Dois novos vereadores tomam posse no Alto Tietê

A Câmara Municipal de Ferraz de Vasconcelos tem dois novos vereadores para a 17ª legislatura da cidade. A posse do médico Jobson Joviano do Carmo Filho (PSB), o Dr. Jobson, e Mário de Mello Neto (Cidadania), o Tio Mário, ocorreu na sessão de 3ª feira, dia 7, no Plenário do Poder Legislativo.

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Rodrigo

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Violência política contra a mulher é um crime e fere a democracia brasileira

Raquel Gallinati

Há 91 anos, em 24 de fevereiro de 1932, foi instituído o Código Eleitoral, e as brasileiras conquistaram o direito de votar. Era facultativo. As casadas podiam votar com autorização do marido. Já as viúvas e solteiras podiam votar, mas desde que tivessem renda própria. Somente em 1965, o voto das mulheres tornou-se obrigatório, sendo equiparado ao dos homens.

Nos dias atuais, o voto feminino é decisivo nas eleições. Segundo o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), mais de 50% do eleitorado brasileiro é composto por mulheres. Em contrapartida, apesar de sermos a maioria do eleitorado, ainda existe pouca representatividade política.

Na Câmara Federal, por exemplo, as mulheres representam pouco mais de 17% dos deputados eleitos, sendo 91 mulheres para um total 513 parlamentares. No Senado, a situação é ainda pior: apenas 11 entre as 81 cadeiras são ocupadas por mulheres, ou seja, 12,3% do total. Percebe-se que há um longo caminho a ser percorrido até que a igualdade de direitos políticos seja atingida e para que as mulheres possam ter os mesmos espaços que os homens.

Quando se fala da relutância em aceitar as mulheres na Política, há um caso emblemático de extrema violência, a das irmãs Mirabal, Pátria, Minerva e Maria Teresa. Popularmente conhecidas como As Mariposas, as jovens foram brutalmente assassinadas em 25 de novembro de 1960, na República Dominicana. O crime foi cometido pelo ditador Rafa- el Leônidas Trujillo, de quem as irmãs eram opositoras. Por combater o ditador, pagaram com a própria vida. Estas mulheres foram torturadas e estupradas e seus corpos foram encontrados no fundo de um precipício, estrangulados, com os ossos quebrados. As mortes repercutiram em todo o mundo, causando grande comoção, na época.

A violência política, inclusive de forma velada, é um desa�io, infelizmente, comum às mulheres que ingressam na vida pública no Brasil e é um dos principais fatores que justi�icam a reduzida presença feminina na política.

Uma vez eleita, ou ocupando o lugar de liderança, a mulher enfrentará uma rotina exaustiva de discriminação, desrespeito e até ameaças, e será cobrada a todo momento, como se uma impostora fosse e tivesse que comprovar sua legitimidade.

Passou a ser tipi�icada como crime, em agosto de 2021, a violência política contra a mulher, quando foi sancionada a Lei nº 14.192/21. Esta violência abrange a violência �ísica, psicológica, simbólica, sexual, patrimonial, moral, com o propósito de suprimir os direitos político-eleitorais das mulheres.

Ações como o combate à violência política contra a mulher devem ser prioridade. Inúmeros são os obstáculos que violam os direitos políticos das mulheres e são colocados para que elas não possam representar seus próprios interesses. Exemplos corriqueiros são as agressões verbais contra a honra objetiva e

8 de março: resistir para existir

O Dia Internacional da Mulher, comemorado no dia 8 de março celebra as conquistas das mulheres em diversos cenários, uma data que marca internacionalmente a luta das mulheres e destaca a importância da �igura na sociedade e suas conquistas e direitos.

Ao longo da história sempre houve mulheres que se rebelaram contra sua condição e lutaram por liberdade e direitos, até então, exclusivos aos homens. Além de tantas lutas conquistadas nos movimentos feministas, uma das frentes de lutas do feminismo no Brasil tem sido também a denúncia de desvalorização da mulher, manifesta nas mais variadas expressões de nossa cultura dentro de uma sociedade que divide através de gênero, de raça de classe. Casos de violência psicológica, subjetiva, que não se intimidam em explorar a sexualidade das mulheres, suas características �ísicas, com o objetivo de desquali�icá-las.

Também não são raros relatos de mulheres públicas que sofreram ameaças, perseguições, violência psicológica e até mesmo importunação sexual. Mais do que violar a honra subjetiva e objetiva da ofendida, fere o exercício do mandato político, e a própria democracia. A violência contra as mulheres na política gera graves prejuízos que fragilizam a democracia.

