Chapa Vladimir Herzog - Jornal da campanha

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P AULO J ERテ年IMO V ICE -P RESIDENTE

D OMINGOS M EIRELLES P RESIDENTE


RAZÃO E FÉ

A

Chapa Vladimir Herzog não escolheu Domingos Meirelles como candidato à presidência da nossa ABI, apenas por se tratar de um dos profissionais mais premiados da imprensa brasileira. Nós o escolhemos pelo seu caráter forte e transparente, pela sua generosidade, e por sua extraordinária capacidade de trabalho. Domingos Meirelles é um dos diretores com a maior e mais significativa folha de serviços prestados à Casa dos Jornalistas. Nos últimos 40 anos, exerceu diferentes atividades na instituição, entre elas a de editor do Boletim ABI, atual Jornal da ABI, em um dos períodos mais negros do regime militar. Em fevereiro de 2014 voltou a acumular a função de editor da mesma publicação com a de Diretor Econômico-Financeiro da entidade. Não foi a primeira vez que Domingos Meirelles assumiu, concomitantemente, tarefas distintas na ABI. Em 2006, foi responsável pela Diretoria Administrativa, Serviços Gerais, Patrimônio, Departamento Jurídico e manutenção do edifício-sede. Ao ser convocado para essas funções, ocupava a Diretoria de Assistência Social, para a qual fora eleito em 2004 com o compromisso de impedir o iminente colapso do ambulatório da entidade. O sucesso gerencial na recuperação do serviço médico, o credenciaria, dois anos depois, a acumular várias funções em meio a uma das maiores crises políticas da instituição. Metade da Diretoria se amotinara contra a gestão do então presidente Maurício Azêdo, na tentativa de afastá-lo do comando da Casa. O golpe era capitaneado por FichelDavit Chargel e Milton Temer. Como não conseguiram derrubá-lo da presidência, passaram a atacá-lo com uma in-

“Meirelles foi escolhido por nós pela sua extraordinária capacidade de doação à ABI. Ele s erá capaz, ao lado dos seus companheiros, de conduzir a Casa de Gustavo de Lacerda em direção ao futuro.”

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continência verbal cuja vileza jamais fora vista na história da entidade. Azêdo passou a ser vítima de impiedosa campanha de difamação (vide, na página 11, a carta amarga que escreveu, na qual relata a perfídia de que foi vítima por parte dos próprios companheiros). Como o golpe não prosperou, os detratores pediram demissão. A debandada de metade da Diretoria não conseguiu, entretanto, paralisar as atividades da ABI, como haviam planejado. O vácuo causado pelo afastamento de quatro diretores permitiria, mais uma vez, que Meirelles voltasse a demonstrar suas qualidades de administrador. Ao ocupar o cargo, abandonado por Fichel Davit, promoveu uma faxina geral no prédio que se encontrava em péssimas condições. Reformou onze banheiros e refez todos os lances de escada, entre o térreo e o 9º andar, que se encontravam em deplorável estado de conservação. Comprou, ainda, aparelhos de ar-condicionado, bebedouros e computadores A Biblioteca Bastos Tigre, no 12º andar, foi praticamente reconstruída. O trabalho, que se prolongou por mais de um ano, foi um dos mais importantes realizados pela ABI, nas últimas décadas. Os tacos, vorazmente atacados por cupins, foram substituídos por um material nobre capaz de suportar o peso das estantes. Meirelles foi obrigado a comprar um bloco de granito de seis toneladas para enfrentar essa nova empreitada. O granito foi cortado em lâminas e, depois, em lajotas, para que os veios da pedra compusessem um harmonioso desenho no piso. Todos os armários, fichários e as 629 prateleiras de madeira das estantes foram higienizadas, descupinizadas, lixadas e enceradas. Foi ainda comprada uma mapoteca galvanizada, com cinco gavetões, para acondicionamento de periódicos antigos, mapas e documentos raros. Outra intervenção de relevo, em 2006, foi a reforma do auditório do 9º andar. Todas as poltronas receberam estofamento novo, e o mecanismo que regulava a altura de cada assento foi ajustado. O trabalho levou seis meses para ser concluído, e foi executado pelos próprios funcionários da Casa. A obra física mais importante, depois da Biblioteca e da reforma do auditório,

foi a recuperação e modernização dos antigos elevadores da Casa (vide Relatório de Atividades da Diretoria gestão 2006/2007 publicado no Jornal da ABI).

C

om a ascensão de Tarcísio Holanda à presidência da Casa, em fevereiro deste ano, Meirelles voltou a acumular a função de Diretor Econômico-Financeiro com o gerenciamento da área responsável por serviços gerais e manutenção do edifíciosede. Tarcísio confiou-lhe a tarefa de reverter o quadro de desídia e abandono em que se encontrava o prédio, um testemunho físico das vilanias praticadas pelos renunciantes. Uma das suas primeiras providências foi consertar a central de ar-condicionado, parada há mais de um ano. A falta de refrigeração impedia que o auditório fosse alugado, privando a ABI de importante receita alternativa. Ao restabelecer o funcionamento do ar-condicionado, o dinheiro investido na reforma do equipamento foi recuperado pelo produto financeiro de duas semanas de aluguel. A substituição dos cabos dos elevadores, cujo prazo de validade havia sido ultrapassado em dois anos, foi imediatamente realizada, neutralizando o risco que oferecia aos associados e inquilinos do prédio. O piso do hall foi polido e lustrado (foto), o que não ocorria há mais de 30 anos. Foram também adquiridas duas toneladas e meia de placas de mármore italiano travertino para a grande reforma da fachada, que deverá estar concluída até o final de outubro. Meirelles foi escolhido por nós pela sua extraordinária capacidade de doação à ABI. Nós o poderíamos ter indicado também em homenagem à sua bem-sucedida atividade literária, autor de três obras de referência na moderna historiografia nacional. Nós fizemos essa escolha amparados na razão e na fé, convencidos de que Meirelles será capaz, ao lado dos seus companheiros, de conduzir a Casa de Gustavo de Lacerda em direção ao futuro, de ingressá-la no novo século, e de resgatar o prestígio, a credibilidade e o espaço político que se perderam, ao longo dos anos, nas dobras do tempo.

CHAPA VLADIMIR HERZOG


O presidente que a ABI precisa Domingos João Meirelles é jornalista e exerce a profissão desde 1965. Filho de imigrantes portugueses, nasceu em 8 de maio de 1940, e cresceu no bairro carioca do Méier, na Zona Norte do Rio de Janeiro. Em março de 1965, após trabalhar durante dois anos como vendedor de máquinas de escrever, ingressou no jornalismo como estagiário do jornal Última Hora. Dois anos depois, foi contratado pela Editora Abril. Trabalhou nas revistas Capricho, Cláudia, Quatro Rodas e Realidade. Passou em seguida pelas redações de O Jornal, O Globo, Jornal da Tarde e O Estado de S. Paulo. Em novembro de 1985, entrou para a Rede Globo de Televisão como repórter especial, onde realizou dezenas de trabalhos em toda a América Latina para o Fantástico, Jornal Nacional e Globo Repórter. Foi para o SBT em 1996, retornando à Rede Globo em 1999, a convite de Marluce Dias, então diretora-geral da emissora. Durante sete anos foi o apresentador do programa Linha Direta. Em 2014, Domingos assinou contrato de trabalho de três anos com a Rede Record.

PRÊMIOS Ao longo de 48 anos de profissão, conquistou mais de 30 prêmios entre os quais se destacam dois Prêmios Esso, três Wladimir Herzog de Direitos Humanos, e o Prêmio Rei de Espanha de Televisão, maior premiação jornalística dos povos de língua portuguesa e espanhola. Em 1994, foi condecorado pelo Exército com a Medalha do Pacificador. A Polícia Militar do Rio de Janeiro o distinguiu, em 2006, com a Ordem do Mérito Policial, no grau oficial.

