1º trimestre TC

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TeatroCineTorres Vedras

janeiro | fevereiro | marรงo > 2010 [1]


Fevereiro

PROGRAMAÇÃO janeiro | fevereiro | março 2010

Janeiro 9 sáb

15:00 às 18:00 O

10 dom 14 qui 16 sáb 16 sáb 20 qua 21 qui 23 sáb 23 sáb 24 dom 24 dom 27 qua 28 qui 30 sáb 30 sáb 30 sáb

18:00

Fazer as malas

Concerto de Ano Novo 21:30 Cada um o seu Cinema 11:00 Hamlet sou eu 15:00-18:00 O Fazer as malas Artistas e populações... 21:30 Novos espaços... 15:00 às 18:00 O Fazer as malas 21:30 VALE Artistas e populações... 16:00 VALE 9:30 e 14:30 Visita ao Teatro-Cine 21:30 O homem da câmara de filmar 11:00 Sensações e emoções 15:00 às 18:00 O Fazer as malas 21:30 O Banqueiro Anarquista [2]

pág. 15 17 18 20 15 22 24 15 22 22 22 26 28 30 15 32

2 ter 4 qui 6 sáb 6 sáb 11 qui 13 sáb 24 qua 25 qui 27 sáb 27 sáb

Broadway Station 21:30 Transfiguração do Género 15:00 às 18:00 O Fazer as malas 21:30 So Solo 21:30 Our Daily Bread 15:00 às 18:00 O Fazer as malas 9:30 e 14:30 Visita ao Teatro-Cine 21:30 Solaris 11:00 Of. de Expressão Dramática 21:30 Super Gorila

34 36 15 38 40 15 26 42 30 45

Março 1 seg 11:00 e 14:30 4 qui 21:30 5 sex 21:30 6 sáb 11:00 10 qua 14:00 às 22:00 11 qui 21:30 13 sáb 21:30 14 dom 21:30 15 mar a 15 abr 18 qui 21:30 19 sex 21:30 20 sáb 11:00 21 dom 21:30 24 qua 9:30 e 14:30 25 qui 21:30 26_27_28

Felizmente há Luar Tribos Urbanas e Identidades... Mestre Bach Uma Bailarina Workshop com João Fiadeiro Persepolis Contos em Viagem Brasil Invasões e Resistências Dos Joelhos para Baixo Artes e Deficiências Perguntas de um Mendigo... Ofícina da imaginação Invasões e resistências Visita ao Teatro-Cine O Grande Peixe Portugal e a Memória [3]

46 48 50 52 54 56 58 60 62 64 66 30 60 24 68 70


UMA NOVA PROGRAMAÇÃO não é propriamente uma nova

UM ESPAÇO DE REFERÊNCIA amplamente habitado por

vida, mas é uma vida que se renova.

diversas pessoas. Transcultural. Transgeracional. Intersubjectivo.

Renova-se nos propósitos, renova-se nas ofertas, renova-se nos

Uma plataforma de encontro, cruzamento e confronto de perspec-

públicos, enfim, renova-se na sua vida quotidiana.

tivas, racionalidades e mundividências. Um forum multivocal e di-

Marcada por uma maior proximidade com a população torriense, a

alógico. Um centro de programação, criação e produção de conteú-

programação do Teatro-Cine abre as suas portas à curiosidade do

dos artísticos. Um local onde a relação com as Artes e a Cultura

público, para visitarem os lugares invisíveis do Teatro e melhor en-

se estreita e reafirma. Um território em que a transversalidade e

tenderem o que está por detrás do espectáculo, como convida ao

intersecção de linguagens artísticas impera. É esta visão do Teatro-

encontro ou desencontro de opiniões, em torno de um café e de uma

Cine que a presente proposta reflecte, ancorada numa estratégia

conversa nas “Noites Utópicas”.

que elege como vectores-chave a captação, fidelização, formação

O Teatro e a Dança continuam a pautar este espaço e este tempo,

e qualificação dos públicos; a edificação de condições favoráveis

com oferta actual e diversificada e o Cinema que não se vê, mas que

à reflexão e criação artísticas; o estreitamento de relações com os

se faz e faz muito bem feito, torna a habitar o Teatro-Cine.

agentes e as comunidades locais; o alargamento da interface com

Por último, uma referência individual e genuína à residência artística

outras estruturas e redes de programação.

do Nuno Côrte-Real e Ensemble Darcos e à sua programação regu-

No quadro de um novo posicionamento, saí reforçada a função so-

lar, que constitui uma parceria única no panorama cultural nacional

cial do Teatro-Cine enquanto espaço de cidadania, múltiplo e plural,

e uma mais-valia para Torres Vedras e para os Torrienses que temos

catalizador da reflexão crítica sobre a contemporaneidade e de uma

de valorizar e aproveitar.

postura pública actuante; o seu ímpar papel na valorização do po-

Só falta o público, mas estamos certos que o mesmo irá responder

tencial artístico-cultural dos agentes locais, emergentes ou instituí-

à chamada, como sempre responde quando temos espectáculos

dos, criando contextos e enquadramentos propulsores do seu de-

de qualidade e qualidade é coisa que não falta na programação do

senvolvimento e maturação; a aproximação de distâncias a outros

Teatro-Cine.

universos e territórios e, por tudo isso, o contributo indelével que

Apareça! As portas nunca estiveram tão abertas para o receber.

presta à afirmação do projecto cultural da cidade.

Venha, esperamos por si! A vereadora da Cultura da Câmara Municipal O presidente da Câmara Municipal

Ana Umbelino

Carlos Manuel Soares Miguel [4]

