CFSB - Test Drives, desde 2015.

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seu exemplar de cortesia

Edição 31 | fevereiro / 2020

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CWB

NISSAN KIKCS SV


E D I T O R I A L E D I T O R I A L

Edição 31 - FEVEREIRO / 2020

Nossos test drives iniciaram em novembro de 2015 na revista Aeroporto Jornal, em 2018 passou a ser exibida na Now Boarding, uma publicação de alto padrão, de abrangência nacional, distribuída gratuitamente no Aeroporto Internacional Afonso Pena e no Hangar EPA do Aeroporto Bacacheri, ambos em Curitiba. A partir deste mês também é publicada na revista digital Panorama do Turismo na exclusiva coluna de Automobilismo e também em sua versão digital no Issuu. Realizados com critério e dedicação exclusiva, nossos testes alcançam um público seleto e com elevado poder de opinião. As avaliações são realizadas por Carlos Fernando Schrappe Borges, um entusiasta e profundo conhecedor de automóveis e suas teclonogias. Entrando em contato no e-mail cfsborges@outlook.com você saberá como sua marca pode aparecer neste selecionado espaço.

S H O W

R O O M

04 E X P E D I E N T E DIREÇÃO E EDIÇÃO Post Comunicação Ltda, Daniella Féder, Jean Luiz Féder, Sonia Bittencourt +55(41)3029-9977 jornalismo@nowboarding.online | ADMINISTRAÇÃO, DIAGRAMAÇÃO E MARKETING Carlos Fernando Schrappe Borges +55(41)3205-4385 – carlos@nowboarding.online | PROJETO GRÁFICO Guilherme Candido de Carvalho DESIGN Amanda Borges | IMPRESSÃO Maxigraf | COMERCIAL Post Comunicação Ltda +55(41)3205-4385 nb@nowboarding.online - Brasília: Solução Publicidade e Marketing +55(61)3226-2218 – solucao.consultoria@uol.com.br

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MARCA / MODELO / VERSÃO 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27

FORD FOCUS FASTBACK TITUNIUM RENAULT OROCK DYNAMIQUE JAC T5 CITROËN AIRCROSS RENAULT DUSTER DYNAMIQUE JAC T5 CVT RENAULT OROCK DYNAMIQUE 1.6 SCE RENAULT CAPTUR INTENSE 2.0 AUTOMÁTICO RENAULT SANDERO RS LIMITED RENAULT KWID INTENSE PEGEOUT 3008 RENAULT CAPTUR INTENSE CVT FORD ECOSPORT FREESTYLE 1.5 AUTOMÁTICO NISSAN KICKS S CVT JAC T40 CVT FORD KA TITANIUM NISSAN SENTRA SL CITROËN CACTUS SHINE PACK CITROËN C4 PICASSO CITROËN C4 LOUNGE PORCHE CAYENE VW T CROSS CONFORTLINE HONDA HRV TOURING RENAULT SANDEROCVT RENAULT KWID OUTSIDER HONDA CIVIC EXL 2020 NISSAN KICKS SV

COR BRANCO VERMELHO VERMELHO VERMELHO MARROM BRANCO VERDE BEJE / PRETO PRETO LARANJA BRANCO LARANJA / PRET AZUL BRANCO BRANCO / PRETO CINZA BRANCO BRANCO / AZUL CINZA BRANCO PRETO PRATA BRANCO AZUL BRANCO PRATA VERMELHO

PUBLICAÇÃO

KMS RODADOS

aj 192 - dez 2015 aj 196 - abr 2016 aj 198 - jun 2016 aj 199 - jul 2016 aj 203 - nov 2016 aj 209 - mai 2017 aj 210 - jun 2017 aj 211 - jul 2017 NB 01 - AGO 2017 NB 05 - DEZ 2017 NB 08 - MAR 2018 NB 09 - ABR 2018 NB 10 - MAIO 2018 NB 13 - AGO 2018 NB 14 - SET 2018 NB 15 - OUT 2018 NB 16 - NOV 2018 NB 17 - DEZ 2018 NB 18 - JAN 2019 NB 19 - FEV 2019 NB 23 - JUN 2019 NB 24 - JUL 2019 NB 28 - NOV 2019 NB 28 - NON 2019 NB 29 - DEZ 2019 NB 30 - JAN 2020 Panorama Turismo - jan 20