Foi ainda agraciado com medalha e diploma pela Academia de Artes e Ciências Televisivas, como apresentador do programa Linha Direta, sendo um dos finalistas do Prêmio Emmy Internacional de 2007, na categoria documentário. Em 2008, Linha Direta voltaria a ser outra vez finalista do Emmy. Recebeu ainda os títulos de Cidadão Carioca da Câmara Municipal do Rio de Janeiro, e o de professor honoris causa da Faculdade de Minas (Faminas), em 2007. Foi agraciado com o Prêmio Gamacom da Universidade Gama Filho (1999), e com o Prêmio Personalidade Jornalística de 2008, da Universidade Veiga de Almeida. Em 2011, recebeu a Medalha Miguel Costa, da Polícia Militar do Estado de São Paulo. Recebeu, ainda, 12 placas de prata por palestras realizadas em diferentes instituições de ensino, como a Universidade Estácio de Sá, Escola Superior de Guerra, e Escola de Magistratura do Estado do Rio de Janeiro. Participou, nos últimos anos, de dezenas de Cursos e Seminários, entre os quais se destaca o VIII Encontro Nacional de Estudos Estratégicos, promovido em outubro de 2008 pela Universidade da Força Aérea (Unifa), para exame e discussão das diretrizes do novo Plano Nacional de Defesa (PND).

nal da ABI –, órgão oficial da Associação Brasileira de Imprensa. Ocupa, desde 2004, a Diretoria Econômico-Financeira da entidade. Em 2012 foi eleito, por aclamação, para a cadeira número dois do Instituto de Geografia e História Militar do Brasil. É um dos cinco historiadores civis que participam da instituição. Participa ainda de cursos livres sobre jornalismo investigativo, jornalismo literário, técnicas de redação, e estruturas narrativas para mídia impressa e TV. Realiza palestras sobre história contemporânea e gerenciamento de crise.

“O Fernando Segismundo dizia sempre: o Meirelles tem todas as qualidades para ser presidente da ABI. Sabe ouvir, é tolerante, criativo, culto e agregador. Seus livros são excelentes” Gioconda Segismundo

OUTRAS ATIVIDADES Foi diretor do Sindicato dos Jornalistas do Município do Rio de Janeiro (1975/ 1981), assessor de imprensa da OAB/RJ, e presidente da Cooperativa dos Profissionais de Imprensa do Estado do Rio de Janeiro (Coopim), entre 1982 e 1986. Exerceu ainda a função de editor do antigo Boletim ABI – atual Jor-

Obras

ANTONIO CHAHESTIAN/RECORD

Repórteres (obra coletiva) As Noites das Grandes Fogueiras - Uma História da Coluna Prestes Prêmio Jabuti/Melhor Reportagem de 1996 1930 - Os Órfãos da Revolução Prêmio Jabuti de 2006, na categoria Ciências Humanas. As Guerras do Gaúchos: A História dos Conflitos (obra coletiva) Recebeu o Prêmio Especial de Literatura Açorianos de 2009. Trabalha atualmente em três projetos simultâneos: Um livro sobre making off das suas principais reportagens, outro sobre o levante da Força Pública de São Paulo, em 1924, e o terceiro sobre a máquina de guerra construída pelos paulistas durante a Revolução Constitucionalista de 1932.

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NOSSO PROGRAMA Acupuntura e Massoterapia. A prestação de serviços seria também em regime de comodato, com atendimento gratuito extensivo ao corpo social e seus familiares.

Assistência médica e outros benefícios

“A prestação de serviços médicos ao corpo social é um compromisso histórico da ABI”

AMBULATÓRIO DA ABI Uma das nossas principais preocupações é acelerar o processo de recuperação do ambulatório da ABI, no sexto andar, que vinha sendo sucateado, há vários anos, pela antiga administração. O objetivo era extinguir, a médio prazo, o atendimento médico gratuito, um dos poucos serviços que a Casa ainda presta ao associado. A desativação do Ambulatório Paulo Roberto permitira que o andar fosse alugado a terceiros e transformado em nova fonte de renda para a entidade. A Chapa Vladimir Herzog entende que a prestação de serviços médicos ao corpo social é um compromisso histórico da

“Os associados da ABI que mantiverem suas mensalidades em dia terão direito a seguro de vida, seguro invalidez e auxílio funeral, sem qualquer ônus.”

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FREEIMAGES

A Chapa Vladimir Herzog iniciou negociações com a Fiat do Brasil para a sessão, em regime de comodato, de uma caminhonete Doblô, equipada com elevador, para transporte de associados da ABI com necessidades especiais. As despesas com manutenção, combustível e salário do motorista ficarão por conta da montadora. O veículo será colocado à disposição do corpo social através da Diretoria de Atividades Sociais. Os associados e seus familiares poderão fazer as requisições através de email ou telefone, com o mínimo de 24 horas de antecedência, desde que as solicitações sejam acompanhadas de pedido médico. A caminhonete poderá ser utilizada também como meio de transporte para consultas e tratamentos em toda a Região Metropolitana do Rio de Janeiro. A prestação de serviços fora dessa área será submetida à apreciação da chefia do serviço médico da entidade. A contrapartida da ABI , nesse contrato de comodato, será através da veiculação mensal de uma página de publicidade, no jornal da Casa, para que a Fiat divulgue os carros que fabrica. O acordo será renovado a cada ano, como estabelece uma das cláusulas do regime de comodato.

ABI, ao contrário do que sustenta o candidato à presidência pela Chapa Prudente de Moraes. A revitalização do ambulatório mostra-se fundamental, nos dias de hoje, diante do péssimo atendimento oferecido pela rede pública. Alguns anos atrás,os associados da ABI podiam desfrutar do atendimento de 27 médicos, de diferentes especialidades. Hoje são apenas sete. Não há sequer um urologista, cardiologista ou geriatra numa entidade, predominantemente masculina, onde a maior parte do corpo social tem acima dos 60 anos. Uma das iniciativas destinadas a reverter esse quadro de estagnação foi a rodada de negociações, iniciada há cerca de três meses, com a Faculdade de Medicina da Universidade Estácio de Sá. O espaço ocioso do sexto andar seria uma extensão do Curso de Medicina da Estácio com a implantação das especialidades de que tanto carece o corpo social da ABI, como ginecologia, pediatria e obstetrícia. Médicos e diretores da Universidade visitaram recentemente as instalações do sexto andar e mostraram-se interessados em firmar até o fim do ano um acordo de comodato com a Casa. A atual diretoria da ABI discute atualmente convênio semelhante com o Curso de Fisioterapia da Universidade Veiga de Almeida. Em outro espaço da entidade seriam implantados tratamentos especializados como Pilates, Musculatura, RPG,

SEGURO DE VIDA E OUTROS BENEFÍCIOS Inspirada nos excelentes resultados obtidos pela Associação de Imprensa de Pernambuco, a Chapa Vladimir Herzog pretende implantar um plano de seguro com as mesmas vantagens que a AIP conseguiu para seu corpo social.Os associados da ABI que mantiverem suas mensalidades em dia terão direito a seguro de vida, seguro invalidez e auxílio funeral, sem qualquer ônus. Como se trata de um seguro de grupo, a taxa de pagamento mensal é irrisória e poderá ser absorvida pela entidade, como ocorre com a AIP, que conseguiu quadruplicar o número de associados adimplentes com a introdução desse tipo de seguro, extensivo a todo o seu quadro social. O plano está sendo formatado pela mesma seguradora e deverá ser encaminhado à direção da ABI até o fim do mês. A adesão será efetuada através de um formulário próprio que está sendo confeccionado pelo pool de empresas especializadas nesse tipo de seguro. A Diretoria de Assistência Social pretende também expandir a entrega de cestas básicas, atualmente limitada aos sócios do Rio, a outras cidades do Estado. NOVOS CONVÊNIOS MÉDICO-HOSPITALARES A Chapa Vladimir Herzog estuda implantar um novo convênio médico-hospitalar que contemple os associados da ABI em todo o país. Várias simulações foram realizadas com diferentes operadoras de planos de saúde na tentativa de se encontrar um serviço com padrão de qualidade que atenda tanto a parte médica, como a odontológica e hospitalar. A melhor alternativa talvez seja a adesão a outros planos de saúde bem-sucedidos, como os da Previ e da Petrus, o que reduziria significativamente o custo da mensalidade do segurado e seus familiares. A Diretoria aguarda, no momento, propostas que estão sendo desenvolvidas por corretoras de três grandes planos de saúde que serão, em seguida, submetidos à apreciação do corpo social.


