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Marie Robb foi para Europa encontrar-se, mas ela acabou encontrando mais do que esperava no processo. Quando um pneu furado em um beco a põe à mercê de um homem recluso, ela deve decidir entre seguir seu coração e corpo ou ceder ao conselho dos aldeãos… Os mesmos aldeãos que dizem que Fredrik Sörebo não é mais que um monstro.

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Disponibilização/Tradução: Denise Ferreira Revisão Inicial: Denise Ferreira Revisão Final/Formatação: Lívia Logo e Arte: Suzana Pandora Tiamat - World Comentário da Revisora Livia: Livrinho muito ótimo i muiiiiiiiiiiiiiiiiiiitttttttttttttoooooooooooooo hhoooooottttttttt! Amei fazê-lo!

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1ª Parte: A caçada

Capítulo 1

Göthmoor, Suécia Na atualidade

Ajustando sua capa preta ao redor de seu corpo para que não caísse, Marie Robb desceu de seu carro alugado sob o gelado ar frio noturno. Seus mamilos endureceram instantaneamente quando o vento muito frio se infiltrou através do tecido de lã de sua roupa e atravessava a capa e a seda do vestido de festa que usava por baixo. Acomodando uma longa mecha de cabelo cor mel sobre seu ombro, deu uma olhada para ambos os lados do caminho de terra. “Genial”, Marie suspirou pensando. “Simplesmente genial. Não há nada nesta área em quilômetros!”. Esfregando seus braços energicamente para espantar o arrepio de frio que enrugou toda a sua pele, respirou fundo e olhou sem ver nada na escuridão da noite, enquanto seu olhar ia e vinha de um lado ao outro da desolada rua de terra pela qual seu Saab tinha danificado um pneu. “Papai sempre dizia que não teria que tomar as artérias secundárias”. Tornou a suspirar. “Mas alguma vez eu presto atenção? Claro que não!”.

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Ao chutar o pneu vazio do Saab com a ponta de seu sapato de salto agulha, franziu o cenho, enquanto, frustrada, levava bruscamente suas mãos aos quadris. Entre todas as oportunidades para decidir ignorar o conselho de seu pai, pensou Marie, por que justo tinha que fazê-lo quando estava viajando por um país estrangeiro? Meneando a cabeça, abriu a porta do carona do Saab, recolheu sua bolsa, e fechou a porta com fúria. O som reverberou na noite escura, e através das árvores do bosque que a rodeavam por todos os lados, ressaltando o fato de que verdadeiramente se encontrava no meio do nada. Marie sentiu calafrios que subiam e baixavam rapidamente ao longo de toda sua espinha quando se conscientizou que estava sozinha. Só e sem nenhuma forma de proteger-se. Tragou bruscamente. De repente desejou ter prestado mais atenção aos conselhos de seu pai. Em particular, ter assistido a aquelas aulas de defesa pessoal que ele tinha indicado. Repreendendo-se por deixar que seu excesso de imaginação a amedrontasse, endireitou suas costas, respirou fundo e se decidiu encontrar o caminho que a levasse a… alguma parte. Além disso, pensou decidida, ela podia cuidar-se sozinha. Tinha vindo a Europa para encontrar a si mesma, para amadurecer, e encontrar seu próprio caminho na vida. Não tinha vindo para convencer a si mesma que seu pai sempre tinha razão e que estaria muito melhor se casasse com um médico, tivesse um par de meninos e vivesse em uma casa com uma cerca branca de madeira, localizada no centro do Green Acres. Essa era a idéia de felicidade de seu pai, não a sua. E este lugar, dizia a si mesma enquanto seu olhar se deslocava atenta daqui para lá, definitivamente não era Green Acres. Parecia-se mais com o Bosque Encantado do Mago de Oz. O vento começou com seus gemidos, fazendo que novamente o frio encrespou sua pele arrepiando sua espinha dorsal. Desconhecidas criaturas do bosque emitiam sons que se tornavam intensos assim que ela os notava pela primeira vez. Uma espécie de roedor, que passou escorregadio ao seu lado, a fez gritar do susto. Isto decidiu franzindo o cenho, definitivamente não era o que tinha em mente quando tomou um avião para a Europa para viver novas experiências.

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Mordendo o lábio, Marie olhou com atenção o lugar de novo para encontrar um atalho transitável que a levasse a encontrar algum tipo de ajuda. Seu olhar se fixou velozmente no norte, o sul, o leste, o oeste, e nada, suspirou. Já estava quase desanimada, quando, um minuto depois, um tênue raio de lua banhou uma parte do bosque, iluminando timidamente o que sem dúvidas era um caminho, embora pouco transitado. Suas sobrancelhas se elevaram. O caminho! Achei! O que ela procurava! Ela achou o caminho a seguir... Deteve-se, considerando que não tinha nada que pudesse usar como lanterna para levar consigo ao bosque, mas mesmo assim teria que embrenhar no bosque meio escuro. Engraçado... Desde que tinha enxergado o caminho, o bosque parecia que a chamava... E como não havia jeito de encontrar ajuda no caminho de terra abandonado em que estava, decidiu ir para o bosque. Ignorando ao vento que açoitava sua pesada capa preta de pura lã, Marie colocou sua bolsa no ombro e aceitou o inevitável. Tomaria o caminho. Devia fazê-lo. Não havia alternativa. Enquanto os batimentos de seu coração se aceleravam a um ritmo vertiginoso, ela caminhava lentamente para seu destino final. Cada passo, um após o outro, ela sentia pesado e metódico, como se uma força oculta a puxasse, um imã poderoso que a atraía para dentro do bosque, como se o bosque fosse vivo e a estivesse devorando por dentro induzindo seus passos. Mentalmente desviou de seus dramáticos pensamentos. Devo ter sido uma atriz. Sentiu-se cansada ao chegar à beira da rua de terra, como se tivesse caminhado dez quilômetros em lugar de dez passos. Desprezando tão estranha sensação, entrou no terreno coberto de grama que levava as entranhas do bosque. Os saltos de seus caros sapatos afundaram na terra úmida, restituindo-a em sua altura real de um metro e sessenta e cinco centímetros. Logo depois de respirar fundo, Marie observou atenta e fixamente o estreito caminho, até onde sua vista permitia. Não deixou de notar que não chegava a ver muito longe, e que não havia maneira de dizer que tão profundamente se adentrava o caminho no bosque… ou para onde conduzia. Este último pensamento a fez estremecer, e esta situação parecia piorar com cada um dos atrasados passos que dava.

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-Bom, Marie, murmurou em voz muito baixa, ao menos ainda não encontrou com o Conde Drácula. Um morcego desceu bruscamente, flutuando no ar sobre sua cabeça uns momentos, para logo desaparecer no escuro bosque. Os verdes olhos de Marie aumentaram, e ela metade ria e metade dizia. Maldição! Sussurrou melhor parar de murmurar. Tudo o que digo parece converter-se em realidade. Inclinando-se para diante, levantou um ramo baixo e passou para o outro lado. O ramo caiu precipitadamente atrás dela, encerrando-a no centro do caminho. Resmungando um pouco incoerente referindo a seu pai e onde estava o velho bastardo quando precisava, Marie deixou para atrás seus questionamentos e retomou uma vez mais ao caminho. O vento fresco açoitava a capa preta de lã à altura de suas pernas, abrindo-a sobre um lado e revelando o talho de seu justo vestido de festa preto, que chegava até a parte superior da coxa. A fivela que usava no cabelo desabotoou, e uns largos cachos de cabelo loiros escaparam e fluíram como uma cascata até sua cintura. Marie subiu e acomodou o capuz distraidamente sobre a cabeça, sem voltar a lembrar-se da fivela negra, que agora jazia descartada e esquecida na terra do caminho. O caminho tinha sido tão pouco transitado que era difícil ver por onde era conveniente ou não caminhar, mas um tênue brilho de luz de lua seguia filtrando-se por entre as árvores, iluminando o caminho apenas o suficiente para lhe permitir continuar. Marie caminhou por quilômetros, mas cada árvore se assemelhava ao anterior, e a cada passo adentrava mais e mais profundamente no bosque. Estava cansada, incrivelmente exausta. Cada osso de seu corpo parecia doer, recordando que estúpida tinha sido ao conduzir o Saab por uma rota secundária em um país onde tinha estado, ao todo, dois dias. E tudo devido a "ele". O estranho. Esse homem misterioso que tinha conhecido apenas umas poucas horas atrás na inauguração da exibição sobre culturas antigas no Museu do Göthmoor. Ele tinha insistido que esta era uma boa forma de chegar. Afirmou ter conduzido pela rua de terra várias vezes a caminho da sua propriedade, e que era um atalho confiável. E Marie, como a tola ingênua que agora se dava conta que era, tinha acreditado.

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E por que tinha tomado o que disse ao pé da letra? Perguntou-se pela centésima vez nas últimas horas. Por que, se tudo no estranho tinha produzido nela uns sinais de alerta que sacudiam todo seu corpo? Ofegando pesadamente pela falta de ar, Marie se sentou no chão do bosque, sem se importar que sua capa se enchesse de barro. Fechou os olhos e respirou profundo, enquanto se acomodava contra a casca de uma árvore e refletia sobre a resposta a sua própria pergunta. Já sabia a resposta, é obvio. Teria que ser incrivelmente tola para não saber. Ela tinha querido simplesmente, escapar da exasperante presencia do estranho. Faria algo, ido a qualquer lugar, tomado qualquer suposto atalho da criação, para pôr a maior distância possível entre ele e ela, e quanto antes, melhor. Ainda agora podia ver em sua mente a imagem daquele homem alto e perturbador em frente a ela. Quando fechava os olhos desta maneira, não era difícil visualizar a crueldade de seus austeros traços, o negro de seu cabelo curto que contrastava com o prateado de suas têmporas, o azul gelado de seus olhos… e a maneira que esses olhos a tinham despido, metodicamente uma peça por vez, ao longo de todo seu corpo. Marie tinha percebido o olhar do estranho pousado sobre ela em todo momento. Já fora cravando o olhar enquanto se deslocava para cada um dos objetos expostos na exibição, ela sentiu a possessão de seus olhos de lobo até a ponta dos pés. O fato a assustou amedrontou e também provocou estremecimentos de desejo formando redemoinhos em seu ventre. Nunca tinha sido do tipo das que querem possuir um homem ao primeiro olhar. Menos ainda a um estranho tão misterioso e, segundo os falatórios do povo, tão mau também. Eram esses olhos, esses malditos olhos, concluiu. O mesmo olhar celeste de predador que tinha despido seu corpo como se ela sempre lhe tivesse pertencido. Os mesmos olhos de lobo que a tinham encantado quando ele se deteve diante dela e deu a conhecer suas intenções. -Você me pertencerá, afirmou simplesmente, como se não dissesse nada anormal, com uma voz rica e profunda em um inglês fortemente acentuado. Os grandes olhos verdes de Marie se arregalaram. -Não-não entendo o que quer dizer, respondeu bobamente, sem saber mais o que dizer.

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Ele era estranho, pensou. Os homens não se aproximavam das mulheres e diziam coisas como essas de qualquer jeito. Ela pestanejou. -Eu não pertencerei a ninguém mais que a mim mesma. Então seus olhos se passearam por todo seu corpo, excetuando sua cara, detendo-se em seu decote. Um flanco de sua boca se elevou formando um pequeno sorriso. -Devo ir, ela sussurrou. -Deus, o homem era extremamente estranho. Como um recluso que raramente mantinha um contato com gente, ele parecia não ter nenhum tipo de boas maneiras. A imagem de um animal selvagem que deixaram soltos em uma celebração formal encheu sua mente. -Tenho que voltar para o hotel agora. Fazendo um grande esforço, desligou-se de seu olhar e começou a afastar-se dele. Como resposta, ele simplesmente fez um leve movimento com a cabeça, enquanto seu olhar analisava cada um de seus movimentos. -Hospeda-se na única pousada do Göthmoor, suponho. Não lhe respondeu. Grosseira ou não, só pensava em afastar-se dele. Era estranho. Aterrador. -Há um caminho de terra atrás do museu, anunciou suavemente, sem alterar-se apesar do desplante que tinha feito. -É um atalho. Eu mesmo o uso. Levará-te a casa. Casa, Marie pensou amargamente, voltando para o presente. Seus olhos escrutinavam o bosque de um lado ao outro. Daria algo por estar de volta nos Estados Unidos neste preciso instante, encolhida com um livro, com sua colcha favorita cobrindo sua saia. A casca da árvore começou a raspar a pele de suas costas, recordando uma vez mais que tinha caminhado por quilômetros e ainda não tinha encontrado nem uma alma. Toda confusão em que tinha sumido, voltou horrorosamente clara. Tinha feito de propósito? Sua dispensa tinha afetado ao estranho de tal maneira que se encarregou de encontrar a maneira de vingar-se dela? Essas idéias trágicas fizeram que Marie mudasse a direção de seu pensamento. Como poderia ter sabido que o Saab ia furar um pneu no meio de um nada? Nenhum homem, sem importar que tão misterioso ou estranho possa ser, pode predizer uma eventualidade semelhante.

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Ou talvez, só talvez, o estranho sabia de algum jeito que isto aconteceria. Marie mordiscava o lábio inferior enquanto analisava esta possibilidade. Possivelmente ele a conduziu até ali, totalmente consciente de que nunca encontraria a saída, de que se moveria em círculos por sempre, de que o bosque era o suficientemente escuro e aterrador para gerar muitas imagens desagradáveis que a fariam perder a razão lentamente, até que a morte a reclamasse. -Já basta, Marie, sussurrou. -Deixe de espantar a você mesma. Levantando-se sobre seus pés, esticou-se até alcançar o ramo da árvore e se levantou se apoiando nela. Fez um gesto de dor quando suas sobrecarregadas panturrilhas se queixaram ao voltar a usá-las tão cedo. Precisava continuar andando. Tão mal se sentia que simplesmente não importava. -Bem, disse-se a si mesma enquanto sacudia um pouco de barro seco das costas, ao menos ele não está aqui. Um estrepitoso trovão estalou sobre sua cabeça, assinalando a proximidade de uma tormenta. Um sinal de advertência se deslizou por sua coluna, enrugando a pele e endurecendo seus mamilos. Ela conhecia esse sinal de perigo, desconcertantemente familiar. Havia-a sentido inumeráveis vezes durante essa noite. E agora, de algum jeito, Marie sabia que não estava sozinha no bosque. Havia outra presença ali. Uma presença que perfurava todo seu ser com possessão através de seu corpo com seu olhar. -E espero que a resposta seja não, exalou, mas vou fazer a pergunta de qualquer maneira. Sua língua rosada saiu disparada para umedecer seus lábios secos. Tragou bruscamente, temendo estar por morrer, que o misterioso estranho tivesse a intenção de lhe fazer mal. -Há alguém aí?

Capítulo 2

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Ele emergiu das sombras. O misterioso estranho. O homem alto e perturbador com os olhos cristalinos. Estava vestido completamente de negro, dos ombros de seu, sobretudo negro até a ponta de suas botas negras. Seu olhar rastelou ao longo de seu corpo, detendo-se muito tempo em seus seios e em seguida novamente na parte visível do talho que percorria toda sua coxa. Marie deu um passo reflexivo para trás, ajustando e segurando instintivamente sua capa. Sua respiração se acelerou quando pensou que era certa a possibilidade de morrer ―ou de ser violada― ou de ambas… Ele era muito mais alto que ela, media pelo menos um metro e noventa. Tinha uma musculatura trabalhada e sua pele era suave e brilhante, o qual fazia que sua própria estatura fosse bastante pequena e insignificante perto dele. E ela estava cansada, tão cansada. Podia tentar sair correndo, mas ao final ele a alcançaria. -O que é o que quer? Sussurrou. - Por que está aqui? Uma de suas sobrancelhas se elevou rapidamente, revelando uma cicatriz em sua testa que ela não tinha notado na exibição. Mas claro, tinha estado muito ocupada observando seus olhos de lobo e estranhamente claros para emprestar atenção a qualquer outra parte dele. Mas agora podia ver bem a cicatriz. Não pôde evitar perguntar-se como teria se machucado ali, ou, mais especificamente, que mulher a tinha feito. Teria gritado nesse momento, agarrando-o em uma vã tentativa de permanecer com vida? Marie deu outro passo atrás. A segunda sobrancelha se elevou rapidamente para unir-se à primeira. Um pequeno sorriso saía de seus lábios. -Vim para te levar para casa, Marie. Fez esta afirmação suavemente, com um acento definitivamente marcado. -Agora. Os olhos de Marie se arregalaram. O olhar dele seguia cada um de seus movimentos, sem perder-se nada, registrando cada detalhe. -Como sabe meu nome? Sussurrou. -Perguntei por aí. Seus grandes ombros se encolheram levemente, não dando importância. Estendendo uma mão aberta, indicou-lhe que se aproxime dele. -Não lhe farei mal, se isso for o que está pensando. Nunca faria mal a uma criatura tão formosa.