350,0 350,0 380,0 420,0 413,5 430,0 594,0 491,0 813,0 447,3 582,0 450,6 378,4 1.232,0 421,8 509,0 909,5 440,0 611,5 590,0 145,0 1.437,0 659,0 462,1 1.649,3 346,1 1.475,7

TOTAL ACUMULADO: 16.987,8 Kms

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N I S SA N K I C K S S V 2020 CARLOS FERNANDO SCHRAPPE BORGES

FOMOS ATÉ SÃO PAULO BUSCAR O NISSAN KICKS SV 2020, UM DOS SUV’S PREFERIDOS PELOS BRASILEIROS. Agora vamos saber o que os quase cem mil reais pedidos por esta versão SV com pintura metálica vermelho malbec e o pacote Pack Plus, que acrescenta bancos de couro e airbags de cortina, tem a oferecer. Com um dos menores custo de manutenção da categoria o Kicks é impulsionado pelo confiável motor 1.6 16v, CVVTCS de 114 cv e 15,5 kgmf de torque tanto no etanol quanto na gasolina e um câmbio CVT XTronic. Um conjunto que trabalha com harmonia e economia para deslocar os seus 1.132 quilos. Quem gosta de fazer turismo pegando uma estrada vai se impressionar com o conforto dos exclusivos bancos Zero Gravity. Sua espuma se adapta ao corpo do motorista e passageiro atenuando em muito as dores musculares após longos períodos no volante. Quanto à segurança ele conta com 6 airbags, controle de estabilidade e tração, sistema inteligente de partida em rampa (HSA), freios ABS com EBD + assistência de frenagem BA, cinto de três pontos para os cinco ocupantes e sistema Isofix para crianças. Fica devendo freios a disco nas quatro rodas. As principais novidades na linha 2020 são a inclusão do piloto automático e a assinatura em LED nas lanternas, todavia, inexplicavelmente não são DRL (luzes diurnas de condução).

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Seu interior é bem-acabado e confortável. Painel completo parcialmente revestido em couro, boa visualização dos instrumentos, ar condicionado manual, 2 tomadas 12 v mas só uma USB na central multimídia, que tem tela de 7 polegadas e Android Auto e Apple Car Play, além de opção de carga rápida para o celular.

Na estrada roda macio e mantém fácil os limites de velocidade. O ruído do motor só invade a cabine quando exigido a fundo. A autonomia ainda é limitada pelos escassos 41 l de capacidade do tanque de combustível. No trânsito urbano é confortável, silencioso e fácil de manobrar, auxiliado pela excelente direção elétrica e pela boa empunhadura do volante.

Sua interface que mescla teclas analógicas e digitais não é tão intuitiva quanto deveria. Falta um indicador de temperatura externa e um apoio para o braço entre os bancos dianteiros.

Rodamos no total: 1.476 Kms, sendo 1.243 kms na estrada e 233 kms na cidade obtendo as seguintes médias de consumo: 11,23 e 6,5 km/l abastecido com etanol.

Há excesso de plástico no revestimento das portas o que não condiz com a proposta do veículo. O porta malas de 432 l por outro lado, é todo revestido.

O veículo foi cedido pela fábrica e entregue pela Nissan Carrera, Butantã, na capital paulista. nissan.com.br

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H O N DA C I V I C E X L 2 0 20

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No caso do Honda Civic EXL da 10ª geração, que testamos agora, o resultado foi surpreendente. Destaco o robusto e eficiente motor 2.0 16V SOHC I-VTEC de 155cv e torque de 19,5kgmf, que na contramão do mercado, não fez o downsizing e, mesmo assim, consegue proporcionar um rodar vigoroso e relativamente econômico, levando em conta o porte do carro. Para isso, na cidade recomendo ativar o modo ECO, pois a condução fica mais econômica e o desempenho praticamente não é alterado.