Uma nova administração GESTÃO COMPARTILHADA Um dos sucessos da administração do presidente Tarcísio Holanda no comando da ABI foi a democratização interna da entidade. A distribuição de tarefas, entre os diretores da Casa, deu um novo alento à entidade, banindo um tipo de administração excessivamente centralizada, que mantinha a instituição engessada, com excessivo poder concentrado nas mãos do antigo presidente, que sempre se mostrou refratário ao primado do Colegiado. A gestão compartilhada permitiu que fosse rapidamente revertido o quadro de desídia e abandono em que se encontrava a Casa de Herbert Moses. Apesar dessa experiência bem-sucedida, a Chapa Vladimir Herzog consultou a Fundação Getúlio Vargas sobre a possibilidade de elaborar um modelo de administração que modernizasse uma entidade que tem características singulares de funcionamento. A ABI não é apenas uma entidade associativa. Ela é tam-

bém uma administradora de imóveis. A manutenção do prédio e a cobrança de aluguéis é uma das muitas atribuições da entidade. Como responsável pelo serviço de limpeza e bom andamento dos serviços, a ABI necessita que seja implantada uma administração que amplie ainda mais os avanços conquistados pela gestão compartilhada introduzida pelo atual presidente da Casa. Os ventos da modernização não devem se restringir apenas a novos procedimentos de rotina administrativa. A ABI precisa se renovar de corpo inteiro. A Chapa Vladimir Herzog vai mudar o logotipo e a papelaria da Casa.Vamos adotar novos tipos de envelope, papel-correspondência e criar uma nova carteira social, de plástico, com layout moderno, do tamanho de um cartão de crédito. A troca de carteiras ocorrerá sem nenhum ônus para os sócios que, a partir de 2015, com a massiva campanha de filiações programada, terão sua mensalidade reduzida de R$ 35,00 para R$ 25,00.

“É um luxo ter uma chapa como a Vladimir Herzog no comando da ABI. Seus integrantes são motivo de orgulho para todos nós” Celso Freitas

Geração de empregos REVITALIZAÇÃO DA IMPRENSA DO INTERIOR

CADERNOS DE JORNALISMO ABI Apesar de estar inicialmente vinculada à área cultural, a revitalização do Centro de Memória, poderá se transformar também em importante fonte de receita alternativa para a ABI, além de gerar empregos para associados aposentados com a criação de uma editora. O material disponível no Centro de Memória,

depois de higienizado e recuperado, será a base de uma série de publicações sobre a história da imprensa contemporânea. Com os Cadernos de Jornalismo ABI, a Chapa Vladimir Herzog pretende resgatar depoimentos inéditos sobre A Reforma do JB, A Chegada do Lead no Brasil, A Fundação de Última Hora, A Criação das revistas O Cruzeiro, Manchete e Realidade. Criado nos anos 70, por Nilson Lage, o Centro de Memória abriga verdadeiras preciosidades que precisam ser levadas ao conhecimento das novas gerações.

CURSOS LIVRES A criação de cíclos de palestras e cursos livres sobre jornalismo, além de produzir conhecimento, será também uma fonte alternativa de receita para sócios aposentados interessados em participar desse projeto. Joseti Marques, então Diretora de Jornalismo da ABI, ao implantar uma série de cursos livres, alguns anos atrás, mostrou que existe espaço e extraordinário interesse de profissionais e estudantes de comunicação por esse tipo de iniciativa.

MARCELO CAMARGO/ABR

Uma das propostas mais audaciosas da Chapa Vladimir Herzog destina-se à revitalização da imprensa do interior. As dificuldades dos pequenos e médios jornais serão equacionadas por uma equipe especializada da ABI. Após a identificação dos problemas de natureza técnica e administrativa, a entidade designará sócios aposentados para a implantação de novos projetos gráficos e editoriais nessas publicações, a custo zero. A proposta de revigoramento da imprensa em pequenas cidades conta, inclusive, com o apoio do Governo do Estado, do Sebrae e da Federação das Indústrias do Rio de Janeiro. O trabalho realizado pelos associados da ABI será remunerado pelas entidades que patrocinarão esse projeto. A modernização gráfica, administrativa e editorial dos pequenos jornais vai dar um novo hálito de vida a essas publicações. O fortalecimento da imprensa do interior é também um dos objetivos do Governo Federal que se encontra, no momento, empenhado em democratizar a mídia em todo o país.

A revitalização das pequenas e médias publicações foi exposta, pela primeira vez, por Domingos Meirelles, em 2012, durante um encontro realizado em Belo Horizonte com editores de 300 jornais do interior de Minas Gerais. A proposta foi aplaudida de pé pelos jornalistas que participaram da reunião. A Chapa Vladimir Herzog pretende implantar inicialmente esse projeto, no Rio de Janeiro, e depois expandi-lo pelo resto do país. Nós entendemos que esse programa vai impedir o desaparecimento precoce de pequenas publicações que necessitam apenas de uma correção de rumo para conseguirem sobreviver.

"É uma honra a homenagem que prestaram ao Vlado. São todos nossos amigos! Quero mais é apoiar!" Clarice Herzog

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NOSSO PROGRAMA RAUL AZÊDO

FREEPICK

Atividades Culturais SESSÃO LIVRE

FRANCISCO UCHA

“Eleger os companheiros da Chapa Vladimir Herzog é a garantia de que a ABI voltará a ter uma direção empenhada em revitalizá-la.” Juca Kfouri

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Uma das propostas na área cultural é a realização de sessões de cinema, no horário de almoço, com entrada franca. Pesquisas mostraram que mais de um milhão de pessoas vagam pelas ruas do Centro, entre meio-dia e duas da tarde, sem qualquer perspectiva de entretenimento. Essa programação deverá ser comercializada, com enormes possibilidades de se transformar também numa referência na vida cultural da cidade. A reforma do auditório do 9º andar permitirá a realização de grandes espetáculos, criando um novo espaço para as companhias de teatro que se acotovelam nos balcões da Secretaria de Cultura do Município na tentativa de se exibirem em curtas temporadas. O Grande Teatro ABI tem atravessado várias administrações sem sair do papel. A ABI, através das Diretorias de Jornalismo e de Cultura e Lazer, já iniciou contatos com cursos de comunicação social com o objetivo de atrair jovens gerações para o quadro social da Casa. O intercâmbio entre a ABI e os cursos de jornalismo tem como principal objetivo transmitir a experiência de velhos profissionais aos futuros jornalistas, qualificando-os para o exercício do ofício. O hall da ABI deverá ser também utilizado como espaço para exposições de fotografias e exibição de antigas publicações que se perderam nas dobras do tempo.

Tarcísio Holanda cumprimenta o Presidente da OAB Nacional, Marcus Vinicius Furtado Coêlho, que irá indicar observadores da entidade em todos os locais de votação.

