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PESTICIDAS NÃO SÃO VILÕES

O Brasil é o principal produtor de café do mundo e o segundo maior consumidor, sendo evidente a preocupação com o acesso restrito aos ingredientes ativos necessários para o controle dos problemas fitossanitários da cafeicultura

O Conselho Nacional do Café (CNC), como representante da cafeicultura nacional, está em permanente diálogo junto às Certificadoras e Plataformas Sustentáveis, para que se adequem à necessidade de atualização da lista de pesticidas conforme a legislação brasileira, a fim de evitar perdas econômicas e sociais.

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“A lista de pesticidas precisa de uma abordagem mais agronômica e equilibrada, viável às características da nossa agricultura tropical, de forma a preservar o elevado nível de produtividade que garante uma renda digna para cafeicultores, gerando emprego ao longo de toda a cadeia produtiva A alegação de que existem outros defensivos é verdade, entretanto, sem a mesma eficácia”, argumenta Silas Brasileiro, presidente do CNC.

Diversidade na produção

O café brasileiro é cultivado em diversos biomas e é diretamente atingido pelas mudanças climáticas, como vem ocorrendo nos últimos anos, com forte seca nas áreas produtoras, afetando negativamente a produção, além do iminente risco do ataque de pragas, doenças e geadas atingirem os cafezais, já que o Brasil tem um clima tropical Isso exige, muitas vezes, um combate cuidadoso para que a produtividade não seja afetada

Mapa E Cnc Podem Ser

ELO ENTRE CERTIFICADORES, PLATAFORMAS E ATORES DO SETOR

Diálogo constante

Em busca de união e diálogo entre produtores, certificadoras e indústrias químicas, o CNC se reuniu com a Secretaria de Defesa Agropecuária (SDA) do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), no mês de dezembro de 2021.

“Nossa preocupação é com o curto prazo, já que a data limite para proibição do uso de determinadas moléculas está entre 2023 e 2030 Não podemos correr o risco de chegar no prazo estabelecido sem alternativas Para isso, é preciso alcançar um encaminhamento junto às empresas do setor, bem como trabalhar junto às certificadoras e plataformas, a fim de que suas exigências não comprometam a produção de café no país, visto que a realidade da agricultura tropical é incompatível com as propostas sugeridas”, ressalta Silas Brasileiro

Acima de tudo está a preocupação com a saúde humana O nível de exigência quanto ao avanço da qualidade dos pesticidas oferecidos no mercado passa pelo controle de impacto no organismo do ser humano E isso tem sido feito com muito critério. A cafeicultura brasileira é destaque mundial por produzir conforme o princípio da sustentabilidade, atendendo a segurança alimentar e respeitando o meio-ambiente.

O CNC destaca que o MAPA, através da Secretaria de Defesa Agropecuária, é o grande elo entre produção, indústria, certificadoras e plataformas, quanto ao uso de pesticidas