PROGRAMA: SEM TEMPO PARA TER MEDO - CHAPA 1

O QUE É O DCE?

O Diretório Central dos Estudantes é uma ferramenta de luta e organização das entidades de base e de toda a nossa categoria como entidade de representação máxima dos estudantes dentro da Universidade, ficando abaixo apenas do Conselho de Entidades de Base da UDESC (CEB).

Na UDESC, existem 12 centros de ensino presencial localizados em 11 cidades do estado e 34 centros de apoio presencial para o ensino EAD, muitos destes com Centros Acadêmicos e Diretórios Acadêmicos desativados ou inexistentes.

Essa falta de representação estudantil expõe e individualiza estudantes que sofrem intimidações/ataques vindos de professores, estudantes e da própria instituição É somente através de um DCE combativo e comprometido a apoiar a construção de entidades de base de luta que poderemos garantir os direitos dos estudantes da UDESC. A autonomia política se faz essencial no enfrentamento à Reitoria, que sempre se coloca contra o diálogo entre os centros, afastando ainda mais os estudantes! Pela união dos centros da UDESC e por ampla representatividade, vote Chapa 1 para o DCE da UDESC! Não temos tempo para ter medo!

Somos a Chapa 1 - Sem Tempo Para Ter Medo, chapa inscrita para o DCE da UDESC, formada por uma junção de movimentos da esquerda revolucionária da UDESC. Nosso objetivo é construir um DCE que lute dentro e fora da universidade por quem tem sido vítima de falta de políticas de permanência, resultando na evasão dos estudantes pobres da universidade e na desresponsabilização da função social da UDESC com a classe trabalhadora Nossa chapa foi construída por 41 estudantes de diversos cursos, que constroem Centros Acadêmicos, Diretórios Acadêmicos, Atléticas, Coletivos e movimentos sociais de diversos Centros do estado.

Entendemos que a construção de um DCE é feita com ampla participação dos estudantes, pautando as lutas pela democracia, pela ampliação das políticas de permanência estudantil, e que amplie a luta antifascista, antirracista, feminista, LBTQIA+, anticapacitista e contra a mercantilização da educação!

Ainda, entendemos a necessidade da luta hoje contra o governo Bolsonaro e independente da reitoria, para podermos lutar pelas pautas necessárias aos estudantes. Juntos, conseguimos responder a altura dos desafios que serão colocados com a precarização da educação que está sendo intensificada em nosso país!

Nos dias 3 e 4 de novembro, é chapa 1 - Sem Tempo Para Ter Medo!

SEM STEMPO EM TEMPO

PARA PTER ARA TER

PRINCÍPIOS

Defesa do FORA BOLSONARO, fora Jorginho Mello e fora Ana Campagnolo.

Defesa de uma universidade 100% estatal, gratuita, de qualidade e popular. DCE anticapitalista e antifascista.

Defesa da construção do acesso universal às universidades brasileiras.

Defesa da autonomia universitária e da paridade de votos entre técnicos, professores e estudantes dentro de conselhos, departamentos e colegiados.

Fortalecimento das entidades de base e da estadualização das lutas na UDESC.

Luta combativa em relação às políticas de permanência, ampliação e desburocratização do processo do PRAFE.

Garantia de uma política de auto sustentação para a Construir uma gestão democrática, com participação ampla e ativa de todos os estudantes.

atuação política independente do DCE.

Em defesa da ciência dentro da Universidade, da autonomia e ampliação de pesquisas, e do cumprimento do papel da extensão para com a comunidade externa.

Fortalecimento das relações de luta com as demais organizações da classe trabalhadora dentro e fora da universidade.

Combate a todas as formas de opressão à classe trabalhadora e estudantes, seja ela política, social, econômica, religiosa, em relação ao gênero, sexo, etnia, pcds, entre outras.

Chapa organizada independente da reitoria assim como das direções dos centros e de interesses privados.