Um novo pacto social CRIAÇÃO DE UM FÓRUM DE POLÍTICAS PÚBLICAS A Chapa Vladimir Herzog iniciou uma série de contatos com entidades representativas da sociedade civil para criar um Fórum Permanente de Políticas Públicas para discutir questões de interesse da população brasileira. A OAB, o Clube de Engenharia, o IAB, o CREA, a ABL, O CREMERJ e a CNBB aceitaram nosso convite para integrar o novo Fórum de discussão, que deverá ser criado logo após a eleição de 26 de setembro. Os integrantes da Chapa Vladimir Herzog entendem que a ABI não pode continuar prisioneira de uma agenda voltada exclusivamente para a defesa da liberdade de imprensa e dos direitos humanos, que tem sido sua plataforma histórica, desde a fundação em 1908. A Casa de Gustavo de Lacerda não pode se omitir diante da realidade injusta e perversa do país em que vivemos. A ABI, uma das mais longevas entidades da sociedade civil, tem a obrigação de começar a discutir o tipo de Nação que desejamos para nossos filhos e netos. O caminho para essa grande mudança de rumo começou a ser pavimentado pela Chapa Vladimir Herzog com sua luta pela ampliação do colégio eleitoral da entidade. A ABI, como a Casa da Liberdade, não podia continuar impedindo que os sócios residentes fora do Rio de Janeiro fossem excluídos do processo de esco-

lha dos novos dirigentes da instituição. Era inaceitável que profissionais que trabalham e moram em outros estados continuassem sendo tratados como “jornalistas de segunda classe “e não pudessem votar. A Chapa Vladimir Herzog recorreu à justiça contra os integrantes da Chapa Prudente de Moraes que defendiam a realização de eleições apenas no Rio de Janeiro. A justiça autorizou que os sócios de outras cidades votassem. Foram então distribuídas urnas nas representações estaduais da entidade em São Paulo, Belo Horizonte, Brasília, Maceió e São Luís. Para resgatar o espaço político que sempre foi seu, a ABI não pode continuar a ter medo do novo.

“Não se pode entregar a Casa do Jornalista para um Zé Ninguém. É preciso ter currículo e estatura moral para ocupar esse cargo. Chega de mistificação! Estou com o Meirelles e o Audálio e não abro!” Ricardo Kotscho


NOSSO PROGRAMA

RAUL AZÊDO

Um das principais preocupações da Chapa Vladimir Herzog éconcluir o plano de intervenções imediatas, implantado em fevereiro, com o objetivo de impedir que a sede da ABI entrasse em colapso, diante do quadro de descaso e abandono em que se encontrava a entidade. A reforma da fachada consumiu duas toneladas e meia de placas de granito italiano travertino que se encontravam rachadas e trincadas.O péssimo estado de conservação do revestimento, que deveria ter sido substituído em 2012,oferecia grave ameaça não só às pessoas que freqüentavam o prédio como as que circulavam pelas calçadas que circundam a edificação. Várias etapas do plano emergencial foram cumpridas com a recuperação de setores vitais da casa, como a troca dos cabos dos elevadores e a recuperação da central de ar-condicionado que se encontrava paralisada há mais de um ano, impedindo que o auditório fosse alugado, o que privava a ABI de importante fonte de receita alternativa. O próximo passo é a restauração e pintura das aletas de concreto da fachada, conhecidas como brise soleil, que disciplinam a entrada da luz solar no in-

terior do prédio, e que dão um toque original às linhas arquitetônicas da sede da ABI. Vamos submeter ao Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural (IPHAN) um projeto revolucionário de ilumina-

ARQUIVO/ULTIMA HORA

Valorização do Patrimônio Recuperação do Edifício-sede ção do prédio, desenvolvido por uma concessionária de energia. O principal objetivo do projeto é destacar a imponência da edificação, um dos marcos da moderna arquitetura brasileira. A nova iluminação atrairá também a atenção do público para a importância de uma entidade com o passado de lutas da ABI, além de incluí-la entre outros bens tombados ao seu redor, que desfrutam de um sistema especial de iluminação. O piso de granito do hall de entrada, que não era polido há cerca de 40 anos, vai ser agora lustrado com uma cera especial. Todas as colunas centrais, depois de igualmente polidas, receberão uma proteção especial de verniz incolor contra pichações. Outro projeto que aguarda aprovação do IPHAN é a reforma do auditório do 9º andar com o aumento da sua boca de cena e a construção de camarins. Como foi originalmente concebido, no final dos anos 30, para funcionar apenas como local de conferências, não dispõe do espaço necessário para a realização de peças teatrais. A reforma permitirá que a Casa passe a fazer parte do circuito artístico da cidade com a exibição de espetáculos de toda a natureza.

No dia 26, todos os sócios da ABI poderão votar. Esta é uma conquista da Chapa Vladimir Herzog! Todos os associados da ABI, mesmo aqueles que se encontravam há vários anos afastados da entidade, foram anistiados e poderão participar da eleição de 26 de setembro. A ampliação do colégio eleitoral, estendendo a votação a outras cidades, foi uma vitória da Chapa Vladimir Herzog. A nossa proposta inicial era de que todos os sócios da ABI espalhados pelo País pudessem participar da eleição através do voto eletrônico. Nosso entendimento sempre foi de que todos os jornalistas associados à entidade pudessem se manifestar livremente na escolha dos novos dirigentes da Casa. A nossa proposta, entretanto, foi bloqueada na justiça pelos integrantes da Chapa Prudente de Moraes. Eles queriam que o pleito fosse realizado apenas entre os sócios que residem no

Rio de Janeiro. Na audiência de conciliação promovida pela 8ª Vara Cível da Comarca do Rio de Janeiro, foi definido que a votação será realizada também nas representações estaduais da ABI, em cédulas. Essa decisão foi o resultado de um acordo judicial firmado entre as duas chapas que disputam a eleição.

O VOTO ELETRÔNICO SE TORNARÁ UMA REALIDADE A Chapa Vladimir Herzog compromete-se a implantar o sistema eletrônico a partir de 2015. O primeiro passo rumo à renovação da ABI já foi dado, mesmo com a limitação imposta pela intrânsigência da outra chapa. O processo eleitoral começará no dia 25 com a realização de uma Assembléia Geral na sede da ABI. No dia 26, a votação será

aberta aos associados em seis estados. Além da sede da entidade, na Rua Araújo Porto Alegre, 71 - Centro do Rio, a votação ocorrerá nas representações de São Paulo (capital), na Rua Martinico Prado 26, conjunto 31, Santa Cecília (em frente ao Pronto-Socorro da Santa Casa); em Belo Horizonte/MG, na Rua Bahia 1.450, Centro; Maceió/AL, na Rua Sargento Jaime Pantaleão, 370; em Brasília/DF SCLRN 704, Bloco F, loja 20. Asa Norte (DF); e em São Luís/MA - Rua Assis Chateaubriand, s/nº, Renascença II. Os sócios que moram em outras cidades poderão votar também nesses endereços. A mesa eleitoral, através de uma simples consulta, poderá liberar a votação dos associados que estejam em trânsito. Portanto, não deixe de participar desta data histórica. Venha votar! 7


NOSSOS NOMES Diretor Presidente Domingos Meirelles Diretor Vice Presidente Paulo Jerônimo de Sousa

Diretor Econômico-Financeiro Ana Maria Costábille

Diretor de Assistência Social Arcírio Gouvêa Diretor de Jornalismo Eduardo Cesário Ribeiro