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Definir um ciclo de programação é tomar a responsabilidade de um gesto que organiza o olhar e busca um sentido entre mundos artísticos díspares entre si. Programar é também ser capaz de definir uma proposta de diálogo e reflexão profunda entre o mundo das artes e a realidade social. E para que isso se torne possível é necessária uma promoção regular de estímulos e perspectivas diversas sobre o mundo que dinamizem e semeiem, no mais intímo do nosso ser, a criatividade. Neste âmbito, uma programação torna-se, de certa forma, num acto de questionamento de certezas, de instigador de dúvidas, de acesso a territórios desconhecidos. É um reflexo de modos de viver em sociedade que implicam a descoberta e a criação de novas ideias, que se desmultiplicam em formas diferenciadas de existência. A vida cultural e artística marca profundamente a geografia do espaço social e público. É a partir da sua capacidade de inscrição que nos podemos transformar e desenvolver, aprendendo a aceitar a diferença, a apreciar os desequilíbrios e a agir criativamente perante o desconhecido. A identificação e a qualificação das práticas da vida social são da responsabilidade de todos e o que propomos é baseado neste princípio de desejo: que o nosso público seja exigente connosco, com os artistas e consigo mesmo; que se reveja e participe nos eventos que propomos de molde a criar uma relação de distinção na comunidade da Cidade de Torres Vedras. Que essa participação seja um processo de abertura onde caibam os aplausos, os risos, as discórdias, os argumentos a favor ou as contradições e que tudo isso sejam factores de aproximação e encontro de um espaço maior para a nossa existência. Com este projecto de programação estamos a iniciar um período de renovação da vida cultural da cidade. Este é apenas mais um impulso entre outros que foram dados e de outros que esperamos [6]

se venham juntar. Ancoramos esta programação num conceito aberto de projectos: projectos educativos e de formação, projectos temáticos, projectos artísticos de residência e de criação (própria e em rede). A noção de projecto contém em si a indefinição do gesto que lança algo (um projéctil?) em direcção ao futuro, procurando com esse movimento traçar rotas, iluminar caminhos, provocar ecos que funcionem como cruzamento de tempos e espaços distintos. Neste primeiro trimestre daremos especial atenção aos artistas portugueses, às suas criações e também aos seus projectos de formação incluindo projectos de características eminentemente sócio-cultural.. Do teatro à dança, da comédia à música, do cinema às tertúlias, pretendemos ter um Teatro-Cine mais tempo aberto e com mais actividades. Estabelecemos protocolos e acordos de colaboração e parceria com a Transforma, com o ATV e com a CCC. Participamos, no âmbito do QREN, conjuntamente com o Teatro Virgínia de Torres Novas, o Teatro Gil Vicente de Coimbra e o Teatro Aveirense de Aveiro, numa rede de programação que intitulámos IMAGINAR O(S) CENTRO(S). Uma rede para promover na região centro a realização de espectáculos com um enfâse particular no envolvimento das comunidades respectivas. Iremos promover um segundo ciclo do projecto Portugal e a Memória, agora dedicado aos jovens criadores. Temos já preparada a programação do 2º trimestre e projectada a restante programação até final do ano: em Maio um Festival de Artes Performativas – o Festival X, que dá continuidade a um trabalho com alguns anos e que vem agora criar aqui em Torres Vedras uma base para a sua internacionalização, produzindo referenciação da cidade nesta área. Encontra-se igualmente em desenvolvimento protocolos de colaboração com o Festival Alkantara e com outros espaços culturais de Lisboa, dos quais a seu tempo iremos dando notícia. João Garcia Miguel Director do Teatro-Cine de Torres Vedras

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Projecto Educativo

Clube de amigos Um dos nossos anseios para este ano é a construção de um projecto educativo, que em consonância com a missão do teatro, sirvam a causa maior que a todos nos apaixona e nos envolve que é a consolidação da actividade cultural na nossa cidade. Assim, propomos timidamente algumas actividades que vão surgindo nesse universo fascinante do projecto educativo para o Teatro-Cine. A seu tempo pretendemos que a programação do projecto consiga sensibilizar e motivar os diferentes públicos para as temáticas da arte, integrando momentos de formação, de partilha de conhecimentos, emoções e valores que estimulem uma aproximação crítica e criativa à cultura contemporânea, potenciando a fruição de um espaço com características singulares. As nossas escolhas vão desde as visitas guiadas ao teatro, passando por oficinas com a Michael Margotta, João Fiadeiro, Zarita Cadete, Magda Matias, Gonçalo Oliveira, entre outros que ao longo do ano nos pareçam pertinentes. [8]

Para receber informação regular: * Book com o programa trimestral: envie-nos o seu nome e morada; * Newsletter electrónica: envie-nos o seu nome e e-mail; * SMS Teatro-Cine: envie-nos o seu nome e n.o de telemóvel;

Mais do que espectador seja um amigo do Teatro-Cine e contribua para a criação da nova identidade deste equipamento cultural, é o desafio lançado por João Garcia Miguel, actual director do Teatro-Cine de Torres Vedras. Da confluência de vontades dos cidadãos, do entrecruzar de esforços, nasce o renovado Teatro-Cine que se pretende que seja um centro de criação e difusão artística de relevância nacional, ao serviço de um projecto ambicioso, pautado pela qualidade e contemporaneidade. Convidamo-lo para abraçar esta causa juntando-se a nós recebendo regularmente informações sobre as actividades a realizar. O Teatro-Cine de Torres Vedras precisa de juntar os amigos e formar um CLUBE DE AMIGOS que tragam força e razão ao trabalho que fazemos. Queremos um Clube de Amigos activo e consistente, contamos consigo! Mais informações em: Tel.: 261 338 131 teatro-cine@cm-tvedras.pt www.cm-tvedras.pt/teatro-cine [9]


ciclos

ciclos

noites utópicas

temporada Darcos

É o título dado a uma ideia simples, de encontros realizados quinzenalmente, às quintas-feiras, no bar do Teatro–Cine, onde acompanhado de um café e uma bebida espirituosa, se pretende promover uma clareira de debates acesos, sem receios de polémicas ou de ferir susceptibilidades, sobre a subjectividade e mundividências artísticas ou culturais, visando a construção de um consenso possível. Noite, porque acontece à noite. Utópicas, porque é uma descrição imaginativa de uma sociedade ideal, fundamentada na justiça social e em instituições verdadeiramente comprometidas com o bem-estar das pessoas. Rui Matoso [ 10 ]

A TEMPORADA DARCOS 010, a terceira desde a sua criação em 2008, assina uma singular diversidade nos seus sete concertos que apresentará no Teatro-Cine de Torres Vedras. A música vocal estará presente nas vozes de Dora Rodrigues, Lara Martins e Sónia Alcobaça, três dos expoentes máximos da arte lírica portuguesa, para além de um concerto encenado pela original e brilhante encenadora Maria Emília Correia, onde também cantarão Raquel Alão, Jorge Martins e Mário Alves. Ponto alto da TMPRD DARCOS 010, será a estreia absoluta de um quarteto para piano e cordas do compositor Sérgio Azevedo, obra encomendada pela Tempo-

rada. Dos comentadores convidados destaca-se a presença do musicólogo Rui Vieira Nery e do compositor Sérgio Azevedo. O Ensemble Darcos, como habitualmente, dará a todos os concertos a sua excelência musical e tornará todos eles em noites imperdíveis. De salientar ainda o intercâmbio entre a Camerata du Rhone (ensemble de cordas sediado em Lyon, França) e o Ensemble Darcos, que apresentarão conjuntamente o concerto de Ano Novo, com a participação do barítono Rui Baeta.

