Chamada da Meia-Noite - Ano 39 - Nº 6

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da Meia-Noite

Mateus 25.6

www.chamada.com.br

JUNHO DE 2008 • Ano 39 • Nº 6 • R$ 3,50



Chamada da Meia-Noite Publicação mensal Administração e Impressão: Rua Erechim, 978 • Bairro Nonoai 90830-000 • Porto Alegre/RS • Brasil Fone: (51) 3241-5050 Fax: (51) 3249-7385 E-mail: mail@chamada.com.br www.chamada.com.br Endereço Postal: Caixa Postal, 1688 90001-970 • PORTO ALEGRE/RS • Brasil

Índice Prezados Amigos

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Tão Perto e, Ainda Assim, Tão Longe

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Um Deus, Três Entidades - Parte 2

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Preços (em R$): Assinatura anual ................................... 31,50 - semestral ............................ 19,00 Exemplar Avulso ..................................... 3,50 Exterior - Assin. anual (Via Aérea) US$ 35.00 Fundador: Dr. Wim Malgo (1922-1992) Conselho Diretor: Dieter Steiger, Ingo Haake, Markus Steiger, Reinoldo Federolf Editor e Diretor Responsável: Ingo Haake Diagramação & Arte: Émerson Hoffmann INPI nº 040614 Registro nº 50 do Cartório Especial Edições Internacionais A revista “Chamada da Meia-Noite” é publicada também em espanhol, inglês, alemão, italiano, holandês, francês, coreano, húngaro e cingalês.

Implicações Históricas da Interpretação Alegórica

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As opiniões expressas nos artigos assinados são de responsabilidade dos autores. “Mas, à meia-noite, ouviu-se um grito: Eis o noivo! saí ao seu encontro” (Mt 25.6). A “Obra Missionária Chamada da Meia-Noite” é uma missão sem fins lucrativos, com o objetivo de anunciar a Bíblia inteira como infalível e eterna Palavra de Deus escrita, inspirada pelo Espírito Santo, sendo o guia seguro para a fé e conduta do cristão. A finalidade da “Obra Missionária Chamada da Meia-Noite” é:

Do Nosso Campo Visual

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• Avaliação dos ensinos de Joyce Meyer - 15 • Como conhecer o verdadeiro Deus - 19

1. chamar pessoas a Cristo em todos os lugares; 2. proclamar a segunda vinda do Senhor Jesus Cristo; 3. preparar cristãos para Sua segunda vinda; 4. manter a fé e advertir a respeito de falsas doutrinas Todas as atividades da “Obra Missionária Chamada da Meia-Noite” são mantidas através de ofertas voluntárias dos que desejam ter parte neste ministério.

Aconselhamento Bíblico www.Chamada.com.br

• Radiestesia - uso de pêndulos e forquilhas

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Lembro que nos anos após a Segunda Guerra Mundial, à tardinha, as pessoas de nossa aldeia na Alemanha costumavam sentar-se em cadeiras diante de suas casas, as mulheres tricotavam, e os acontecimentos do dia eram repassados. Naquela época ainda não se conhecia a televisão. Com certeza eram tempos mais tranqüilos e românticos. Como missionário reencontrei esse bom costume, nos anos 60, nas colônias do interior do Sul do Brasil, onde à noite se acendia o lampião de querosene e se ia muito cedo para a cama, porque não havia energia elétrica. Hoje a eletricidade chegou a esses lugares, e, com ela, chegou também a televisão e outros confortos modernos. Os cristãos de gerações passadas tinham mais facilidade de deixar de fora o mundo com suas influências. Isso mudou com a chegada do rádio, depois com a televisão e hoje com a internet. Há muitos anos Wim Malgo, fundador da Chamada da Meia-Noite, escreveu o folheto “Televisão – Instrumento do Anticristo!” Sobre o assunto, ele costumava usar o seguinte exemplo: um pastor recebeu a entrega de sua primeira televisão. Quando os entregadores estavam descarregando o aparelho diante de sua casa, ele viu a propaganda na embalagem: “Este aparelho traz o mundo para dentro de sua casa”. Assustado, o pastor mandou os homens devolverem a televisão. Levou anos até que os cristãos decididos começassem pouco a pouco a comprar suas televisões. Primeiro era mantida meio escondida na residência, e hoje ela faz parte do mobiliário das nossas casas. Li em uma revista que um grande número de pastores ingleses olha pornografia regularmente na internet. É fácil condenar os outros, mas hoje é muito importante vigiar e orar, pois a carne é fraca diante da avalanche de informações que se abate sobre nós diariamente. É preciso tomar posição de forma decidida para que não nos tornemos escravos secretos da concupiscência dos olhos. Acerca de Moisés está escrito em Hebreus 11: “preferindo ser maltratado junto com o povo de Deus a usufruir prazeres transitórios do pecado” (Hb 11.25). Como filho da filha do Faraó, no palácio real ele tinha todas as chances de usufruir os prazeres transitórios do pecado e de viver uma vida de despreocupada abastança. Mas aquilo que seus pais haviam semeado em seu coração deu fruto depois de 40 anos: “Pela fé, Moisés, quando já homem feito,

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recusou ser chamado filho da filha de Faraó” (Hb 11.24). O príncipe tornou-se fugitivo, “porquanto considerou o opróbrio de Cristo por maiores riquezas do que os tesouros do Egito, porque contemplava o galardão” (Hb 11.26). Moisés comparou os prazeres pecaminosos da corte e os tesouros passageiros com a glória eterna lá no alto, e sua decisão estava selada! Outro exemplo é o apóstolo Paulo. Diante dele estava uma carreira religiosa. Por ter sido instruído pelo teólogo judeu Gamaliel e estar muito próximo do sumo sacerdote do Sinédrio (por perseguir os discípulos de Jesus), ele poderia ter feito uma carreira brilhante dentro do judaísmo. Mas seu encontro com o ressurreto Jesus Cristo diante de Damasco produziu nele uma verdadeira reviravolta, um câmbio de todos os valores que direcionavam sua vida, fazendo-o reconhecer mais tarde aos filipenses: “Mas o que, para mim, era lucro, isto considerei perda por causa de Cristo. Sim, deveras considero tudo como perda, por causa da sublimidade do conhecimento de Cristo Jesus, meu Senhor; por amor do qual perdi todas as coisas e as considero como refugo, para ganhar a Cristo” (Fp 3.7-9). Ele fala em perdas por três vezes, porque achou a Cristo e assim “ser achado nele, não tendo justiça própria, que procede de lei, senão a que é mediante a fé em Cristo, a justiça que procede de Deus, baseada na fé” (Fp 3.9). Não vivemos nos tempos de Moisés nem de Paulo. Mas ainda hoje somos chamados a “contemplar” e “considerar”, pois a direção correta desse nosso contemplar interior é o que realmente importa. Para onde olhamos, qual o objeto do nosso olhar? O que ocupa nossos pensamentos? Que o Senhor nos ajude a fazermos bom uso de nossa liberdade cristã, inclusive em relação à televisão e à internet! Com votos de bênçãos,