FRANCISCO UCHA

Heródoto Barbeiro

CONSELHO FISCAL Arnaldo César Jacob, Jorge Ribeiro, Lindolfo Machado, Luiz Carlos Chesther de Oliveira, Geraldo Pereira dos Santos, Rosângela Amorim, Paulo Roberto Gravina CONSELHO DELIBERATIVO (Efetivos) 2013/2016 Aziz Ahmed, Flávio Tavares, Jesus Antunes, Lima de Amorim, Bernardo Cabral, Jorge de Miranda Jordão, Sérgio Gomes (Serjão), Andrei Bastos, Paulo Gomes Neto, Austrégesilo de Athayde Filho, Ralph Lichote, Silvestre Gorgulho, Elio Maccaferri, Antônio José Ferreira Carvalho e Udson da Silva de Oliveira CONSELHO DELIBERATIVO (Efetivos)) 2014-2017 Ricardo Kotscho, Milton Coelho da Graça, Anna Lee, Joseti Marques, Moura Reis, Tarcísio Baltar, Nivaldo Pereira, Carlos Chaparro, Luthero Maynard, Daniel Mazola, Amiccucci Gallo, Oswaldo Augusto Leitão, Siro Darlan, Jeronimo do Espírito Santo e Fábio Costa Pinto CONSELHEIROS SUPLENTES 2013/2016 Adalberto Diniz, Adilson Ribeiro, Carlos Alberto da Rocha Carvalho, Carlos Di Paola, Terezinha Santos, João Luiz Dória, Maurício Max, JL Costa Pereira, Luarlindo Ernesto, Marcia Guimarães, Carlos Newton, Moysés Chernichiarro Corrêa, Raul Silvestre, Reinaldo Leal, Wilson Alves Cordeiro CONSELHEIROS SUPLENTES 2014-2017 Lourival Marques Bogea, Petrônio Souza Gonçalves, Elisabete Burlamarqui, Ilma Martins da Silva, Vilson Romero, Bonifácio Rodrigues de Mattos (Ikenga), Claudinéia Lage, JB Serra e Gurgel, José Carlos Machado, Jayme Gama, Érika Branco, Luiz Wanderley da Silva, Roberto Martins, Tiago Santos Salles, Wilson Carvalho

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C ÍCERO S ANDRONI Prêmio Esso de Jornalismo de 1974 e imortal da Academia Brasileira de Letras, ABL, o paulista Cícero Sandroni chegou ao Rio de Janeiro em 1946. É graduado em Jornalismo pela Pontifícia Universidade Católica e foi bolsista na Escola Brasileira de Administração Pública da Fundação Getúlio Vargas. Estagiou nos jornais Tribuna da Imprensa, Correio da Manhã, e Jornal do Brasil. Em 1958 entrou para a Redação de O Globo e, posteriormente, transferiu-se para o Diário de Notícias. Durante a experiência parlamentarista, no Governo João Goulart, atuou no gabinete de Franco Montoro. Trabalhou no Jornal do Brasil, Jornal do Commércio e Correio da Manhã. Em dezembro de 2007 foi eleito presidente da Academia Brasileira de Letras

J UCA K FOURI Jornalista que se tornou referência ética e profissional no jornalismo esportivo, em 1970 Juca Kfouri era estudante de Ciências Sociais na USP, quando foi convidado para trabalhar na Editora Abril. Quatro anos depois assumiu a chefia de reportagem da revista Placar, que ocuparia até 1978. Foi diretor da revistaaté 1995, quando deixou a empresa. Na Abril, também foi editor da Playboy. Na televisão, foi comentarista da TV Record, SBT, e TV Globo. Na TV Cultura (SP), participou do programa Cartão Verde entre 1995 e 2000, quando foi contratado para apresentar o Bola na Rede na Rede TV!. Em 2005, foi contratado pela ESPN Brasil para participar do programa Linha de Passe, no qual se mantém até hoje. Em 2007, também iniciou um programa na ESPN Internacional, o

DIVULGAÇÃO/ABL

“A presidência da ABI não é para qualquer um. O cargo exige talento, biografia e brilho intelectual. Virtudes que o Domingos Meirelles tem de sobra como jornalista e escritor"

CONSELHO CONSULTIVO Alberto Dines, Audálio Dantas, Ferreira Gullar, Juca kfouri, Cícero Sandroni, Hélio Fernandes, Ziraldo

Juca Entrevista. Juca Kfouri assinou colunas sobre futebol nos jornais O Globo, Lance!,e Folha de S.Paulo. Desde 2005 mantém um blog no UOL e é comentarista da Rádio CBN.

H ÉLIO F ERNANDES No final da adolescência, Hélio Fernandes foi trabalhar na revista O Cruzeiro, onde permaneceu por cerca de 16 anos. Saindo da revista, foi para o Diário Carioca e, com o fechamento do jornal, foi dirigir a revista Manchete. Com o fim do Estado Novo (1945) participou da cobertura da Assembleia Constituinte de 1946 e, mais tarde, ingressou no jornal Tribuna da Imprensa, lançado por Carlos Lacerda, com quem trabalhara durante a Constituinte. Hélio Fernandes acompanhou Juscelino Kubitschek como assessor de imprensa durante a campanha presidencial em 1955. No início dos anos 1960, adquiriu a Tribuna da Imprensa. Após o golpe militar de 1964, Hélio Fernandes foi um dos primeiros perseguidos pelo novo regime e acabou tendo os direitos políticos cassados em 1966. Foi preso várias vezes e exilado. J ESUS C HEDIAK Jornalista, teatrólogo e cineasta, Jesus Chediak é secretário de Cultura de Duque de Caxias (RJ). Diretor cultural da ABI desde 2006, integrou a equipe de entrevistadores de O Pasquim, foi redator do suplemento Letras e Artes, do Jornal de Letras, e colaborou com o caderno Idéias do Jornal do Brasil. Produziu e dirigiu inúmeros espetáculos, entre os quais O Processo da Violência, sobre a morte do jornalista Vladimir Herzog. Na esfera pública, foi diretor do Instituto Municipal de Cultura Rioarte; diretor de Artes Cênicas e Música da FUNARJ; diretor do Teatro João Caetano; e responsável pela Superintendência de Cultura da Fundação Petrópolis . Também foi assessor de Relações Internacionais do Governo do Estado do Rio de Janeiro. O RPHEU S ANTOS S ALLES Convidado por Herbert Moses, o jornalista Orpheu Santos Salles, 92, ingressou na ABI em 1948. Hoje, é o diretor administrativo. É editor da Revista Justiça e Cidadania, mensal, merecedora de grande conceito nos meios jurídicos. Por essa atividade foi condecorado por diversos tribunais, entre os quais o Supremo Tribunal Federal, Superior Tribunal do Trabalho, Superior Tribunal Militar. Orpheu foi assessor direto dos presidentes Getúlio Vargas e João Goulart, atividade que lhe valeu diversas prisões após o golpe militar de 1964. Esteve preso no navio-prisão Raul Soares, em um dos momentos mais degradantes da história recente do país.

A RCÍRIO G OUVÊA Jornalista formado em 1976, estagiou no jornal Última Hora. Trabalhou na Rádio Tupi e no Jornal do Commercio. É articulista da coluna Personalidades do Fórum, no jornal O Povo, do Rio de Janeiro. Arcírio foi responsável pela

FRANCISCO UCHA

Diretor de Cultura e Lazer Jesus Chediak

Um dos mais respeitados jornalistas brasileiros, Audálio Dantas participou de forma corajosa da recente história do país como presidente do Sindicato dos Jornalistas do Estado de São Paulo. Nessa qualidade, liderou o movimento de protesto da sociedade civil contra a morte do jornalista Vladimir Herzog nas dependências do II Exército em outubro de 1975. Autor celebrado, em 2013 recebeu os dois mais importantes prêmios literários do país, o Jabuti, e o Livro do Ano de Não-Ficção, este da Câmara Brasileira do Livro. Também nesse ano foi eleito Intelectual do Ano pela União Brasileira de Escritores, fazendo jus ao troféu Juca Pato. Entre outros cargos, Audálio Dantas foi deputado federal por São Paulo; presidiu a Federação Nacional dos Jornalistas, o primeiro eleito pelo voto direto; e é conselheiro do Instituto Vladimir Herzog e da União Brasileira de Escritores. Em 1981, recebeu prêmio na ONU pela sua atuação na defesa dos direitos humanos.