Nuno Côrte-Real [ 11 ]


ciclos

café com filmes

Cientes da existência de uma relação estreita entre a dinamização cultural de uma região e a sua própria prosperidade e desenvolvimento, é, hoje em dia, fundamental que se criem condições de sustentabilidade que permitam criar e expandir iniciativas de promoção da cultura. O ATV considera relevantes as potencialidades de interacção entre as pessoas e a comunidade, entre o território e os espaços de cultura.

Neste âmbito, e depois de uma primeira experiência que consideramos positiva em 2009 (estreia e reposição da peça de teatro MASHUP encenada por Rogério Nuno Costa e a realização do ciclo de documentários NOVO OLHAR PORTUGUÊS), o ATV pretende em parceria com o Teatro-Cine apresentar à comunidade em 2010 um conjunto de propostas artísticas na área teatral e do cinema com o objectivo de envolver os torrienses (e não só) na descoberta do Teatro-Cine, dos seus diversos espaços, funcionalidades e interesses. Assim, para consolidar a construção desta parceria, propomos diversas actividades para 2010. Académico de Torres Vedras [ 12 ]

PRO GRA MA ÇÃO [ 13 ]


Projecto Educativo oficina Os verdadeiros viajantes são aqueles que partem por partir Baudelaire

O Fazer as malas com Zarita Cadete Oficina de Expressão Dramática para pais e filhos

9 | 16 | 23 | 30 Janeiro 6 | 13 Fevereiro Sábados das 15:00 às 18:00 duração da Oficina 18 horas (6 sessões, de 3 horas cada) no espaço Transforma. destinatários Crianças do 1º ciclo acompanhados por um familiar adulto limite de inscrições 15 crianças com os respectivos adultos inscrição 20E

O objectivo desta oficina é sensibilizar para a expressão dramática e fazer proporcionar momentos inesquecíveis que contribuam para um crescimento saudável e divertido, afirmando o espaço teatral como um espaço privilegiado de desenvolvimento pessoal e social, como um espaço afectivo que estreita relações entre pais e filhos induzindo-os à criação dramática. [ 14 ]

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Temporada Darcos 010 música

Concerto de Ano Novo Camerata du Rhône & Ensemble Darcos Direcção Artística | Nuno Côrte-Real

10 Janeiro | domingo | 18:00 bilhete | 5E

Programa A. Copland

Concerto para clarinete e orquestra

S. Barber

Adagio para orquestra de cordas

E. Carrapatoso | “Espelho da Alma” para quarteto para piano e cordas [ pausa ]

Sónia Alcobaça | soprano

C. Porter | 9 canções

Rui Baeta | Barítono

(arranjos para orquestra de N. Côrte-Real) > Night and day > You do something to me > It’s all right with me > Ev’ry time we say goodbye > I love Paris > Let’s do it > Get out of town > From this moment on > In the still of the night [ 16 ]

ENSEMBLE DARCOS Fausto Corneo | clarinete Gael Rassaert | violino Reyes Gallardo | viola Filipe Quaresma | violoncelo Helder Marques | piano CAMERATA DU RHÔNE Gael Rassaert | violino e direção Nuno Côrte-Real | direcção musical

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café com filmes cinema

Cada um o seu Cinema

Título original | Chacun son Cinéma De: Manoel de Oliveira, Theo Angelopoulos, Olivier Assayas, David Cronenberg, Raúl Ruiz, Walter Salles, David Lynch, Lars Von Trier, Wim Wenders, etc. França, 2007, Cores, 100 min.

14 Janeiro | quinta | 21:30 Bar do Teatro-Cine Entrada Livre

M/12 Co-produção | Académico de Torres Vedras

Um filme absolutamente único, realizado por ocasião dos 60 anos do Festival de Cannes, o festival de cinema mais importante do mundo, que reúne o modo como 33 cineastas de 25 países olha o cinema e as salas de cinema, lugar de comunhão dos cinéfilos do mundo inteiro. Objecto cinematográfico imperdível, autêntico compêndio do estado do mundo do cinema e das singularidades de cada cineasta. Os filmes que o compõem são realizados por David Cronenberg, Jean-Pierre e Luc Dardenne, Nanni Moretti, Wong Kar-Wai, Abbas Kiarostami, Takeshi Kitano, Ken Loach, Walter Salles, Gus Van Sant, David Lynch, entre outros. O português Manoel de Oliveira apresenta um dos segmentos mais originais do conjunto. [ 18 ]

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teatro para a infância

HAMLET SOU EU Teatro Praga 16 Janeiro | sábado | 11:00 Duração | 2h Entrada Limitada a 40 pessoas Marcações | 261 338 131 Bilhete | 2E M/6

To dance or not to dance... It’s not a question... Esta performance do Teatro Praga propõe um desafio de descoberta e representação de possíveis “cenários” teatrais para a história da peça Hamlet. Dois actores contam a história de Shakespeare a crianças guiando-as (ou distraindo-as) pela narrativa e propondo-lhes uma participação activa. Tudo acaba com uma viagem dos participantes até ao palco onde estão disponíveis música, luzes e figurinos com a ajuda dos quais, em conjunto, se reconta a história. A cada dia, cada pequeno grupo cria o seu próprio espectáculo a partir da peça de Shakespeare. [ 20 ]

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multidisciplinar dança | teatro

Artistas e populações nas terras fundas do vale Residência arística de Madalena Vitorino

20 a 24 Janeiro Integre o elenco deste espectáculo info | Teatro-Cine

VALE

Um espectáculo de Arte Comunitária com Dança e Música ao vivo

23 Janeiro | sábado | 21:30 24 Janeiro | domingo | 16:00 Duração | 75min. [s/ int.] Bilhete | 5E M/6

VALE é um espectáculo coreográfico e musical que mobiliza 14 intérpretes, vindos da dança, do teatro e da música, e 40 participantes locais. VALE cria, com a sua dinâmica laboratorial, espaços de encontro e trabalho regular entre artistas e as populações. VALE é um projecto de criação artística regional que parte do património dos lugares [ 22 ]

e das gentes do Vale do Tejo e se conjuga com os Tea tros e as comunidades onde estes, hoje, se integram. Nesta terra onde o rio é mar aprendemos que a pele tem flor, que o gado tem vida de homem, que os lençóis são de água escura, que as pedras se rebentam para fazer nascer as oliveiras, que no tomilho poisam morcegos, que o vento lava, leva e traz.