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Uma criatura? Meu Deus. Ele era sem dúvida como um animal selvagem solto em uma cerimônia formal, não tinha sequer educação social básica. Marie franziu o cenho, insultada diante de um elogio tão arcaico de um homem tão estranho. Concluiu que este não era o momento mais propício para debater sobre sua educação, ou a falta dela; por isso decidiu passar o insulto. Notou os cantos de sua boca subirem num sorriso, mostrando que tinha captado seus pensamentos. -Olhe Senhor… -Sörebo. Fredrik Sörebo. Marie assentiu. Clareou sua garganta. -Senhor Sörebo, eu… -Por favor, interrompeu ele, enquanto seu olhar penetrava o dela, me chame de Fredrik, murmurou. -Fredrik, repetiu ela, apertando os dentes, agradeço que tenha me oferecido ajuda, mas estou bem sozinha. Não necessito de sua atenção. Como resposta, ele riu baixo, meneando levemente a cabeça. -Não tem a menor idéia de onde está, nem a menor para onde se dirige. Esta terra onde se perdeu me pertence, por isso não posso permitir, sabendo, que uma mulher tão formosa está vagando sozinha por aqui. Seus olhos se moveram de um lado para outro do escuro bosque até pousar de novo em seu rosto. -Há animais selvagens por aqui, animais suficientemente grandes para te despedaçar, disse com um tom sério. Os olhos verdes de Marie se arregalaram ainda mais quando a cena que descreveu se fixou em sua mente. Moveu suas mãos para cima e começou a esfregá-las nos braços com energia para se aquecer. -Você vai le-le-levar-me para c-c-casa, então? Quer dizer, à po-po-pousada? Perguntou tremendo e batendo os dentes de frio. -Eu a levarei para casa, prometeu ele suavemente.

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Ela não deu importância ao fato de que ele ignorou deliberadamente a última parte de sua pergunta, mas entendeu ao mesmo tempo que não tinha outra alternativa senão ir com ele, estranho ou não. Estava cansada, com fome, tinha frio e a tempestade se aproximava mais e mais. Precisava encontrar refúgio, ainda que fosse dentro da propriedade de Fredrik Sörebo. No momento, iria com ele. E ia rezar suplicando viver. Marie endireitou os ombros e assentiu com a cabeça. -Muito bem. Suponho que posso pedir um táxi de sua casa. Ele estudou seu rosto enquanto caminhava pelo espaço que os separava. Os olhos de um predador. Isso é tudo o que ela via quando o olhava. -Em Göthmoor não há táxis, disse simplesmente. Um minuto depois, um braço coberto de músculos se lançou a seu redor, enquanto ele a aproximava junto ao seu corpo, para conduzi-la. Sua mão se acomodou possessivamente na união íntima onde se uniam sua coxa e seu quadril direitos. Ele a conduziu mais ainda para as profundidades do bosque e por um novo caminho que ela não tinha visto antes. Marie apertou todos os músculos do corpo nervosamente. Como ia sair desta? O homem era estranho. E quando a tocava, era cheio de intimidades... -Aonde vamos? Perguntou dez minutos mais tarde, enquanto todos seus ossos e músculos se queixavam de dor e frio. -Já quase chegamos? Perguntou cansada. -Quase, confirmou ele. Deu um suave apertão em seu quadril, dizendo sem falar que entendia que devia estar muito cansada. -Banharei você quando chegarmos ao castelo, informou. -Ajudará seus músculos a relaxar. Novamente alarmada, Marie mordiscou seu lábio inferior. Não havia dito que podia tomar um banho. Disse que ele a banharia. Havia uma diferença. Uma enorme diferença. E em seguida deixou de pensar quando, uns momentos mais tarde, tomaram uma curva que os expulsou do bosque e os conduziu a um lugar deserto. O castelo que Fredrik tinha mencionado se erguia em um topo, grande, escuro e entristecedor como o homem que ali vivia. -Este é meu lar, murmurou. -Durante mais de três séculos minha família viveu entre estas mesmas paredes.

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Marie assentiu, mas não pronunciou palavra. Queria perguntar se sua família tinha sido enterrada ali também, mas decidiu não abrir a boca. Tinha a sensação que as necessitaria mais tarde. Para poder gritar. Seus olhos observaram as paredes de pedra do castelo. Eram muito altas as paredes de pedra e de aspecto impenetrável. Tragando para desfazer o nó em sua garganta, olhou para cima, ao Fredrik. A luz da lua mostrava seus traços com crueldade e deixava a metade de sua cara em sombras. Mas podia ver seus olhos. Esses malditos olhos. E começava a entender suas promessas. Marie temia que Fredrik nunca a deixasse sair da fortaleza com vida.

Capítulo 3

Marie olhava o fogo chispar em frente a ela enquanto suas mãos rodeavam nervosamente a xícara de chá quente que tinham dado para ela tomar. Sabia que o chá quente seria como um bálsamo reparador para sua garganta ressecada temia pelo que poderia estar misturado com ele. -Só mel e limão, Fredrik murmurou da cadeira frente a ela, como se lesse seus pensamentos. Sorriu com um meio sorriso, divertido ao notar sua pouco dissimulada duvida. -Lhe prometo. Assentiu isso com a cabeça. -Tome o chá enquanto preparo seu banho. Marie levantou a cabeça rapidamente. Limpou sua garganta enquanto realizava um grande esforço para encará-lo nos olhos. -Eu, na..o… eu não desejo tomar um banho. Baixou a vista para sua saia e a fixou na xícara de chá entre suas mãos. -Somente quero voltar para a pousada. Por favor. Fredrik permaneceu calado por tanto tempo que a princípio Marie pensou que não tinha escutado sua quase silenciosa petição. Mas finalmente falou, em voz baixa e controlada. -A tormenta piorou lá fora, anjo. Acredito que o melhor é que permaneça aqui… comigo.

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Logo que tinha deixado de falar quando estalou um estrepitoso trovão, sublinhando a veracidade de suas palavras. Mas a Marie não importava. Ela só queria ir embora. -Estou cansada, disse desanimada. -Muito cansada, tenho muito frio e me dói o corpo. Limpou sua garganta nervosamente. -Só quero ir. Não me importa quão forte seja a tormenta lá fora. Por favor, deixe-me ir. Fez-se um silêncio que se estendeu uns instantes. O único som que se escutava era o do fogo chispando na enorme lareira frente à qual estavam sentados.

Por fim falou Fredrik, rompendo o silêncio insuportavelmente tenso. -Quantos anos têm? Perguntou, ignorando seu comentário anterior. Marie o olhou fixamente. Sacudiu levemente a cabeça, perguntando-se de onde tinha saído semelhante pergunta quando ela tinha falado de um assunto completamente distinto. -Vinte e oito. Quase vinte e nove. -Eu tenho quarenta e um. Ela assentiu, e começou a tomar lentamente seu chá. Tinha bom sabor, concluiu rapidamente. Se ele o tinha envenenado, pensou para si, ao menos seus últimos goles seriam saborosos. -Me disseram. Uma escura sobrancelha se elevou lentamente. -Ah? E quem lhe disse isso? -Helena Anders. -Assim esteve fazendo investigações sobre mim? Perguntou suavemente. As bochechas de Marie arderam. Velozmente tirou a vista de seu anfitrião e novamente a baixou à xícara de chá. -Bom, defendeu-se, - você não tirava os olhos de cima de mim. Era lógico que perguntasse para averiguar quem era.

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-Porque é formosa, linda, disse gravemente, com uma voz suave. - A mulher mais formosa que já vi em toda minha vida. Marie tirou uma penugem imaginária de sua capa. -Eu sou mais que isso, sabe, disse suave, mas amargamente. -Muito mais. E realmente, isso era tudo o que os homens viam quando a olhavam? Uma cara agradável e um seio volumoso? Era compreensível que escapasse às entrevistas, reconheceu-se a si mesma. Nenhum homem conhecia a verdadeira Marie, e a nenhum homem interessava ir além de seu aspecto físico o suficiente para entendê-la. Era só uma boneca, um adorno, um troféu para pôr sobre a lareira e deixála deteriorar-se emocionalmente pelo abandono. Até seu pai, embora ela o amasse tanto, não a considerava mais que uma cara bonita. E igualmente, quem se importa, pensou angustiosamente. Podia estar a ponto de morrer ou de ser violada. Criar problema por causa superficialidade da espécie masculina estava no último lugar de sua lista de prioridades nesse momento. -Pois me conte, Fredrik respirou enquanto levava sua xícara de chá aos lábios e tomava um gole. Seu olhar encontrou a dela, e a sustentou. -Quero saber tudo. Marie fez uma pausa. Queria ir, não falar, mas aceitou que ser amável não prejudicaria sua situação. Só ansiava que esta curiosidade fosse um bom sinal, e que não fora um costume deste homem atraente e estranho de olhos gelados azuis indagar sobre o passado de suas vítimas antes de lhes fazer… algo. -Eu adoro pintar, sussurrou. -Na verdade, esclareceu sua garganta e falou mais alto, sou bastante boa. Fredrik inclinou sua cabeça. -Estou seguro de que é boa para tudo o que você gosta de fazer, anjo. Por que seguia chamando-a assim?

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-Também eu gosto de escrever, respondeu poesia mais que tudo, mas escrevo contos também. Jogou para trás uma mecha rebelde de cabelo loiro por sobre seu ombro enquanto rompia contato visual e fixava a vista sobre sua saia. Ela odiava falar sobre si mesma com gente que conhecia. Falar sobre sua vida com um homem que a punha tão nervosa era mil vezes pior. -Mas essas são atividades comuns, concedeu, enquanto sua voz se apagava nada importante ou significativo. -Quem lhe disse isso? Perguntou ele em voz baixa. Marie encolheu os ombros. Apoiou a xícara de chá e agarrou suas mãos firmemente sobre sua saia quando seu olhar se cruzou com a dele. -Todos. Meu pai, especialmente. -Está equivocado. Todos estão equivocados. Se tiver um dom, nunca deve desperdiçá-lo. Ela o observou com estranheza, perguntando-se por que teria que se importar. Finalmente, olhou para outro lado. -Acredito que tem razão, sussurrou. -Tenho razão. Ela encolheu os ombros, mas não respondeu. Fez-se outro interminável silêncio, sendo os únicos sons o do chiado do fogo, os sonoros trovões e o tamborilar da chuva se chocando com as paredes do castelo. Marie respirou profundamente, desejosa de ir, mas sabendo que Fredrik ainda não permitiria voltar para a pousada e duvidava que permitisse até que estivesse disposto nunca a levaria no pior momento de uma tormenta tão implacável. Apesar das sólidas e impenetráveis paredes de pedra, mesmo assim podia ouvir como os elementos naturais as açoitavam. Fredrik ficou de pé pouco depois, desviando a atenção de Marie para ele. Ela o olhou insegura, perguntando-se por que se teria parado. -Vou preparar um banho quente para você. Seus olhos se arregalaram. -Mas eu… -Está gelada até os ossos e necessita de um banho quente.

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Os dentes de Marie se fincaram em seu lábio inferior enquanto estudava ansiosamente ao homem a sua frente. O que queria dela, este estranho ermitão? Tinha escutado coisas desagradáveis sobre ele. Coisas terríveis. Coisas inomináveis. Ela não queria terminar como… -As pessoas não conhecem nem entendem a verdadeira Marie Robb, murmurou Fredrik, observando-a desde sua poderosa altura de um metro e noventa, porque só vêem o que querem ver, conhecem o que querem conhecer. Inclinou sua cabeça antes de dar meia volta e caminhar para a escada. -Para mim é o mesmo. Marie o seguiu com a vista, sem saber que pensar. Por um lado, não devia supor que era um monstro só pelos falatórios do povo, mas por outro lado, seqüestrá-la não o deixava muito bem visto. Mas por sua vez, ele não a tinha seqüestrado. Em realidade, ela teria estado agradecida por sua ajuda se ele não fosse tão misterioso. E se ela não duvidasse ainda se ele saberia que seu pneu esvaziaria nessa rota secundária deserta ou não. Talvez fosse um monstro. Mas talvez não. -Fredrik? Ele se deteve na metade do passo, em seguida a olhou por sobre seu ombro para olhá-la. Levantou uma sobrancelha, mas não disse nada mais. Marie esfregou as mãos sobre a saia, ansiosa, nervosa, aterrorizada… mas com vontade de conhecer seu destino, precisando conhecê-lo. Clareou a garganta e procurou seu olhar. Não lhe importava se ficasse ofendido pela pergunta que faria, mas precisava da resposta. -Vai me violentar? Perguntou em voz baixa. Ele não fez o menor movimento por um longo momento. Não moveu um cabelo. Não fez um gesto. Nem assentiu com a cabeça nem o negou verbalmente. Nada que desse uma pista de como se sentia ou o que pensava. Era como uma estátua pensou Marie, tão impenetrável e inerte como as paredes de pedra que os rodeavam. Deu-lhe um calafrio ao pensar se não tinha dado uma idéia que não tinha ocorrido a ele antes. E por fim, logo depois do que pareceram ser horas, os cantos de sua boca se estiraram para cima formando esse sorriso zombador de sabichão que começava a associar como o sorriso do Fredrik Sörebo.

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-Não. Deu-lhe as costas e terminou de subir a escada em espiral com passos largos e despreocupados. -Não será necessário te violentar, anjo.

Capítulo 4

Marie se sentou na banheira de elaborados altos relevos, enquanto a água quente aliviava os dores em seus músculos e seus ossos. A água chegava até sua cintura, deixando seus seios descobertos no frio ar fora da dourada banheira. Seus mamilos eram duros e alargados, cor bege escura com uns toques de rosa velho nas pontas. Olhou o banheiro a seu redor, tratando de encontrar algum tipo de esponja que pudesse usar para banhar-se. Tinha aceitado tomar o banho que não queria tomar porque não soube mais o que fazer. O melhor será tirar proveito, pensou suspirando. Havia um perfumado pedaço de sabão a sua direita, mas não havia nenhuma esponja por perto. Enquanto dava uma olhada, deu-se conta que tampouco havia alguma toalha ao redor, nada com que secar-se quando terminasse seu banho. Aparentemente seu anfitrião se esqueceu de deixar um par antes de deixá-la só — esperou que assim fosse. Seu anfitrião. Marie suspirou, recordando aquelas palavras que lhe havia dito das escadas. "Não será necessário te violentar, anjo”, havia dito. Fez uma pausa enquanto analisava o que quis dizer com aquele descarado comentário. Na exposição, admitiu a contra gosto, seu corpo tinha respondido a seu olhar de uma forma indevida. Mas isso foi ao primeiro olhar. Antes de saber quem era, antes de escutar os falatórios do povo, e antes que ele a assustasse com sua estranha declaração de que lhe pertenceria. Pertencer a ele, como? Como um cachorrinho de estimação amado que nunca deixaria ir? Esgotada física e mentalmente, respirou fundo e enrolou seu cabelo em uma espécie de coque na parte superior de sua cabeça. Uma vez terminado, recostou-se, submergindo-se na água, e fechou os olhos. Seus mamilos se sobressaíam, o nível da água na banheira não alcançava cobri-los.