MIRIAM ZOMER/AGÊNCIA AL

Diretor Administrativo Orpheu Santos Salles

A UDÁLIO D ANTAS


cesa Tallandier; e Arqueologia, em parceria com a BBC. Na área pública foi assessor de imprensa do governador Franco Montoro, do Diretório Nacional do PMDB e da Prefeitura de São Paulo. É membro titular do IHG-SP, Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo.

R ICARDO K OTSCHO

FRANCISCO UCHA

L UTHERO M AYNARD Luthero Maynard é graduado em Jornalismo pela Faculdade de Comunicação Social Cásper Líbero (SP). Trabalhou nos jornais O Estado de S.Paulo, Jornal da Tarde e Folha da Tarde e nas revistas Realidade e Nova. Colaborou com o Almanaque Abril e os jornais Diário Popular, Diário de S.Paulo, Aqui São Paulo, entre outros. Durante duas décadas assinou coluna literária em vários jornais de São Paulo e nas revistas Nova, Chiques e Famosos, Diálogos & Debates, Educação e Ensino Superior. Lançou as revistas História Viva, em parceria com a editora fran-

F ERREIRA G ULLAR O maranhense José Ribamar Ferreira, nascido em São Luís em 1930, adotou o nome literário de Ferreira Gullar e tornou-se um dos mais importantes intelectuais do Brasil contemporâneo. Considerado o mais importante poeta vivo do Brasil, foi um dos criadores do movimento neoconcreto, e é crítico de arte, biógrafo, tradutor, memorialista e ensaísta. É autor de obras seminais da literatura e do ensaismo brasileiros, entre os quais Poema Sujo, Luta Corporal e Vanguarda e Subdesenvolvimento. Militante político, ingressou no Partido Comunista Brasileiro (PCB), e após o golpe de 1964 foi obrigado a exilar-se na ex-União Soviética, Chile e Argentina. Gullar recebeu os mais destacados prêmios literários do país, como o Jabuti, na categoria Poesia; e o Prêmio Luís de Camões, o mais importante da Comunidade de Países de Língua Portuguesa. Na imprensa, colaborou nos principais jornais do país, especialmente no eixo Rio-São Paulo, e atualmente assina uma coluna dominical na Folha de S.Paulo.

E DUARDO R IBEIRO Graduado pela Fundação Armando Álvares Penteado, em 1977, em São Paulo, começou no Jornalismo em 1976 como repórter estagiário da Editora Abril, ali passando pelas revistas TV Guia e CASA Claudia. Em 1978, transferiu-se para a revista A Construção São Paulo. Em 1980 foi contratado para a assessoria de imprensa do Grupo Villares. Seis anos depois, assumiu a assessoria de imprensa do Sindipeças. Em 1995, lançou a primeira versão do Jornalistas&Cia, que se tornaria uma das principais publicações online. Foi um dos mentores do Manual de Assessoria de Imprensa da Fenaj. É idealizador de inúmeros projetos editoriais e outras iniciativas focadas nos segmentos de Jornalismo e Comunicação Corporativa. . Integrou por duas gestões a diretoria do Sindicato dos Jornalistas de São Paulo. S ERGIO G OMES Jornalista formado pela ECA/USP em 1973, Sergio Gomes trabalhou na Gazeta de Santo Amaro, Diário do Comércio, revista Construção em São Paulo, Agência Folhas, Folha de S. Paulo (Ilustrada e Folhetim ) e integra a Oboré, desde sua fundação em 1978. Como repórter, redator, editor e consultor de planejamento de comunicação atuou na montagem de quase 300 Departamentos de Imprensa de entidades sindicais de trabalhadores urbanos e coordenou a implantação do Sistema Contag de Comunicação envolvendo quase 600 emissoras de rádio. Foi diretor do Centro Acadêmico Lupe Cotrim, colaborou intensamente na reconstrução da Imprensa Estudantil na década de 70 (O Balão, A Ponte, A Prensa) e participou da criação do Movimento de Fortalecimento do Sindicato (MFS) dos Jornalistas de São Paulo que levou

P AJÊ Como jornalista, Paulo Jerônimo de Souza, o Pajê, foi repórter, copy-desk, colunista e editor. Trabalhou nos Diários Associados e O Globo, entre outros. Em novembro de 1964, foi responsável pela matéria que deu a manchete do Correio da Manhã e causou a demissão do ministro da Aeronáutica pelo presidente-general Castelo Branco. A manchete: FAB metralha helicóptero da Marinha. Foi a única demissão de ministro provocada pela imprensa durante os 21 anos de ditadura. Como assessor de comunicação trabalhou nos Ministérios do Interior e de Minas e Energia, no Banerj, na Prefeitura do Rio de Janeiro, no Governo do Estado (por três vezes, nos governos Negrão de Lima, Moreira Franco e Marcelo Alencar) e no BNDS, onde se aposentou. Ganhou a Medalha de Ouro do Prêmio Colunistas pela melhor campanha institucional do país (Plano Nacional de Desestatização), eo Prêmio Colunistas de Propaganda quando diretor da agência Sistema. Foi diretor de Assistência Social da ABI de 2005 a 2010 e conselheiro de 2004 a 2013.

Z IRALDO A LVES P INTO

RUBENS CAVALLARI

Figura emblemática do jornalismo investigativo das últimas décadas, repórter cuja notoriedade atravessa fronteiras, quatro vezes ganhador do Prêmio Esso de Jornalismo, Ricardo Kotsho passou pelas redações dos jornais O Estado de S.Paulo, Folha de S.Paulo, Jornal do Brasil, das revistas Isto É, e Época e das tevês Globo, CNT, SBT e Rede Bandeirantes. Atualmente é comentarista do Jornal Record News e repórter especial da revista Brasileiros. Ricardo Kotsho foi correspondente do Jornal do Brasil na Alemanha e, de 2003 a 2004, foi Secretário de Imprensa e Divulgação da Presidência da República no governo Lula.

JAQUELINE MACHADO

Gaúcho de Lajeado, nascido em 1934, o jornalista Flávio Tavares participou da luta armada contra a ditadura militar e foi um dos presos políticos trocados pelo embaixador norte-americano Charles Burke Elbrick, em 1969. Exilado, foi trabalhar no jornal mexicano Excelsior, que o enviou como correspondente para Buenos Aires em 1974. Na capital argentina escreveu também para o jornal O Estado de S.Paulo. Em 1977, em viagem ao Uruguai, foi sequestrado por militares locais e passou 195 dias preso. Foi libertado graças à campanha de mobilização da imprensa nacional e internacional movida pelo Excelsior e pelo Estadão. Atualmente, Flávio Tavares vive e trabalha em Búzios (RJ). É professor aposentado da UnB, da qual foi um dos fundadores, e articulista do jornal Zero Hora.

Considerado uma das maiores figuras do jornalismo brasileiro, em mais de cinquenta anos de carreira Alberto Dines lançou e dirigiu diversos jornais e revistas no Brasil e em Portugal. É professor de Jornalismo desde 1963 e foi professor-visitante na Escola de Jornalismo da Universidade Columbia, em Nova York (1974). Foi editorchefe do Jornal do Brasil durante doze anos e diretor da sucursal da Folha de S.Paulo no Rio de Janeiro. Também dirigiu o Grupo Abril em Portugal, onde lançou a revista Exame. É autor de, entre outros, Morte no Paraíso, a Tragédia de Stefan Zweig (1981) e Vínculos do fogo – Antônio José da Silva, o Judeu, e Outras História da Inquisição em Portugal e no Brasil (1992). Dines criou o site Observatório da Imprensa, o primeiro veículo de acompanhamento da mídia no Brasil e é pesquisador sênior do Laboratório de Estudos Avançados em Jornalismo da Universidade de Campinas, Unicamp.