Este VALE, instalado no algar* do teatro, envolverá então o público e irá transportá-lo até terras fundas de vaidade e obediência, onde se desafia o medo, onde a água transborda e inunda, onde sol e a sombra se encontram...

*algar – fenda vertical cravada pela chuva na pedra [ 23 ]


noites utópicas debate

Novos espaços autónomos de produção / / programação artística 21 Janeiro | quinta | 21:30 Bar do Teatro-Cine Entrada Livre Co-produção | Rui Matoso

“O que de pior acontece de momento é que só há tempo ou velocidade ou passagem do tempo, mas não há espaço. É preciso criar espaços e ocupá-los, contra esta aceleração. Só daí pode vir a cultura – ou qualquer forma nova de tragédia – de um espaço que reaja à ditadura do tempo sem tempo, e que só pode ser um espaço dos vencidos: os vencedores nunca produziram cultura.” Heiner Müller

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No Porto e em Lisboa têm surgido recentemente espaços dedicados à arte contemporânea. Espaços com características específicas, autónomos, auto-suficientes, independentes, alternativos, não-convencionais, espaços off, etc. Estas designações não são pacíficas, nem fixas. Há uma espécie de regra universal que diz que estes espaços se transmutam, mais tarde ou mais cedo, em instituições legitimadas pelo Estado, ou são absorvidos. É sobre essas dinâmicas, sobre a relação entre estes espaços e os seus contextos urbanos, sobre os seus públicos que iremos conversar.

Moderadores Rui Matoso/João Garcia Miguel Convidados Marisa Fálcon (estudo sobre espaços alternativos)

Nuno Nabais / Fabrice Ziegler (Fábrica Braço de Prata)

Natcho Xeca (Zé dos Bois)

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Projecto Educativo visita

Visita ao Teatro-Cine 27 Janeiro 24 Fevereiro 24 Março 28 Abril 26 Maio 16 Julho Quarta | 9:30 e 14:30 Destinatários | turmas 1º Ciclo do concelho Entrada livre sujeita a inscrição Colaboração | Académico de Torres Vedras

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Durante as três horas, os participantes/ou os alunos vão poder conhecer os bastidores de um teatro municipal, os camarins onde os actores se vestem e maquilham, o fosso de orquestra, a teia, a cabine técnica onde se ligam as luzes e se mistura o som... De seguida, vão poder participar numa Oficina de Expressão Dramática. Nesta oficina recorre-se a exercícios e jogos pedagógicos, lúdicos e divertidos, que contribuem para um enriquecimento pessoal e social dos participantes. Nestes jogos trabalham-se áreas como o corpo e a voz, o espaço e os objectos, a imaginação e a criatividade, as sensações e as emoções. Desta forma, os participantes/ou os alunos irão descobrir os segredos do teatro enquanto espaço físico e arquitectónico e o teatro enquanto expressão artística.

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café com filmes cinema

O homem da câmara de filmar Realização | Dziga Vertov URRSS, 1929, 67min.

28 Janeiro | quinta | 21:30 Bar do Teatro-Cine Entrada Livre M/12 Co-produção | Académico de Torres Vedras

Depois do fim da Primeira Guerra Mundial, aliados ao ritmo mecânico que vida ia tomando e à procura de uma ruptura com os sistemas mais convencionais das manifestações artísticas anteriores, surgiram diversos movimentos por toda a Europa conhecidos como os – ismos de vanguarda. Na Rússia, essa busca tomou vários caminhos, mas filho directo da Revolução de 1917 e preso às convicções políticas que a motivaram surgiu o importantíssimo movimento construtivista russo que procurava, nas diferentes manifestações da arte, uma arte útil que quebrasse a barreira das elites artísticas para chegar à verdade da vida na convicção de que habitavam agora num mundo novo, mecaniza-

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do, industrial e próximo do povo a quem deviam servir. Em 1929, quando o movimento construtivista assumia já a maturidade e dentro do pensamento leninista de que o cinema era o meio por excelência de divulgação da nova ordem, surgiu Vertov com uma das primeiras obras-primas do cinema, O Homem da Câmara de Filmar, um filmedocumentário sobre a vida quotidiana em Moscovo com cenários reais e pessoas verdadeiras. Esta obra procurava ser uma forma de comunicação cinematográfica universal, sem legendas intermédias, bastando-se a imagem a si mesma. Poético e viril na adesão à máquina, à produção industrial em série , à mecânica e acima de tudo ao ritmo do movimento vertiginoso que era o da cidade, O Homem da Câmara de Filmar é um filme-olho que tudo vê e tudo mostra mas que contém em si mesmo a contradição dos seus pressupostos. [ 29 ]


Projecto Educativo oficina

Oficina de Expressão Dramática 30 Janeiro | 11:00 Sensações e emoções 27 Fevereiro | 11:00 Oficina de Som e Movimento 20 Março | 11:00 Oficina da Imaginação Sábados Duração | 60m Inscrições | Teatro-Cine Bilhete | 2E M/6 Co-produção | Académico de Torres Vedras

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Destinadas à família estas oficinas pretendem criar um espaço de fruição para os mais novos, sendo que em algumas a presença dos pais é fundamental. Durante duas horas oferecemos experiências que despertam todos os sentidos, criando uma ligação ao universo da expressão dramática. É uma experiência para repetir ao longo do ano, abordando todos os tipos de manifestações artísticas. [ 31 ]


teatro O BANQUEIRO ANARQUISTA de Fernando Pessoa Companhia JGM 30 Janeiro | sábado | 21:30 Duração | 2h30m Bilhete | 5E M/12

Encenação | João Garcia Miguel Texto | O Banqueiro Anarquista de Fernando Pessoa Adaptação Dramatúrgica e outros textos | João Garcia Miguel Interpretação | Anton Skrzypiciel, Ana Rosa Abreu, Isa Araujo, João Pedro Santos e Sara Ribeiro Movimento | Anton Skrzypiciel Música Original | Steve Bird Realização Vídeo | HOW by Rui Gato Edição e Operação Vídeo | João Faustino Edição Vídeo | Edgar Alberto Figurinos | Lidija Kolovrat Cenografia | João Garcia Miguel, Luís Bombico e Rui Gato Assistência à encenação | Rui Viola Construção de Cenografia | Pedro Santos e Mantos Desenho de Luz | Luís Bombico Direcção Técnica | Várias Cenas Lda Operação Legendagem | Nuno Correia Fotografia | Márcio Silva Produção Executiva | Marta Vieira Assistência Produção | Solange Carvalho Web design | Mantos Co-Produção | JGM | Teatro Maria Matos Apoio | Teatro-Cine Torres Vedras | Câmara Municipal Torres Vedras Estrutura financiada | MC | Dgartes | Fundação Calouste Gulbenkian JGM é um artista associado do Espaço do Tempo

