inseridos numa região onde impera a escassez de água para as mais diversas atividades produtivas,


NEPPAS: uma dinâmica na busca da sustentabilidade ambiental, produtiva e social no Pajeú entendendo que essas questões devem ser permanentemente debatidas e revistas nas ações de extensão, ensino e pesquisa, garantindo a participação interdisciplinar que envolva todos os atores do corpo universitário (docentes, discentes e técnicos), das inúmeras famílias agricultoras responsáveis pelos processos de produção sustentável de alimentos, seja de origem vegetal ou animais, e, principalmente, no manejo e proteção do Bioma Caatinga e de toda sua biodiversidade, incluindo-se ainda os profissionais dos diversos órgãos que acompanham estas famílias sendo estes, ou não, governamentais.

Serra Talhada – PE, 26 de junho de 2023. Prof Genival Barros Júnior NEPPAS/UAST/UFRPE


O PET Biologia da UFRPE/UAST


Atuação do PET Biologia/UAST em projetos de extensão O Programa de Educação Tutorial (PET) atua nos três pilares da Universidade, que inclui Ensino, Pesquisa e Extensão. Dentre estes, a Extensão representa de forma relevante várias atividades desenvolvidas pelo programa PET. Na Unidade Acadêmica de Serra Talhada (UAST – UFRPE) o grupo PET Biologia/UAST tem buscado atuar em diversas atividades de extensão, envolvendo a comunidade acadêmica, escolas de ensino fundamental, bem como a comunidade em geral. Estas atividades envolvem especialmente temas ligados ao meio ambiente e desenvolvimento sustentável, saúde e campos de atuação do(a) profissional Biólogo(a).

Em se tratando de meio ambiente, pode-se destacar o projeto “PET Sustentável” e “Plantando árvores, colhendo água”, que são projetos que buscam ressaltar e minimizar os impactos antrópicos no meio ambiente, como aspectos ligados à reciclagem, reutilização e reaproveitamento, especialmente de embalagens plásticas, vidros e papel. Aliado a isso, o reconhecimento e entendimento do papel da vegetação, principalmente em áreas próximas a cursos de água, fornecem valiosos serviços ecossistêmicos, como disponibilidade de água, manutenção da qualidade climática e do solo, agentes polinizadores e conservação dos ambientes naturais.


Atuação do PET Biologia/UAST em projetos de extensão Esses projetos envolveram discentes da graduação, bem como três escolas públicas do município de Serra Talhada, PE. Foram ofertadas palestras, oficinas e atividades lúdicas com esta temática. Além disso, o grupo PET Biologia/UAST promoveu eventos dentro da Instituição, de forma aberta a comunidade Universitária da UFRPE e de outras instituições. Diante disto, foram ofertas diversas atividades de cunho acadêmico e de prestação de serviço, como por exemplo o evento “Saúde na Universidade: Promovendo saúde e ensinando a arte do cuidado”, o qual ofertou diversas palestras, oficinas, minicursos e vacinação.

De forma, mais específica, o projeto “VIII Semana de Biologia da UAST: Florescendo a ciência no Sertão do Pajeú”, envolveu em grande parte o curso de Bacharelado em Ciências Biológicas da UAST, em comemoração ao dia do(a) Biólogo(a), bem como discentes de outras instituições. Este evento buscou ampliar a visão e conhecimento dos campos de atuação do(a) Biólogo(a), através de diversas atividades, exposições de materiais biológicos, feira de livros, palestras, oficinas, minicursos e atividades culturais. Diante disso, ressalta-se a importância e valorização das atividades de extensão, permitindo uma ampliação, divulgação e conexão com a comunidade interna e externa na instituição.


O PET Conexões de Saberes/Comunidades Populares da UFRPE/UAST


Publicações nas redes sociais e website do PET Devido à pandemia da COVID-19, a Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE) suspendeu suas atividades presenciais durante os anos de 2020 e 2021. Diante disso, o PET CS - Comunidades Populares precisou adaptar suas ações para a modalidade remota através das redes sociais (Instagram e website). As publicações no Instagram do grupo (@petletrasuast) são regulares, e com isso espera-se contribuir com a formação acadêmica e social das pessoas inscritas nas plataformas do grupo, democratizando o acesso a informações e debates que muitas vezes não saem do ambiente acadêmico, e publicar/divulgar as atividades do grupo, promovendo um maior alcance e integração com os

seguidores/visitantes das redes sociais do PET Conexão de Saberes/Comunidades Populares da UFRPE/UAST.


