muito mais rápido, tem escola, possuem uma visita mensal do médico da família, tem as igrejas. Nos falam que agora melhorou porque trabalham menos e ganham mais. Isso se deve ao turismo. O trabalho pesado na roça e na pesca e o que ganhavam era pouco, foi substituído pela arrumação de camas de pousadas, ganhando muito mais e no Marujá é muito crescente o turismo, todo final de semana tem gente.
Eles têm o orgulho de levar o nome de “caiçara” e fazem o possível para valorizar ainda mais essa cultura. Assim não temos dúvidas da sabedoria desse povo mais velho, porque apesar das perdas que tiveram, souberam adequar-se a seus novos “estilos de vida”, preservando suas raízes.
Juliana Greco Yamaoka
Mas em termos culturais, apesar de agora terem uma vida melhor, se perdeu muita coisa, não é culpa dos moradores, pois mesmo com as restrições do parque ainda passam sua cultura para os mais jovens, pelo menos o que se pode ainda fazer.
Morro dos Três Irmãos
142 Saberes Caiçaras - A cultura caiçara na história de Cananéia
Referências Bibliográficas ALMEIDA, Antonio Paulino de. Memória Histórica da Ilha do Cardoso. IN: DIEGUES, Antonio Carlos (organizador). Enciclopédia Caiçara – Volume IV – História e Memória Caiçara. SP: Editora HUCITEC/ NUPAUB/CEC/USP, 2005, pág. 61-75. MITRAUD, S. (Org.). Manual de Ecoturismo de base comunitária: ferramentas para um planejamento responsável. Brasília: WWF Brasil, 2003. PARADA, Isadora Le Senechal. Mudanças sócioambientais de duas comunidades caiçaras do Parque Estadual da Ilha do Cardoso – SP. Trabalho de conclusão de Curso. UNESP- Campos de Rio Claro. Rio Claro – SP, 2001.