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fotografia M. da Silva

À mesa de um restaurante dois amigos debatem a situação social de um deles que diz paradoxalmente que se tornou banqueiro porque é anarquista politicamente. O absurdo da situação, a falta de teatralidade e o devaneio mental deste personagem, conduzem-nos perante um retrato de vida que a maior parte dos ouvintes conhece, ou por experiência própria ou por proximidade familiar. É a evolução clássica de um ponto da escala política, até ao seu oposto, no decorrer de uma vida, tão comum nos nossos políticos e porque não também em alguns dos mais conhecidos membros da nossa finança e economia. O desenrolar da história tem muitas semelhanças e reverberações com os reality shows actuais ou os programas confessionais onde se tece a biografia pessoal em termos mais ou menos fantasiosos. [ 33 ]


musical

Broadway Station 2 Fevereiro | terça Comédia Musical (educativo) Destinatários | Estudantes de Inglês (3º Ciclo; Secundário; Superior; Adultos) Inscrições | 243 040 054 | 964 416 513 Produção | CREATIVE WAY EUROPE Execução Técnica | CREATIVE WAY EUROPE

Uma companhia está a preparar um espectáculo fantástico, onde existe apenas um problema... eles decidiram fazer uma adaptação de um grande êxito da Broadway, porém o trabalho não se torna assim tão simples, provocando grandes “dores de cabeça” ao grupo. Trata-se de um musical com teatro dentro de teatro, numa divertida forma de desenvolver competências de inglês junto dos estudantes.

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noites utópicas debate

Transfiguração do Género 4 Fevereiro | quinta | 21:30 Bar do Teatro-Cine Entrada Livre Co-produção | Rui Matoso

Tendo em consideração a proximidade do Carnaval, e a peculiar tradição das matrafonas em Torres Vedras, convidamos o artista Gabriel Abrantes (prémio EDP 2009) e o antropólogo Miguel Vale de Almeida, para uma conversa em torno das criações artísticas Lésbicas-GaysBissexual-Transgénero (LGBT), tentando contextualizar num tempo-espaço de Carnaval e do actual sentido transfigurador das “matrafonas”. [ 36 ]

* Como encaixar o fenómeno das “matrafonas” no travestismo homossexual ? Serão os foliões-matrafonas um delírio machista ? Qual o sentido da personagem “matrafona” hoje ? * Porque é que não existe uma assumida vivência cultural LGBT em Torres Vedras? Não existe oferta, não existe procura? Os LGBT torrienses estão no armário? E porquê, se existem tantas matrafonas assumidas? * Visualização das obras de Gabriel Abrantes: Olympia 1, Olympia 2 e Visionary Iraq. Convidados Gabriel Antunes Paulo Pamplona Raquel Freire Matrafona de Torres Vedras [ 37 ]


dança | performance

SO SOLO

Nova criação de Clara Andermatt 2009

6 Fevereiro | sábado | 21:30 Bilhete | 5E Duração | 60 minutos M/12

Direcção e Interpretação Clara Andermatt Concepção e dramaturgia Robert Castle e Clara Andermatt Composição musical João Lucas Cenografia João Calixto Desenho de luz Rui Horta Figurinos Aleksandar Protich Assistência à dramaturgia Alejandra Orozco Direcção Técnica Anatol Waschke Operação de Som Ângelo Lourenço Agradecimentos Ivo Canelas Produção ACCCA Co-produção Culturgest, Teatro Nacional S. João A ACCCA é uma estrutura financiada pelo Ministério da Cultura / Direcção-Geral das Artes

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No decurso de uma carreira produtiva e multifacetada abarcando várias escalas, vários espaços e vários elencos – da grande produção às criações intimistas, do teatro convencional ao espectáculo de rua, dos profissionais de várias disciplinas aos trabalhos com a comunidade – Clara Andermatt surge agora como autora e intérprete do seu primeiro solo. Colabora na concepção e dramaturgia desta peça o actor e encenador nova-iorquino, Robert Castle. Este convite surge da vontade da coreógrafa em aprofundar e expandir o trabalho de personagem para novos territórios conceptuais e performativos, dando continuidade à prática de experimentação e ao cruzamento da dança com outras expressões artísticas, tendências que caracterizam o seu trabalho. So Solo é muitas coisas. Buster Keaton, Joana D’Arc, um gato fodido, e um montão de bolas, no meio de um tornado paranóico, cobertos de pastilha elástica. [ 39 ]


café com filmes cinema

Our Daily Bread

Realização de Nikolaus Geyrhalter Alemanha/Áustria, 2005, 92 min.

11 Fevereiro | quinta | 21:30 Bar do Teatro-Cine Entrada Livre Co-produção | Académico de Torres Vedras

Em espaços fechados, tão esterilizados quanto o são as fábricas de processamento por computador, frangos são abertos e atentamente monitorizados. Um tubo enorme suga salmões para fora de um fiord. Enormes dentes de metal arrancam e mastigam campos de girassóis que atingiram a maturação graças ao uso intensivo de produtos químicos. Frangos são cortados e porcos estripados em segundos, enquanto que as vacas levam um pouco mais de tempo: é a agricultura de alta tecnologia, a produção industrial de alimentos. O filme Our Daily Bread mostra os locais em que os alimentos são produzidos: paisagens surrealistas plastificadas e optimizadas para os tractores e restantes máquinas agrícolas, salas limpas localizadas em instalações frigoríficas industriais, concebidas para assegurar a eficácia logística, e máquinas que exigem materiais uniformes para um processamento sem quebras. O que poderia pensar-se fazer parte do domínio da ficção científica é agora a própria realidade. A nossa alimentação é produzida em espaços espectaculares que raramente são vistos. Aqui há muito pouco espaço para os humanos, que parecem alheios a tudo isto: pequenos e vulneráveis, apesar de se adaptarem o melhor que podem, com roupas especiais, protectores de ouvidos e capacetes. Estão em determinados locais da cadeia de produção, a realizar trabalhos para os quais [ 40 ]