Dieter Steiger


Como professor de Bíblia e teologia a serviço de uma organização evangelística, tive a oportunidade de ouvir muitos testemunhos pessoais. Durante esses 26 anos de trabalho no Instituto Bíblico Palavra da Vida nos EUA, impressionoume a quantidade de alunos que, apesar de terem nascido num contexto familiar de crentes em Cristo, só vieram a crer em Jesus bem mais tarde em sua vida. O assunto ressoa mais forte aos meus ouvidos, porque essa também foi a minha história. Eu nasci em Halifax, Nova Escócia, numa família de crentes consagrados a Cristo. Porém, à semelhança dos antigos israelitas, eu lutava com o problema da incredulidade. Não consigo me lembrar de uma única vez em que eu, meus irmãos e minha irmã não estivéssemos vestidos, penteados e prontos para nossa caminhada dominical rumo à igreja,

a fim de participar de um dos cultos. E lá íamos nós para a igreja. Além disso, o papai, não satisfeito de participar de todos os cultos de nossa igreja, sempre que havia algum culto especial em outra igreja levava a família toda. Ficamos sem carro durante muitos anos e para mim era uma tortura perder a melhor parte dos meus domingos numa caminhada de 20 ou 30 minutos para a igreja. Finalmente, quando conseguimos um carro, a minha alegria durou pouco. Meu pai começou um ministério de transporte com ônibus, numa época em que isso ainda não era comum nas igrejas. Nós passávamos de ônibus para pegar as pessoas em nosso trajeto para a igreja e, em seguida, o papai ainda fazia algumas viagens adicionais para transportar mais famílias para o culto. Com isso, tínhamos que sair de casa mais cedo do que antes, quando íamos a pé.

Seria ótimo se eu pudesse justificar a minha rejeição do Evangelho, alegando que nunca me fora pregado, mas esse não era o caso. Culto após culto, eu pude ouvir as verdades simples do plano da salvação: a de que eu era um pecador perdido e que Jesus é Deus, o qual vindo ao mundo, levou sobre Si os meus pecados e recebeu o castigo em meu lugar a fim de me libertar da condenação e perdição eterna. No começo, eu ia à frente, na hora do apelo do pregador, para aceitar Jesus como meu Salvador, pelo menos uma vez por mês. Mas parece que nunca isso, de fato, acontecia. Eu era tão velhaco que tinha plena consciência de que meu relacionamento com Deus era péssimo. Parece que nunca me convertia; na verdade, eu nunca tinha nascido de novo em Cristo. Como muitos dos testemunhos que ouvi, eu simplesmente me tor-

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Mesmo conhecendo o Evangelho, algumas pessoas escolhem outros caminhos, como o álcool, que destroem famílias e despedaçam vidas.

nei cada vez mais frio em relação ao Senhor. Passei a odiar a Fé Cristã e tudo o que ela significa. Quanto mais eu tentava ser bom e agradar a Deus, mais eu falhava. A incumbência dava a aparência de ser pesada demais e os benefícios pareciam mínimos, se é que existiam. Quando cheguei à adolescência, minha vida entrou “em parafuso” e virou um caos. Saí de casa; me envolvi com o mundo das drogas; e não demorou muito para que eu ficasse desempregado, sem teto, perambulando pelas ruas de Toronto.

Uma Escolha Quase Fatal Ainda fico intrigado com o fato de que uma pessoa pode ser criada com todas as oportunidades que eu tive e, mesmo assim, rejeitar o Evangelho. Como é que eu não entendi isso antes? Eu vi o que o álcool fizera com outras famílias. Ti-

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ve contato com lares destruídos e vidas despedaçadas. Eu fui testemunha da maneira pela qual Cristo fizera a diferença em nosso próprio lar; no entanto, misteriosamente nada disso me tocava. O apóstolo Paulo, de igual modo, estava pasmado com a atitude de Israel: “Porque eu mesmo desejaria ser anátema, separado de Cristo, por amor de meus irmãos, meus compatriotas, segundo a carne. São israelitas. Pertence-lhes a adoção e também a glória, as alianças, a legislação, o culto e as promessas; deles são os patriarcas, e também deles descende o Cristo, segundo a carne, o qual é sobre todos, Deus bendito para todo o sempre. Amém!” (Rm 9.3-5).

O Fator Fé No Novo Testamento o meio de salvação é o mesmo identificado no

Antigo Testamento: Fé. Ao escrever no Novo Testamento, o apóstolo Paulo demonstra sua convicção de que o propósito da mensagem central do Pentateuco era o de distinguir entre uma salvação centrada no homem e uma salvação centrada em Deus. A cidade de Jerusalém está edificada sobre uma montanha de dois cumes: um dos cumes é o monte Sião e o outro é o monte Moriá. Em 2 Crônicas 3.1 temos a seguinte informação: “Começou Salomão a edificar a Casa do SENHOR em Jerusalém, no monte Moriá”. Esse é o monte onde as Escrituras dizem que Abraão finalmente entendeu e temeu ao Senhor: “Então, lhe disse: Não estendas a mão sobre o rapaz e nada lhe faças; pois agora sei que temes a Deus, porquanto não me negaste o filho, o teu único filho” (Gn 22.12). Moriá foi o lugar da maior prova e da maior vitória de Abraão pela fé. Abraão, em sua disposição de sacrificar seu filho Isaque, colocava a promessa de Israel sobre o altar. Portanto, Moriá simboliza a fé e, por razões óbvias, passou a ser o local do estabelecimento do templo, a saber, o centro espiritual de todo o povo de Israel e o lugar onde Israel adoraria o seu Deus. Entretanto, ao fazer suas declarações mais categóricas sobre o papel da fé na salvação, o apóstolo Paulo recorre ao livro de Deuteronômio. Em Romanos 10.6-8, Paulo fez citações de Deuteronômio 30: “Mas a justiça decorrente da fé assim diz: Não perguntes em teu coração: Quem subirá ao céu?, isto é, para trazer do alto a Cristo; ou: Quem descerá ao abismo?, isto é, para levantar Cristo dentre os mortos. Porém que se diz? A palavra está perto de ti, na tua boca e no teu coração; isto é, a palavra da fé que pregamos”. O texto de Deuteronômio 30 foi escrito para fazer um contraste com


A incredulidade é um senhor cruel. Ela não promete nada, muito menos liberta; exige o pagamento de tudo, mas nunca entrega o que foi comprado.