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-Este foi um dia tão longo, disse cansada, com a voz áspera de tão exausta estava. -Um dia tão, tão longo. Suspirando, deixou que a água fumegante reconfortasse seu corpo. Não queria pensar em nada, analisar nada. Logo poderia tratar de sua incerteza. Logo poderia analisar a maneira em que seu corpo tinha reagido diante do ermitão Sr. Sörebo. Logo poderia decidir o que fazer. Agora, só queria relaxar. Foi o último pensamento que rondou sua cabeça antes de ficar profundamente adormecida. Não soube quantos minutos mais tarde, Marie emergiu lentamente da inconsciente nebulosa do sono ao sentir um formigamento de desejo em seu ventre. Estava no meio do sono ainda não totalmente acordada, não podia registrar por que seu corpo se excitou até chegar a tão alta temperatura, mas assim era. Estava tão perto do clímax, tão deliciosamente perto. Sorriu, enquanto seu cérebro adormecido se perguntava se estaria tendo um sonho erótico pela primeira vez em sua vida. Sentia-se como se um corpo nu estivesse abraçando o dela, envolvendo sua carne úmida desde atrás. Uns dedos-ai Deus os dedos mais estranhamente grossos penetravam sua vagina enquanto um polegar esfregava vigorosamente seus clitóris em metódicos círculos.

-Mmmm, murmurou, com os olhos ainda fechados, sim. Mais dedos. Abriu suas coxas para eles, ansiando que estivessem ali. Enchiam sua carne, massageando seus clitóris. Tão bom. Tão incrivelmente bom. Com um gemido, abriu suas pernas ainda mais, ansiando gozar. Uma mão em seu seio. Dedos espremendo seus mamilos. Dedos trespassando-se profundamente dentro dela. Ela o queria. Necessitava-o. Sentia-se tão… -Ai, Deus. Os olhos de Marie se abriram de par em par ao sentir um orgasmo intenso que rasgava suas vísceras, fazendo contrair o ventre e enrijecendo seus mamilos até um tamanho incrível. Gemeu extasiada, liberando seus fluidos sobre os dedos, desejando mais.

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Logo que tinha descido do paraíso para registrar o fato de que os dedos eram reais, sentiu que a viravam e um membro grande e grosso pousava pulsando em sua abertura acariciando-a, preparandose para penetrá-la. Os grandes olhos esmeralda dela se encontraram com outros possessivos e cor safira. -Fredrik, sussurrou baixinho. Ele procurou seu olhar por um momento, dando tempo para dizer que não, dando a chance de negar sua buceta molhada para ele. Ela ficou na dúvida, sentindo que seu corpo e sua mente a puxavam em direções opostas. Sua mente indicava sentir medo, desligar-se dele agora e correr. Mas seu corpo …ah.. seu corpo... Umedeceu seus lábios, estava tão excitada... Tão absolutamente quente… Ele arremeteu com força, enchendo-a por completo. Ela tomou ar. -Mmmm… anjo murmurou ele, apertando os dentes ao sentir sua carne quente envolvendo o pau duro dele. Respirou fundo. -Sua bucetinha está tão boa, disse com voz rouca. Så trång och skön… Tão estreitinha e tão boa. Gostosa... Quando ele montou em sua buceta, Marie exalou, enquanto sua excitação subia para seu cérebro,a enchendo de prazer. Abriu os olhos, ele era incrível. Talvez não formoso, mas viril e masculino. Primitivo. Seu peito, tão poderoso, salpicado de pêlo negro que ia diminuindo em forma de um vê curto para o lugar onde se uniam. Seu membro era tão grosso e todo grande, pulsando cheio de sangue fortemente dentro dela. E seus olhos… esses olhos hipnóticos azul que escondiam tantos segredos. O que viam quando a olhavam? -Fredrik, sussurrou, - Eu… Não quero terminar como ela. -Shh. Não lute contra isto. -Por favor, suplicou isto… Dá-me medo. Deus, e se as coisas que me disseram são verdadeiras?

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-Marie, anjo, murmurou ele, não lute contra isto. Novamente duvidou. Estava muito excitada para pensar com claridade, concluiu, exalando e pestanejando. Suas unhas se enterraram nos ombros dele e o puxaram com força. Voltou a penetrá-la, enchendo-a por completo, deixando-a sem fôlego, enquanto cobria seus lábios com os dele ao mesmo tempo. Lançando sua língua à boca, afundou os dedos na carne dos quadris enquanto guiava seu corpo para cima e para baixo por toda sua extensão. Cortou o beijo e respirou fundo. -Sim, Marie, ah, sim, grunhiu. A respiração de Marie se tornou pesada. Deveria desejar terminar com isto, não deveria ansiálo. Mas o fazia. Não tinha sentido. Desafiava a lógica da situação. Se alguma vez existiu alguma lógica. Talvez ainda estivesse sonhando. Talvez fosse só um sonho… E então ele colocou um de seus mamilos em sua boca, e o chupava da base até a ponta, com seus olhos fechados e respirando pesadamente, como se fosse o mais delicioso alimento que provou alguma vez. Ela abandonou a luta contra sua excitação por completo, permitindo-se sentir, desfrutar. Gemendo, ela se ajoelhou, e em seguida se jogou para baixo, fazendo seu pênis tornasse a penetrá-la. Ele respondeu com um gemido, soltando seu mamilo o suficiente para respirar ainda mais. -Sim, anjo, balbuciou. Mova-se para cima e para baixo, assim, assim. Montou-a com energia, para cima e para baixo, uma e outra e outra vez. Seus seios se sacudiam com cada movimento, tentando-o a agarrar sua polpuda carne com toda a mão, acariciou os bicos duros, apertou-os, beliscou-os, fazendoa estremecer de prazer. Ela estava tão excitada. Tão incrivelmente quente… E em seguida ela explodiu, aos gritos abafados, sua vagina tremendo e contraindo com ele enfiado nela, os espasmos eram intensos. Sua vagina contraiu-se, pulsando ao redor de seu pau duro, incitando-o a expulsar seu leite. -Ai, Deus. Ai, sim. Ai, Deus! -Jag behöver dig, grunhiu ele. Agarrando seus quadris, a firmou, a imobilizou e arremeteu com força uma, duas, três vezes mais, e em seguida explodiu em gozo escaldante e intenso enquanto continuava enfiando, movendo-se rápido no fundo da buceta quente e molhada de Marie. Fechou os olhos em gozo, seus músculos tencionaram e endureceram, Seu nariz cresceu ao afundar o rosto em seu pescoço e derramou todo seu sêmen muito fundo dentro dela, em um orgasmo glorioso. -Te desejo, murmurou contra a pele suave e clara de seu pescoço. -Deus, como te desejo.

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*****

Fredrik abraçou forte a Marie contra ele na água morna, as costas dela contra seu peito musculoso. Acariciando seu cabelo, deixou que dormisse em seus braços, com seu membro agora satisfeito e descansado bem na entrada da buceta dela, a segurava de modo que não se separassem, ela era tão doce, sua carne era morna e úmida recebendo sua carne também morna. Beijando sua têmpora, suspirou profundamente. Tantos pensamentos o invadiam. Tantas lembranças. Mas Marie… esta mulher era diferente. Não era como as outras. Em particular, não era como a filha da Helena Anders. Enrolando um cacho de cabelo dourado de Marie com o dedo, Fredrik sussurrou baixinho seu nome, em seguida tornou a beijar sua têmpora. Não podia deixá-la ir. É realmente incrível, mas no primeiro momento que a viu passeando por Göthmoor dois dias atrás, soube que ela era a escolhida. Não a deixaria ir. Era diferente… tão especial e intoxicantemente linda. Nunca a deixaria uma vez que estivesse ligada a ele. Ele precisava dela. Ele a desejava. Tinha estado morto por dentro durante tanto tempo. Sem alegrias. Sem dor. Sem sonhos. Sem pesadelos. Sem nada. Só um vazio… um abismo negro. Fredrik brincava com um dos mamilos de Marie entre o polegar e o indicador enquanto analisava à mulher dormindo em seus braços.

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O comprido cabelo da cor do mel derramando-se sobre os ombros muito brancos. Olhos grandes, inocentes, luminosos. E tão crédulos… lindos ao ponto de ser um perigo para si mesma. Beijando sua têmpora pela última vez, Fredrik continuou beliscando suavemente os mamilos enquanto sua outra mão se estendia para acariciar seus clitóris. Sua ereção se tornou potente na entrada da abertura apertada por de atrás dela. -Acorda anjo, sussurrou-lhe ao ouvido. É hora de se unir a mim.

Capítulo 5

Fredrik conduziu a uma Marie grogue desde o banheiro até seu dormitório por um longo corredor que unia os dois ambientes. Algumas velas acesas resplandeciam dos candelabros na parede, emanando uma luz muito fraca. Sentando-a na borda da cama, soltou o nó que ela fez no cabelo e o deixou fluir sobre ela. -Tão linda, disse possessivamente, enquanto seus olhos a percorriam de ponta a ponta. -Tão, mas tão linda. Estirando-se para agarrar a carne de uma coxa em cada mão, abriu lentamente suas pernas até que sua reluzente vulva ficou claramente à vista. Os elogios que sussurrava fizeram que seu corpo respondesse e que o desejo se atasse em seu ventre. Marie conteve a respiração enquanto apartava suas mãos em uma vã tentativa de detê-lo. -Fredrik, disse com uma voz fumegante, profunda e rouca de sono e desejo, - esta não é uma boa idéia. De fato, é uma idéia muito má. -Você me deseja. Eu te desejo. Esfregou seus clitóris fazendo pequenos círculos com a ponta do polegar, e sua ereção crescia ao senti-la estremecer por ele. -E não te deixarei ir. Categórico. Definitivo. -Mas Fredrik, ummf!

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Os olhos de Marie aumentaram quando se sentiu empurrada para trás sobre a cama. Seu quadril chegou até a beira da cama, suas coxas abertas, seus clitóris e vulva à vista. Os lençóis de seda preta debaixo dela, as sentiam frescas e sedosas, contrastando com sua carne quente. -Fredrik, eu, ah! Sua boca desceu então, cobrindo todo seu ventre. De joelhos de frente para ela na beira da cama, prendeu-se em suas coxas e escancarou suas coxas o máximo que pôde sem forçá-las. Aparentemente já tinha terminado o diálogo, terminado de persuadi-la a submeter-se com palavras. Em troca, faria com as sensações… com língua e lábios, sons de sucção e de fluidos, sons guturais de prazer irrompendo do fundo de sua garganta enquanto sugava e bebia dela. -Ah Deus. Sua língua se enrolava sobre seus clitóris, fazendo que Marie lançasse sua cabeça para trás com um gemido. -Sim… por favor. Levando o fruto inchado entre seus dentes, deu o golpe final, lambendo seus clitóris vigorosamente, ansiando que ela chegasse ao orgasmo para ele, por ele. Ela sentiu um prazer tão intenso que doía suas entranhas. A excitação fechava seu ventre, e se fixava em seu útero. E então ele se deteve. Os olhos de Marie se abriram grandes e cintilantes. Respirou fundo e o olhou por entre as pernas. Levantando sua cabeça entre suas coxas, Fredrik procurou seu olhar e a olhou fixo. Respirava bruscamente, o controle de si mesmo por um fio. A luz de uma vela a ponto de apagar-se brilhou brevemente sobre seu rosto, iluminando o gelo de seus olhos, e em seguida se extinguiu por completo. -Sim ou não? Perguntou-lhe, enquanto seus orifícios nasais se aumentavam. -Deseja-me? Apesar de… tudo? Estirou-se para passar um polegar sobre um de seus mamilos endurecidos. -Sim ou não? Murmurou.

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Marie se agitou, todo seu corpo ardia. Ele estava certo o tempo todo, com certeza. Não ia ser necessário violentá-la para tê-la. Daria seu corpo voluntariamente, e ambos sabiam. Esta era sua forma arrogante de deixar as coisas claras. Em lugar de responder com palavras, Marie acomodou suas coxas ao redor de seu pescoço, rodeou sua nuca com um pé, e aproximou o rosto dele até sua vulva. Ela gemeu ao sentir seus lábios e língua sobre seus clitóris mais uma vez, fazendo sua temperatura ferver em segundos. -Ah, sim. Fredrik gemeu sua ereção dura como o aço contra seu estômago. Lambeu seus clitóris com movimentos firmes, sem deter-se, sem diminuir, mantendo a pressão firme e muito agradável, ainda quando seus quadris começaram a levantar-se e seus gemidos se intensificaram. -Mmmm, rosnou contra sua carne, fazendo vibrar seu ventre. -mmmmmm, -Fredrik. Não devia desejá-lo, não devia se desesperar por ele. Não devia desejar que a toque um homem tão estranho, tão ermitão. -Fredrik. Rodeando seu pescoço com as coxas, empurrou seus quadris para cima, pressionando seus clitóris contra sua boca como se quisesse que a devorasse. E então ela gozaria. Duramente. Violentamente. Umas ondas de prazer se apropriaram dela, fazendo que esticasse sua cabeça para trás e gritasse. O sangue fluiu rapidamente a sua cara, fazendoa arder. Sentiu um estremecimento em todo seu corpo, estirando seus mamilos até o limite da dor. -Ah, Deus. Não tinha tempo para analisar o desenquadrado da situação, não havia tempo para lhe dar uma segunda oportunidade ao convite que seu corpo lhe tinha devotado ao misterioso Fredrik Sörebo. Seu corpo a cobriu em segundos, sua grosa ereção pressionando para dentro dela, enchendo por completo sua carne úmida. Fazendo rodar a ambos até o centro da cama, não deixou em nenhum momento que seus corpos se separassem. Voltando sobre ela para cobrir o corpo com o seu, rodeou sua nuca com os braços, por entre seu cabelo, agarrando-a ele como se fosse seu dono.

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Marie exalou estremecida, umedecendo seus lábios enquanto o olhava. Levantando os quadris, envolveu as pernas em sua cintura e se tomou forte para um rodeio duro. Já tinha deixado de preocupar-se, tinha deixado tudo de lado, só importava ele... Seu pau era tão duro, nossa! Tão bom, entrando e saindo com enfiadas profundas que doíam, davam prazer, queria mais, mais, mais e ela mexia os quadris louca de prazer. Ao menos por esta noite. Por esta única noite não pensaria em nada mais que no prazer, em gozar muito, em entregar-se a este homem. -Sim, anjo, disse entre dentes enquanto investia ávido com estocadas longas com o pau pulsando duro feito pedra, chegando até o fundo de seu útero, estava muito excitado, tinha que se enfiar mais... -Knulla mig. Puxe-me com força... Sugue-me gostoso com sua bucetinha. O fogo fervente em seus olhos misturado com suas palavras de desejo resmungadas entre sussurros enviou outra corrente de excitação por todo o corpo de Marie, ela abriu mais suas pernas e agarrou-se a ele com as pernas, convidando-o a aprofundar seu pau enorme mais ainda em sua buceta que pulsava cheia de tesão. -Desejo você, Fredrik, admitiu, sem se importar se lamentaria ter dito essas palavras no dia seguinte. Tome-me toda, agora! Ele imediatamente segurou uma grossa mecha de cabelo ao redor de sua mão e a imobilizou, desceu todo seu peso aproximando mais seu ventre do ventre dela, agora estavam mais fundidos e a posse se tornou selvagem. Ele enfiava-se afoito, agarrava-se a ela com possessão total e sentia que nunca a soltaria, gemendo feito um louco enquanto a fodia duramente no fundo de sua bucetinha uma e outra vez. -Sim, meu neném. Sim, neném. Ela levantou seus quadris, ao encontro de cada investida dele. Suas unhas rasparam o aço de suas costas, uma pequena gota de sangue arruinou o branco imaculado de sua unha. -Mais duro, gemeu, apertando-o enquanto ele acelerava o ritmo de suas estocadas. -Enfie mais duro. -Como quiser anjo, disse ele.