ainda não se conseguiram inventar máquinas. O homem interfere o menos possível no processo de fabrico. Quando um trabalhador faz uma pausa para se alimentar, essa acção parece dar azo a um contraste absurdo, mas isso é simultaneamente uma referência à principal finalidade destas fábricas aparentemente utópicas. Continuamente enquadrado e com elevada precisão, o encaminhamento de cada produto revela a eficácia máxima do sistema e, como produto já limpo, é visualizado nos écrans com uma mistura de fascinação e de horror. O filme Our Daily Bread mostra a produção industrial como um reflexo dos valores da nossa sociedade: abundância produzida de forma rápida por uns quantos especializados. Dispensando comentários e entrevistas explicativas, o filme converte-se num sonho inquietante: um grande festival de imagens, em que um olhar fixo persistente é acompanhado pelo ruído ensurdecedor das máquinas hidráulicas – somente o cacarejar incómodo dos frangos se lhe sobrepõe. Pessoas, animais, colheitas e máquinas desempenham um papel de apoio na logística deste sistema que suporta o nível de vida da nossa sociedade. O filme é um convite dirigido ao nosso sentido de curiosidade, ao nosso desejo de saber o fundo das coisas, de olhar, escutar e ficar estupefacto, de associar e de pensar como é a civilização actual. Somente depois de a vermos através dos nossos olhos é que podemos acreditar como ela é. O filme é um quadro em grande formato de uma estética nem sempre fácil de digerir, mas que retrata algo em que todos participamos. Uma experiência pura, meticulosa, do melhor que já foi feito e que permite a cada um dos nós formar ideias e retirar conclusões.

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café com filmes cinema

Solaris

Realização de Steven Soderbergh EUA, 2002, 99 min.

25 Fevereiro | quinta | 21:30 Bar do Teatro-Cine Entrada Livre M/12 Co-produção | Académico de Torres Vedras

Solaris Solaris é um filme norte-americano de 2002, dirigido por Steven Soderbergh. Inspira-se tanto no romance de Stanisław Lem tal como o filme soviético Solyaris, realizado por Andrei Tarkovski em 1972. Chris Kelvin é um psicólogo que ainda sofre a perda de seu grande amor, Rheya, alimentando um sentimento de culpa pelo ocorrido. Kelvin é convocado para investigar o estranho comportamento dos integrantes de uma estação espacial que orbita o misterioso planeta Solaris, que perdeu contato com a Terra. Inicialmente relutante, Kelvin decide partir após ver um comunicado de Gilbarian, seu grande amigo pessoal, solicitando sua ajuda na estação Prometheus por razões que não quer explicar. Ao chegar na estação orbital Kelvin tem uma dupla surpresa: Gilbarian se suicidou e os outros dois cientistas apresentam sintomas de stress extremo e paranóia, resultado dos exames que realizaram no planeta. É quando algo inusitado ocorre na vida de Kelvin e ele reencontra, bem à sua frente, sua amada Rheya.

Elenco George Clooney | Chris Kelvin Natascha McElhone | Rheya Kelvin Jeremy Davies | Snow Viola Davies | Helen Gordon Ulrich Tukur | Gibarian Donna Kimball | Esposa de Gibarian Shane Skelton | Filho de Gibarian John Cho | Emissário [ 42 ]

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teatro

SUPER GORILA Teatro Praga 27 Fevereiro | sábado | 21:30 Duração 1h30 Bilhete | 5E M/12

“Estamos tristes, é normal. Isso estamos sempre” Há histórias que já não se contam. Há coisas que estão mal. Há palavras que não se dizem. Não existem razões, nem se encontra uma direcção, um inimigo ou um culpado. Acontece muito e tudo em simultâneo. Ficha técnica Co-produção | Espaço do Tempo Co-criação | André e Teodósio e José Maria Vieira Mendes Interpretação | André e. Teodósio [ 44 ]

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teatro

Felizmente há luar Casa dos Afectos

1 Março | segunda | 11:00 e 14:30 Duração | 1h15 Intérpretes | Catarina Gouveia, Telma Saião, Telmo Ramalho, Sérgio Narval, Nuno Fradique Entrada-Livre | inscrições Bib. Municipal | 261 310 460 Destinatários | alunos do Concelho de Torres Vedras M/12 Organização | Biblioteca Municipal

Ao abordarmos este texto, com o intuito de o transformarmos num espectáculo, tentámos que mantivesse todas as características pedagógicas fundamentais, tão importantes para o público preferencial para quem trabalhamos, como sejam o estilo de drama narrativo, típico do teatro épico Brechtiano, o uso de técnicas de distanciação entre actores e personagens, e todas as imagens simbólicas que remetem para a metáfora do Portugal da ditadura saída do Estado Novo, através da situação nacional no primeiro quartel do século XIX. É exactamente na desconstrução de toda esta metáfora, buscando também com ela pontos de contacto com o nosso tempo – que sempre os há quando em causa estão os meandros e abusos do poder em contraponto à condição humana – que assenta a estética principal da nossa adaptação. [ 46 ]

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noites utópicas debate

Tribos urbanas e Identidades Culturais 4 Março | quinta | 21:30 Bar do Teatro-Cine Entrada Livre Co-produção | Rui Matoso

“Nenhuma subcultura tratou com maior afinco a separação face à paisagem supostamente inquestionável das formas normalizadas do que a dos Punks, ninguém como eles procurou atrair sobre si a desaprovação mais veemente” Dick Hebdige

Performance de Cartier (artista de rua), mostra de vídeo, ouvir trechos de bandas punk de várias partes do mundo:Japão, Finlândia, Portugal, etc..

Objectivo reunir a comunidade Punk de Torres Vedras, e no exílio. Convidados Xico (Lisboa-colecção punk-rock) André Trindade (dj-vj) Cartier (Lisboa- Paulo Ramos) Questões para debate * O que é um punk? * Quais os princípios de vida? * Como vivem? * Qual a vitalidade desta subcultura actualmente ? * Quais os sítios que frequentam * Quais as características da sua estética? * E em que artes se materializam? [ 48 ]

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Temporada Darcos 010 música

Mestre Bach Concerto comentado por Rui Vieira Nery

5 Março | sexta | 21:30 Bilhete | 5E

Programa N. Côrte-Real

Glosa sobre a primeira variação das Variações Goldberg

J. S. Bach

Variações Goldberg (Arranjo para trio de cordas de Dimitri Sitkovetsky) ENSEMBLE DARCOS Xuan Du | violino Reyes Gallardo | viola Filipe Quaresma | violoncelo