Tópicos em Gramática Normativa e gêneros resumitivos A princípio, o Minicurso de Gramática Normativa estava direcionado a discentes ingressantes e a discentes que se encontram nos períodos finais do curso de Letras, no entanto, resolveu-se expandir o Minicurso para o público em geral, com o objetivo principal de apresentar tópicos gramaticais da norma padrão, os quais se fazem pertinentes na modalidade escrita da língua portuguesa. Em 2021, o minicurso Tópicos em Gramática Normativa e gêneros resumitivos aconteceu de 26 a 30 de abril, de forma remota, tendo como meio de divulgação e realização um grupo criado na já existente página do grupo PET Conexões de Saberes/Comunidades Populares da UFRPE/UAST na rede social Facebook. A cada dia do minicurso, os ministrantes, que foram os próprios petianos do grupo, divulgavam o conteúdo das aulas, composto de vídeo aulas,

slides e cadernos explicativos, material didático elaborado pelo grupo. A modalidade remota possibilitou o atendimento de um público de 42 participantes, número maior do que nas edições presenciais, já que as atividades do minicurso aconteceram de forma assíncrona. Em 2022, o minicurso foi realizado entre os dias 21 a 26 de março, teve duração de 20 horas e carga horária total de 80 horas, contando com planejamento, divulgação e inscrições. Além disso, ainda em decorrência da pandemia ocasionada pelas novas variantes do coronavírus, optou-se por realizar as atividades em formato totalmente remoto, para o que foi criada uma sala virtual para disponibilização dos materiais e instruções pertinentes às aulas e atividades. Nesta edição, minicurso contou com a participação de 29 discentes.


Atividade coletiva: Cultura em Foco O Cultura em Foco visa divulgar a cultura das diversas cidades do Sertão de Pernambuco. Foi um projeto que teve início em 2021, desenvolvido pelos grupos PET-CS/ Comunidades Populares, PET Engenharia de Pesca e PET Biologia/UAST, todos da UAST/UFRPE. A ideia do projeto foi construída por meio de reuniões remotas, culminando na abordagem da cultura de diversas cidades do Sertão de Pernambuco por meio de vídeos curtos, com o intuito de ampliar a visibilidade destas culturas por meios digitais. No primeiro momento (2021), foi realizada a coleta de informações documentais para então produzir os vídeos. Foi criada a logomarca do evento, também de maneira coletiva, e foi gravado um vídeo sobre a divisão dos sertões por uma docente com expertise na área.

No ano de 2022, foi criada a música autoral de abertura dos vídeos, foi elaborada a animação e montagem da abertura e foram estabelecidos os elementos que irão compor os créditos. Ainda, foram desenvolvidas as artes de mapas de identificação das regiões, todos de forma autoral. Agora no primeiro semestre de 2023, no terceiro ano de execução do projeto, finalizou-se a produção dos vídeos e deu-se início à divulgação dos curtas, que acontece todas as segundasfeiras em um dos perfis dos três grupos PET no Instagram. Para a culminância da atividade, os curtas serão reunidos em um longa-metragem, que será exibido a princípio para a comunidade uastiana, e em momentos posteriores para a comunidade em geral, com a inclusão de debates e rodas de conversa presenciais sobre a diversidade cultural dos sertões pernambucanos.


O PET Pesca da UAST/UFRPE


O PET Pesca da UAST/UFRPE O Programa de Educação Tutorial (PET) do curso de Engenharia de Pesca da Unidade Acadêmica de Serra Talhada (UAST), criado em 2012, tem como propósito investir na formação acadêmica dos futuros Engenheiros de Pesca. Além de auxiliar e incentivar o estudante, o PET-Pesca contribui de forma direta e indireta, o preparando para que tenham bom desenvolvimento no trabalho em equipe, proporcionando formação complementar e formando profissionais que se destacam no mercado de trabalho, atuando no âmbito do ensino, pesquisa e extensão.

Atualmente, o grupo é composto por 12 bolsista, 1 voluntaria e 1 tutora, e planeja desenvolver, no ano de 2023, 15 atividades com a finalidade de contribuir na formação não só dos alunos que compõem o PET, mas também de todos os discentes do curso e de cursos de áreas afins. Nesse contexto, são elaborados e ofertados minicursos, oficinas e palestras intituladas “TROCANDO SABERES”, “EGRESSOS A BORDO E NOVOS TRIPULANTES”, “WORKSHOP DE FORMAÇÃO COMPLEMENTAR”, dentre outros, proporcionando uma formação ampla, garantindo um conhecimento prático, teórico e a multidisciplinaridade na formação profissional.