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As gotas de suor saltavam em sua testa enquanto Fredrik premiava seu entusiasmo por fazer amor dando o que tinha pedido. Suas arremetidas se tornaram mais rápidos e profundos ao usar sua mão livre para lhe separar as pernas de seu ventre. Sem soltar seu cabelo, usou a outra mão para abrir uma de suas pernas e colocá-la sobre seu ombro, ficou totalmente exposta, sua vagina aberta e molhada para permitir a mais profunda das penetrações. -Isto que quer? Perguntou-lhe bruscamente. Marie emitiu um longo e necessitado gemido, com sua cabeça para trás, com seu pescoço despojado para ele como uma oferenda, enquanto seu membro se trespassava nela uma e outra vez muito profundamente agora. Os sons de sua carne chocando-se dentro e contra a do outro aumentaram sua mútua excitação. -Perguntei-te se isto é o que quer, perguntou Fredrik sem separar as mandíbulas. -Sim, gemeu ela. -Como se sente com meu pau dentro da tua buceta? Disse apertando os dentes, os músculos endurecidos, enquanto a fodia bruto e sem piedade. Ao receber só um gemido rouco como resposta, arremeteu mais e mais duro e tornou a perguntar.-Como se sente com meu pau enfiado dentro da tua buceta?. -Bem, gemeu. -Ai, Deus… tão bem. Ele premiou sua resposta afundando-se ainda mais, penetrando-a tão profundo como era possível. Investiu-a por incontáveis minutos, cada golpe levando-a mais perto de gozar. E em seguida ela se contraía ao redor dele, sua carne ordenhando a dele enquanto começavam seus estremecimentos e se entregava a outro violento clímax em seus braços. -Fredrik…ai, Deus, Fredrik. -Sim, anjo, gritou bruscamente, seu próprio orgasmo superando ao dela, sim. Gozaram juntos, explodiram em um clímax violento e sem pausa. Nenhum havia sentido um prazer semelhante com ninguém. Nenhuma só vez. Nunca. E ambos sabiam.

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Uns minutos mais tarde, adormeceram um nos braços do outro. O último pensamento coerente que passou na cabeça de Marie foi de que era vagamente consciente de que seu cabelo ainda estava enrolado à mão de Fredrik. Ele queria ficar com ela, pensou. Talvez para sempre. E então a inconsciência do sono se apoderou dela e não soube de mais nada.

Capítulo 6

-O que está me dizendo? Os olhos de Marie se aumentavam enquanto sussurrava a pergunta à senhora maior. -Estou dizendo que é um monstro, respondeu Helena Anders em um só tom, enquanto seus escuros olhos vidrados e sem vida olhavam Marie sem vê-la. Marie alcançou a mão da senhora e a tomou na sua. Olhou por sobre seu ombro para assegurar-se de que o estranho não as estava observando antes de voltar-se para Helena. -O que fez? Perguntou em voz baixa. Não houve resposta. Voltou a olhar por sobre seu ombro, enquanto os batimentos de seu coração se aceleravam. Ele retornaria a qualquer momento. Tomaria somente um minuto mais ou menos para que ele voltasse a dirigir sua atenção para ela. Precisava saber o que tinha sido de… -Sophie era uma boa garota, disse Helena em um tom sossegado. Marie voltou a cabeça novamente para olhá-la. Os olhos da mulher pareciam de vidro negro. Olhos de tubarão. Olhos de boneca. Tão mortos e sem vida. Seus lábios franzidos, sem sangue. Seu cabelo murcho e negro. Sua pele de um branco pastoso. -Ela não merecia isso, disse Helena com voz monótona.

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-Não merecia o que? Silêncio. Marie apertou os dentes. Estava acabando o tempo. Ele ia retornar. Ela não queria que soubesse que tinham estado falando dele. Ele ia voltar. E ia notar. De algum jeito ele notaria… A cabeça de Marie girava a um lado ao outro sobre o travesseiro de seda negra. Estavam-se formando gotas de suor sobre suas sobrancelhas. -Me diga, murmurou em seus sonhos. -Me diga o que fez ele. -Ele a matou. Os enrugados lábios da Helena se entortaram para cima, formando um cruel talho de sorriso. -Violou-a e a assassinou. Cortou-a em pedacinhos e a atirou aos cães. -Ai, Meu Deus. As mãos de Marie deixaram as da anciã e se apertaram contra sua boca. Sentia o estômago revolto, e os joelhos muito fracos para ficar de pé. -Sinto tanto, Helena, sussurrou, sinto muitíssimo. -Era uma boa garota, repetiu Helena como se não a tivesse escutado. -Sophie era uma boa garota. Marie estava a ponto de responder quando os olhos da mulher se iluminaram e perfuraram os seus, o primeiro sinal em toda a noite que Marie percebeu de que havia inteligência e compreensão escondidas em algum lugar no fundo da mente da Helena Anders. -Ele fará o mesmo contigo, afirmou sem mudar o tom, como se estivessem falando do que comeram no café da manhã. -Se você permitir se aproximar pode acontecer o mesmo contigo. Marie voltou a olhar por sobre seu ombro. Ainda não o via, mas sabia que estava vindo. Percebia-o, podia sentir que se aproximava. Voltou-se para a anciã para lhe dizer que nunca repetisse o que tinham conversado. -Era uma boa garota, disse Helena, enquanto seus olhos perdiam o brilho uma vez mais. Gelo negro. Pareciam dois cubos de gelo negro. Marie tragou, e lhe subiu a bílis à garganta. -Sim, murmurou pobre…

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-… Sophie, Marie resmungava em seu sonho, enquanto formava suor entre os seios. -Pobre Marie.

*****

Uma vela se extinguiu do outro lado do quarto, enquanto um par de olhos azul gelo observavam tudo. Fredrik cruzou rapidamente ao outro lado do quarto e retomou seu lugar na cama ao lado de Marie. Enxugando as gotinhas de suor de seu rosto e seu seio, se afundou em seus braços e a abraçou com força. Durante dez anos ele tinha existido sozinho no vazio, sem nenhuma luz que penetrasse na escuridão. Tinha pagado por companhia quando suas necessidades físicas o exigiram, mas, além disso, tinha permanecido sozinho. Talvez… talvez tenha se convertido nisso mesmo que Helena disse que era. Talvez fosse um monstro. Fredrik a abraçou mais forte, esticando seu pescoço para dar um suave beijo sobre a cabeça. -Me perdoe anjo, murmurou contra sua têmpora, mas não permitirei que me deixe. Nem por um momento.

Capítulo 7

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-Onde está minha roupa? Marie apertou com força o lençol de seda negra contra seus seios, protegendo-se do olhar de Fredrik. Mordiscou o lábio enquanto o via observando-a, perguntando-se o que pensava, perguntando-se que ele iria fazer ou a dizer. O que tinha feito a noite anterior foi errado. Incrível e estupidamente errado. Seu pai pensou perversa, talvez não se surpreendesse ao saber que estava em uma situação tão fraca… o consideraria simplesmente uma prova mais de que era uma idiota, uma boneca sem cérebro que necessitava a um homem que cuidasse dela. É obvio, recordou-se a si mesma, seu pai talvez nunca soubesse o que aconteceu com ela. Ninguém saberia. Os únicos que poderiam notar sua ausência eram os donos da estalagem, e provavelmente eles fariam registro de seu desaparecimento como a de outra norte-americana que sumiu no ar quando decidiu aventurar-se em busca de melhores horizontes. Tinha que enfrentar a realidade dos fatos. Tinha de encontrar uma maneira de escapar desse homem com os olhos bruxo. Sim encontraria uma forma de afastar-se dele. Seu pai poderia acreditar que era tímida e insegura, mas Marie sabia que não era assim. No fundo, era uma lutadora, uma lutadora que estava cansada de ser abandonada. Demonstraria a todos, prometeu a si mesma. Sairia com vida daqui e mostraria a todos. -Queimei-as. Os olhos de Marie se abriram pasmada. Não esperava escutar isso. A surpresa a deixou sem palavras por um tenso instante. -Queimou minha roupa? Disse sem fôlego, acreditando não ter ouvido bem. -Sim, repetiu Fredrik, caminhando para o lugar onde ela estava sentada sobre a cama, - queimeias. Pestanejou rapidamente várias vezes enquanto analisava o que isto ocasionava a seus planos de fuga. Correr nua pelo bosque escuro definitivamente não era uma boa forma de fugir. Este maldito homem podia predizer todos seus planos sem que ela os mencione sequer? -Não posso acreditar em você, disse Marie atônita, enquanto sua voz crescia em decibéis junto com sua irritação. -Por que queimaria minha roupa? Fredrik se sentou na beirada da cama e levantou uma sobrancelha com riso contido. -Para que não possa me deixar, disse simplesmente.

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Por Deus. O homem na verdade podia predizer o futuro. Marie não sabia se ria ou chorava. Em troca, segurou-se fortemente ao lençol de seda com uma mão enquanto usava a outra para sacudir seu captor. -E com o que exatamente supõe que me vista? A outra sobrancelha subiu à altura da primeira. -Com nada, anjo, respondeu suavemente. O corpo de Marie reagiu imediatamente às suas palavras e à forma que disse. Neutralizou ao sentimento traiçoeiro, sabendo que era precisamente essa reação de desejo que a tinha metido em problemas. O erro da noite anterior não se repetiria. Seu nariz tremia de raiva. -Exijo que me dê algumas peças de roupa, disse apertando os dentes. -Não. -Não? Protestou. -Não! Os lábios de Marie tentaram formar umas palavras, mas não pôde emitir som. Fredrik se aproveitou do momento, deu um forte puxão no lençol enquanto ainda estava muito exaltada para reagir. A cintilante e cara seda negra caiu ao chão, descartada e esquecida. -Isto é o correto, anjo. -Não! Aproximando-se velozmente juntinho dela na cama, esticou a mão para levantar um de seus seios e o acariciou com a palma de sua mão. Depois seu polegar se deslocou sobre o mamilo, fazendo Marie conter a respiração. -Fredrik, sussurrou, - Não quero… -Uma semana, disse brandamente, com uma voz que denotava um controle de aço. -Peço somente uma semana de seu tempo. Seu olhar se encontrou com o dela. -Se depois de uma semana ainda quiser me deixar, será livre de ir deste lugar. Marie fechou os olhos por um instante, com a confusa imagem que esse trato gerava em sua mente. Em lugar de imaginar violência e morte como deveria ter feito só via prazer e hedonismo. O corpo do Fredrik, como a tocava, seus beijos… como fazia amor.

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Ela abriu os olhos e se encontrou com seu olhar. -Por quê? Sussurrou. -por que quer que fique uma semana para em seguida me deixar ir? -Não quero deixá-la ir, Marie. Não me entendeu bem. Disse que quero que fique e logo quando tiver passado uma semana te darei a oportunidade de partir. Viva? Não. Não. Se tivesse querido matá-la, não teria feito agora? Pode ser. Mas por outro lado, poderia ser que não. Talvez gostasse de jogar com suas vítimas, lhes dar esperança, fazer acreditar que teriam a possibilidade de escapar. Ou talvez simplesmente fosse o que queria dizer, sem nenhum significado simbólico implícito. -E o que acontecerá essa semana? Marie perguntou hesitante e curiosa. Fredrik permaneceu em silêncio por um longo momento. Deixou seu seio e deixou de olhá-la. Suspirando profundamente, seus olhos passearam pelo enorme dormitório. -Vou começar a conhecer a verdadeira Marie Robb, disse finalmente. -E você começará a conhecer o verdadeiro Fredrik Sörebo. Marie respirou fundo e exalou lentamente enquanto olhava o teto meio ausente. -E a roupa? Perguntou em tom monótono, vendo que não tinha outra opção mais que lhe dar sua semana. -Sem roupa, respondeu Fredrik, enquanto seus olhos percorriam seu corpo ao falar. -Quero você nua o resto da semana.

2ª Parte: A Sedução:

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Capítulo 8

O frio do ar endureceu os mamilos de Marie até deixá-los rijos. Nua, estremecia enquanto passeava pelos jardins da propriedade com um Fredrik completamente vestido, com sua mão na dele. O sol pendia sobre suas cabeças, por isso não fazia muito frio fora, embora os tremores continuassem de todas as formas. Não estava segura se era o clima ou o homem ao seu lado o que gerava essa reação, mas ela tinha seu palpite. Embora atípico nela, Marie decidiu ficar esta semana. Não tinha sentido fazer outra coisa e, na realidade, ela tampouco queria. Então uma semana. Uma semana de Fredrik. Uma semana de sexo. Uma semana sem roupa. Sentiu-se erótica, imensamente excitada, apesar de que ele não a havia possuído de maneira íntima ainda. Havia algo deliciosamente malicioso e provocador em estar totalmente despida ao ar livre, sem mencionar estar na presença de um homem poderoso completamente vestido. Tinha estado excitada durante todo o dia. Faria amor com ele se tivesse pedido, no entanto ele não tinha feito nenhum avanço para cobrir seu corpo com o dele. Mas ela sabia que ele avançaria… em algum momento. E não saber quando, e não saber onde… isso era tão afrodisíaco e excitante como sua ausência de roupa. Será que Fredrik notaria a situação excitante? Provavelmente tinha. Fredrik. O homem era um enigma. Estranho e misterioso, com tantos segredos, tão ermitão e isolado. Marie não deixava de se perguntar quais das histórias que tinha ouvido sobre ele eram verdadeiras. Mas uma coisa era certa. Quanto mais tempo passava a seu lado vendo-o observar seu jardim essa ternura em sua expressão, essa paz... Bom fazia mais e mais difícil aceitar a versão dos fatos da Helena Anders como uma verdade absoluta.

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O que tinha passado realmente aquela noite dez anos atrás? Perguntou a si mesma pela milésima vez. Era este homem ao seu lado realmente capaz de tal… atrocidade? Pôde ter violado a uma jovem? Em seguida cortar sua carne em pedaços e dar aos cães dele para esconder a evidência de seu delito? Talvez “pôde” não era a melhor forma de perguntá-lo, Marie analisou com um calafrio. Talvez “O faria” seria mais adequado. Certamente possuía a força física necessária para cometer um ato tão horroroso… mas o faria? Essa era a verdadeira questão. -Está calada, anjo, disse Fredrik, rompendo o silêncio. -Estava dizendo que este seria um belo lugar para pintar ou instalar um escritório e escrever. Sorriu. -Eu continuo tagarelando, e você não escutou uma palavra do que disse. -Perdão. Marie clareou sua garganta enquanto apreciava o jardim ao seu redor. -Estou escutando agora. Tem toda minha atenção. Realmente, era um lugar extraordinariamente belo. Tantas cores, tanta vida. Formosas e exóticas hortênsias e outras flores, frondosas e verdes árvores podadas com perfeição. Uma claridade tão contrastante com o homem sombrio que cuidava dele. -Aqui mesmo, disse Fredrik, indicando com sua mão para uma elegante cadeira que seria perfeita nesse lugar dentro da enorme estrutura do jardim. -Aqui é onde usualmente me sento e tomo café cada manhã. Poderia ser um belo lugar para pintar. Mas Marie não prestava atenção à cadeira no meio do jardim. Em troca, olhava pasmada o cavalete e as pinturas que já estavam dispostas ao seu lado. Seus olhos se levantaram velozmente até encontrar os de Fredrik. -Você também pinta? -Às vezes. Encolheu os ombros sem dar importância. -Mas não sou muito bom para isso. Apontou o cavalete com sua cabeça. -Suspeito que se saia muito melhor com ele. Anda. Prova. Marie pestanejou, com expressão duvidosa, perguntando se este seria algum tipo de truque estranho. Ali estava, depois de tudo, tão nua como o dia em que nasceu, completamente exposta ao homem a seu lado, e ele queria que ela… pintasse. Não estava acostumada a homens se interessassem em coisas que ela gostava, eles sempre eram interessados na sua aparência exterior e não sabia o que pensar disto.