“Porque este mandamento que, hoje, te ordeno não é demasiado difícil, nem está longe de ti. Não está nos céus, para dizeres: Quem subirá por nós aos céus, que no-lo traga e no-lo faça ouvir, para que o cumpramos? Nem está além do mar, para dizeres: Quem passará por nós além do mar que no-lo traga e no-lo faça ouvir, para que o cumpramos? Pois esta palavra está mui perto de ti, na tua boca e no teu coração, para a cumprires” (Dt 30.11-14). O mandamento ao qual Moisés se referiu nesse texto não era a Lei recebida no monte Sinai. Os israelitas nunca conseguiriam cumprir essa Lei. Moisés lhes falara acerca disso em boa parte do capítulo 29. Esse mandamento ordena que a pessoa creia, um mandamento personificado pelo exemplo de Abraão no monte Moriá. A incredulidade é um senhor cruel. Ela não promete nada, muito menos liberta; exige o pagamento de tudo, mas nunca entrega o que foi comprado. Contudo, existe um caminho melhor; um caminho tão próximo

o capítulo 29 que começa com uma Deuteronômio 30 apresenta uma assustadora declaração ao Israel mensagem absolutamente diferente, descrente: “Porém o SENHOR não vos uma mensagem de esperança e fé: deu coração para entender, nem olhos para ver, Existe um caminho melhor; um caminho tão próximo quanto o coração e os lábios, nem ouvidos para e que não requer pagamento humano de nenhuma espécie; um caminho que Abraão trilhou, Moisés ordenou e Paulo pregou: a obediência decorrente da fé. ouvir, até ao dia de hoje. Quarenta anos vos conduzi pelo deserto; não envelheceram sobre vós as vossas vestes, nem se gastou no vosso pé a sandália” (Dt 29.4-5). Na seqüência, o capítulo 29 prediz os futuros fracassos de Israel e seus decorrentes castigos. Contudo,

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“E disse: Em verdade vos digo que, se não vos converterdes e não vos tornardes como crianças, de modo algum entrareis no reino dos céus” (Mt 18.3).

quanto o coração e os lábios, e que não requer pagamento humano de nenhuma espécie; um caminho que Abraão trilhou, Moisés ordenou e Paulo pregou: a obediência decorrente da fé.

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da qual Jesus fez menção ao dizer: “E disse: Em verdade vos digo que, se não vos converterdes e não vos tornardes como crianças, de modo algum entrareis no reino dos céus” (Mt 18.3). Para nós a salvação saiu de graça, mas para o Messias o custo foi incalculável. Além disso, a salvação nunca está distante e inacessível; sempre está disponível a todo aquele que, neste exato momento, se disponha a crer. Entre qualquer um de nós e a salvação eterna não existe nenhum impedimento que se interponha, exceto um coração descrente. (Israel My Glory)

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Livro

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Aparentemente nada tinha mudado. Porém, naquele dia o meu coração estava diferente. Quando meu pai me perguntou se eu queria receber a Cristo em minha vida, meu coração e lábios disseram: “sim”. Eu não hesitei, nem titubeei em tomar a decisão. Parecia óbvio. O Dia em Que Foi naquele dia que me tornei cren“Funcionou” te em Jesus Cristo. Eu não posso afirmar o que haAcho que eu sempre conhecera via de diferente naquele dia chuvo- o Evangelho e talvez sempre o aceiso e frio de novembro de 1969. Eu tara de uma forma intelectual. Toainda me drogava e continuava tão davia, como no caso dos filhos de rebelde e rancoroso como sempre Israel que comeram o maná provifora. Meu pai viera de Halifax à mi- denciado por Deus e caminharam nha procura e nós estávamos dentro sobre sandálias que não se desgasdo carro, estacionado numa rua taram no deserto (veja Dt 29.5), o mais tranqüila. Evangelho nunca fizera diferença em minha vida. Naquele dia, ao lado de meu pai, eu estava Recomendamos: pronto a concordar com Deus sobre a minha condição e sobre a provisão que Ele fizera para mim. Trata-se daquela Pedidos: 0300 789.5152 fé semelhante à www.Chamada.com.br de uma criança

Marshall Wicks leciona as disciplinas de Panorama Bíblico e Teologia Sistemática como professor residente do Word of Life Bible Institute [Instituto Bíblico Palavra da Vida] em Schroon Lake, Nova York (EUA).


Em seus 13 princípios básicos, o renomado rabino Moshe Ben Maimon (1135-1205), também conhecido como Maimônides ou o grande Rambam, substituiu a palavra hebraica ehad (“um coletivo”) por yahid (“um singular”) para descrever a natureza de Deus. Ehad freqüentemente denota uma unidade composta, enquanto yahid não. Embora a idéia de yahid encontra-se em contraste com o Antigo

Testamento, o judaísmo rabínico o adotou, e argumenta que Deus é uma totalidade indivisível. Contudo, a Bíblia fornece muitos exemplos que testificam claramente uma pluralidade em um único Deus. Deus é um, mas não uma entidade. Há uma Divindade única, um Deus sem igual; mas esse um Deus existe numa pluralidade de entidades. As Escrituras Hebraicas contêm versículos que fazem referência a

“...e o Espírito de Deus pairava por sobre as águas” (Gn 1.2).

cada uma das entidades na Divindade e indicam claramente o seu número.

O Espírito de Deus “...e o Espírito de Deus pairava por sobre as águas” (Gn 1.2). O Espírito de Deus existiu desde o início. Ele teve parte na criação, mas o Espírito nunca foi criado; portanto, Ele é igual a Deus. O Espírito de Deus é uma entidade independente e vibrante, não apenas um traço da personalidade ou um poder inativo e inconsciente. O Espírito de Deus pode ser afligido; portanto, Ele é uma Pessoa em si mesmo. Há mais exemplos da existência do Espírito como uma entidade individual: “O Espírito de Deus me fez, e o sopro do Todo-Poderoso me dá vida... Não me repulses da tua presença, nem me retires o teu Santo Espírito... Para onde me ausentarei do teu Espírito? Para onde fugirei da tua face?... Repousará sobre ele o Espírito do Senhor, o Espírito de sabedoria e de entendimento, o Espírito de conselho e de fortaleza, o Espírito de conhecimento e

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me glorioso” (Is 63.10-11,14). “E sobre a casa de Davi e sobre os habitantes de Jerusalém derramarei o espírito da graça e de súplicas; olharão para aquele a quem traspassaram; pranteá-loão como quem pranteia por um unigênito e chorarão por ele como se chora amargamente pelo primogênito” (Zc 12.10).

Visto e não visto Claramente, ao menos duas entidades compõem a Divindade.

De acordo com a opinião rabínica judaica, o Senhor falou a Moisés através de uma imagem refletida. Entretanto, esse ponto de vista é inconsistente com a Palavra de Deus.

de temor do Senhor... Quem guiou o Espírito do Senhor? Ou, como seu conselheiro, o ensinou?” (Jó 33.4; Sl 51.11; 139.7; Is 11.2; Is 40.13). “Mas eles foram rebeldes e contristaram o seu Espírito Santo, pelo que se lhes tornou em inimigo e ele mesmo pelejou contra eles. Então, o povo se lembrou dos dias antigos, de Moisés, e disse: Onde está aquele que fez subir do mar o pastor do seu rebanho? Onde está o que pôs nele o seu Espírito Santo?... Como o animal que desce aos vales, o Espírito do Senhor lhes deu descanso. Assim, guiaste o teu povo, para te criares um no-

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1) Uma entidade que ninguém pode ver face a face e viver:

“E acrescentou: Não me poderás ver a face, porquanto homem nenhum verá a minha face e viverá” (Êx 33.20). Deus estava falando a Moisés e prometeu abençoar e acompanhálo em toda a jornada dos israelitas no deserto. Moisés queria ver a face do Senhor que lhe falava, mas seu desejo foi recusado. Finalmente, Deus permitiu que Moisés O visse pelas costas, mas foi proibido de ver Sua face. Se ele tivesse visto a face da entidade, ele teria morrido instantaneamente. Entretanto, Moisés nitidamente conversou com a entida-

de de Deus cuja face fora proibido de ver.