O PET Pesca da UAST/UFRPE Dentre as atividades do grupo, serão aqui detalhadas duas. O “BOLETIM TÁ NA REDE” tem como objetivo publicar um jornal impresso e online, periódico semestral, com matérias escritas pelos docentes e discentes, divulgando a cultura e eventos regionais, trabalhos do ramo científico ou não, para assim estimular os discentes no interesse pela escrita de matérias, promovendo um meio de informações e notícias relevantes das diversas áreas de interesse do públicoalvo utilizando como ferramenta de divulgação a rede social Instagram (@petpescauast) e o site oficial do PET (petpescauast.wordpress.com).

Outra atividade que se destaca é a organização do Simpósio de Aquicultura e Recursos Pesqueiros (SIMPAq), que acontece na semana do dia do Engenharia de Pesca (14 de dezembro). Em 2023 ocorrerá a 5ª edição, em que será ofertada uma ampla diversidade de palestras, minicursos, oficinas e apresentação de trabalhos que posteriormente são publicados em anais (ISSN 2526-902X).


O PET Pesca da UAST/UFRPE Por fim, destaca-se que o grupo está sempre aberto para parcerias, diálogo e realização de ações juntamente a docentes, técnicos e discentes, bem como as entidades e grupos organizados, como o SESC, o Diretório Acadêmico do curso de Engenharia de Pesca, demais grupos PET, a Associação Brasileira de Engenharia de Pesca, dentre outros. Que todos sejam sempre bem-vindos e que a Engenharia de Pesca possa sempre caminhar avante.

Autores: Aline Almeida da Silva, Maria Taciana de Souza Gondim, Thâmara Nascimento Alves e Vinicius Rogério Leite.


Ações do Grupo Dadá (2021 a 2023)


O Dadá (2021-2023) Grupo de Estudos, Pesquisa e Extensão sobre Relações de Gênero, Sexualidade e Saúde articula e promove ações acadêmicas nas áreas de Relações de Gênero, Sexualidade e Saúde. Vinculado à UFRPE-UAST e ao CNPq, o Grupo Dadá sistematicamente promove ações ligadas aos direitos humanos que se direcionam para a construção do processo de empoderamento de jovens e mulheres na universidade, no meio rural e na população LGBTQIA+. Dentre as ações do Grupo Dadá entre os anos de 2021 e 2023, podem-se citar:a realização do II Congresso Dadá de Estudos de Gênero; do I Seminário de Pesquisas do Dadá; do Encontro de Educação Escolar Quilombola em parceria com o Centro Cultural Luiz Freire;

o estabelecimento de parceria com a Rede Interdisciplinar de Mulheres Acadêmicas do Semiárido para realização do I Seminário Internacional da RIMAS. O Grupo Dadá publica semestralmente seu Boletim Informativo desde 2018, abrangendo temas diversos ligados às produções e eventos do Grupo e de suas parcerias institucionais e extrainstitucionais. Por meio de suas pesquisas, o Dadá alcança as populações rurais de Serra Talhada e entorno, como evidente nos projetos Lamparina; Violência contra as mulheres rurais; Preconceito e discriminação racial na escola; Saúde Mental de jovens universitários. Essas pesquisas frequentemente dão origem a publicações como o volume Deslocamentos e Permanências: trabalho, educação e interseccionalidades.


O Dadá (2021-2023) Por meio de suas pesquisas, o Dadá alcança as populações rurais de Serra Talhada e entorno, como evidente nos projetos Lamparina; Violência contra as mulheres rurais; Preconceito e discriminação racial na escola; Saúde Mental de jovens universitários. Essas pesquisas frequentemente dão origem a publicações como o volume Deslocamentos e Permanências: trabalho, educação e interseccionalidades. Serra Talhada, 07 de Fevereiro de 2024 Profa. Dra. Larissa de Pinho Cavalcanti Ensino e Tradução em Língua Inglesa UFRPE/UAST


Extensão da UAST em fotos e vídeos


Alguns Registros

Autoria: Veridiana da Silva Santos

Autoria: Veridiana da Silva Santos

Autoria: Mariany Souza de Brito Autoria: Andrea Monteiro Santana Silva Brito


Alguns Registros


Alguns Registros

Autoria: Raquele Lira

Autoria: Raquele Mendes de Lira

Autoria: Diogo Martins Autoria: Andrea Monteiro Santana

Autoria: Mariany Souza de Brito


Alguns Registros

Autoria: Andrea Monteiro Santana Silva Brito


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