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Devia reconhecer Fredrik, com segurança. Ele tinha conseguido desconcertá-la. -Muito bem, disse finalmente, franzindo o cenho. Ainda não podia evitar sentir que isto era um truque, mas certamente isso não tinha nenhum sentido. Suspirou, e decidiu que não valia a pena pensar nisso. -Se insiste, então estarei mais que feliz de pintar por um momento. Fredrik indicou o cavalete enquanto se sentava na cadeira em frente a onde estava parada. Havia uma cafeteira e duas xícaras de café em uma pequena mesinha ao lado dele. Maria não tinha idéia de como tinham chegado ali e estava muito concentrada em seus pensamentos para pensar mais. Este homem, este homem tão estranhamente misterioso, queria que ela… pintasse. Encolhendo os ombros, levantou um pincel e só fez isso. E, além disso, sentia-se fantástica. Adorava esta liberdade de expressão, esta liberação de suas emoções, e sempre tinha gostado. Desde que era uma garotinha teve a habilidade de perder-se no mundo da arte, pintando por cima das partes desagradáveis da vida e as substituindo com as bonitas. Quando pintava, sentia-se… viva. Tão incrivelmente energizada e cheia de paixão. E se notava. Estava muito absorta em seu trabalho para dar-se conta, mas o homem sentado frente a ela podia ver a vivacidade de seus movimentos, podia sentir no mesmo ar a seu redor. Tinham passado duas horas quando finalmente terminou. Marie resolveu pintar Fredrik entre seus jardins, e isso foi o que fez. Até o mínimo detalhe. Notou que se esqueceu de incluir a cicatriz de sua testa, essa marca era um desagradável aviso das coisas que haviam dito sobre ele. Será que tinha omitido a marca de propósito, inconscientemente? E se assim fosse, era porque não queria acreditar no que tinha ouvido, sem importar se era certo ou não? Ou é possível que estivesse começando a deixar de acreditar por completo nessas coisas malvadas sobre ele? -É maravilhoso, anjo, murmurou Fredrik atrás dela. Deslizando suas mãos duras para sua frente e tomou seus seios, brincando com seus mamilos entre o polegar e o índice, e estudou o retrato. Surpreendida, Marie reagiu com um pequeno sobressalto, ao havia notado que ele estava atrás dela até que sentiu sua mão massageando seus seios. Fechou os olhos e respirou fundo, excitando-se imediatamente. -Obrigado.

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-Por nada, disse em um tom baixo, beliscando as pontas rígidas dos mamilos, fazendo-os mais compridos ainda. -Realmente. Pintou o jardim com perfeição. É impressionante. -Você também, sussurrou ela. As mãos do Fredrik se detiveram. Tornou-se silencioso, dando tempo a Marie para arrependerse do que acabava de reconhecer em voz alta. E mesmo assim… não o fez. Não se arrependia absolutamente de haver dito isso. Suspirou, perguntando-se que diabos acontecia com ela. Os dedos do Fredrik reataram sua ociosa exploração de seus mamilos. -Não há necessidade de mentir, anjo. O acordo é para uma semana. As palavras não modificarão isso. Sua voz era crua e despojada. Como se não esperasse alguma falsidade dela e estivesse decepcionado ao escutar o que lhe disse. Só que ela não estava mentindo. Ele era impressionante para ela. Fisicamente, recordou a si mesma. Fisicamente era impressionante. Negava-se a considerar além do físico, não queria deixar que um homem cruzasse as barricadas emocionais que tinha levado toda uma vida levantar. E menos ainda ele. Mas os motivos de Marie para não querê-lo em seu coração não giravam mais somente em torno da misteriosa morte do Sophie Anders. Também giravam no dom que este homem tinha de ler sua alma sem ser convidado, podia conhecer suas segundas intenções, entender o que a fazia vibrar. A realidade a assustava tanto como qualquer falatório mal intencionado. Talvez ainda mais. Fredrik Sörebo não era a única pessoa no jardim com paredes de pedra levantadas ao redor de suas emoções. Além disso, pensou Marie com certa tristeza, não era o único que se acreditava pouco valioso, e por isso incapaz de deixar cair essas paredes. Nesse momento, sentiu-se mais conectada a ele do que teria desejado. Ela tirou suas mãos de seus seios, voltou lentamente para enfrentá-lo. -Eu não menti. Ao encontrar seu olhar, manteve o suficiente para deixá-lo ver que estava dizendo a verdade. Talvez outras mulheres não o achassem visualmente atraente, não sabia. Mas ela sim. E isso era tudo o que importava. -Não menti, sussurrou, baixando as pálpebras. -Marie…

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Ela pôs rapidamente uma palma sobre sua boca e em seguida fechou os olhos por completo. A declarada desesperança que viu em seus frios olhos azuis foi muito real e não queria deixar que a afetasse. Mesmo assim… Seus olhos se abriram. -Não menti. Tomando sua mão, voltou a levá-lo a cadeira que tinha estado ocupando enquanto ela pintava. Empurrando-o gentilmente para ela, ajoelhou em frente a ele quando se sentou e lentamente baixou o zíper de suas calças. Fredrik conteve a respiração. A ereção dura que sustentara toda a tarde fazia tempo que não podia endurecer-se mais, tão dura que doía. A sensação da mão de Marie ao redor de sua carne junto com a idéia que ia sugá-lo sem que a forçasse ou pedisse, foi suficiente para fazê-lo tremer. -O que está fazendo, lindo anjo? Disse com voz rouca. -Meu Deus, o que me está fazendo? Não o dizia literalmente, é obvio, e ambos sabiam. Os grandes olhos verdes de Marie se encontraram com os azuis e consternados de Fredrik. Necessitava-a agora. Algo que tinha se passado dez anos atrás tinha afetado Fredrik tanto como tinha afetado a Helena Anders. Quando o olhou aos olhos, não viu um monstro com uma cicatriz. Viu simplesmente um homem. Um homem comum e vulnerável. Ele necessitava dela. E embora fosse estranho, ela precisava dele também. Simplesmente não importava nada mais neste momento. -Fredrik? -Sim? Perguntou-lhe suavemente. -Você vale muito. Seus olhos inescrutáveis se aumentaram um pouco, surpreso e emocionado como estava por sua emocionada declaração. E então não pôde pensar em nada mais quando os lábios de Marie encontraram sua masculinidade, enquanto sua língua rodeava sua cabeça, devorando sua ereção para a boca morna. -Deus Santo.

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Marie o colocou todo em sua boca, da cabeça à base, chupando acima e abaixo em todo seu comprimento, uma e outra vez. Sentiu como seus músculos se amontoavam e se esticavam de prazer enquanto seu membro duro como o aço desaparecia nas profundidades de sua garganta. -Mmmm, ronronou ela do fundo de sua garganta, sentindo o prazer como se fora o seu. -Mmmmm. -Deus Santo, Marie. Fredrik começou a respirar pesadamente enquanto observava como seus grossos lábios o devoravam. Os sons de sucção se intensificaram, mesclando-se e ultrapassando ao fraco som dos pássaros piando nos jardins. Ele esticou a mão para seu rosto, acomodando seu comprido cabelo cor mel sobre o ombro, para poder ver melhor como o amava com sua boca. Seus olhos estavam fechados, sua respiração era densa, a expressão de seu rosto era de êxtase carnal. Foi suficiente para destroçar qualquer resto de controle que ainda tinha. Começou a gemer cheio de prazer. -Sim anjo, replicou, sinto sua boca morna... Tão gostosa sobre mim. E em seguida ele apertava os dentes e fechava os olhos enquanto ela acelerava o ritmo de suas chupadas, e os sons da carne e a saliva o sugando afoitamente aumentaram. Fredrik tinha pensado em fazer amor, esvaziar muito dentro de seu ventre, mas ela não se detinha, não diminuía, não o soltava. Sua boca subia e baixava mais e mais rápido, presa a ele como se esse fosse seu lugar por natureza. -Por todos os céus. Com um gemido de êxtase, todo o corpo do Fredrik tremeu e se convulsionou ao ejacular em sua boca e sua garganta. O prazer era tão intenso que roçava o doloroso. As emoções do coração se mesclavam com o prazer sexual do corpo. A luxúria se juntava com o afeto. Não tinha tido tempo se recuperar de uma ereção quando Marie começou a gerar outra ereção. Uns dedos abriram os botões de sua camisa e percorreram o pêlo encaracolado de seu peito, sobre seus mamilos. Sua boca envolveu a carne de seu testículo, suas bolas pularam ao chupá-los placidamente. -Por Deus, gemeu. Marie estava sentada frente a ele, nua e vulnerável, mas sentindo-se muito egoísta. Seu membro ficava grosso e duro… por ela. Sua respiração era rápida e áspera… por ela. Talvez até se sentisse valioso… e possivelmente era por ela.

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A umidade entre suas pernas se intensificou quando novamente envolveu sua masculinidade com seus lábios e sua língua. Seus gemidos de prazer a excitavam ainda mais, a fazendo chupar mais rápido e mais duro, querendo escutá-lo gemer mais forte, precisando sentir a prova de seu desejo para ela. Ela se ajoelhou entre suas pernas e o chupou, perdendo-se no som de seus gemidos guturais, umedecendo-se com o evidente prazer dele. Continuou chupando durante pelo menos dez minutos mais, dez longos e prazenteiros minutos, até que ele esteve muito perto de gozar novamente e seu maxilar tinha cãibras por mantê-la aberta na mesma posição por tanto tempo. -Marie, ofegou, com a respiração falha. -Sobe sobre minha vara, anjo. Vem sente-se em meu pau. Ela fez como ele ordenou, levantando-se de seus joelhos para sentar-se com as pernas abertas, rodeando os quadris de Fredrik. Tomando com força cada lado de seu rosto, cobriu sua boca com a dela e se afundou em sua ereção, acomodando-o inteiramente em seu interior. -Ai, Deus, disse sem fôlego, rompendo o beijo ao começar a montá-lo, Sinto você, Fredrik. Seu membro sinto bem em mim.. -Sua bucetinha é estreitinha também, anjo. Agarrou seus quadris e a trespassou sobre ele com embates profundos e rápidos. -Quero esta bucetinha para sempre, Marie, disse com o queixo duro e fechado. -Quando despertar de manhã, quero senti-la me colhendo. Quando almoçar, quero-a de sobremesa. Quando sentir fome de noite, quero você a minha disposição, sempre disposta a me agradar. Marie gemeu enquanto jogava a cabeça para trás, esticando sua garganta, montando-o velozmente, querendo fazê-lo parte dela. Ele mordeu seu pescoço, mantendo-a ali, afundando seus dedos na carne de seus quadris. E logo ela explodia num orgasmo violento, gemendo, enquanto a intensidade de seu orgasmo a ultrapassava. Sua carne contraída ao redor da dele, ocasionando seu orgasmo, fazendo que acabasse dentro dela. -Fredrik.

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Ele a agarrou forte em seus quadris encontrou sua carne com suas próprias estocadas, investindo-a enquanto seu membro ejaculava. Com um grito de prazer, esvaziou-se em seu corpo tremendo pela intensidade do orgasmo. E quando relaxaram seus corpos ainda intimamente unidos, abraçaram-se sem falar, entrelaçados em uma extenuação mútua. Permaneceram assim agarrados um ao outro, obstinados um ao outro, enquanto o sol descia no horizonte, iluminando os jardins com distintos e brilhantes tons.

Capítulo 9

-Cheque mate! -Maldição. Marie sorriu ao levantar a vista do tabuleiro de xadrez e dirigi-la à expressão desencaixada do Fredrik -Bom, vamos. Ganhou uma de três. Ela pestanejou maliciosa. -uma de três não está tão mal. Ele murmurou algo em voz baixa, mas lhe piscou os olhos amavelmente. -A questão com os anjos formosos, estou me dando conta, é que quando se trata de ganhar, são diabos maliciosos. Marie sorriu, mas não disse nada. Fez-se um silêncio, o único som que se escutava era o do fogo chispando na chaminé da sala dos troféus de caça… um som que Marie estava se acostumando rapidamente. Não havia televisores nesta velha fortaleza de pedra, nem artefatos elétricos modernos, nem sequer um relógio até o que podia ver. Era fácil perder-se no passado aqui, esquecer-se de que estavam vivendo no século vinte e um, e não em um tempo remoto.

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-O que está pensando? Fredrik perguntou suavemente da cadeira em frente à dela, levantou seu copo de vinho e tomou um gole. -Ficou calada. -Estava pensando quanto de relíquia tem este antigo lugar, admitiu encolhendo os ombros. -Não digo que não seja bonito, porque é o lar mais maravilhosamente pessoal que conheci. Mas, por que nenhuma vez modernizou o castelo? Seu olhar a penetrou, sem pestanejar. -Porque quando se trata de mudar algo que já é perfeito, o resultado sempre é bastante desagradável. Marie mordiscava seu lábio inferior enquanto o estudava. Estava falando com duplo sentido, sabia, mas não estava segura se entendeu o que queria dizer com isso exatamente. -Tem frio, anjo? Fredrik perguntou, apoiando o copo de vinho sobre a mesa a seu lado. -Posso jogar outra lenha ao fogo se for assim. -Não. Marie negou suavemente com a cabeça. -Estou bastante quentinha, obrigada. -Então, por que estão tão duros seus mamilos? Ele murmurou. Marie levantou a cabeça rapidamente. Olhou para o sexo de Fredrik e imediatamente notou que tinha uma grande e impressionante ereção levantando-se e empurrando as calças. Pesavam-lhe as pálpebras, e seu olhar estava cheio de desejo. Ela reagiu molhando-se imediatamente, e seus mamilos se endureceram ainda mais. -O que é isto? Perguntou brincalhona, com uma voz mais séria que o normal. -Não quer jogar outra partida de xadrez? Ele ignorou seus joguinhos e brincadeiras e esticou uma mão. -Vem prá mim, Marie. Não era necessário ser Einstein para saber por que Fredrik a queria ali, nem tampouco se necessitava um alto coeficiente intelectual para ver que ela desejava lhe dar o que ele ansiava. Cada momento que compartilhavam fortalecia o laço que os unia, que era emocional, mas fundamentalmente, sexual.

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Marie nunca, nem sequer uma só vez, animou-se a entregar seu coração a um homem. E agora temia que isso mesmo que a atemorizou por tanto tempo acontecesse contra sua vontade. Estava-se tornando vulnerável a Fredrik Sörebo, a um homem a quem muitos chamavam monstro. -Muito bem, respondeu enquanto ficava de pé, - eu vou. Ao chegar a seu lado, deixou-se cair sobre os joelhos diante dele e acomodou seu corpo nu entre suas pernas. Desabotoando suas calças, liberou sua ereção e revolveu sua língua ao redor do duro membro Fredrik estava quase ejaculando, Marie o sentiu tenso debaixo dela. -Isto é o que quer, não, Fredrik? Passou sua língua de novo, jogando um pouco com ele. -Você gosta que chupe seu pau, não? Sussurrava-lhe sedutoramente. -Eu não gosto, corrigiu ele, eu adoro. Passou seus dedos duros por entre seu cabelo, penteandoo para trás. -Assim como eu adoro sua vontade e desejo de me satisfazer, murmurou. -Ao menos desta maneira. Ela sorriu, passando a língua levemente pela dura e aveludada cabeça, roçando-a contra seus lábios. -Realmente quer que fique aqui para sempre, Fredrik? -Para sempre e um dia, replicou suave e emocionado. -Para sempre e um dia. Marie fechou os olhos, baixou sua boca até seu canhão, e o chupou até que ele repleto e satisfeito e adormeceu sobre a cadeira.

*****

-O que está pensando? Surpreendida ao vê-lo acordado novamente, Marie fez um gesto apontando o álbum de fotos sobre o colo de Fredrik, enquanto se sentava sobre o braço da cadeira onde estava ele. Ela teve tempo suficiente para buscar algo para beber. As calças dele ainda estavam desabotoadas desde que ela o tinha amado umas horas antes, o pêlo negro de seu firme abdômen desaparecia em uma magra linha e se perdia de vista sob o caríssimo tecido de sua calça.