Para uma construção genuinamente democrática do país, a mulher deve ocupar e manter-se em espaços e posições que in�luenciem na tomada de decisões políticas nas mais variadas vertentes: no universo acadêmico, nas instituições de estado, mundo corporativo, nas casas legislativas em todas as esferas, municipal, estadual e federal, no Executivo, no Judiciário, nas entidades representativas sociais, nos partidos políticos, entre outras. Este é pressuposto fundamental para a promoção da igualdade de oportunidades, para a garantia dos direitos e para o combate a todas as formas de violência, e a ressigni�icação da mulher na sociedade.

Raquel Gallinati é delegada de Polícia; pós-graduada em Ciências Penais, em Direito de Polícia Judiciária, e em Processo Penal; mestre em Filoso�ia; e diretora da Associação dos Delegados de Polícia (Adepol) do Brasil

Romildo Campello apresentará quadro de política

O analista político Romildo Campello estreará na próxima semana, na apresentação do quadro “Momento Político”, do telejornal on-line AT Urgente e simultaneamente no Luk Alto Tietê, do Instagram. Campello que já exerceu os cargos de secretário de Estado de Turismo e de Cultura, no governo do atual vice-presidente da República Geralodo Alckmin, então governador de São Paulo, abordará temas sobre as articulações políticas nas cidades do Alto Tietê.

Especial Mês das Mulheres

O telejornal AT Urgente e o Luk Alto Tietê produziram uma série de quatro entrevistas homenageando as prefeitas Priscila Gambale, de Ferraz de Vasconcelos; Márcia Bin, de Poá; e as vice-prefeitas Priscila Yamagami, de Mogi das Cruzes e Jane Magalhães, de Salesópolis, pelo mês das mulheres e ao Dia Internacional da Mulher, comemorado no dia 8.

A primeira entrevista levada ao ar é da prefeita Priscila Gambale. A entrevista completa estará disponível no canal da DNTV no YouTube, digitando @dntb100 e no Instagram: Luk Alto Tietê.

André do Prado e a presidência da Alesp

O deputado estadual reeleito André do Prado (PL), é forte candidato a presidência da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo, a Alesp, para o biênio 2023-2025.

No próximo dia 15, os 94 novos deputados estaduais tomam posse e elegerão o novo presidente. André do Prado que cumprirá o seu 4º mandato deverá ser eleito para comandar a Alesp se não acontecer nenhuma surpresa.

Articulações municipais iniciam em abril

Já é certo que após a posse dos deputados estaduais, marcada para o dia 15, terão início as tratativas e articulações sobre as eleições municipais de 2024, quando serão eleitos prefeitos, prefeitas, vereadores e vereadoras.

AUGUSTO DO JORNAL

�ísica, sexual, patrimonial, moral, institucional, familiar e de gênero.

Mesmo com todos os avanços, elas ainda sofrem, em muitos locais, com salários baixos, com jornadas excessivas de trabalho e desvantagens na carreira pro�issional, com violência masculina.

Muito foi conquistado até aqui e ainda há muito a ser modi�icado nesta história. Embora tenham sido conquistados diversos direitos, a luta não para e continua tendo a busca por igualdade social como sua maior meta. Uma luta que ainda busca sanar todas as desigualdades, preconceitos e discriminações contra a mulher.

Querendo ser ouvida e incluída nas diversas esferas institucionais a mulher vai à luta em busca de seu lugar e direitos na sociedade.

Deixamos aqui registrado toda a nossa admiração e o nosso respeito às todas as mulheres do mundo. Esperamos que, cada vez mais, as mulheres tenham oportunidades igualitárias e respeito que merecem.

Augusto do Jornal é diretor nacional da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB); diretor nacional da Federação Interestadual dos Metalúrgicos e Metalúrgicas do Brasil (FITMETAL); vice-presidente da Federação dos Empregados em Turismo e Hospitalidade do Estado de São Paulo (FETHESP); e presidente do Sindicato dos Empregados nas Empresas de Conservação, Manutenção e Assistência Técnica de Elevadores e Similares do Estado de São Paulo (SEECMATESP).

Como é tradição depois das posses dos deputados federais e estaduais, os holofotes se voltam às eleições municipais e muitos nomes já começam a ser ventilados nos bastidores da política no Alto Tietê.

Publicado pela ConsultPress

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