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Suas linhas de geração a geração foram mudando a saltos. Seus contornos dão a impressão de ser maior do que realmente é. Agora ele têm 4,641 m de comprimento, 1,799 m de largura e 1,433 m de altura. A frente ganhou um para-choque redesenhado com alguns cromados a mais, deixando o sedan mais sóbrio e a traseira que conta com lanternas mistas em led com lâmpadas normais, ganhou uma barra cromada na linha 2020. Seu interior é amplo, confortável e muito bemacabado. O revestimento de couro dos bancos é de boa qualidade e também reveste os painéis das portas, que são todos almofadados. Seu painel é amplo, traz mostradores digitais e mantém o para-brisa degradê que é um importante item de conforto abandonado por muitas montadoras.

FOTOS: © CARLOS F S BORGES

O MERCADO DE SEDANS NO BRASIL JÁ VIVEU ÉPOCAS MELHORES. Hoje vem mantendo boa parte dos clientes que não migraram para os Suv’s e até cativando novos, com constantes atualizações, avanços mecânico tecnológicos e lançamentos de novos modelos.


A central multimídia tem tela de 7”, navegador GPS nativo com condições de trânsito (RDS), Wi-Fi e função Turn-by-turn (navegação assistida por voz), além de compatibilidade com Apple CarPlay e Android Auto. O sistema de climatização é digital e independente para motorista e passageiro. Conta com raras saídas de ar para o banco traseiro. O porta malas com capacidade de 519 litros é totalmente revestido, inclusive as alças da tampa. Abriga um estepe temporário dois puxadores para rebater o banco em 1/3 e 2/3. Seu rodar é suave e o silêncio a bordo impera. Mérito

para o excelente isolamento acústico tanto do motor, quanto do restante da carroceria e, principalmente, pelo amadurecimento do projeto. Custando nesta versão e na cor prata platinum metálico R$ 114.000, faltam alguns itens importantes como detector de ponto cego, piloto automático adaptativo, alerta de colisão e frenagem automática. Rodamos neste teste 346,1 km e fizemos a média de 7,9 km/l na cidade e 15,7 km/l na estrada, sempre com gasolina. O veículo foi cedido pela Honda. honda.com.br/automoveis

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Outsider 2020

Por dentro os bancos ganharam nova padronagem em estilo colmeia, detalhes em laranja nas bordas e a inscrição Outsider bordada. A lateral das portas e o câmbio também têm detalhes na cor laranja e a borda do painel e o console central são em black piano. Foi necessário um período de adaptação antes de pegar a estrada devido ao engate da primeira marcha estar com uma folga pouco usual, dificultando o seu uso. O motor é extremamente elástico, a relação das marchas curta e o carro é leve. Resultado: economia. Na cidade enfrenta fácil o trânsito pesado e na estrada mantém-se com desenvoltura nos 110 km/h chegando fácil aos 120. Neste longo trajeto pudemos fazer várias parciais de consumo que praticamente não se alterou, seja na subida de uma serra (15,4 km/l) ou no plano (15,9) km/l.

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FOTOS: © CARLOS F S BORGES

R E N AU LT KWID

A LINHA 2020 DO RENAULT KWID FICOU MAIS CONFIÁVEL E SEGURA. Para tirar isso à prova, submetemos o topo de linha Outsider para um teste de 1.600 km percorrendo os três estados do sul. Sem nenhuma diferença mecânica com relação aos demais Kwids, o Outsider se diferencia da Intense apenas por detalhes estéticos e de um valor mais alto, R$ 45.390 contra R$ 42.890. Por fora ganhou apliques nos para-choques, adesivos Outsider, novas molduras nos faróis de neblina, rodas com calotas preto brilhante, barras decorativas no teto e protetores em plástico nas laterais das portas.