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Seus olhos azuis claros foram e vinham por seu corpo nu, permanecendo sobre seus seios, fazendo que seus mamilos se endureçam. -Fotografias, anjo. Ela desviou o olhar e sorriu. - Notei disso, Fredrik. Lançou uma mão para as fotos em questão. -Mas, do que, ou melhor, de quem são? Ele encolheu os ombros. - Um pouco de tudo. Meus pais antes de morrer, meu irmão maior antes de morrer, e eu… Olhou para outro lado e clareou sua garganta. …antes de morrer. A idéia caiu suspensa ali entre eles, essas palavras nunca ditas. Marie soube instintivamente que ele falou alto sem pensar. Decidiu não pressioná-lo para obter mais informação, dando-se conta, em troca, de que devia tirá-lo desse estado de ânimo sombrio antes que o devorasse. -Sua mãe era bonita, disse alegremente. -Tem seus olhos. -Verdade? Ele esboçou um sorriso apesar de seus misteriosos pensamentos. -Sempre pensei que me parecia mais com Papai. Ela negou com a cabeça. -No contorno do rosto e no nariz, pode ser, mas seus olhos, e seus… Os olhos dela analisaram seu rosto. …seus lábios… Disse ela em voz baixa, - são definitivamente como os de sua mãe. O olhar gelado de Fredrik se encontrou com o olhar quente de Marie. Ele estudou os traços dela por um momento, em seguida inclinou a cabeça. -Pode ser. Clareando sua garganta, colocou a mão em suas calças e tirou lentamente sua grosa ereção. A cabeça estava dura e molhada já com uma préejaculação. - Venha e sente-se sobre ele, anjo, murmurou. -Sente-se sobre ele enquanto olhamos juntos o álbum.

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Marie deslizou do braço da cadeira até seu ventre, sem questionar mais seu equilíbrio mental por desejar tanto Fredrik, sem pensar que seu corpo já estava viciado, dominado por dele. Com as costas contra seu peito, sentou-se lentamente, tomando ar ao sentir como a deliciosa sensação de sua buceta envolvendo o membro dele era perturbador para sua alma. Ele beijou sua pele entre o ombro e o pescoço, em seguida tirou a língua e deixou um rastro úmido até o lóbulo de sua orelha. Tomando a delicada dobra de pele em sua boca, chupou-o lenta e suavemente, fazendo que seus mamilos de Marie se endureçam até ficarem enrugados e doloridos, sua respiração se acelerou e se torne pouco profunda. -Você gosta disso? Perguntou-lhe balbuciando suavemente. -Você gosta de sentir meu pau dentro da tua buceta e minha boca sobre você? -Sim, sussurrou ela, com os olhos fechados e a cabeça esticada para trás sobre seu ombro, - eu adoro. -Abre mais suas pernas para mim, anjo. Quero brincar contigo. As coxas de Marie se abriram automaticamente. Tremeu quando ele acariciou seus clitóris, gemeu quando fez girar seus quadris e a puxou forte para cima por sua suave abertura. -E esta é minha motocicleta. Marie pestanejou sem compreender uma ou duas vezes. Esticando o pescoço, olhou para trás e suspirou ao ver o sorriso em sua cara. -Há momentos para transitar o caminho da memória com a ajuda de um álbum de fotos, meio gracejando e meio frustrada sexualmente. -E depois há um momento para criar novas lembranças que são ainda melhores que as antigas. Esfregou seu quente clitóris e piscou um olho. -E qual é este momento, anjo? Ela riu em voz baixa e meneou levemente a cabeça. -Tem uma só oportunidade para adivinhar, lindo. Os olhos de Fredrik se abriram um pouco ao escutar o termo carinhoso que tinha usado para dirigir-se a ele. Não esperava algo assim dela. Não ainda. Não tão cedo.

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Tratou de tirar da cabeça a forma que o simples termo carinhoso derreteu um pouco do gelo ao redor de sua fachada e retornou ao tom de brincadeira anterior. -É uma motocicleta de mil cilindradas, gracejou, com notório acento, - Não a montei por dez anos, mas está em perfeitas condições, na garagem de fora, esperando que volte a usá-la. A luz nos olhos de Marie enfraqueceu quando seu coração se quebrou uma vez mais por ele. Dez anos. Por que tudo tinha que relacionar-se com esse número? Era mais que arbitrário, sabia mais que uma coincidência do destino. Ele, Fredrik, tinha perdido tanto. Muitíssimo. Os fatos obscuros ao redor da morte de Sophie Anders tinham cobrado a Fredrik de muitas maneiras. Que triste, pensou Marie, que dolorosamente triste por Fredrik não ter desfrutado de algo tão simples como andar de moto pelo campo, com o vento em seu cabelo. Um ato de autoflagelação deu-se conta. Mas…por quê? Se era inocente, como ela começava a suspeitar, a esperar, então, por quê? -Terá que me levar para dar uma volta, murmurou ela, enquanto seus olhos analisavam seus traços. -Isso eu gostaria de muito. O álbum caiu ao chão esquecido, as fotos como suas lembranças, certamente guardadas e seladas. A fricção sobre seus clitóris se intensificou à medida que os dedos de Fredrik se moviam em rápidos círculos sobre ela. Fechou os olhos e gemeu, logo tornou a gemer quando ele girou seus quadris e a trespassou novamente, colocando-a completamente sobre ele. Ele fechou os olhos e sentiu o fresco perfume de seu cabelo dourado. -É minha, disse possessivamente contra sua nuca, penetrando-a uma vez mais. -Para mim, Só minha.

Capítulo 10

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Três noites depois, seu sono era perturbado, mas esta vez não com pesadelos sobre a Helena. Em troca, era a tristeza que sentia por Fredrik, não conseguia descansar tranqüila, uma tristeza que tinha afetado seu estado de ânimo por completo estes três últimos dias e suas noites. Encontrou-se dando voltas na cama, perguntando-se porque ele escolheu essa vida solitária e encerrada. Perguntando-se, além disso, por que teria sido ela, a pessoa que tinha eleito para deixar entrar… ainda que fosse por pouco tempo. Marie estava deitada sobre um lado, e seu olhar estava fixo e sem pestanejar sobre as paredes, enquanto Fredrik dormia profundamente a seu lado. Não queria sentir nada por ele, não queria nenhum tipo de compromisso, mas admitiu que sentia o princípio de algo. Se alguém lhe houvesse dito, a noite que Fredrik a encontrou no bosque, que em uns poucos dias estaria se debatendo entre querer deixá-lo ou não, ela teria considerado a essa pessoa um tolo desequilibrado. Mas agora não sabia. Já não tinha lógica suas emoções. Toda a situação parecia irreal, como em um sonho. Como se estivesse acontecendo com outra pessoa — qualquer outra menos a Marie Robb. A qualquer mulher com tantas cicatrizes emocionais como tinha Fredrik. A vida de Marie enquanto crescia não foi nem horrível nem idília. Sua mãe morreu ao dar a luz e seu pai, embora suspeitasse que a quisesse, nunca tinha sido um grande pai. Um pai, sim, mas não um papai - é muito diferente. Dizia o que fazer, onde ir, com quem podia sair, quem podia ser sua amiga… Sempre a tratando como se fosse muito criança e frágil para resolver as coisas por si mesma. Não se importaria com sua super proteção, como muitos a chamavam, se ele a considerasse uma "pessoa valiosa". Mas, tristemente, ela sabia que esse respeito não existia, nunca tinha existido. Ela era uma boneca para Paul Robb. Somente uma boneca bonita cujo propósito era sorrir amavelmente a seus colegas de negócios, escutá-los falar sobre si mesmos, e falar somente quando lhe falava. Isso era tudo. Tudo o que ela significou para seu pai durante quase vinte e nove anos. Mas Fredrik…

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Ele a fazia sentir que era possível um homem se importar com algo mais que a Marie Robb exterior, que ela era digna de respeito e atenção, ele a ouvia... Com ele ela podia conversar... Era estranho que sentisse... Admiração? Amizade? E era muito estranho esse sentimento dele por ela, ainda mais vindo de um homem encerrado que a manteve presa ao seu lado durante uma semana. Fechou os olhos e relaxou entre os lençóis de seda, e finalmente a venceu a fadiga. Havia tanto que pensar e, entretanto decidiu que não queria analisar nada disso. Só restavam alguns dias de sua semana juntos, ia deixar que simplesmente a vida fluísse. Agora, veria para onde a levaria o caminho.

*****

O café da manhã se serviu na grande sala de jantar da propriedade. Novamente, Marie teve que perguntar-se como tinha aparecido esse grandioso banquete, já que Fredrik nunca tinha deixado seu lado para cozinhar. Mas havia uma típica mesa americana escandinava, e, consideradamente, muitos de seus pratos americanos favoritos estavam incluídos. Suspirou. Estava mimando ela, Fredrik Sörebo, chegando a ela e entrando sob sua pele. Cada dia os unia mais, cada hora os ligava mais em carne e espírito, cada minuto forjava um novo caminho para a intimidade e a amizade. Só tinha três dias para tomar uma decisão. Três dias mais e teria que decidir o resto de sua vida. O simples feito de pensar nisso a enjoava, e era tão transcendente, que decidiu não pensar nisso no momento. -De onde veio? Marie perguntou enquanto entrava sigilosamente. Fredrik entrou detrás dela, completamente vestido como sempre, olhando sua pele nua até satisfazer-se para em seguida olhar distraidamente para a mesa da sala de jantar. Nunca deixava de ter uma ereção só de olhá-la. -Serventes. Encolheu os ombros, desprezando o tema.

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-E onde estão agora? Perguntou com os olhos bem abertos, sem gostar nada da idéia de um ou mais deles pudesse vê-la correndo por ali nua. -Foram-se, respondeu, acalmando eficazmente seus temores. -Não retornarão até o meio-dia, anjo, assim, por que preocupar-se? Ela levantou uma sobrancelha, divertida. -Em caso de que não o tenha notado, não me permitiu usar roupa durante mais de quatro dias. Seu sorriso era sardônico e brincalhão. -Isso nunca escapou minha atenção, asseguro isso. Marie olhou para baixo em direção às calças de Fredrik, e riu baixo quando descobriu sua ereção. -Acredito. -Vem e tira-o, murmurou ele. -Desabotoa minhas calças e tira-o. Seu corpo respondeu instantaneamente ao som de suas palavras, seus mamilos endurecendo-se enquanto formigamentos de necessidade sensual contorciam seu ventre. Sorrindo, olhou para seus olhos. -E se eu disser que meu queixo dói agora? Ela provocou-o. -Possivelmente eu ainda estou muito dolorida de ontem à noite. O timbre de sua voz se tornou mais sério. -Lembra-te quantas vezes chupei seu pau ontem à noite? Sussurrou sua postura passando de brincalhona a sedutora. -Três vezes se não recordo mal. -Eu recordo. Sua forma alta e musculosa se aproximou, lentamente chegando até ela, enquanto seus dedos desabotoavam os botões da camisa dele. -Alguma vez se dá por satisfeita, não? Perguntou ele balbuciando. -Não. Meneou a cabeça levemente, ficando séria por um momento. -Não de ti, não posso. -Isso é bom, anjo, porque eu nunca estarei repleto de ti. Deteve-se frente a ela, sua camisa completamente aberta, o pêlo negro de seu peito convergindo para baixo até desaparecer em uma magra linha debaixo de suas calças. Desabotoe Marie. Tire e toque-o.

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Tomou ar quando ela pousou sua mão sobre o membro duro em suas calças e o apertou. -O que vou fazer com ele quando o tirar? Murmurou ela. O que deseja esta manhã, que o chupe ou o agarre? -Ambas as coisas. Mas agora mesmo quero você me tome. Os olhos de Marie subiram velozes para encontrar os de Fredrik. Ele estava falando de algo mais que de sexo, e ambos sabiam. Ele também o sentia, dava-se conta de que ela teria que tomar uma decisão logo? Três dias. Só três dias mais. Desabotoando suas calças, Marie observou como sua ereção se desprendia do material que confinava. Ela envolveu sua palma ao seu redor e segurou com força, em seguida começou a masturbá-lo lentamente enquanto aproximava seu corpo sem roupas ao dele para abraçá-lo. Mantiveram-se assim abraçados por uns momentos, ela masturbando-o placidamente enquanto ele deixava que suas mãos percorressem seu corpo, sentindo cada pedaço de sua pele. -Eu gosto de vê-la despida, ele disse em voz baixa. -Não quero voltar a ver roupa sobre seu corpo nunca mais Marie riu em voz baixa, sem romper seu abraço íntimo. -Nem sequer quando sairmos da propriedade? Em algum momento teremos que sair, você sabe. -Mmmm, respondeu ele brincalhão, - talvez permita uma folha de figo ou duas para essas ocasiões especiais. -Duas folhas de figo inteiras? Ela deslizou sua mão por sua ereção e tomou suas bolas, as massageando enquanto falava. -É uma grande concessão, já vejo. Fredrik riu com isso, fazendo que o coração de Marie estremecesse um pouco. Este homem quase nunca sorria muito menos rir em si. Mas quando o fez, toda a habitação pareceu iluminar-se um pouco. Sua felicidade iluminava melhor que qualquer quantidade de velas. -Vem, anjo, disse amavelmente enquanto tirava sua mão de seu corpo, - vamos comer algo do café da manhã antes que esfrie muito.

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-Mmm, muito bem. Sorriu-lhe, deu-lhe um suave beijo no meio de seu peito, e em seguida olhou a mesa a seu redor. Uma sobrancelha dourada se levantou rapidamente. Há uma só cadeira, Fredrik. A outra sobrancelha subiu rapidamente para encontrar-se com a primeira. -Sei que é econômico quando se trata de roupa, brincou ela, mas com os móveis da sala de jantar? Ele meio soprou meio riu. -Eu me sentarei na cadeira, anjo. Apontou a mesa de jantar. -E você, disse em um tom baixinho, sua voz tornando-se cheia de desejo, - sentará diante de mim na mesa. Ela meneou a cabeça levemente, sem compreender. - Como? Os olhos dele procuraram os seus. -Vem e lhe mostrarei. Um minuto depois, Marie estava sentada sobre a mesa diante da cadeira de Fredrik, seu quadril no centro de seu lugar, suas coxas bem abertas, sua vulva e seus clitóris em reluzente exibição. Fredrik lhe deu de comer de seu prato com uma mão, enquanto com a outra massageava o pequeno e excitado pedacinho de carne entre suas pernas. Em minutos, estava bem satisfeita em termos de apetite, mas ainda faminta em outros termos. Abrindo mais suas pernas, ela girou seus quadris para cima para encontrar as palmas e os dedos de suas mãos. -Esfrega um pouco mais rápido, Fredrik, disse ela enquanto sua respiração se acelerava. -Estou tão perto de gozar que é uma agonia. -Ainda não, anjo. Ela grunhiu. -Por quê?. Ele riu em voz baixa, seus dedos ainda bordejando suavemente seus clitóris e sua vulva. -Porque é hora de eu… comer. Seu olhar encontrou o dela e a sustentou. O corpo de Marie se paralisou ao analisar o que estava ele dizendo com tantas palavras. Seus mamilos se endureceram e alargaram ao dar-se conta. -E você quer que eu alimente você? -Mmmm. Sim, anjo.

