Volume 05 - Želimir Žilnik e a Black Wave

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política cotidiana.13. As condições culturais e cognitivas não podem ser entendidas sem a política cultural geral que estava orientada para a promoção internacional do socialismo de autogestão (Zimmerman, 2010). Isso forçou a representação da Iugoslávia como livre e democrática, o socialismo mais humano. Artistas podiam viajar para a o Oeste e o Leste europeus e não estavam tendo dificuldades para mostrar sua arte fora da Iugoslávia. A existência da escola Praxis, da Onda Negra e do Modernismo socialista em geral são sinais de liberdade política e cultural, ao invés de repressão política e política cultural superpolitizada.

Cinema Kommunisto • divulgação

De acordo com Sergio Germani, um estudioso importante do cinema iugoslavo, o Modernismo iugoslavo foi um movimento amplo, que compreendia “um balanço criativo geral no teatro, literatura, artes plásticas e música” (2010, p. 280). A esta lista podemos acrescentar a nova arte gráfica e, mais tarde, a arte e a performance corporal: nunca antes ou depois a arte iugoslava floresceu tanto. Ela atingiu seu pico em diferentes cidades por toda a Iugoslávia, de Ljubljana e Zagreb a Novi Sad, Belgrado e Sarajevo (Šuvaković, 2006). Certamente, este desenvolvimento foi polivalente em termos de estética e política de obras de arte. Houve uma massa de Modernismo “conservador” 13

Para um relato provocante do status dessa situação e do papel da arte, ver a contribuição de Boris Buden

sobre o assunto.

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ŽELIMIR ŽILNIK E A black wave


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