SEM STEMPO EM TEMPO

PARA PTER ARA TER

A

UDESC QUE QUEREMOS

UDESC pública, serviço público

Estatizar todos os serviços essenciais terceirizados dentro da universidade (RU, limpeza e segurança) incorporando os trabalhadores ao corpo de servidores da UDESC garantindo melhores salários e condições de trabalho! No meio tempo, lutar contra as empresas que terceirizam, favorecendo cooperativas de trabalhadoras/es nos editais de contratação de serviços para a Universidade.

Paridade e Voto Universal, já! Apoio aos servidores Democratizar a Assistência Estudantil

Representação paritária de todos os segmentos da UDESC nos Conselhos da Universidade. Voto universal nas eleições para a Administração Central como em eleições da Reitoria e Direções Gerais do centro.

Lutar pelo reajuste salarial e por melhores condições de trabalho em conjunto com as servidoras/es (docentes e técnico administrativos), e pela abertura de novos concursos para suprir as demandas da UDESC. Pela contratação de novos servidores para superar a sobrecarga de trabalho da categoria!

Criação de um Conselho Gestor da Pró-Reitoria de Assistência Estudantil, formado por representantes estudantis para fiscalizar políticas da Administração Central, apontar arbitrariedades cometidas contra estudantes trabalhadores e propor diretrizes e orientações para política de assistência estudantil da UDESC.

Segurança na UDESC

Proibir a intervenção da Polícia Militar dentro da UDESC e propor a construção de uma guarda não patrimonial, com paridade de gênero.

@chapa1dce.udesc

SEM STEMPO EM TEMPO

PARA PTER ARA TER

ACESSO

UNIVERSIDADE

A Chapa 1 - Sem Tempo Para Ter Medo, defende a manutenção e ampliação das cotas na UDESC. Temos um sistema de ações afirmativas ainda muito precário, com apenas 30% de cotas para todos os cursos, sendo destes 10% para cotas raciais e 20% para estudantes de escolas públicas no ensino fundamental e médio. Assim, além de a percentagem ser pequena, as cotas ainda não abarcam nem Pessoas Com Deficiência, nem pessoas trans e travestis. Ainda, o sistema de cotas da UDESC funciona de uma forma desleal onde aqueles que se inscrevem no vestibular pelas cotas não concorrem dentro da ampla concorrência, mas apenas entre os cotistas, aumentando a concorrência entre os inscritos, tornando o sistema de cotas totalmente ilógico e não funcional. Também não é permitida a entrada de estudantes que tenham histórico criminal. Por isso, entendemos que devemos mobilizar, com todo o corpo discente a luta por:

Acesso à Universidade Manutenção e ampliação do ENEM Pelo fim do Processo Seletivo

Ampliação das cotas raciais e para estudantes oriundos

de escolas públicas durante o ensino fundamental e médio.

Implementação de cotas para Pessoas Com Deficiência,

para pessoas Trans e Travestis, em todos os cursos para todo o estado.

Alteração da forma de organização do sistema de cotas da UDESC.

Pela possibilidade de entrada de pessoas que tenham

algum histórico criminal, não à exclusão das pessoas marginalizadas da universidade!

Revogar a alteração que substitui o acesso à UDESC através do vestibular próprio e do ENEM pelo histórico escolar, desfavorecendo estudantes trabalhadores que não conseguiram ter boas notas no Ensino Médio. Ampliar o acesso de vagas através da prova do ENEM.

Construir campanha, em conjunto com grêmios estudantis e outras entidades, pelo fim do vestibular, garantindo o acesso universal às Universidades Públicas. Batalhar para essa se tornar a posição majoritária dentro da UNE e da UCE, pressionando os grupos conciliadores nessas entidades.

Construir esta pauta como parte de uma reforma universitária que torne essa pauta realidade, pressionando o atual regime brasileiro.