O destaque fica para o novo jogo de discos ventilados e pastilhas de freio (foto abaixo, à direita), de série em toda linha 2020 do Kwid, enterrando de vez as críticas, com razão, dos veículos produzidos até então com discos sólidos. O isolamento acústico é adequado e o barulho do motor não chega a incomodar, as vedações das portas são de boa qualidade, mas o ruído do vento e do asfalto de má qualidade invadem o habitáculo com gosto. Uma curiosidade. A linha 2020 também conta com a nova

central multimídia Evolution, mas no caso do Kwid a entrada USB fica no console e não na central como nos Sandero, Logan e Captur, ou seja, nada do fio passando em frente a tela além de ter o botão ative/desative do reconhecimento de voz no smartphone, se ele estiver conectado ao sistema. No total rodamos 1.649,3 km e conseguimos as seguintes médias: cidade: 13,46 km/l e estrada 16,16, km/l. O veículo foi cedido pela Renault. renault.com.br

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R E N AU LT SANDERO Intense CVT X-Tronic 2020

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Na traseira, as mudanças são mais aparentes. Novas lanternas com assinatura em LED invadem o portamalas e são totalmente funcionais. O para-choque ficou mais envolvente, a câmera de ré está agora junto a placa em um nicho de plástico preto com um ótimo acabamento. O botão de abertura do porta malas está agora no meio do símbolo da Renault, e quem não sabe fica procurando no vão para abertura e acaba colocando as compras no banco traseiro.

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A linha 2020 recebeu 14 kg de reforços estruturais na carroceria e esta versão ainda teve a suspensão elevada em 45 mm e ganhou rodas diamantadas aro 16 com pneus 205/55. Tudo isso para proteger o câmbio CVT de eventuais pedras no caminho. O acabamento melhorou no interior. A forração do teto agora é preta, os bancos são revestidos com couro sintético, tecido e uma espécie de Neoprene com textura confortável ao toque. Os encostos de cabeça estão mais macios e têm até uma válvula para saída de ar, há quatro air bags, cintos de segurança de três pontos para todos os passageiros e isofix. O volante têm novo desenho, ótima pegada, é revestido em couro e traz os comandos do piloto automático, mas continua sem iluminação. A novidade do painel é a nova central de mídia Evolution, que perdeu o GPS nativo mas ganhou o pareamento do

FOTOS: © CARLOS F S BORGES

APÓS UM JEJUM DE MAIS DE UM ANO SEM CARROS DA RENAULT PARA AVALIAR, RECEBEMOS O NOVO SANDERO NA VERSÃO 1.6 INTENSE CVT X-TRONIC NA COR AZUL IRON, DE R$ 67.890. O facelift funcionou. Com uma frente mais robusta, trazendo belos faróis com DRL em formato de C, para-choque com spoiler integrado e luzes de neblina e a grade alinhada com o símbolo da marca, mostram uma atualização profunda e necessária.


Android Auto e do Apple Car Play, além de ter respostas ao toque mais rápidas. A única entrada USB fica no aparelho o que traz o incômodo do fio esticado na sua frente e impede o uso de um pen drive e um celular ao mesmo tempo. O ar-condicionado automático funciona bem, mas ao contrário dos outros, a luz fica acesa quando ele está desligado e para ligar não adianta apertar o mesmo botão, deve-se apertar o Auto.

NA ESTRADA Seus 118 cv e 16 kgmf de torque estão na medida, e o câmbio CVT fica sempre na rotação ideal para manter a velocidade e reponde bem quando exigido mais a fundo. Aliado ao controle de estabilidade e tração transmite boa sensação de segurança. O isolamento acústico é adequado, filtrando bem o motor e os ruídos dos pneus, todavia, apesar da boas borrachas de vedação, havia ruído de vento, vindo da porta, na altura da cabeça do motorista. Rodamos 462,1 km e estas foram as médias de consumo rodando com gasolina: cidade 8,95 km/l e estrada 12,3 km/l. O veículo foi cedido pela Renault. renault.com.br

FOTOS: © CARLOS F S BORGES

NA CIDADE O conjunto motor 1.6 SCe e câmbio CVT é o mesmo do Captur, um carro maior e mais pesado. No Sandero o comportamento ficou muito diferente. O curso do acelerador é longo e requer alguma adaptação nos primeiros dias de uso, mas após isso, a condução é extremamente agradável. Ficaria ainda melhor se a direção fosse elétrica e não eletro-hidráulica. A suspenção absorve bem as irregularidades da pista. A assistência de partida em rampa HSA é ruidosa,

bem como o pedal do freio, que estála ao soltá-lo, indicando ausência de um batente.

