Revista Municipal Nº 69

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Estudo do espólio da escritora que viveu na Vermelha

Emigrante Cremilde Neves lançou livro no Cadaval

Programa de artes leva “Fernanda Botelho” à escola © J.Botelho

ÂÂ Biografia performativa da aluna Maria Jerónimo, realizada por meios digitais

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Foi implementado, no ano letivo 2019/2020, o Programa das Artes Fernanda Botelho, criado e dinamizado pela Associação Gritos da Minha Dança junto dos alunos do 3.º Ciclo e do Secundário do Agrupamento de Escolas do Cadaval. O mesmo conta com a colaboração da Câmara Municipal, através do Plano Integrado e Inovador de Combate ao Insucesso Escolar – Aluno ao Centro. Recorde-se que a Associação Gritos da Minha Dança dedica-se à salvaguarda, preservação e dinamização cultural do acervo bibliográfico e documental pertencente à escritora, de renome nacional, Fernanda Botelho (1926-2007), que por seu turno viveu parte da sua vida no Concelho, mais precisamente na aldeia da Vermelha. Embora adaptado à realidade do ensino à distância, o programa cumpriu-se e promete regressar no próximo ano letivo, para um novo «convite à experimentação de novas abordagens a partir do património literário de Fernanda Botelho», enquanto «ferramenta pedagógica e de comunicação, possibilitando [aos alunos] o acesso a conteúdos que de outra forma não teriam», segundo palavras de Joana Botelho, neta da escritora e presidente da associação. «Queremos continuar a ouvir pensamentos, questões, indignações, fazer da arte uma presença incontornável na formação educativa e cultural», adianta a também arquiteta, movida pela ambição de levar a comunidade a «colocar um pé de fora dos muros da escola, para ir ao encontro do património urbano e cultural do nosso concelho».

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Projeto Musiforma teve continuidade “à distância” Teve continuidade, no último ano letivo, o Projeto Musiforma Cadaval, uma parceria do Município com a empresa Melodylegaci, cujo objetivo é o ensino e promoção da música no Concelho, no âmbito da ação “Cadaval Criativo – Aluno ao Centro”. Este projeto funciona em três polos de ensino (Associação Filarmónica e Cultural do Cadaval, Junta Freguesia do Cadaval e Pero Moniz e Junta de Freguesia de Lamas e Cercal – Edifício do Cercal) e contou com 42 participantes, distribuídos pelos diversos polos de ensino. Devido à pandemia, o Município e a Melodylegaci encontraram soluções para dar continuidade ao projeto, através de aulas à distância. Neste formato por videoconferência, o ensino é individualizado entre professor e aluno, com a respetiva autorização e acompanhamento dos encarregados de educação.

A Biblioteca Municipal promoveu, a 26 de janeiro, o lançamento do livro “Pegadas da Vida”, de Cremilde Neves, um compêndio de memórias, pensamentos, sentimentos e poesias. A menina oriunda de Casais de Montejunto (Cadaval) é hoje mulher na Suíça. Trabalhando na área da restauração, ocupa os tempos livres com a escrita, o desenho, o voluntariado e as artes marciais. Aquando do lançamento, Fátima Paz, vereadora da Cultura, enalteceu o facto de a autora se ter deslocado propositadamente a Portugal para lançar o livro no seu concelho de origem. «Este livro fala daquilo que eu aprendi com os meus pais, com as pessoas da terra onde cresci, dos pouco estudos que fiz. Fala também do que podemos fazer por um mundo melhor», adianta a autora.

“Cancro e o Amor” foi tema de encontro na Biblioteca «Cancro e o Amor» é o título do livro recém-editado por Rute Batista e o mote do encontro promovido, a 8 de fevereiro, pela Biblioteca Municipal. A autora da Lourinhã falou sobre o seu testemunho escrito da superação de doença grave e reincidente. Para a formadora de desenvolvimento pessoal, cada um de nós possui, dentro de si, as ferramentas necessárias para lidar com a adversidade e viver melhor. A abrir o encontro, Ricardo Pinteus, vereador camarário, destacou a pertinência de a iniciativa se realizar na semana do Dia Mundial de Luta Contra o Cancro (4 fevereiro). Uma mutação genética estará na origem da fatal doença que assolou a sua família mais direta. «Todo o meu percurso foi procurar saber lidar com a morte e encarar a vida de outra forma», adianta a socióloga de formação.

“Mulheres do Cadaval” evocadas no Dia da Mulher A Biblioteca Municipal promoveu, a 8 de março, uma tarde comemorativa do Dia Internacional da Mulher. Para além da leitura de poemas dedicados à mulher, de vários autores, por Elsa Ligeiro (Alma Azul, editora e produtora de eventos culturais) e da conversa comunitária “As mulheres do séc. XXI”, a iniciativa incluiu a abertura da mostra “Mulheres do Cadaval – Exposição Biográfica”. Valentina de Abreu foi uma das figuras homenageadas. A exposição surge na sequência da Coleção “Cadaval – História e Memória”, segundo adianta Tânia Camilo, técnica da Biblioteca. «Espera-se, agora, a colaboração da comunidade na recolha de elementos biográficos de mais mulheres que se destacaram no Concelho, ou, sendo de cá oriundas, tiveram um destaque na cena nacional.»


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