2) Uma entidade que os homens podem ver face a face: “Falava o Senhor a Moisés face a face, como qualquer fala a seu amigo; então, voltava Moisés para o arraial, porém o moço Josué, seu servidor, filho de Num, não se apartava da tenda” (Êx 33.11). O mesmo capítulo descreve um encontro especial entre Deus e Moisés. Para enfatizar a proximidade física entre eles, o versículo diz que o encontro foi “face a face”, como um homem fala a seu amigo. Esse encontro não foi uma visão, um sonho ou uma voz vinda do céu, mas um diálogo face a face. De acordo com a opinião rabínica judaica, o Senhor falou a Moisés através de uma imagem refletida. Entretanto, esse ponto de vista é inconsistente com a Palavra de Deus. Se o Senhor falou a Moisés através de um reflexo, o versículo assim o diria, em vez de dizer “face a face, como um homem fala a seu amigo”. Usando uma interpretação literal e gramatical do texto, torna-se evidente que os versículos 11 e 20 do capítulo 33 falam de duas entidades separadas. Ambas são mencionadas como “Senhor”. Outro exemplo de uma entidade visível na Divindade é encontrado em Êxodo 24.9-11. Moisés, Arão, os filhos de Arão, Nadabe e Abiú, e 70 anciãos de Israel subiram o Monte Sinai e “viram o Deus de Israel, sob cujos pés havia uma como pavimentação de pedra de safira, que se parecia com o céu na sua claridade. Ele não estendeu a mão sobre os escolhidos dos filhos de Israel; porém eles viram a Deus, e comeram, e beberam” (vv. 10-11).


A Revelação de Isaías Quantas entidades constituem a Divindade? O profeta Isaías solucionou o mistério e lançou uma luz sobre o relacionamento entre as Pessoas que compõem o Deus vivo. Em Isaías 44.6, Deus disse: “Eu sou o primeiro e eu sou o último, e além de mim não há Deus”. Em Isaías 48, o Senhor descreve a si mesmo como Aquele que fundou a terra e fez os céus, e Ele declara que todas as coisas foram feitas segundo a Sua vontade. O Senhor continua a falar e diz que os reinos daqueles dias estavam sob Sua soberania. Ele prossegue: “Chegai-vos a mim e ouvi isto: não falei em segredo desde o princípio; desde o tempo em que isto vem acontecendo, tenho estado lá. Agora, o SENHOR

O conhecido chavão de que “idéias trazem conseqüências”, aplica-se, por certo, à questão da maneira correta de se interpretar as Escrituras, principalmente a profecia bíblica. O livro de Provérbios faz menção ao resultado final de uma situação.[1] Em outras palavras, a pergunta é: a que fim leva o ponto de vista de uma pessoa? Um bom meio de se examinar essa questão é pela análise do produto final dos métodos interpretativos em seu uso no passado. Eu creio que se a metodologia de Hank Hanegraaff, apresentada em seu livro

Deus [Adonai YHVH] me enviou a ehad (“um”, “único”), para nos enmim e o seu Espírito” (Is 48.16). sinar que a Divindade é composta Desta forma, o falante é Deus de três entidades. (Israel My (entidade um). Ele foi enviado pelo Glory)– continua Senhor Deus (entidade dois) com Seu Espírito (entidade três). Isaías Meno Kalisher é pastor da “Assembléia de ensina que a união da Divindade é Jerusalém – Casa da Redenção” em Jerusaformada de três entidades: o Espíri- lém. Ele tem falado em convenções e eventos evangélicos em Israel e em outros países e to do Senhor e dois outros que são será um dos palestrantes em nosso 10º Congresso Internacional Sobre a Palavra Prochamados de “Senhor”. fética em Águas de Lindóia/SP (22 a Portanto, o sentido das palavras 25/10/2008). Seu pai, Zvi, é sobrevivente do do Senhor no Shemá, em Deutero- Holocausto nazista. nômio 6.4, tornase óbvio: “Ouve, Recomendamos: Israel, o Senhor, nosso Deus, é o único Senhor”. Os nomes do Senhor aparecem três vezes neste versículo, que acaba com Pedidos: 0300 789.5152 a expressão “úniwww.Chamada.com.br co Senhor” –

recentemente lançado The Apocalypse Code[2] (i.e., O Código do Apocalipse), viesse a ser amplamente aceita, a Igreja voltaria à Idade das Trevas em termos hermenêuticos. Talvez ele queira apenas enfatizar um método de interpretação, mas a partir do momento em que alguém aplica um método, gera-se um resultado ou modelo escatológico. Há implicações evidentes.

A Igreja em Seus Primórdios Durante os primeiros duzentos anos da Igreja, surgiram

duas escolas rivais de interpretação. Uma delas era a escola de Antioquia da Síria, que defendia a interpretação literal e histórica das Escrituras; a outra era a escola de Alexandria, situada ao norte da África, no Egito, que advogava uma hermenêutica alegórica ou espiritualizada. Bernard Ramm declara: “A escola síria combatia principalmente as idéias de Orígenes, na qualidade de inventor do método alegórico, e sustentava a primazia da interpretação literal e

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interpretação li- prio texto diz, também é um símboteral a todo cus- lo do “sangue que fluiu das veias de to”. Ele declara: Emanuel”.[8] “interpretar as Embora a escola síria de interprefiguras apocalíp- tação tenha exercido grande influênticas num senti- cia durante os cinco primeiros sécudo estupidamen- los da Igreja, no fim a escola alexante literal conduz drina prevaleceu, quando Jerônimo e ao absurdo”. Agostinho passaram a defender a Hanegraaff ex- abordagem de interpretação alegóriplica: “Visto ser ca no campo da profecia bíblica. A difícil imaginar influência deles abriu caminho para que o sangue o domínio da interpretação alegórica dos inimigos de da Bíblia durante grande parte da Hank Hanegraaff e seu livro “The Apocalypse Code”. Cristo possa for- Idade Média. Agostinho desenvolmar um rio que veu uma hermenêutica dual [i.e., de se eleve e atinja dupla-face]. Ele, por um lado, tena altura dos dia a interpretar a Bíblia literalmenhistórica”.[3] Alexandre de Alexan- ‘freios dos cavalos numa extensão de te, mas quando chegava na questão dria e Orígenes (185-254 d.C.) de- mil e seiscentos estádios’, LaHaye se escatológica, interpretava-na de mosenvolveram a abordagem alegórica utiliza de extraordinária liberdade do espiritualizado ou alegórico. de interpretação da Bíblia no come- poético-literária”.[6] Na página seço do terceiro século. guinte de seu livro, Hanegraaff afirA Idade Média Joseph Trigg faz esta observa- ma: “A linguagem figurada exige A Idade Média foi um período ção: “A principal crítica a Orígenes, que os leitores usem sua imaginainiciada quando ele ainda era vivo, ção [...] tais saltos imaginativos são dominado pela interpretação alegóera a de que ele usava a interpreta- regra, não exceção”.[7] Hanegraaff rica das Escrituras. Uma das crenção alegórica com o intuito de arru- imagina que o sangue mencionado ças que se tornou predominante, mar uma justificativa plausível para nessa passagem, em vez de emanar especialmente no fim do período reinterpretar a doutrina cristã nos apenas dos que serão sujeitos àque- medieval, era a de que cada frase moldes da filosofia platônica”.[4] le juízo de Deus, conforme o pró- nas páginas da Bíblia deve ser enOrígenes acreditava que o texto de “Provérbios 22.20 autoriza os intérpretes a buscarem em cada passagem das Escrituras um significado triplo: o carnal, o psíquico e o espiA Idade Média foi um período dominado pela interpretação alegórica das Escrituras. ritual”. Orígenes ficou fascinado pelo significado espiritual ou alegórico do texto, por crer que “o significado espiritual pertence a uma categoria de idéias mais elevada que a do significado literal”.[5] Hanegraaff fala como se fosse o próprio Orígenes do século XXI quando expõe as razões de sua rejeição à interpretação literal da profecia bíblica nas passagens em que há controvérsia. Por exemplo, Hanegraaff rotula a perspectiva apresentada por Tim LaHaye sobre Apocalipse 14.20 de “método de