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H O N DA HRV Touring 2020

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De série temos faróis full led, teto solar panorâmico, partida por botão, lane watch (câmera no espelho esquerdo, acionada no pisca), chave presencial, espelho retrovisor fotocrômico, interior em couro cinza claro e preto, seis ar-bags, ABS e EBD, ESS, HSA, VSA, AHA, isofix, cintos de três pontos para todos os ocupantes, sensores crepuscular, estacionamento e de chuva, sistema multimídia

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completo com tela de 7 polegadas, duas entradas USB, duas tomadas 12v e antena tipo tubarão. Quanto custa tudo isso? Na cor testada, Branco Estelar perolizado, R$ 141.500,00. Seus principais deslizes: não ser flex, ter uma central multimídia com tela de baixa resolução, carecer de um melhor isolamento acústico, o painel ainda é analógico e mantém os ajustes do computador de bordo por uma vareta, ar digital de uma zona sem saída traseira e sem tomadas USB para os ocupantes do banco de tras. O porta malas, mesmo com o estepe fino, perdeu 44 l de sua capacidade, agora leva 393 l, devido ao novo sistema de escapamento. Suas virtudes: É sem dúvida o melhor dos HRV’s. Força, economia, conforto, dirigibilidade excepcional,

FOTOS: © CARLOS F S BORGES

O HRV DESDE SEU LANÇAMENTO EM MARÇO DE 2015 FIGUROU ENTRE OS SUV’S MAIS VENDIDOS, MAS COM A CONTÍNUA ENTRADA DE NOVOS CONCORRENTES ESTAVA NA HORA DE UMA VERSÃO MAIS APIMENTADA. Surgiu este ano a Touring com um excepcional motor japonês a gasolina. O Earth Dreams Tecnology 1.5 Turbo 16V DOHC duplo VTC com injeção direta de 173CV, torque de 22,4 kgfm já a partir de 1.700 rpm e escapamento duplo. Continua com o câmbio CVT com conversor de torque, simula 7 marchas além do modo Sport.


suspensão, espaço interno, frenagens sempre seguras. No trânsito pesado o Brake Hold, sistema que mantém o carro parado sem a necessidade de manter o pé pressionando o freio, realmente faz diferença.

concessionária Niponsul de Curitiba, (41)3360-8010. honda.com.br/automoveis

Na estrada a direção é precisa, apesar de leve o carro sempre está na mão, com sobra de potência. Os novos bancos acomodam bem o corpo. Pena que, apesar de estarmos na versão mais cara e calçado com pneus Michelin Primacy 3, 215/55/R17, ele ainda transmite de forma alta e clara os sons do asfalto irregular. É sem dúvida um carro para os amantes da Honda e do HRV, onde o que mais importa é o prazer que o veículo lhes proporciona. Rodamos nesta avaliação 659 km obtendo as seguintes médias: cidade: 8,5 km/l; estrada 15,52 km/l.

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O veículo foi cedido pela Honda e retirado na

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V W T-CROSS 200 TSI Confortline

EM 19 DE FEVEREIRO DE 2019 ESTÁVAMOS NA MODERNA FÁBRICA DA VOLKS EM SÃO JOSÉ DOS PINHAIS PARA O MAIS IMPORTANTE LANÇAMENTO DA MONTADORA NO BRASIL EM MUITOS ANOS, O T-CROSS. Acompanhamos a linha de produção e demos uma volta rápida na pista de testes com uma das unidades 1.4 turbo Highline, que foi a primeira versão colocada à venda. Quatro meses se passaram até que a Now Boarding avaliasse o T-Cross, agora também disponível na versão 1.0 turbo. Nos foi entregue um Confortline 200 TSI automático de R$ 99.990 na cor prata sargas que acrescenta R$ 1.400, e com dois pacotes de opcionais: o Exclusive & Interactive de R$ 3.950, composto pela antena diversity, entrada USB no