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PARA PTER ARA TER

A permanência estudantil é a base de uma universidade plural e verdadeiramente pública, é através dela que os estudantes conseguem, para além de acessar a universidade, permanecer nela e garantir a conclusão de seus estudos dispondo de tudo que esta proporciona para além das atividades de ensino. A UDESC nunca trabalhou em políticas sérias de permanência estudantil, e desde o retorno presencial pós pandemia, pelo contrário do que era de se esperar de uma universidade pública considerando o alto índice de desemprego, diminuição das rendas familiares, aumento dos problemas psicológicos de jovens e adultos etc, as políticas de permanência da nossa universidade só pioraram. Em um momento onde muitos estão tendo que escolher entre comer e pagar o aluguel, retornamos para uma

universidade com 12 campis e apenas 2 RUs, sendo estes dois dos mais caros do país, e nenhuma moradia estudantil. Temos bolsas do PRAFE (Programa de Auxílio Financeiro aos Estudantes em Situação de Vulnerabilidade Socioeconômica) com valores totalmente incompatíveis com a realidade, em poucas quantidades, com processos burocráticos extenuantes e propositalmente excludentes, considerando o acesso com condições como estar cursando no mínimo 70% da grade curricular uma dificuldade pra quem trabalha e estuda. Perceber que temos uma política de permanência estudantil insuficiente quando a UDESC tem dinheiro e autonomia financeira, é perceber que a prioridade na distribuição da verba da nossa universidade não tem sido posta em nós, estudantes. Nossa chapa entende a permanência como um dos pilares universitários:

Lutar pela ampliação dos Restaurantes Universitários gratuitos em todos os centros com café da manhã, almoço e jantar e fins de semana aberto à comunidade externa. Inserção dos trabalhadores terceirizados no quadro de funcionários públicos. Consumo de alimentos produzidos por pequenos agricultores e assentamentos da reforma agrária. Pela retomada imediata das cantinas e pela diminuição emergencial dos valores cobrados de aluguel nas licitações.

Avançar na construção de normativas para criação de casas universitárias próximas ao local de estudo, seja pela construção de prédios ou por outros meios mais viáveis a depender da cidade e do centro.

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PARA PTER ARA TER

livre já!

Lutar pelo passe livre para estudantes e comunidade próxima a todos os campi. Ampliação dos horários, linhas e integração intermunicipal dos ônibus. Lutar pelas melhorias das condições dos trabalhadores do transporte e pela estatização das empresas privadas de ônibus de Santa Catarina.

Urgência de alteração da estatutária de forma participativa dos estudantes, atualização dos valores, ampliação das vagas, processo mais acessível, entrada direta no programa para cotistas de vestibular/ enem. Reajuste semestral dos auxílios de acordo com a inflação e o custo de vida de cada cidade.

também estudam!

Luta pela abertura de creches universitárias e auxílio creche para estudantes, mães e/ou responsáveis, com atualizações dos valores conforme a inflação.

Atualização do valor de acordo com a inflação, ajuste

constante de acordo com o VRV dos servidores, remuneração obrigatória em períodos de recesso e aviso de desligamento com 1 mês de antecedência e ampliação de vagas para todas as bolsas da UDESC. que necessitam. Oferta de sessões de terapia com frequência adequada.

Políticas de apoio psicológico de qualidade para todos

Lutar pela obrigatoriedade de cursos não-integrais noturnos para que em contra turno seja possível trabalhar para permanecer na Universidade. Através do CONSUNI, construir plano de garantia da modalidade noturna nos cursos que ainda não a oferecem, a partir de taxa mínima semestral de disciplinas a serem oferecidas no turno da noite, a ser reajustada progressivamente até o atendimento de toda a demanda.

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PARA PTER ARA TER

Construir a Reforma Curricular!

Defesa do ensino presencial!

Organizar e promover debates sobre currículo com cada curso, em conjunto com entidades estudantis, sindicatos e Fórum de RDs.

Currículos Igualitários!

Lutar pela manutenção dos 20% de carga horária online nos currículos dos cursos presenciais em contraposição à última normativa do ex ministro da educação, Abraham Weintraub, que liberou a ampliação para 40% de carga online a fim de precarizar o ensino com a inserção compulsória dos modelos de ensino híbrido e a distância nas universidades.

Criação de disciplinas sobre relações de gênero e etnicoraciais obrigatórias para todos os cursos.

Zero!