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Olhou os pratos e talheres dispostos a sua direita, em seguida tornou a girar a cabeça para olhar Fredrik. -E o que gosta? Respirou fundo enquanto olhava a seleção culinária. -Algo singelo, acredito. Gosto de um pouco de fruta. Uma sobrancelha dourada se arqueou rapidamente. -Morangos, talvez? -Morangos, seria divino. Colocando sua mão em um prato com a fruta madura, retirou dois polpudos morangos e as sustentou na palma de sua mão. Sorriu ao Fredrik, em seguida passou um bom tempo acomodando os morangos sobre seus mamilos. Estava tão excitada que a tarefa não lhe derivou para nada difícil, já que seus enrugados mamilos se deslizaram facilmente para o centro das suculentas partes de fruta, que ela tinha esculpido com a ponta de uma faca. Quando terminou, procurou uma banana e a deixou balançar brincalhonamente diante de Fredrik. -Quer uma rodela? Ele sorriu. -Vai bem com os morangos. -Mmm. Cortando rapidamente umas pequenas rodelas, Marie colocou o primeiro pedaço justo à entrada de sua vagina, e em seguida o empurrou para cima com dois dedos. Estava morna e úmida dentro de si, o que fazia que a fruta se deslizasse com facilidade. Fez o mesmo com dois pedaços de banana mais antes de anunciar que estava preparada. Sorriu enquanto se recostava sobre suas costas, abrindo suas pernas enquanto se reclinava. -O café da manhã está servido, disse soltando risadinhas, ruborizando-se toda contra sua vontade. -Mmm. Meus favoritos. E em seguida sua língua envolveu o primeiro morango, brincando com ela, provocando-a, tirando a de seu mamilo e chupando o morango ainda enquanto chupava seu mamilo, simultaneamente. Marie se esqueceu totalmente da timidez. Tomou ar e fechou os olhos. -Não se esqueça do outro morango, sussurrou meiga. -Está tão maduro como a primeiro.

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-Paciência, anjo. A língua de Fredrik deixou um rastro do primeiro mamilo, por seu decote, ao redor de seu outro seio, e logo envolveu o segundo morango. Colocando-o em sua boca, tomou seu mamilo entre os dentes e chupou vigorosamente. -Ah, Deus, ela exalou. -Mmm. Ele deixou o mamilo um minuto depois, o som que produziu ao fazê-lo retumbando na sala. -ficará ainda melhor, prometeu ele. Sugou seu mamilo várias vezes em rápida sucessão, logo arrastou beijos desde seu seio até seu ventre. Brincou com seu umbigo um momento, esperou até sentir que Marie se retorcia debaixo dele, em seguida baixou ainda mais, enquanto seus lábios deixavam um rastro sobre sua carne úmida. -Banana, murmurou. -Cheiram divinamente. Pergunto-me como chegarei a elas. Marie começou a respirar pouco e profundamente, dando-se conta, é obvio, de que havia só uma maneira de fazê-lo. -Estou segura de que encontrará a forma, sussurrou. -Esta, talvez? Seus lábios encontraram sua carne enquanto disparava sua língua bem para dentro dela. A fez girar um par de vezes, desfrutando de sua reação, apreciando a maneira em que seus quadris se retorciam por ele. -Não exatamente, gemeu ela. Fredrik tirou sua língua de dentro dela e simulou refletir sobre o assunto. -Mmm, disse, tamborilando a bochecha, em um inglês com um forte acento, - se deslizar minha língua dentro dessa doce bucetinha não funciona, então o que?”. Marie fechou os olhos um instante, sua respiração agitada. -Trata de sugá-las. -Sugar? -Sim. O tom brincalhão de sua voz desapareceu abruptamente, substituído pelo desejo e a necessidade. -Assim?

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Com um movimento enérgico, o rosto de Fredrik se afundou, com sua boca, língua e lábios cobrindo todo seu ventre. Chupou com força de seus clitóris, sons como se sorvesse ressonavam por toda a sala de jantar, enquanto a banhava com sua língua e sua boca.

-Ai, Deus, sim. Os quadris de Marie subiram disparados, apertando seus clitóris e vulva com mais energia contra sua boca. -Fredrik, sim. Chupou de sua carne por uns instantes mais, em seguida a ponta de seu dedo substituiu a sua boca enquanto deixava um caminho com seus lábios e cobria a abertura de sua vagina. Chupando lascivamente, seu polegar esfregava seus clitóris em enérgicos círculos e sua boca chupava a fruta em sua carne. -Ai, sim! Ai, Deus! Ai, sim! Enquanto seus quadris tamborilavam para cima, todo o corpo de Marie se convulsionou enquanto ela se entregava ao orgasmo e gozava. Gemendo, sua cabeça caiu para trás contra a mesa enquanto explodia, com os mamilos erguidos e o rosto ardendo com o fluxo de sangue. -Fredrik, sussurrou, ofegando pesadamente e sem ar, - ai, Fredrik, isso foi… ai, Deus. Ele a penetrou com um só movimento, e agora de pé diante de seu corpo esparramado. Agarrando seus quadris, aproximou-a mais da beirada da mesa e começou a bombear com golpes largos e profundos. -Já meu anjo, disse com voz áspera e mandíbulas apertadas, - sua bucetinha é tão gostosa para mim.. -Mais rápido, suplicou ela. -Preciso que seja mais rápido. -Envolve suas pernas ao meu redor, preciosa.

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Marie obedeceu instantaneamente, arqueando seus quadris para encontrar suas investidas enquanto envolvia as pernas ao redor de sua cintura. Gemendo, fechou os olhos e deixou que sua cabeça caísse para trás sobre a mesa enquanto desfrutava das sensações do membro dele bombeando com força dentro dela. -Mais duro. Ele acelerou o ritmo de suas investidas, enquanto o som de sua carne úmida envolvendo seu canhão duro como o aço uma e outra vez retumbava na sala de jantar. -Abre seus olhos, anjo, disse possessivamente. -Abre seus olhos para ver quem é o que lhe dá este prazer. Entre gemidos e ofegos, Marie tentou obedecer, mas não pôde. Tudo o que podia fazer era sentir, desfrutar, experimentar com os olhos fechados gemendo de prazer. Fredrik espremeu seus mamilos com os polegares e os indicadores ainda quando continuava montando sua carne com energia. - Disse que abra, ordenou. -Abra seus olhos, anjo, e me olhe. -Ai, Deus, Anjo você esta me matando. Como é gostosa... Não vou deixar tua buceta nunca mais... É deliciosa... É minha para sempre. Oh! Meu Deus! Oh! Meu Deus! Os olhos de Marie se abriram rapidamente e se cravaram nos de Fredrik enquanto um intenso orgasmo rasgava o fundo do ventre. Escutou suas palavras de desejo entre a neblina do desejo, soube que ele estava dizendo que lhe pertencia, antes de fechar os olhos uma vez mais e gritar de prazer. Fredrik se agarrou a seus mamilos enquanto a investia profundamente uma, dois, três vezes mais. Sua respiração se tornou pesada, apertou os dentes e lançou sua cabeça para trás quando seu corpo começou a convulsionar-se, num orgasmo violento. -Marie. Deus, Marie. Com os músculos endurecidos, gritou seu nome ao ejacular profundo dentro dela.

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Pouco depois, quando se tinham amado o suficiente de sua mútua excitação para falar, Marie meneou seus quadris, como mostrando que ainda estavam unidos. Exausta, disse entre risadas e gemidos. -Não acredito que seu pau queira me deixar ainda. -Ele não quer te deixar nunca, corrigiu Fredrik, sorrindo-lhe. Uma de suas sobrancelhas se levantou jocosa. -E seus dedos? Planejam agarrar-se a meus seios para sempre? Olhou para baixo, para seu seio, onde os mamilos eretos permaneciam presos entre seus polegares e indicadores. Ele riu baixo. -Eu adoro seus seios. Baixou sua cabeça o suficiente para passar sua língua por seus seios. Ficando sério, subiu sua cabeça, e seu sorriso se enfraqueceu. -Por que deixar algo que um ama? Perguntou sentidamente, com uma voz mais séria. Os olhos de Marie subiram rapidamente para encontrar-se com os dele. Por um longo momento, ela não falou, só estudou seus traços faciais e sua intensa aparência. Finalmente falou, com uma voz que era apenas um sussurro. -Estou começando a me fazer a mesma pergunta. Sorriu lentamente. Por que, realmente? Ele respirou profundo, em seguida exalou lentamente. -Amo você, Marie. -Fredrik, eu… -Shh. Ele soltou um de seus mamilos e pousou suavemente dois dedos sobre seus lábios. -Não tem que dizer nada, anjo. Só saber que é verdade. Marie fechou os olhos, muito aflita para manter seu olhar. Depois de uns momentos, ela assentiu com sua cabeça, fazendo Fredrik tirar a mão de sua boca.

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-Obrigada, sussurrou, enquanto seus olhos encontravam aos dele uma vez mais. -Obrigada.

3ª Parte: A Eleição

Capítulo 11

Marie sorriu ao escutar Fredrik cantarolar, o som filtrando-se através da porta fechada do banheiro e impregnando o ambiente do dormitório. Sempre fazia isso quando se barbeava uma qualidade animada e simpática. -Tenho frio, murmurou a si mesma enquanto se dirigia silenciosamente ao closet. -Você goste ou não, lindo, tomarei emprestada uma de suas camisas. Cantarolando um pouco ela também, abriu as portas do closet e entrou. Olhando ao seu redor, decidiu rapidamente que o homem tinha uma clara afinidade com a cor negra.

Paletós negros, calças negras, sapatos negros, botas negras… havia pouca variedade para aliviar a crueldade, exceto por uma ou duas camisas de seda brancas.

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Céu santo, Fredrik, sorriu para si. Também eu gosto de usar negro, mas isto é quase mórbido. Passou suas mãos por dois sobretudos negros, em seguida os separou para os fundos. Seu olhar pousou em uma pequena mesa cheia de relógios e coisas pelo estilo justo detrás dos paletós, fazendo que seu sorriso empalidecesse um pouco. O que é isto? Perguntou-se em sua cabeça. Marie forçou os olhos um pouco para rebater a escuridão do closet. Aproximou sua cabeça, e seu corpo se paralisou por completo quando seu olhar pousou sobre um objeto em particular. -Minha fivela, murmurou, esticando-se para tomar a jóia com sua mão. -A fivela que perdi lá em… Seus olhos se aumentaram ao compreender. Deus Santo pensou horrorizada, por favor, me diga que não é possível que… -Ai, Deus. Enquanto sua respiração se tornava dificultosa, Marie fundia os miolos para encontrar a resposta que procurava. Seu cabelo se desatou e sua fivela caiu ao chão em algum momento durante sua caminhada no bosque aquela noite que o Saab tinha furado o pneu. E se não estava equivocada, tinha perdido bastante cedo, quase no começo da caminhada de horas através do bosque. Como Fredrik pôde encontrá-la? A menos que… a menos que tivesse estado ali todo o tempo, observando-a a distância como caminhava em círculos, cansada e assustada? -Ele a matou. Os enrugados lábios da Helena se levantaram, formando um cruel talho de sorriso. -Violou-a e a matou. Cortou-a em pedaços e a atirou aos cães. A mão de Marie se moveu para cima velozmente, por reflexo, para cobrir sua boca. Fechou o punho e o mordeu. -Ai, Deus, não. -Ele fará o mesmo contigo. Se lhe permitir aproximar-se de você, vai acontecer o mesmo contigo. Sua respiração tornando-se cada vez mais agitada ficou completamente quieta, escutando os sons de Fredrik cantarolando, prova de que ainda estava no banheiro e não a ponto de entrar e ver que tinha encontrado sua fivela.

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Mozart. Estava cantarolando uma das obras do Mozart. Fechando os olhos, respirou profundo e exalou, em seguida continuou com a tarefa de vestir-se rapidamente com a roupa de Fredrik. Não tinha tempo. Nada de tempo. Ele terminaria logo. Viria por ela. E saberia. Sempre sabia de tudo. Sim, pensou Marie com histeria, sempre sabia. Lançando um cinto ao redor da cintura para sustentar as calças, tomou sem pensar a fivela do chão, desesperada por ir enquanto ainda tinha a oportunidade. Antes que a alcançasse e… ai, Deus, o que ele faria? Não tinha tempo para pensar na precipitação de suas ações, tempo para preocupa se tirava conclusões infundadas. Logo poderia pensar em tudo o que quisesse. Logo, quando estivesse a salvo. Logo, quando estivesse ainda… com vida. Agora, não importava. Tudo o que entendia aqui e agora era a necessidade primária de sobreviver, de continuar a qualquer custo. Respirando profundo para não soltar lágrimas de irritação, medo e desilusão, caminhou silenciosamente nas pontas dos pés para a entrada do dormitório, assegurou-se que ele estava ainda no banheiro, em seguida correu a toda velocidade baixando a escada em espiral que levava ao térreo. Abotoando sua camisa para ocultar seus seios nus, voou pela porta de entrada e correu para o bosque tão rápido quanto permitiam suas pernas. -Sinto muito, Fredrik, sussurrou às árvores, - mas estar contigo é um risco que não posso continuar correndo.

*****

Fredrik se sentou na beirada da cama, com a cabeça baixa. Fazia girar a fivela preta distraidamente entre seus dedos enquanto olhava o vazio. Os músculos de suas costas duras e tensas, suas emoções tão expostas, consumindo-o todo. Ela se foi. Marie foi embora.

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Devia ter contado a verdade. Desde o começo. Devia ter contado tudo. Sobre Sophie. Sobre a Helena. Sobre aquela noite negra dez anos atrás. Sobre o que realmente ocorreu. E também devia ter admitido que ele atraiu Marie ao bosque. E logo devia ter admitido por que. Por que… precisava dela.. Porque havia uma ligação íntima com ela. Porque no primeiro momento em que pôs os olhos sobre ela, havia… sentido. Tinha estado morto por dentro tanto tempo. Um tempo tão incrivelmente longo. Desolado. Vazio. Um abismo. E então chegou Marie Robb. A linda mulher com grandes olhos e um coração ferido e tão entristecido como o seu. A olhou nos olhos e soube. De certa forma, de uma maneira inexplicável, ele soube que ela traria de volta a luz a seu escuro vazio. Mas agora essa luz se foi, e tudo o que ficava era escuridão. Devia ter contado. Por que, perguntou-se, enquanto passava uma mão pesada por seu cabelo negro e curto, por que não confiou nela em toda esta semana? Por que tinha deixado acreditar o pior dele sem contar a verdade? Fredrik respirou fundo enquanto ficava de pé. Logo depois de olhar ao redor do dormitório, fechou seus olhos para aliviar a dor. Os lençóis tinham seu perfume. Sua risada retumbava nas paredes. O som de quando se tinha prazer em seus braços. Seu olhar presunçoso quando ganhou no xadrez. A serenidade de sua expressão quando pintava… -Por Deus, murmurou, fechando o punho. -Por Deus.

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Capítulo 12

As Montanhas Escocesas Um mês depois

Marie mordiscava seu lábio inferior enquanto apoiava o pincel sobre a tela e tratava uma vez mais de pintar a majestosa vista outonal ao seu redor. Não havia nada tão lindo, tão assombroso, como os verdes e frondosos bosques das montanhas escocesas, misturados com flores brilhantes e vivazes e fauna de várias cores. Suspirou, fechando os olhos por um instante. Não estava saindo bem. E, pior ainda, ela sabia por que. Algo, ou melhor, dizendo alguém, faltava na equação. Fredrik. A casinha de pedra que tinha comprado para viver o resto de sua vida era exatamente o que sempre tinha querido. Não era muito pequena nem muito grande, nem muito isolada nem muito cravada no meio da cidade. A pequena e serena casinha estava localizada em uma zona remota de Escócia, ideal para quando queria estar sozinha, mas o suficientemente perto da cidade de Inverness quando precisava estar com gente. E mais, estava finalmente a cargo de seu próprio destino. Finalmente tinha amadurecido. Tinha provocado um infinito gosto dizer a seu pai que não voltaria para os Estados Unidos… jamais. E que não voltaria a vê-lo… talvez nunca mais. Não foi difícil tomar a decisão, não quando pôs os olhos nessa genial e pequena fortaleza de pedra, a casinha que a atraiu por tantas vias diferentes. Marie tinha encontrado a paz ali, uma serenidade interior, um sentimento de bem-estar, que nunca mais sacrificaria por ninguém. Nunca mais voltaria para os Estados Unidos, nem sequer de visita.

