Visita ao Dante

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Gracia Goyano Scaléa Klein - Visita ao Colégio Dante Alighieri, em 10/10/12

Sino da escola: foto tirada em 10/10/12 Marcada pelas badaladas do sino Recentemente, em 2011, o colégio Dante Alighieri fez cem anos e publicou um livro cujo título é “Um século de História, Cultura e Inovação”. Livro muito bem escrito e com belíssimas imagens que conta a história desta escola, criada para os filhos de imigrantes italianos, em 1911. Hoje, depois de cem anos, ela possui por volta de 4200 alunos, da Educação Infantil ao final do Ensino Médio e 300 professores. Nosso grupo tem o privilégio de contar com uma colega muito competente e que, há doze anos, é coordenadora da área de Tecnologia educacional da escola. Generosamente, ela nos recebeu para conhecermos parte do trabalho de inserção de novas tecnologias, liderado por ela. Como todas as discussões feitas até então, o grande desafio que ela coloca está em como inserir as novas tecnologias no currículo, com projetos pedagógicos significativos; como envolver a direção e os professores para torná-los partícipes e entusiastas das escolhas e, sobretudo, como disseminar para toda a escola esses projetos. Em primeiro lugar, está a “compra” da ideia pelos gestores e a alocação de investimentos para a área. No Dante, isso está bem resolvido, pois como é uma fundação que não visa a lucros, o que se ganha se reinveste. Em segundo lugar, criou-se um grupo com a indicação de uma consultoria externa, denominado NUPE (núcleo de proposições educacionais), formado por seis integrantes (dois representantes da direção executiva, o diretor pedagógico, o coordenador de História , a coordenadora das orientadoras e a coordenadora de tecnologia educacional ) com voto paritário, em relação a decisões estratégicas de médio e longo prazos. Claro está que , em meio a 300 funcionários, essa escolha dá o recado claro que projetos de inserção de novas tecnologias terão destaque . Ao longo desses últimos doze anos, o grupo de TE prestou assessoria localizada aos professores, mas em 2011, depois de grande parte do ano anterior discutindo a implementação, a escola comprou 50 Ipads para um classe piloto da 1ª série do Ensino Médio : 35 para alunos e 15 para professores. Pelas contas da coordenadora, 30 % dos professores se envolveram. O professor Valente, neste momento, relembrou a recorrência desse índice : 30 % dentro, 30 % à espera e os outros 30... Decidiu-se, em 2012, implantar para todas as 1ªs séries e continuar com a 2ªs série piloto. O acompanhamento desse projeto implica reuniões mensais da coordenadora com os professores e, semanalmente, com um comitê de alunos, que mapeiam os problemas tecnológicos e conversam sobre o andamento do projeto. Criaram até um aplicativo chamado Check list.


O livro comemorativo de cem anos nos conta, também, que a vida na escola era marcada pelas badaladas do sino. Pude comprovar isso de 1971 a 1981, período em que fiz a Educação Básica, nesta mesma escola. Hoje, o sino ainda badala, mas se confunde com os sons dos teclados e as imagens dos deslizes das pontas dos dedos na inovação refletida, estudada e implementada com competência, nas brechas da parede secular.


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