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pécie de explicação cristológica. Farrar observa: “Durante esses nove séculos encontramos muito pouco, com exceção dos ‘lampejos e ruínas’ da exposição patrística [...] Grande parte da erudição que ainda existia dedicou-se a algo que pretendia ser exegese, contudo, entre centenas de escritores, não houve sequer um que demonstrasse alguma concepção verdadeira do que realmente significa a exegese”.[9]

A Reforma Protestante Calvino afirmou: “O primeiro cuidado de um intérprete é deixar que o autor diga exatamente aquilo que diz, em vez de atribuir ao autor aquilo que pensamos que ele devia dizer”.

tendida como uma referência a Cristo. Esse falso adágio interpretativo baseava-se numa interpretação equivocada do texto de Lucas 24.44, onde está escrito: “A seguir, Jesus lhes disse: São estas as palavras que eu vos falei, estando ainda convosco: importava se cumprisse tudo o que de mim está escrito na Lei de Moisés, nos Profetas e nos Salmos”. Essa passagem não diz que cada palavra ou frase do Antigo Testamento tem de se referir obrigatoriamente a Jesus, o Messias; em vez disso, o versículo declara que Jesus é Aquele a quem se referia o Antigo Testamento ao mencionar o Messias. Se essa fosse a correta abordagem hermenêutica, uma passagem nitidamente histórica como a de 1 Crônicas 26.18, “No átrio ao ocidente, quatro junto ao caminho, dois junto ao átrio”, teria de ser interpretada como uma referência a Cristo. A frase em questão não faz nenhuma referência a Cristo, mas através de uma alquimia alegórica, encontrou-se alguma es-

A interpretação bíblica só começou seu retorno à sanidade da interpretação literal no alvorecer da Reforma. A Reforma não teria ocorrido se os reformadores não tivessem convicção de que sabiam o que a Palavra de Deus diz. “A tradição da escola síria [...] tornou-se a concepção hermenêutica elementar dos reformadores”.[10] Ramm salienta que na Europa “houve uma Reforma hermenêutica anterior à Reforma eclesiástica”.[11] Dessa forma, comprova-se, mais uma vez na história, que o método de interpretação utilizado por alguém precede e produz a exegese dessa pessoa, e, conseqüentemente, suas convicções teológicas (i.e., modelo). Em geral, Lutero e Calvino trouxeram a Igreja de volta à interpretação literal. Se eles não o fizessem, o protestantismo não teria nascido e a Reforma nunca teria ocorrido. Lutero declarou: “Somente o sentido literal das Escrituras é a essência incólume da fé e da teologia cristã”.[12] Calvino afirmou: “O primeiro cuidado de um intérprete é deixar que o autor diga exatamente aquilo que diz, em vez de atribuir ao autor aquilo que pensamos que ele devia dizer”.[13] Entretanto, como a maioria de nós, Lutero e Calvino nem sempre

seguiram sua própria teoria, mas, sem dúvida, eles e outros reformadores de mesma opinião colocaram a corrente hermenêutica na direção certa. No período pós-Reforma muitos protestantes lentamente começaram a descartar o legado de mil anos de interpretação alegórica da Bíblia, principalmente no campo da profecia bíblica. Primeiro, eles aplicavam a interpretação literal nas questões que diziam respeito à doutrina da salvação e, daí em diante, passaram a aplicá-la cada vez mais à Bíblia inteira. No inicio do século XVII, houve um retorno ao pré-milenismo em virtude de que alguns passaram a utilizar uma hermenêutica literal na interpretação de Apocalipse 20. Nessa mesma época, muitos protestantes se deram conta de que haverá um futuro literal para a nação de Israel, ao serem despertados pela leitura dos escritos pré-milenistas dos pais da Igreja e pelas notas comentadas da Bíblia de Genebra em língua inglesa. Alguns intérpretes só começaram a ser firmes e coerentes na utilização de uma hermenêutica literal no fim do século XVIII e início do século XIX. Wallis faz o seguinte registro: “um futurismo coerente, que elimina por completo a necessidade de se calcular as épocas, só apareceu no começo do século dezenove”.[14] Em termos gerais, a Igreja Evangélica, especialmente em países de fala inglesa, voltou ao futurismo pré-milenista da Igreja primitiva. A partir de então, aplicariam o método literal de interpretação bíblica e o desenvolveriam para além dos limites de seu estágio inicial na Igreja primitiva.

Implicações Para o Momento Atual Hanegraaff reconhece o atual predomínio da ênfase futurista na direção de uma interpretação literal