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dança

Uma Bailarina Espectáculo participativo de dança De Aldara Bizarro

6 Março | sábado | 11:00 Duração | 1h30 Entrada por inscrição | Teatro-Cine Bilhete | 2E Destinatários | 6 aos 12 anos

Uma Bailarina... da coreógrafa Aldara Bizarro é um espectáculo/ateliê que foi concebido para ser apresentado a crianças dos 6 aos 12 anos em contexto escolar ou familiar. Num formato que reúne aspectos inerentes ao espectáculo de dança e aspectos pertencentes à oficina de dança procura proporcionar novas leituras do espectáculo, suscitando a reflexão sobre matérias relacionadas com o corpo, enquanto objecto de saber e de sentir diferente do corpo habitual, dado no contexto escolar. Através da pergunta “Qual a parte do corpo que gostas mais?” a bailarina estabelece um diálogo com os alunos em que lhes fala do corpo fazendo a ponte entre a natureza e o pensamento, acabando por fazerem todos (alunos e bailarina) a dança dos músculos. [ 52 ]

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workshop

Sobre o método Composição em tempo real com João Fiadeiro 10 Março | quarta | 14:00 às 22:00 Transforma inscrições | Teatro-Cine

Existem coisas sobre as quais quero falar e que, pura e simplesmente, não podem ser representadas. São do tipo de coisas que só passam a existir se forem apresentadas. São coisas que nem eu sei que existem, que nunca ouvi falar e que nem sequer desconfio da sua presença. E é por isso que quero falar delas: porque quero conhecê-las. E dálas a conhecer. Sem filtros ou intermediários. Em tempo-real. [ 54 ]

Nasceu em Paris em 1965. O seu primeiro contacto com a dança acontece com Rui Horta. Iniciou a sua actividade coreográfica em 1989. Desde então criou coreografias para inúmeras instituições e escolas, nacionais e estrangeiras. Entre 1998 e 2003 foi professor de improvisação e composição na licenciatura de dança da Faculdade de Motricidade Humana / Universidade Técnica de Lisboa.

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café com filmes cinema

Persepolis

De Marjane Satrapi, Vincent Paronnaud EUA, França, 2007, 95 min. Com Chiara Mastroianni (Voz), Catherine Deneuve (Voz), Danielle Darrieux (Voz) Género | Animação, Drama

11 Março | quinta | 21:30 Bar do Teatro-Cine Entrada Livre M/12 Co-produção | Académico de Torres Vedras

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Persépolis é a história de uma menina que cresce no Irão durante a Revolução islâmica, a história autobiográfica de Marjane Satrapi, que já dera origem a quatro livros de banda desenhada. É através dos olhos da destemida Marjane, de nove anos, que é vista a esperança de um povo ser destruída quando os fundamentalistas tomam o poder, forçando as mulheres a usar o véu e prendendo milhares de pessoas. Inteligente e extrovertida, Marjane consegue, mesmo apesar das proibições, descobrir a cultura punk, os Abba ou os Iron Maiden. Mas quando o tio é cruelmente executado e as bombas começam a cair sobre Teerão durante a Guerra com o Iraque, o medo começa a ganhar forma. E a ousadia de Marjane torna-se uma preocupação para os pais que acabam por tomar a difícil decisão de a enviar para uma escola na Áustria. Aí, sozinha, Marjane é confundida com o fundamentalismo religioso, exactamente aquilo de que fugiu do seu país. Mas, com o tempo, acaba por ser aceite. Quando termina o liceu, Marjane decide regressar ao Irão, mas aos 24 anos percebe que não pode continuar a viver no seu país, que trocará pela França, numa decisão cheia de optimismo face ao futuro.

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teatro

Contos em Viagem Brasil > outras rotas Teatro Meridional

a partir de textos de autores Brasileiros

13 Março | sábado | 21:30 Duraçção 65 min Bilhete | 5E M/12

Partindo de textos escritos em língua portuguesa, é objectivo destes espectáculos a interpretação e narração de contos, excertos de romances e poesia de língua portuguesa, contada nas vozes de autores angolanos, brasileiros, cabo-verdianos, guineenses, macaenses, moçambicanos, portugueses, são-tomenses e timorenses, e interpretados a uma só voz e com música original apresentada ao vivo.

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Para quem tem acompanhado o percurso do Teatro Meridional reconhece como uma das suas linhas de trabalho, o ênfase dado à língua portuguesa e reconhece, particularmente, um trabalho que se centra na pesquisa sobre as literaturas emergentes dos países lusófonos e dos autores que têm feito através das palavras, as estórias da nossa história.

Textos Adélia Prado, Affonso Romano de Sant’Anna, Carlos Drummond de Andrade, João Cabral de Melo Neto, João Guimarães Rosa, João Ubaldo Ribeiro, Jorge Amado, Lêdo Ivo e Mauro Mota Dramaturgia Natália Luíza Selecção de Textos Natália Luíza e Melânia Ramos Encenação e Desenho de Luz Miguel Seabra Interpretação Gina Tocchetto (texto) António Pedro (música)

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bicentenário linhas de torres vedras

Invasões e resistências

Integrado na Comemoração dos 200 anos das Linhas de Torres Vedras Organização | ATV Parceria | Teatro-Cine Info | linhasdetorresvedras.com

14 Março | domingo | 21:30 21 Março | domingo | 21:30 Bar do Teatro-Cine Entrada livre

Exibição de filmes e documentários que se digladiam entre si por estes dois campos antagónicos num conceito actual Com este ciclo de cinema pretende-se trazer para o presente o conceito associado às comemorações dos 200 anos das Linhas de Torres, mas que é transversal a todas as “batalhas” que travamos no dia-a-dia. Num primeiro Domingo, dão-se as invasões. No segundo Domingo, acontecem as resistências.

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residência

Dos Joelhos para Baixo Residência Artística

15 Março a 15 Abril Inscrições | Teatro-Cine M/12

Não é possível apagar algo sem deixar marcas. Partindo de um desenho em que os traços do lápis foram apagados pela borracha, Márcia Lança reparou que apagar sem deixar marcas era impossível. Decidiu então colocar esta questão em cena, passando do suporte folha de papel ao suporte espaço. Manteve a folha de papel e trabalhou-a no estúdio fazendo-a interagir consigo. Destas experiências, que inicialmente se reduziam à transformação da matéria folha noutras matérias, surgiu uma série de acções com homens e mulheres de papel. Estas personagens são expostas a sequências de acontecimentos, que determinam o seu fim ou continuação na peça, e uma cidade de papel toma forma lentamente. Uma peça que vale pela originalidade, pelo valor artístico dos trabalhos realizados em papel, bem como pelo talento da sua intérprete. Este projecto foi premiado pelo Programa Jovens Artistas Jovens. A não perder... [ 62 ]