FRANCISCO UCHA

J OSETI M ARQUES Jornalista e professora universitária, Joseti Marques é mestre e doutora em Comunicação e Cultura pela Universidade Federal do Rio de Janeiro-UFRJ. Autora do livro Análise do Discurso, sobre publicidade e jornalismo, defendeu, em 2005, a tese de doutorado A Imprensa na Construção da Identidade Racial no Brasil – uma análise do discurso jornalístico. Atuou nos principais veículos de imprensa do Rio de Janeiro – impressos, rádio e TV – tendo sido eleita, em 2004, para a Diretoria de Jornalismo da Associação Brasileira de Imprensa-ABI. Representou a ABI junto à Federação Nacional dos Jornalistas-Fenaj na comissão de revisão do Código de Ética dos Jornalistas.

Diretor VicePresidente

F LÁVIO T AVARES A LBERTO D INES

A NA M ARIA C OSTÁBILE Bacharel em Jornalismo pela Universidade Federal do Rio de Janeiro, turma de 1967, pósgraduada em Docência do Ensino Superior (2011), Ana Maria Costábile foi diretora de Redação do canal GNT/Globosat. Durante sua vida profissional foi Editora de Internacional do Jornal Nacional (Rede Globo), Editora-Chefe de Internacional da Rede Manchete, e Editora-Chefe do programa Sem Censura, da TV Brasil. Ana Maria Costábile ocupou a chefia de reportagem da TV Bandeirantes-Rio; foi redatora da Rádio Globo e, em 1977, foicorrespondente da Rádio Globo em Israel. Nessa função, participou da cobertura internacional da assinatura do acordo de paz entre Israel e Egito. Ela também foiredatora do Caderno Feminino e do Caderno B do Jornal do Brasil.

Audálio Dantas à sua Presidência em 1975. Desde 1994 é um dos responsáveis pelo Projeto Repórter do Futuro. É Conselheiro Deliberativo do Instituto Vladimir Herzog e sócio da ABI, desde agosto de 1990.

DIVULGAÇÃO/ALERJ

implantação da Assessoria de Imprensa do Tribunal de Alçada do Estado do Rio de Janeiro e participou da equipe da Assessoria de Comunicação Social do Detran-RJ. É fundador e editor da Revista Juris. Junto ao Sebrae, Arcírio defende o empreendedorismo dos jornalistas integrantes da imprensa alternativa. Ingressou na ABI quando ainda era universitário.

Mineiro de Caratinga, já aos seis anos Ziraldo manifestava talento para desenhar – e esta seria a profissão na qual ficaria internacionalmente conhecido. Começou a trabalhar no jornal A Folha de Minas, em 1954, mas ganharia notoriedade na revista O Cruzeiro (1957) e, posteriormente, no Jornal do Brasil (1963). Em 1960 lançou Pererê, a primeira revista brasileira de histórias em quadrinhos feita por um único autor. Extinta em 1964, a revista foi relançada nos anos 1970. No Salão Internacional de Caricaturas de Bruxelas, de 1969, Ziraldo recebeu o prêmio considerado o Nobel do Humor – e inúmeros prêmios viriam mais tarde. Foi um dos fundadores doPasquim, mitológico tablóide de humor de oposição à ditadura em 1969. No ano seguinte, juntamente com vários colegas de redação, Ziraldo foi preso pelos militares. É autor de O Menino Maluquinho, livro infantil de extraordinário sucesso editorial, e também foi criador da revista Bundas. Suas ilustrações figuraram em celebradas revistas internacionais, como a inglesa Private Eye,a francesa Plexus, e a americana Mad.

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ÁLBUM DE FOTOGRAFIA

ACERVO PESSOAL

“A Chapa Vladimir Herzog tem tudo para colocar a nossa querida ABI no rumo certo. Não é difícil imaginar a quem o Hélio Silva, o Barbosa Lima Sobrinho e o próprio Prudente de Moraes, Neto dariam o seu voto.” Antonio Torres

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O jornal de campanha da Chapa Prudente de Moraes, Neto, é extremamente revelador. Exibe de corpo inteiro a estatura daqueles que se propoêm a renovar a ABI. Inconsistente, tosco, graficamente primário, acabou realçando ainda mais as limitações de Fichel Davit Chargel como diagramador profissional e mentor intelectual do grupo que obedece ao seu comando. O jornal distribuído ao corpo social é também o melhor espelho da chapa: ele sequer tem um nome. Como se fosse um velho álbum de fotografias, o folheto que foi concebido e diagramado por Davit, oferece também diferentes leituras, como os antigos retratos a óleo, onde não se permitia que as pessoas sorrissem diante de um pintor. Sonega, por exemplo, ao corpo social a informação de que a eleição, além do Rio de Janeiro, será também realizada nas representações da ABI em São Paulo, Belo Horizonte, Brasília, Maceió e São Luís. Dá a falsa impressão de que a votação acontecerá apenas na sede da entidade, no Rio de Janeiro. A publicação de campanha não consegue se livrar de alguns vícios antigos, como o discurso dos mentirosos contumazes que se habituaram a conviver com a fraude e a falsificação da verdade. As acusações que o jornal carrega no ventre tem a profundidade de um pires. Na luta encarniçada que travam para voltarem a descarnar a ABI, por eles desossada de forma selvagem, durante o período em viviam acampados na Casa de Gustavo de Lacerda, violam os mais sagrados princípios que norteiam o exercício da profissão. Procuram sempre confundir, distorcer fatos, inverter números, ao invés de esclarecer o corpo social. As eleições da ABI não podem continuar sendo transformadas em cenas diárias de pugilatos verbais, dignas de um ringue de MMA. Mesmo nessa modalidade de luta marcial existem regras que devem ser obedecidas. Os lutadores que extrapolam determinados limites são punidos e desclassificados pelos excessos que cometem. Não se pode conspurcar impunemente os mais nobres mandamentos do nosso ofício como o acesso à verdade e o direito à informação e, ao mesmo tempo, se apresentar como vítimas dos crimes que cometeram.

Não existe razão alguma para votar neles: a publicação está recheada de inverdades!

Os Pinocchios da Chapa Prudente de Moraes induziram a juíza a erro ao anexarem ao processo uma lista de presença fraudada (páginas 798/799 dos autos). A chamada “lista de presença” da reunião ordinária do Conselho Deliberativo de 27 de maio, não tem o obrigatório cabeçalho (veja reprodução no alto da página ao lado) com indicação de data e a que mandato se refere. Esse documento apócrifo registra o comparecimento (recorde) de 32 conselheiros. Os nomes dos “conselheiros presentes” aparecem de forma aleatória, sem obedecer a ordem alfabética sempre adotada no verdadeiro livro de presença do Conselho. Na folha 798 do processo está registrada a presença de 27 Conselheiros entre efetivos e suplentes. Na página seguinte, a lista continua, mas com outra grafia, obedecendo a ordem alfabética, que é a regra da Casa. A montagem grosseira anexou listas de presenças de reuniões dife-

rentes, na tentativa de ludibriar a juíza da 8ª Vara Cívil, e dar falsa legitimidade a uma reunião realizada sem quórum. No açodamento em anexar a falsa lista aos autos do processo, os integrantes da Chapa Prudente de Moraes, Neto, cometeram outros erros: não perceberam que havia assinaturas repetidas nas duas folhas – Victor Iório assina nas linhas 26 da primeira folha, e 39 da segunda; Pery Cota, na linha 5 da primeira página e na 36 da segunda; Maria Inez Duque Estrada, nas linha 13 da primeira e 31 da segunda. Não identificaram também aqueles que eram Conselheiros efetivos, com direito a voto, dos suplentes, que não podem participar das votações. Essa reunião foi anulada pela Diretoria com base no artigo 42 do Estatuto da ABI. A juíza deverá encaminhar essa lista apócrifa ao Ministério Público para que seja aberto um inquérito criminal contra os responsáveis pela fraude.