Ampla Reforma Curricular, via CONSUNI, para a construção de uma Norma Geral da Graduação que institua o Semestre Zero (de caráter eletivo) em todos os cursos da UDESC. Implementação de matérias introdutórias que dialoguem com as lacunas da Educação Básica, para romper o elitismo e a alta taxa de evasão nos cursos, em especial naqueles que exigem maior conhecimento técnico.

Em contraposição à lógica antidemocrática do empreendedorismo nas Empresas Júnior, incentivar a formação das cooperativas nos cursos de graduação, entendendo a necessidade de subsistência imediata das e dos trabalhadores.

Impulsionar projetos de extensão construídos para e com a classe trabalhadora a fim de garantir a função social da universidade. Articular com movimentos sociais como luta por moradia, reforma agrária, associaçõs de bairros, movimento indígena, negro e LGBTQIA+

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PARA PTER ARA TER

PÓS-GRADUAÇÃO

Dentro do cenário de constante avanço do ensino superior privado e do desmonte das instituições públicas, os programas de pós-graduações vêm sofrendo com a falta de verbas e com a baixa procura por parte dos graduandos. Isso se deve a diversos motivos, entre eles a precarização da educação pública no país, incluindo a superior; a baixa oferta de bolsas de pesquisa que vem diminuindo especialmente após o golpe de 2016, além do próprio valor das bolsas em geral que não sofreram reajuste há quase uma década. É imprescindível que a luta pelas melhores condições de permanência de alunos da pós graduação esteja em ressonância com as demais lutas do nosso movimento, já que ambas são indissociáveis e sofrem igualmente com a falta de políticas públicas. Por isso, endossamos as lutas para reajuste e aumento das bolsas de iniciação científica, mestrado e doutorado, somado às políticas de permanência como RU acessível, auxílio psicológico a acadêmicos entre outras.

CULTURA E ESPORTE

A passagem pela universidade vai muito além da sala de aula, provas e trabalhos. É um momento de vivenciar experiências culturais, políticas e esportivas que são a base para a formação pessoal e social. Dentro das nossas propostas para o esporte, pretendemos trabalhar juntamente com as atléticas para atender as necessidades de cada centro, assim como colaborar com a organização do JIUDESC.

Abrir mais entradas nos campi para a livre circulação da comunidade externa na universidade nos finais de semana! Garantir espaço de convivência e festas dentro dos campi.

Organização de feiras abertas em todos os campi para exposição e venda de produções artísticas e gastronômicas de estudantes, comunidades indígenas, quilombolas, pequenos agricultores e assentamentos da reforma agrária

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PARA PTER ARA TER

Formações!

ÀS OPRESSÕES

Promoção de debates e atividades formativas voltadas para professores, técnicos, trabalhadores terceirizados, comunidade interna e externa, que discutam principalmente machismo, racismo, capacitismo e assédio moral/sexual e acessibilidade dentro e fora da universidade.

UDESC Antifascista!

Pela expulsão de todos os alunos neonazistas da universidade! Garantia de medidas disciplinares e pedagógicas para quaisquer manifestações racistas, machistas, capacitistas e LGBTfóbicas da parte de membros da comunidade acadêmica. Vigilância constante contra extrema-direita, através de assembleias, manifestações e, se necessário, judicialização de atos discriminatórios.

Centro de Referência LGBTQIA+ Resistência organizada Contra o abuso docente e administrativo!

Promover um encontro de estudantes LGBTQIA+ para debater suas necessidades específicas na universidade.

Impulsionar a organização de coletivos negros, indígenas, PCDs, LGBTQIA+ e feministas dentro da UDESC.

Ações jurídicas e políticas contra os administradores

Contra a impunidade de docentes que abusam de sua

Exoneração de professores que cometem assédio ou

Responsabilização interna, pública e judicial, com

do movimento estudantil que perseguem e desmobilizam os estudantes organizados; autoridade e assediam moralmente estudantes e técnicos administrativos; violência sexual contra alunes e criação de espaço de acolhimento às vítimas; amplo direito de defesa e cautela para não favorecer políticas de extrema-direita, que perseguem educadores.

SEM STEMPO EM TEMPO PARA PTER ARA TER