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Carolina Faidiga Jovens e as drogas em seu alcance

de interesse pelo conteúdo que é percebido pelos alunos, até mesmo pelos professores, como muito amplo e fora de contexto. Mesmo entre os adolescentes, a gravidez e a necessidade de geração de renda também são fatores que se refletem nas taxas de frequência escolar.

A desigualdade social também afeta o setor educacional. Para auxiliar suas famílias, muitos alunos ingressam no mercado de trabalho antes mesmo de concluir o ensino fundamental. Convencidos de que é inútil continuar na escola, muitos alunos desistem por completa falta de motivação, porque não acreditam que são capazes de vencer. O medo domina as sensações prazerosas do aprendizado, pois as repetições anteriores, a exposição diante dos colegas, a humilhação em sala de aula limitam o sujeito e provam que ele não é capaz.

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Segundo a UNESCO, o Brasil tem 6,6% de analfabetos maiores de 15 anos, excluindo os analfabetos funcionais. A alta taxa de analfabetismo do Brasil ameaça o futuro do país. Afinal, com o rápido desenvolvimento tecnológico, o crescimento nacional dependerá cada vez mais de uma população altamente educada. E a alfabetização é um pilar fundamental do desempenho acadêmico do aluno nos anos seguintes, do ensino fundamental à universidade.

Quando o investimento em educação cessa acelera-se a vulnerabilidade social de crianças e jovens. O acesso à educação é essencial para equalizar as oportunidades e reduzir as desigualdades e funcionará como um escudo contra a criminalidade. Além disso, permite que crianças e jovens imaginem um futuro cheio de sonhos. A educação vem enfrentando cortes constantes há vários anos, com implicações agora e no futuro. De acordo com um relatório da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), a despesa média nos países membros para cada aluno, na escola primária , em 2016 atingiu 8,6 mil dólares. No mesmo período, o Brasil gastou cerca de US$ 3.800 por aluno. A situação piora na escola secundária: o Brasil investiu US$ 3.700 por aluno, enquanto a média da OCDE por aluno por ano foi de US$ 10.200. Carolina Faidiga

Jovens e as drogas em seu alcance

As drogas trazem problemas sérios que afetam a vida de inúmeras famílias, além dos próprios usuários. E há um grupo que pode ser considerado o de maior risco de cair no mundo dessas substâncias: os jovens.

O adolescente brasileiro tem consumido um número maior de álcool e drogas nos últimos anos. Esse consumo pode causar uma série de problemas para os adolescentes que podem durar a vida inteira e causar vários tipos de transtornos. Os adolescentes aumentaram o consumo de álcool e cigarros em 1,6% e 5,2% entre 2012 e 2015. Isso se deveu a vários motivos, incluindo as duas principais causas listadas abaixo. Os jovens geralmente percebem maior status social e felicidade ao usar essas substâncias pela maneira como são retratadas nas mídias sociais. Além disso, muitos acreditam que o consumo de álcool é aceitável pelos pais devido à falta de regulamentação sobre o assunto. Adolescentes que abusam de drogas e álcool podem sofrer danos físicos significativos ao seu desenvolvimento. Isso pode incluir retardar a progressão da puberdade ou até mesmo levar