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cias gerais tanto bateu”.[18] Maranata! (Pre-Trib da sociedade se- Perspectives) cular quanto da Thomas Ice é diretor-executivo do Pre-Trib maioria dos Research Center em Lynchburg, VA (EUA). evangélicos que Ele é autor de muitos livros e um dos editores da Bíblia de Estudo Profética. se afasta de uma interpretação literal para pene- Notas: 1. Por exemplo, Provérbios 5.4,11; 14.12,13; trar nas trevas 16.25; 18.18; 20.21; 25.8; 29.21. 2. Hank Hanegraaff, The Apocalypse Code, sombrias da herNashville: Thomas Nelson, 2007. menêutica não3. Bernard Ramm, Protestant Biblical Interliteral. pretation: A Textbook of Hermeneutics, 3ª edição, Grand Rapids: Baker Book HouN o r m a n se, 1970, p. 49. Geisler afirma 4. Joseph W. Trigg, “Introduction”, publicada na obra de R. P. C. Hanson, Allegory & Nesses 2.000 anos de história da Igreja já ficou claro que se que sua princiEvent: A Study of the Sources and Signifiadotarmos o método de interpretação da profecia bíblica pal preocupação cance of Origen’s Interpretation of Scriptuusado por Hanegraaff, retornaremos à estrada do re, Louisville: Westminster John Knox com o livro The subjetivismo e do misticismo da Era das Trevas. Press, 2002, p. vi. Apocalypse Code 5. Ronald E. Diprose, Israel in the development of Christian thought, Roma: Instituto é a de que ele Biblico Evangelico Italiano, 2000, p. 87. “se baseia num 6. Hanegraaff, The Apocalypse Code, p. 21. de toda a Bíblia, inclusive da profe- método alegórico de interpretação 7. Hanegraaff, The Apocalypse Code, p. 23. 8. Hanegraaff, The Apocalypse Code, p. 22. cia bíblica, entre os evangélicos que das Escrituras proféticas, método 9. Frederic W. Farrar, History of Interpretacrêem na inspiração das Escrituras. esse que, se aplicado a outros ensition, Grand Rapids: Baker Book House, [1886], 1961, p. 245-6. Entretanto, ele quer mudar essa nos das Escrituras, solaparia os fun10. Ramm, Protestant Biblical Interpretation, p. 51. tendência que já se verifica por 200 damentos da Fé Cristã quanto à 11. Ramm, Protestant Biblical Interpretation, p. 52. anos. Na realidade, Hanegraaff de- salvação”.[16] Eu partilho da mes- 12. Martinho Lutero, citado na obra de Ramm, Protestant Biblical Interpretation, p. 54. seja provocar uma mudança de pa- ma preocupação de Geisler, sobre- 13. João Calvino, citado na obra de Ramm, Protestant Biblical Interpretation, p. 58. radigma que abandona a interpreta- tudo à luz do fato de que a ênfase B. Wallis, “Reflections on the Hisção literal da profecia bíblica para que Hanegraaff realmente quer dar 14. Wilber tory of Premillennial Thought”, publicado voltar ao misticismo da escola Ale- é ao seu próprio método.[17] Nesna obra organizada por R. Laird Harris, Swee-Hwa Quek e J. Robert Vannoy, Inxandrina e às tendências hermenêu- ses 2.000 anos de história da Igreja terpretation & History: Essays in honour of ticas da Idade Média. Isso não sig- já ficou claro que se adotarmos o Allen A. MacRae, Singapura: Christian Life Publishers, 1986, p. 229. nifica progresso; pelo contrário, se método de interpretação da profe15. Beryl Smalley, The Study of the Bible in the tal mudança acontecesse, estaría- cia bíblica usado por Hanegraaff, Middle Ages, Notre Dame, IN: University of Notre Dame Press, [1964], 1982, p. 360. mos diante de um retrocesso e de- retornaremos à estrada do subjeti16. Norman L. Geisler, “Review of Hank Hanecadência hermenêutica. vismo e do misticismo da Era das graaff’s The Apocalypse Code”, publicado no site da Internet: www.ses.edu/NormQuando se estuda as tendências Trevas. Geisler chega à seguinte interpretativas da Idade Média, é conclusão: “É lamentável que um 17. Geisler/Review/ApocalypseCode.html Hanegraaff, The Apocalypse Code, p. 2. preciso compreender o significado homem que por tanto tempo lutou 18. Geisler, “Review of Hank Hanegraaff’s...” dessa análise nas suas implicações arduamente conpara os nossos dias. Beryl Smalley, tra seitas e ensiRecomendamos: um estudioso da Idade Média que nos heréticos [...] se especializou nas concepções me- tenha sucumbido dievais de interpretação da Bíblia, a um método de declara: “As condições da atualida- interpretação da de têm gerado uma certa simpatia Bíblia que pouco pelos alegoristas. Temos uma ava- difere da metodolanche de estudos sobre ‘espirituali- logia usada pelas dade’ medieval”.[15] Em seu livro seitas que ele Pedidos: 0300 789.5152 The Apocalypse Code, Hanegraaff de- mesmo tão vigowww.Chamada.com.br monstra estar seguindo as tendên- rosamente com-

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Avaliação dos ensinos de Joyce Meyer Uma crítica dos livros “Beleza Em Vez de Cinzas” e “Approval Addiction” Joyce Meyer ficou muito popular através de suas pregações e dos vários livros que escreveu. Embora não seja psicóloga, seus textos freqüentemente fazem referência aos abusos que sofreu na infância, e seus ensinos são parecidos com a “sabedoria” psicológica popular sobre os efeitos do abuso infantil. Esta crítica faz a resenha de dois

Joyce Meyer.

de seus livros: Beleza em vez de O abuso de crianças é um pecado horrível e um problema real cinzas: Recena nossa sociedade. Os cristãos precisam demonstrar sua bendo cura compaixão, compreensão e esperança. emocional (BC), 2006, e Approval Addiction: A infância conturbada de MeOvercoming Your Need to Please Everyone (AA) [O Vício da Apro- yer serve de cenário para grande vação: Superando sua necessidade de parte de seu ensino. Em Beleza agradar todo mundo, em tradução Em Vez de Cinzas, Meyer ressalta livre; não editado no Brasil], os abusos que sofreu na infância e 2005. Com certeza existe alguma expressa sua crença de que muitas verdade nesses livros, mas ela está pessoas que parecem “íntegras” tão terrivelmente emaranhada são, na verdade, extremamente com erros de psicologia, que todo perturbadas interiormente: cuidado é pouco. Existem muitas, muitas pessoas que É muito importante enfatizar parecem ser todas certinhas por foque o abuso de crianças é um pe- ra, mas por dentro são um desastre. cado horrível e um problema real Esta era a minha situação antes de na nossa sociedade. Os cristãos aprender que a principal preocupaprecisam demonstrar sua compai- ção do Senhor é a minha vida intexão, compreensão e esperança. O rior. Mateus 6.33 afirma que devepropósito desta crítica não é mi- mos buscar primeiro o reino (lembrenimizar a ofensa sofrida ou a gra- se, ele está dentro de você) e a sua vidade do problema, mas, sim, le- justiça, e então essas outras coisas var tanto o praticante quanto a ví- nos serão acrescentadas (BC, negrito tima desse pecado a buscarem a acrescentado). Deus e à Sua Palavra, e a se afasSofri abusos sexuais, físicos, vertarem das teorias e métodos falhos bais e emocionais desde quando conda psicoterapia moderna, que pa- sigo me lembrar até o dia em que firecem ser úteis, mas mantêm as nalmente saí de casa, aos dezoito pessoas na escravidão. anos (BC).

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A Escritura tem muito a dizer sobre a ira pecaminosa, mas Meyer a atribui aos pecados de outras pessoas, e não ao coração da própria pessoa irada.

Existe uma mentalidade de vítima que aflora em todos os textos dela.

Mentalidade de Vítima Um dos problemas mais graves com a psicoterapia moderna, tanto a secular quanto a “cristã”, é a tendência de considerar os indivíduos como vítimas e não como pecadores. Esta mentalidade de vítima está presente em todos os textos de Meyer, como neste exemplo: “Tendo sido ferida e ainda não conhecendo o modo como Deus age, acabei magoando meus próprios filhos”.(BC) O aspecto mais perturbador e antibíblico é esse suposto elo cau-

Começar a vida enraizados num sentimento de rejeição é o mesmo que ter uma rachadura no alicerce da nossa casa (AA, p. 186). Meu único sistema de referência era o modo como fui criada. Eu tinha raízes podres, doentes e, portanto, meus frutos eram maus (AA, p. 190).