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noites utópicas debate

Artes e Deficiências projectos artísticos com pessoas protadoras de deficiência 18 Março | quinta | 21:00 Bar do Teatro-Cine Entrada Livre Co-produção | Rui Matoso

O direito à fruição cultural e o direito à criação artística são direitos consagrados universalmente, contudo a sua existência de facto requer que as instituições públicas de cultura implementem programações onde a presença de pessoas portadoras de deficiência seja uma realidade quotidiana. Convidados Grupo de Teatro da CRINABEL Pedro Sena Nunes Director da APECI de Torres Vedras [ 64 ]

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teatro

Perguntas de um mendigo que lê

de Bertolt Brecht Encenação Marco Paiva co-produção entre o Teatro Helena Sá e Costa e o grupo Crinabel teatro

19 Março | sexta | 21:30 Bilhete | 5E M/12

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O que ganha o homem quando escreve a sangue os seus feitos? Que frágil é a “arma”, contra quem não cala, contra quem nada tem a perder A euforia da conquista silencia-se, ao encontrar num simples mendigo a fatalidade da existência, o deambular pragmático do quotidiano. Após a guerra espalham-se os corpos e partilha-se a miséria; alguma miséria um pouco mais feliz que outra, alguns desses corpos um pouco mais vivos que outros. E afinal no meio de tão pouco onde está o jubilo e o poder?

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café com filmes cinema

O Grande Peixe

Título original | Big Fish Realização | Tim Burton EUA, 2003, 110 min. Com Albert Finney, Billy Crudup, Ewan McGregor, Jessica Lange Género | Drama

25 Março | quinta | 21:30 Bar do Teatro-Cine Entrada Livre M/12 Co-produção | Académico de Torres Vedras

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Adaptado do romance de Daniel Wallace, é a história de Edward Bloom, um homem que passou a vida a contar as viagens que fez à volta do mundo enquanto jovem (Ewan McGregor). Viagens que de tão extraordinárias se tornavam quase fantásticas. Eram aventuras em que nunca se conseguia distinguir o que acontecera do que pertencia ao território da imaginação, mas que apaixonavam todos os ouvintes. Apenas uma pessoa nunca se deixou seduzir por essas histórias: o seu filho. Mas quando Edward adoece, o filho inicia uma compilação das histórias do pai.

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debate

PORTUGAL e a memória 26 | 27 e 28 Março

Partindo da ideia de que um teatro é um lugar muito mais alargado do que apenas um local para a realização de espectáculos e que deve, portanto, ter a capacidade de criar movimentos de consciência activa que nos permitam pensar o mundo e pensar-nos a nós próprios, propusemos a realização de um conjunto de ciclos de programação associados à ideia de PORTUGAL E A MEMÓRIA.

áreas criativas. Estes trabalharão em residência da qual resultará a apresentação pública, no Teatro-Cine e na Transforma, de projectos na área das artes performativas e visuais, assentes na exploração e dissecação dos significados e processos de construção de memória colectiva na sociedade portuguesa. O encontro será promovido através da abertura de candidaturas, sendo que os jovens criadores seleccionados trabalharão em regime de ateliê com a coadjuvação de três personalidades de reconhecido mérito que organizarão as sessões de trabalho e coordenarão a apresentação final ao público. Esta é uma aventura artística que propomos aos novos artistas e à cidade, propondo o diálogo entre as partes. Contamos como parceiros deste evento a Cooperativa de Comunicação e Cultura e a Transforma. João Garcia Miguel

Para a sua segunda edição decidimos acentuar essa vertente que transforma o Teatro-Cine num agente cultural cívico que consegue desenvolver, como complemento à sua actividade mais convencional, as condições necessárias à criação e realização de objectos artísticos originais. Deste modo, o tema “Portugal e a Memória” será o mote para a promoção de um encontro crítico e reflexivo entre novos criadores oriundos de distintas [ 70 ]

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FICHA TÉCNICA Edição Câmara Municipal Torres Vedras Direcção Teatro–Cine João Garcia Miguel Direcção de Produção Cristiana Vaza Produção Executiva Glória Alves Direcção Técnica Tiago Gomes Técnico Som Paulo Vieira Técnico Palco José Manuel Arsénio Frente-de-Casa Nadia Valente Vânia Moura Luís Ferreira Jessica Alves Comunicação e Imagem Gabinete de Comunicação CMTV Projecto Gráfico Olga Moreira | Gab. Com. CMTV

Reservas Reservas efectuadas por telefone, fax ou e.mail.

Plateia | 280 lugares

Descontos Cartão Jovem | 50% Cartão Senior (T. Vedras) | 50% Condições de acesso Após o início do espectáculo não é permitida a entrada na sala (nº 5 do Artº 340 do Decreto-Lei nº 315/95 de 28/1), não havendo lugar ao reembolso do preço pago pelo bilhete. O bilhete deverá ser conservado até ao fim do espectáculo. É expressamente proibido filmar, fotografar ou gravar, assim como fumar, consumir alimentos ou bebidas. À entrada, os espectadores devem desligar os telemóveis, bips e outras fontes de sinal sonoro. Bar Aberto uma hora antes dos espectáculos

Impressão Grafivedras, Artes Gráficas Lda. 3000 exemplares Periodicidade Trimestral Janeiro a Março 2010 Distribuição Gratuita

Teatro-Cine de Torres Vedras Av. Tenente Valadim, 19 Torres Vedras Tel 261 338 131 teatro.cine@cm-tvedras.pt www.cm-tvedras.pt/teatro-cine Horário de funcionamento segunda a sexta | 09:00 > 13:00 | | 14:00 > 17:00 Horário Bilheteira | uma hora antes do início do espectáculo

Palco

Balcão | 144 lugares

OUTROS CONTACTOS Académico de Torres Vedras (ATV) Largo Frei Eugénio Trigueiros 17, 19 e 21 Torres Vedras Tel./Fax 261 322 991 Tlm 919 859 106 - 962 372 916 geral@atv.pt www.atv.pt Cooperativa Comunicação e Cultura Centro de Cultura Contemporânea Rua da Cruz, 9 Torres Vedras Tel 261 338 931/2 Fax 261 338 933 geral@ccctv.org www.ccctv.org Transforma AC Praça do Município, 8 Torres Vedras Tel 261 336 320 Fax 261 336 332 info@transforma.mail.pt www.transforma-ac.com

Foto da Capa M. da Silva em “O Banqueiro Anarquista”

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www.cm-tvedras.pt/teatro-cine [ 74 ]


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