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E mesmo assim, feliz como estava nas montanhas escocesas, também estava plenamente consciente de que faltava algo importante ali: um homem. Mas não qualquer homem, é obvio. Não era suficiente qualquer homem. Sentia saudades de Fredrik. Fredrik Sörebo. Marie meneou a cabeça e suspirou enquanto apoiava o pincel em um prato com diluente e olhou distraidamente sua pintura. Por que sentia saudades? Perguntou-se pela enésima vez desde que deixou Göthmoor. Era reservado e misterioso, dominador e rígido, autoritário e… Franziu o cenho enquanto passava os dedos por seu cabelo dourado. Não tinha sentido se autoconvencer. Os erros de Fredrik não importavam, ela conhecia o homem que havia debaixo dele. Sabia que era intrinsecamente honesto fundamentalmente leal e devoto. Tudo o que Helena havia dito não era verdade. Não podia ser verdade. Simplesmente não fechava. Já não importava qual tinha sido o papel de Fredrik nessa tragédia dez anos atrás, porque sabia que não tinha feito essas coisas horríveis que o acusavam. Simplesmente não era possível. Sentiu uma punhalada de culpa ao admitir pela primeira vez desde que tinha deixado Göthmoor que sabia a verdade antes de fugir dele. Inclusive antes disso sabia. E mesmo assim, como uma covarde, assustada com suas emoções como esteve Fredrik, igualmente fugiu. -O que eu fiz? Sussurrou para si. -Maldição, o que fiz? E se sentiu pior. Marie fechou os olhos e sentiu o ar catártico enquanto contemplava quanto pior se sentia. Fredrik a tinha estado procurando, sabia. Tinha seguido seu rastro até Inverness, várias vezes, mas não chegou mais longe. Já deve ter ido da Escócia, porque lhe deixou uma carta com um dos advogados do povoado, provavelmente sem esperanças de que ela a recebesse. Realmente, o fato de ter recebido a carta foi uma casualidade, uma coincidência que a levou ao mesmo advogado para pedir conselho sobre uns problemas sem importância com o visto.

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A carta estava aqui, em sua casinha. A carta de Fredrik que nunca leu que tinha atirado em uma gaveta e tinha rejeitado até de lhe dirigir o olhar, temendo que a fizesse sentir tão mal pelo que tinha feito a ele como se sentia neste preciso instante. Queixando, ficou de pé e foi diretamente para a porta da casa. -É uma idiota, Marie, recriminouse apertando os dentes. -Uma idiota. Encontrou a carta onde a tinha deixado, em uma gaveta em desuso na arejada cozinha da casinha. Tentou abrir o envelope torpemente, e tirou a carta dentro dele. Fechando os olhos, sustentou o papel frente a seu nariz e aspirou seu perfume. Fredrik. Teria sabido que a carta foi escrita por ele somente pelo perfume quente, doce e masculino. Com o coração golpeando em seu peito, desabou-se na cadeira mais próxima e começou a ler. Minha queridíssima Marie Não te culpo por fugir, assim não pense nisso. Tantas perguntas sem resposta, tantas coisas que devia dizer a você para te fazer compreender o que se passou há tanto tempo e, entretanto mantive o silêncio. Perguntei-me durante semanas e à conclusão que posso chegar é que não quis correr o risco de te perder, de que saiba o que passou aquela noite e tome uma decisão sobre nós. Entretanto, isto é exatamente o que aconteceu, não? A vida pode ser irônica, decididamente. Eu não matei Sophie, anjo. Ou ao menos não foi minha intenção. Eu amei essa garota uma vez, ou acreditei que a amei naquela época. Era jovem e era formosa e estava cheia de vida, Sophie. Mas ela tinha um lado escuro também. Um vazio e uma carência que finalmente foram mais fortes que ela e a consumiram. Era um lado dela que não se deixou ninguém ver, nem eu, até o dia em que morreu.

Os olhos de Marie se aumentavam enquanto seguia lendo. Estava perto de descobrir o que aconteceu. Tantos falatórios, tantas perguntas, e finalmente estava dizendo a verdade daquela noite horrível dez anos atrás. Agarrou-se à carta com força, enrugando a beirada do papel.

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Antes de morrer, Sophie tinha se aproximado de mim, querendo confiar em mim, mas temia que eu lhe desse as costas se soubesse a verdade. Assegurei-lhe que não seria assim, que nunca seria assim, que ela poderia me dizer e eu nunca a deixaria. Escutei dizer que alguém deve ser cuidadoso antes de fazer comentários tão monopolistas, e logo descobriria quanta verdade havia nessas palavras. Sophie estava grávida. E eu sabia que o menino não podia ser meu porque nunca tínhamos consumado nossa relação. Então quando veio me procurar em minha casa, encontrou-me no balcão, e eu a ataquei. Fui às nuvens e a ataquei. Não a toquei, olhe, mas simplesmente gritei. Não me importaram as promessas que eu tinha feito não me importou nada mais que o fato que tinha entregado seu corpo a outro homem. E o que é pior, tinha dado seu corpo a outro homem, mas nunca me tinha permitido tocá-la. Queria-a fora de minha casa, longe de minha vista. Gritei-lhe que fosse que não voltasse nunca mais. Gritei que era igual a todas as outras antes dela. Uma putinha mentirosa que diria coisas a um homem para conseguir o que queria dele. Uma traidora que me queria por meu dinheiro e nada mais. Mas quando se voltou para ir-se, senti de repente culpa e tristeza. Calei-me e lhe ofereci minha mão, dizendo que não fosse que voltasse para balcão e que falaríamos do que aconteceu. Pensei que se sentiria aliviada, inclusive agradecida. Mas não. Quando se voltou estava… sorrindo. Literalmente… sorrindo. Nunca esquecerei o desconcertante olhar em seus olhos, seus lábios estirados para cima enquanto se virava lentamente para me olhar. Foi suficiente para me pôr alerta, até um pouco assustado. Que eu era trinta centímetros mais alto e 30 quilos mais pesado não contou. -É um tolo, Fredrik, havia dito ela. -Um maldito tolo. Pensou honestamente que alguma vez deixaria que uma desagradável criatura como você me tocasse quando há outros muito mais bonitos para escolher?

-Ai, Fredrik, sussurrou Marie, enquanto uma lágrima corria por sua face. -Ela estava equivocada. Tão equivocada.

E então Sophie me disse o nome do homem que se esteve deitando, o nome do homem que a tinha levado a cama e lhe tinha feito um filho. Disse-me seu nome e acreditei que adoeceria, Marie. Então lhe gritei que fosse que fosse de uma vez e para sempre porque só vê-la sentia arrepios de raiva. Ali foi quando Sophie se perdeu por completo. Lançou-se sobre mim como um animal raivoso, me arranhando com suas unhas e gritando todo tipo de asquerosidades.

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Não sabia como reagir na realidade. Não estava certo do que fazer. Mas meus reflexos tomaram o controle e a afastei de um empurrão com todas minhas forças. E em seguida, como em um filme, vi horrorizado como o corrimão do balcão cedia e Sophie começava a perder o equilíbrio. Nesse momento, parecia lúcida outra vez. Nesse momento teve o suficiente uso de razão para notar que ia morrer, de que estava caindo e ia morrer. -Fredrik! Gritou, esticando a mão para mim. E juro isso, Marie, jurou-lhe que me lancei para ela e tratei de chegar a tempo. E se tivesse mais perto dela o teria conseguido. Mas não estava… e não pude. Sophie caiu do balcão e não houve mais que pudesse fazer para salvá-la. Ouvi-a gritar todo o tempo que durou a queda de quinze metros. O som, o som que uma pessoa faz quando sabe que vai morrer… eu ouço em meus pesadelos até o dia de hoje.

Marie tapou a boca com uma mão.

Ela caiu até que seu corpo golpeou contra uma área de rochas afiadas sobre a praia debaixo. Golpeou-as com tal força que uma pedra retangular atravessou seu peito, deixando um buraco do tamanho de uma bola de basquete. Sentei-me ali no precipício do batente quebrado durante horas, muito pasmo, muito aterrorizado para fazer nada. Devi ter ido limpar seus restos para que Helena fosse poupada ao menos isso. Mas em troca só me sentei ali, e as horas voavam como minutos, enquanto os cães selvagens se alimentavam com a carne despedaçada de uma jovem que jazia morta sobre uma pilha de rochas afiadas, seu corpo impregnado por seu próprio pai… -Ai, Meu Deus. A Marie lhe espremeu o coração ao ler o resto da história. Odiou-se tanto nesse momento por não ter apoiado Fredrik, desprezou-se por lhe dar crédito embora seja por um segundo ao que a obviamente desequilibrada Helena havia dito dele.

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E logo a história da morte de Sophie Anders terminava e a carta continuava, depois de Fredrik relatar os últimos dez anos de sua vida, contando sobre a culpa e vergonha que o consumiu por tanto tempo. E finalmente falou dela, de Marie, e as lágrimas começaram a brotar.

Fiz o que te pedi e me deu uma semana de sua vida. Uma semana para caminhar sob o sol contigo. Uma semana para me sentir um homem inteiro novamente. Uma semana para me apaixonar e ter o prazer de chegar a conhecer a verdadeira Marie Robb. Fiz todas essas coisas e mais, anjo…

Marie secou seus olhos com a manga de seu avental de pintora. Suas mãos tremiam tanto que teve que deixar a carta sobre a mesa da cozinha e inclinar-se sobre ela para terminar.

Nunca esquecerei nem um momento do tempo que estivemos juntos. Nunca. Recordarei cada risada, cada abraço, cada clímax, cada sorriso. Apenas te vi, tinha-me decidido a ficar contigo. Pensei em não te dar nunca a oportunidade de me deixar porque te queria tanto para mim, tanto. Mas quanto mais tempo passava contigo, mais me apaixonava por você, e mais comecei a me dar conta de que não podia fazer isso. Não se depois quisesse viver em paz comigo mesmo. Você foi como uma ave enjaulada toda sua vida, anjo, cantando ao ritmo da música de todos menos da tua. Ao ritmo de seu pai. Ao ritmo da sociedade. Inclusive no meu ritmo. Mas nunca ao ritmo de Marie. Espero que tenha encontrado o que procurava na Escócia, anjo, e espero que esteja cantando a um ritmo que seja só o teu. Mas também espero que se lembre de nossa semana de tempos em tempos e a recorde com carinho. E quando as noites se tornarem frias e solitárias, recorda que há um homem na Suécia que sempre leva você no coração. Obrigado, meu anjo. Obrigado por tudo o que me deu. Levarei e o entesourarei sempre no coração.

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Agora vê e pinta lindas pinturas e canta canções felizes e nunca mais deixe que nenhum tolo diga que fazer essas coisas que você gosta não vale a pena. Uma vez você me disse que eu sou valioso. Bom, Marie, anjo, você também é. Nunca duvide. Com todo meu amor, Fredrik.

Capítulo 13

Fredrik estudou o retrato que Marie tinha pintado dele parado entre seus jardins enquanto tomava sua xícara de café matutino. Os jardins em questão estavam cheios de vida esse dia, vibrantes flores coloridas contrastando com um céu igualmente vivo. Passou um dedo por uma das flores pintadas, um botão de rosa que ainda devia florescer. -Como eu, anjo, antes de conhecer você. Sorrindo nostálgico, tirou seu dedo do retrato e olhou distraidamente para os jardins enquanto continuava tomando goles de seu café. Perguntou-se o que estaria fazendo Marie neste momento, perguntou-se se ela pensaria nele tanto, ou alguma vez sequer. Para ela já tinha passado mais de um mês, talvez suas lembranças dele se apagassem. Mas para ele, para Fredrik, ainda se sentia preso no meio de sua semana no paraíso, reproduzindo cada momento em sua mente uma e outra vez até que se sentia muito triste para continuar. Se pudesse voltar atrás, teria contado a verdade desde o começo. Tinha deixado que a culpa pela forma que Sophie morreu e os falatórios do povo o levassem a solidão. Houve uma vez que não lhe incomodava tanto. Mas também houve uma vez que não tinha conhecido a Marie. Sentia saudades. Deus Santo como… -Olá, Fredrik. Paralisou-se. Pasmado, e não muito certo de que não estava imaginando coisas, levantou lentamente a cabeça e olhou a seu redor, por todo o jardim.

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Ninguém. Deus, realmente estava perdendo o juízo. Suspirando, Fredrik apoiou a xícara de café e ficou de pé para ir. Os jardins… havia simplesmente muitas lembranças dela aqui. Precisava deixar este lugar, e preferentemente antes que perdesse o juízo por completo. -Disse olá, Fredrik. A cabeça de Fredrik se levantou enquanto vasculhava os jardins mais uma vez. Esta vez estava certo de ter escutado uma voz de mulher… e de que talvez tenha escutado sua voz. E então ela surgiu de um dos atalhos e o ritmo de seu coração aumentou dez vezes. Ela estava nua, completamente nua, tal como tinha estado durante sua semana completa sob o sol. -Marie, murmurou. Ela sorriu lentamente, detendo-se diante dele ao chegar perto. Ela assentiu com a cabeça. -Aqui estou, sussurrou. Atônito e aflito, só podia observar seus traços, memorizando cada linha, cada curva, e gravá-la em sua memória. Finalmente, logo depois de ter passado um bom momento em silêncio, moveu a cabeça levemente e encontrou seu olhar. -Mas, por quê? Perguntou um pouco trêmulo. -Por que retornou? Marie lhe sorriu, seus olhos brilhavam com lágrimas sem derramar. -Vim te levar para casa, disse ela suavemente. Essas palavras. As mesmas palavras que Fredrik havia dito a ela todas essas semanas atrás… Fechando os olhos, tomou ar para acreditar, para não parecer fraco diante de Marie. -Te amo, Fredrik, sussurrou ela, esticando uma mão para desabotoar suas calças. -Amo você e vim para te levar para casa.

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E logo não importou se uma lágrima solta ou duas escapavam sem permissão, porque tinha a Marie entre seus braços e sua vagina recebia feliz o membro dele enquanto se deitavam na grama e faziam amor sob o sol. Penetrou-a várias vezes, uma e outra vez, querendo que não chegasse o momento de parar, querendo que nunca se acabasse o sentimento. Ela agarrou-se a ele com todo seu corpo, com todas suas emoções, com as pernas rodeando firmemente sua cintura, sua garganta nua para sua boca enquanto ele arremetia muito profundo. Alguns minutos depois, enquanto jaziam exaustos e repletos um nos braços do outro, Fredrik a atraiu contra ele tanto quanto foi possível,a apertou com carinho. -Disse que me levaria a casa, sussurrou em um tom sério, com uma voz seca de fazer amor. -Farei isso. -Por quanto tempo você me quer? Perguntou ele seriamente. Marie procurou seu olhar azul claro e sorriu satisfeita. -Para sempre e um dia, murmurou. Para sempre e um dia.

4ª Parte: Fênix Das Cinzas

Epílogo

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Marie riu enquanto rodeava Fredrik pela cintura com seus braços e o segurava com força. -Nunca antes tinha andado de motocicleta nua! Gritou para que ele a escutasse por sobre o ruído do motor. -Nem eu! Gritou ele em resposta, rindo enquanto o vento os açoitava. -Está muito bom. Marie riu encantada como tinha aprendido com ela expressões americanas e inconscientemente às usava em orações. -Pergunto-me se poderemos encontrar alguma rota para fazer isto quando chegarmos às montanhas escocesas na semana que vem! Fredrik encolheu de ombros e riu em voz baixa. -Faremos uma rota juntos se é que não existe uma. A olhou a tempo para lhe piscar um olho rindo malicioso. Marie apertou sua cintura e lhe deu um beijo na nuca. Estava falando com duplo sentido de novo, só que desta vez ela sabia exatamente o que queria dizer. -Fredrik? -Sim? -Jag älskar dig. Ele sorriu abertamente, mostrando uma linha de dentes brancos e ordenados. -Sim, neném. Eu também te amo.

FIM

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