Meyer propõe uma cadeia de causalidade que atinge uma geração após a outra: Freqüentemente, pessoas problemáticas se casam com pessoas problemáticas. Depois de destruírem uma à outra, seus problemas são transferidos aos filhos, que por sua vez se transfor-

O foco nos pecados que outras pessoas cometeram no passado geralmente leva a uma ênfase na recordação desses pecados e no “tratamento” dessas lembranças.

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sal entre os abusos sofridos na infância (os pecados dos outros) e os pecados que o próprio indivíduo vem a cometer mais tarde, na vida adulta. Meyer faz afirmações radicais sobre essa relação causal:

mam na próxima geração de pessoas problemáticas e atormentadas (BC).

Se retrocedermos o suficiente ao longo dessa cadeia causal, chegaremos a Adão e Eva, que não tinham pais terrenos a quem responsabilizar – mas tentaram botar a culpa em Deus. A teoria de Meyer sobre a ira mostra muito bem a direção em que esse caminho nos leva. A Escritura tem muito a dizer sobre a ira pecaminosa (veja, por exemplo, Provérbios 15.1, Efésios 4.25-31, Colossenses 3.8, Gálatas 5.19-20), mas Meyer a atribui aos pecados de outras pessoas, e não ao coração da própria pessoa irada: [...] quando examinamos a questão da raiva excessiva, verificamos que sua raiz geralmente está em problemas do passado (AA, p. 143). Pessoas que foram feridas não ficam apenas com raiva, mas muitas vezes procuram também uma compensação pelas injustiças que sofreram (AA, p. 147).

Seguindo o raciocínio de Meyer, chegamos à conclusão de que quando uma pessoa irada procura vingança, a culpa, na verdade, é de uma outra pessoa. Rebelião, pobreza, “vício em aprovação”, incapacidade de manter bons relacionamentos, sentimentos de rejeição, auto-imagem ruim, vergonha internalizada, mas também realizações positivas, suposta-


Do Nosso Campo Visual Essas pessoas [que estão sendo curadas dos abusos] precisam sair de seu estado de negação e encarar a verdade. Pode haver coisas que elas esqueceram porque eram dolorosas demais, coisas que terão que ser recordadas e enfrentadas durante o processo de cura (BC).

Um versículo bíblico é usado fora de contexto para dar apoio a essa tese:

Como Meyer pode ter certeza de que os que foram ofendidos, mas conseguiram realizar algo importante, fizeram isso para serem aceitos pelos outros?

mente têm origem no que outras pessoas fizeram no passado: A raiz da rebelião freqüentemente é a rejeição. Pessoas rebeldes passaram pelo sofrimento de serem rejeitadas. Essas pessoas são agressivas, e sua agressividade é uma raiva interna que se manifesta como rebeldia (AA, p. 197, negrito acrescentado). A causa principal do vício em aprovação é geralmente uma ferida emocional (AA, p. 106, negrito acrescentado). Pessoas que sofreram abusos, que foram rejeitadas ou abandonadas, geralmente são inseguras [...] esses indivíduos são dominados por sentimentos de vergonha e culpa, e têm uma autoimagem muito ruim (BC, negrito acrescentado). Uma vez, ouvi dizer que 75 por cento de todos os líderes mundiais sofreram abusos e experimentaram uma forte rejeição. Quando ouvi essa estatística, fiquei assombrada. Mas isso acontece simplesmente porque os indivíduos que sofreram abusos e rejeições se esforçam mais do que a maio-

ria das pessoas para realizar alguma coisa importante, para serem aceitos (AA, p. 198).

Como Meyer pode ter certeza de que os que foram ofendidos, mas conseguiram realizar algo importante, fizeram isso para serem aceitos pelos outros? Como ela explicaria os pecados dos que não sofreram abusos graves, dos que cresceram em lares crentes, mas se desviaram? E quanto às pessoas que realizam grandes feitos, mas não foram vítimas de abusos na infância? Onde se encaixa a responsabilidade pessoal pelo pecado neste quadro em que tantos problemas da vida são atribuídos aos pecados de terceiros?

Cura das Memórias Esse foco nos pecados que outras pessoas cometeram no passado geralmente leva a uma ênfase na recordação desses pecados e no “tratamento” dessas lembranças:

Pessoalmente, sempre achei que o colapso emocional de minha mãe foi o resultado dos anos de abuso que ela havia sofrido e do fato de ela se recusar a enfrentar e lidar com a verdade. Lembre-se de que, em João 8.32, nosso Senhor nos disse: “e conhecereis a Verdade, e a Verdade vos libertará” (BC, negrito no original).

Essa passagem de João é citada freqüentemente por psicólogos para justificar o tema da cura das memórias, mas a verdade, no contexto desse versículo, é o evangelho, não os fatos sobre abusos passados. Não existe nenhum lugar na Escritura que nos mande relembrar, trazer à tona ou repetir os pecados cometidos contra nós no passado para que nosso processo de santificação possa avançar.

Necessidades Não-Satisfeitas A mentalidade de vítima também tende a enfatizar as necessidades individuais não-satisfeitas, em vez do serviço a Deus e ao próximo. Como muitos outros, Meyer alega que Deus pode preencher o vazio e satisfazer essas necessidades: [...] se enquanto você estava crescendo não recebeu tudo o que precisava para ficar forte e saudável, Jesus terá prazer em lhe dar tudo isso agora

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Do Nosso Campo Visual da hoje), houve mártires que sacrificaram a própria vida pela fé cristã. Qual seria a reação desses santos diante do ensino psicológico de que suas “necessidades” pessoais de aceitação, aprovação e prazer são mais importantes que o evangelho?

Conclusão

gítimas regularmente, e com muita facilidade” (AA). Negligenciar necessidades realmente legítimas (por exemplo, a saúde ou o sono) para atender a propósitos ímpios de outras pessoas e obter sua aprovação pode ser um problema. No entanto, a Bíblia nos diz que devemos colocar Deus e os outros acima de nós mesmos, às vezes deixando de lado nossas próprias necessidades e desejos, por amor ao reino de Deus. Ao longo da história (e ain-

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Será que Deus supre as nossas necessidades? Claro que sim! Devemos pedir-Lhe que supra nossas necessidades legítimas, segundo Suas riquezas? Sim! Entretanto, o problema está na definição dessas necessidades quando o foco é colocado no eu – aceitação, aprovação e prazer – em vez de, por exemplo, ousadia para pregar o evangelho ou recursos para servir a Deus. Além disso, Meyer (e outros) critica os que põem suas próprias necessiRecomendamos: dades em segundo plano para servir aos outros: “Pessoas que querem agradar os outros costumam abrir mão Pedidos: 0300 789.5152 de suas próprias www.Chamada.com.br necessidades le-

Debbie Dewart é advogada. Ela mantém o site wwww.christiandiscernment.com, que oferece material esclarecedor sobre o conflito entre os ensinos bíblicos e as teorias/os métodos da psicologia moderna.

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(BC, citando Efésios 3.17, Colossenses 2.7, João 15.5).