Integrantes da Chapa Prudente de Moraes anexaram ao processo uma “lista de presença” fraudada da reunião ordinária do Conselho Deliberativo de 27 de maio. Ela não tem o obrigatório cabeçalho com indicação de data e a que mandato se refere, além de nomes repetidos nas duas páginas.

VOCAÇÃO PARA A PERFÍDIA Fichel Davit Chargel, que encabeça a Chapa Prudente de Moraes, Neto, tem uma irresistível compulsão em se vingar daqueles que um dia lhe estenderam a mão. Ele apunhalou duas vezes o ex-presidente Maurício Azêdo: em vida, quando envolveu-se em um levante, em 2005, na tentativa de desalojá-lo do Comando da ABI (vide carta ao lado); e, depois de sua morte, em outubro do ano passado, quando não lhe prestou nenhuma homenagem, durante a reunião do Conselho Deliberativo da ABI, realizada quatro dias após o seu falecimento. Não pediu sequer um minuto de silêncio em memória do presidente que fora traído pelo coração. Não se ouviu dos seus lábios nenhuma palavra que traduzisse pesar ou tristeza. Em nenhum momento, durante a sessão, preocupou-se com o luto. Ninguém melhor do que ele para exaltar as muitas virtudes de Azêdo – os dois se conheceram na adolescência. Não pediu também que fosse realizado qualquer ato em lembrança do jornalista brilhante, mas de gênio difícil, com quem se reconciliara recentemente. Era como

se o presidente morto há quatro dias nunca tivesse existido. O que se viu foi um espetáculo vergonhoso e degradante. As ambições mais mesquinhas afloraram, de repente, de forma deplorável, revelando a verdadeira face de cada um dos Conselheiros presentes. Davit comandou pessoalmente o processo de cassação do vice-presidente Tarcíso Holanda para ocupar o lugar de Azêdo. Num passe de mágica, ao arrepio da lei e do Estatuto, elegeu-se presidente da ABI até 2016. Tarcísio, que fazia parte da Chapa Prudente de Moraes como vice do amigo recentemene falecido, recorreu à Justiça e foi reconduzido ao cargo, que lhe pertencia de fato e de direito. Davit, que trabalhara também com Tarcísio, no velho Jornal do Brasil, voltou-se contra o antigo companheiro de redação, movendo uma campanha sórdida, odienta e infamante. A ambição de Fichel Davit Chargel não tem limites. Não se pode eleger para a direção da Casa dos Jornalistas um candidato que só vê a realidade através de óculos escuros, como se fosse uma máscara que o escondesse de si mesmo.

“Você pagou com traição a quem sempre lhe deu a mão” MAURÍCIO AZÊDO CITOU A LETRA DO SAMBA DE JORGE ARAGÃO PARA DEFINIR FICHEL DAVIT “...a Chapa Prudente de Moraes, neto, que é alvejada pelo “fogo amigo” de antigos companheiros, como Fichel Davit e Aristélio Andrade, que até setembro passado foram meus assessores no tribunal de Contas do Município durante mais de cinco anos e agora se voltam contra aquele que os acolheu e beneficiou.”

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PALHAÇADA Fichel Davit desenvolveu extraordinária capacidade de romper com velhos companheiros para, em seguida, com eles se reconcilar e, mais tarde, golpeá-los novamente, como fez com Maurício Azêdo. Vejam o que José Pereira, o Pereirinha, que no ano passado ajudou Davit se eleger irregularmente presidente da ABI até 2016, escreveu sobre ele em e-mail com o título “Palhaçada”, amplamente divulgado entre sócios da ABI no Rio de Janeiro em dezembro de 2013. Pereirinha foi mais um daqueles que um dia lhe estendera a mão.

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crescer, respeite os mais velhos e aja como cidadão honrado e capaz. Como presidente da ABI, Fichel Davit Chargel, deve sempre ter em mente que não é presidente de uma entidade sindical, que age sorrateiramente para derrotar os inimigos. Como presidente da ABI, Davit tem outras e nobres responsabilidades. Ao assinar nota, envolvendo a ABI com os mensaleiros do PT, nosso companheiro Milton Temer o defendeu, dizendo que ele assinou aquilo sob pressão. Ora, meu caro Milton, se o fez sob pressão, aceitando fazer parte de uma aleivosia condenável, Davit mostrou-se ser um fraco e sem condições para conduzir os destinos da ABI. Vamos recordar, pois, que a ABI não é partido político, muito menos é PT ou o diabo que o valha, nem sindicato. A ABI é uma agremiação de homens e mulheres que pensam o Brasil e os direitos dos homens livres, de uma imprensa sem mordaça, independente de sua ideologia política e orientação editorial. Como, meu caro Milton, queremos ser conduzidos? Como pessoas livres ou não? Quando cheguei terça-feira no Edifício Herbert Moses fui informado que a Assembléia Geral Extraordinária para referendar o nome do Davit foi

“Como presidente da ABI, Fichel Davit Chargel, deve sempre ter em mente que não é presidente de uma entidade sindical, que age sorrateiramente para derrotar os inimigos.” Pereira da Silva

instalada às 10 e encerrada às 11h, num passe de mágica. E quem referendou o Davit? Meia dúzia de gatos pingados. Isso não é referendo, é uma farsa. Lamentável e triste farsa. Uma palhaçada. Triste palhaçada que envergou o picadeiro. Meia dúzia de gatos pingados levantou as mãos e referendou o novo rei. Só tem um detalhe. Enquanto Maurício Azêdo era vivo, Fichel Davit Chargel exigia enfaticamente o cumprimento do Estatuto e do Regimento Interno da ABI. Pois bem, todos nós conselheiros deveremos encarnar o personagem vivido por Davit, em passado recente, para exigir o cumprimento do Estatuto e do Regimento Interno da ABI.

O nono andar do Edifício Herbert Moses assistiu envergonhado, terça, dia 3 do corrente ano, um espetáculo triste e deprimente, que jamais imaginaria, nem ele nem os sábios defensores da legalidade, das liberdades democráticas, da honradez e da honestidade, como Barbosa Lima Sobrinho e Maurício Azêdo. Maurício Azêdo tudo faria para defender suas ideias e seus ideais, mas jamais agiria “Fichel Davit Chargel, como Brutos ou, ao protagonizar a perdão queridos e palhaçada, apenas amados palhaços, disse a todos os transformaria a ABI associados da ABI, (...) num picadeiro e se que não está à altura transformaria em do cargo que ocupa e, palhaço para fazer da em vista disso, precisa responsabilidade a todo instante ser uma palhaçada. advertido e lembrado Fichel Davit dos seus deveres e Chargel, ao responsabilidades.” protagonizar a Pereira da Silva palhaçada, apenas disse a todos os associados da ABI, principalmente aos integrantes do Conselho Deliberativo, que não está à altura do cargo que ocupa e, em vista disso, precisa a todo instante ser advertido e lembrado dos seus deveres e responsabilidades. É uma pena que tenha que ser assim, mas não tem outro jeito, porque criança os adultos responsáveis tratam como criança, justamente para que ela respeite os seus limites e, quando

Pereira da Silva, Pereirinha Primeiro Secretário do Conselho Deliberativo da Associação Brasileira de Imprensa (ABI)


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