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A Bíblia nos diz que devemos colocar Deus e os outros acima de nós mesmos, às vezes deixando de lado nossas próprias necessidades e desejos, por amor ao reino de Deus.

Joyce Meyer tornou-se uma escritora e pregadora extremamente popular, com uma longa lista de livros publicados. Essa breve resenha de dois de seus livros (publicados com um intervalo de 11 anos) mostra que os leitores não devem presumir que Joyce Meyer é tão “ungida” ao ponto de seus ensinamentos serem infalíveis. Ao contrário, muito do que ela diz é uma repetição da psicologia popular que hoje enche as prateleiras das livrarias seculares e cristãs. (Debbie Dewart, PsychoHeresy Awareness Letter)


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Como conhecer o verdadeiro Deus Todas as religiões têm seus defeitos, não é mesmo? Há uma famosa parábola budista a respeito de cegos e um elefante, que os relativistas religiosos de hoje gostam de citar:

Era uma vez um rajá que ordenou ao seu servo: “Vá e reúna todos os homens de Savati que nasceram cegos... e mostre-lhes um elefante”. “Sim, senhor”, respondeu o servo, e cumpriu a ordem que lhe fora dada. Quando ele tinha reunido os cegos, anunciou: “Aqui está um elefante”. O primeiro apalpou a cabeça do animal, o segundo tocou as orelhas, o terceiro, uma presa. Outros tocaram a tromba, o quadril, o rabo e o chumaço de pêlos na ponta da cauda. A cada um deles, o servo disse que isto era um elefante. Quando todos os cegos tinham tocado o elefante, o rajá dirigiu-se a cada um deles e perguntou: “E então, cego, você viu o elefante? Diga-me: o que é um elefante?” Os homens que haviam apalpado a cabeça, disseram: “Senhor, o elefante parece uma panela”. Os homens que haviam encostado as mãos nas orelhas, disseram: “O elefante é como uma peneira de trigo”. Os que tinham tocado na presa, imaginaram o elefante como um arado. O que tocara a barriga descreveu-o como um celeiro, os que tinham encostado na perna mencionaram uma coluna, o que tocou a cauda, falou em pilão, e os que sentiram a ponta da cauda, acharam que parecia um pincel.

Moral da história – primeiro: enxergar a verdade como algo relativo e parcial é uma virtude. Em segundo lugar, um dos piores erros é discutir a respeito dos diferentes aspectos e “manifestações” de um mesmo Deus.

A parábola é interessante, mas a moral é falsa. A conclusão que tiramos dessa história não é que todas as religiões são igualmente certas, mas que todas são igualmente erradas. Afinal, um elefante não é uma panela, nem um arado, nem um pincel, mas um elefante. Os cegos simplesmente se enganaram. Se essa história nos ensina algo, é apenas que nenhum homem pode realmente reconhecer a Deus por si mesmo. Em última instância, essa parábola é um bom exemplo da pessoa sem Deus que tenta, em sua limitação, pelas próprias forças, encontrar um caminho para alcançar o Deus infinito e santo. Inevitavelmente, as “verdades” que essa pessoa encontrar no processo serão falsas. (extraído do livro “Das Islam Handbuch”). Por essa razão, Deus revelou a Si mesmo através do Seu Filho: “Ninguém jamais viu a Deus;

o Deus unigênito, que está no seio do Pai (Jesus Cristo), é que o revelou” (Jo 1.18). Através das Escrituras e da revelação do Espírito Santo podemos conhecê-lO em Sua plenitude, e não apenas uma parte dEle: “...a pregação de Jesus Cristo, conforme a revelação do mistério guardado em silêncio nos tempos eternos, e que, agora, se tornou manifesto e foi dado a conhecer por meio das Escrituras proféticas...” (Rm 16.25b26). “Mas Deus no-lo revelou pelo Espírito; porque o Espírito a todas as coisas perscruta, até mesmo as profundezas de Deus. Porque qual dos homens sabe as coisas do homem, senão seu próprio espírito, que nele está? Assim, também as coisas de Deus, ninguém as conhece senão o Espírito de Deus. Ora, nós não temos recebido o espírito do mundo, e sim o Espírito que vem de Deus, para que conheçamos o que por Deus nos foi dado gratuitamente. Disto também falamos, não em palavras ensinadas pela sabedoria humana, mas ensinadas pelo Espírito, conferindo coisas espirituais com espirituais” (1 Co 2.10-13).

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Radiestesia - uso de pêndulos e forquilhas menta através de Oséias: “O meu povo consulta o seu pedaço de madeira, e a sua vara lhe dá resposta; porque um espírito de prostituição os enganou; eles, prostituindo-se, abandonaram o seu Deus” (Os 4.12). Lidar com pêndulos e forquilhas não é Lidar com pêndulos e forquilhas não é brincadeira! O uso brincadeira! O desses instrumentos de adivinhação foi uma das razões Resposta: Você tem razão ao uso desses instruporque Deus teve de castigar Seu povo. afirmar que o uso desses meios é mentos de adivipecaminoso; sim, eles são uma abo- nhação foi uma minação para Deus. O Senhor la- das razões porque Deus teve de cas- foi você quem cometeu esse pecado: tigar Seu povo. Quem “não é o que entra pela boca o que conreconhece isso como tamina o homem, mas o que sai da bopecado e o confessa ca, isto, sim, contamina o homem”. Se “Não é o que entra pela boca o que contamina pode experimentar o Jesus Cristo habita em nossos corao homem, mas o que sai da boca, isto, sim, perdão de Deus: “Se ções, a passagem de Tito 1.15 pode contamina o homem” confessarmos os nosso nos servir de diretriz: “Todas as coipecados, ele é fiel e justo sas são puras para os puros; todavia, para nos perdoar os pe- para os impuros e descrentes, nada é cados e nos purificar de puro. Porque tanto a mente como a toda injustiça” (1 Jo consciência deles são corrompidas”. 1.9). Lemos em EféSobre sua segunda pergunta: já sios 1.7: “(Jesus), no que você, como cristã, nem cogita qual temos a redenção, de usar o método da forquilha papelo seu sangue, a re- ra achar água, resta-lhe o recurso missão dos pecados, se- da oração e do raciocínio. Use a gundo a riqueza da sua ambos! Peça a seu Pai celestial que graça”. lhe mostre o lugar certo. Deus ouVocê pergunta se ve a oração sincera! E use seu rapode continuar a con- ciocínio: como se sabe, a água essumir essa água? Res- corre para lugares baixos, e certos pondo essa pergunta tipos de vegetação indicam a precom Mateus 15.11, sença de água em seu subsolo. (Sainclusive porque não muel Rindlisbacher). Pergunta: “Tenho duas perguntas: 1. Eu sei que o uso do pêndulos ou forquilhas é pecado. Porém, meus antepassados na Croácia só encontravam fontes de água em nossas terras dessa forma. Ainda hoje é essa água que eu utilizo diariamente. Como cristã, como devo lidar com isso? 2. Eu gostaria muito de encontrar novas fontes de água em nossas terras. Infelizmente, aqui ninguém pode me ajudar a não ser usando o pêndulo ou a forquilha. O que devo fazer?”

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