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console central, espelhos retrovisores externos ajustáveis eletricamente e rebatíveis com função tilt-down no lado direito, função ECO, iluminação ambiente em LED que também contorna o painel, ilumina as maçanetas internas e os pés, seletor do modo de condução, sistema de navegação, sistema de som touchscreen “Discover Media” que conta até com leitor de CD no porta luvas com mais dois slots para cartão SD, sistema KESSY de acesso ao veículo sem o uso da chave e botão para partida do motor, tapetes adicionais em carpete e o Design View de R$ 1.950 composto por bancos de couro com detalhes na cor “Marrakesh Brown”, apliques decorativos no painel com detalhes na cor bronze namíbia, manopla da alavanca do freio de estacionamento em couro, totalizando R$ 107.290.

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Fizemos um teste completo, rodando 1.437 km, de leste a oeste do Paraná, com gasolina e com etanol obtendo as seguintes médias de consumo: Gasolina: 11,4 km/l na cidade e 16,6 km/l na estrada. Etanol: 6,3 km/l na cidade e 11,4 km/l na estrada. O conjunto mecânico que gera 116 cv na gasolina e 128 cv no etanol, com torque de 20,4 kgfm em 2.000 rotações, mais o controle de estabilidade e tração aliado com o câmbio automático de 6 velocidades com trocas também pelas aletas atrás do volante multifuncional com ajustes de altura e profundidade, entrega uma condução muito segura na estrada e agilidade na cidade.

O exterior mostra um carro robusto, sóbrio, que transmite solidez. Com frente alta e entre eixos longo, suas linhas são agradáveis e não tendem a cansar como as de alguns concorrentes de estilos mais ousados. Na traseira, as lanternas em led são unidas por uma faixa refletiva do mesmo material, que por hora não acende. Mas, quem sabe, acenda no ano que vem na linha 2021. Ao menos, a capa do manual dá a dica. Para o consumidor, mais uma excelente opção. O veículo foi cedido pela fábrica e retirado na concessionária Servopa, (41)3330-2000. vw.com.br

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Além de conquistar 5 estrelas no Latin Ncap, ou seja, nota máxima em segurança, o carro surpreende pelos detalhes, nos itens de conforto e no espaço para os ocupantes. A grande mobilidade dos bancos e do porta malas permite ampliar o espaço de carga consideravelmente. O interior é muito bem-acabado com ótimo isolamento acustico, forrações, costuras

e encaixes bem feitos. Há plásticos de qualidade em vários tons e texturas, nas molduras das portas e no painel. Falta, contudo, ao menos nesta versão Confortline, como item de série, o espelho retrovisor fotocrômico. O simplório espelho dia/noite destoa e muito do resto dos equipamentos. Para se ter direito ao eletrocrômico é preciso levar o teto solar, em um pacote de quase R$ 5 mil, o que não faz sentido.

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PORSCHE CAYENNE

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De estilo clássico, com linhas sóbrias e tecnologia invejável, carrega o DNA da marca tornando-o inconfundível. É um carro que desperta profunda emoção a quem dirige e muita curiosidade no trânsito. Seu preço, R$ 423 mil. Impulsionado nesta versão de entrada por um motor V6 turbo de 340CV com torque de 45,88 Kgf-m, tração integral com ajustes para todo os tipos de terreno,

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transmissão Tiptronic S de oito marchas e modo Sport para uma condução mais impetuosa, alia conforto, potência e segurança em seu mais elevado grau, tornando ainda mais prazerosa sua condução. Apesar do porte do carro, o interior é do tipo 2+2, o quinto passageiro não tem um banco ideal. O painel é completo e intuitivo, com os cinco mostradores tradicionais da marca. Acima do console central que incorpora a manopla do câmbio, os controles do ar analógicos e com os outros diversos comandos digitais, desponta a nova central multimídia panorâmica de 12,3’ full hd, repleta de funções. O porta malas tem excelentes 770l, podendo chegar a 1.710l com os bancos rebatidos. Stuttgart Curitiba - stuttgartporsche.com.br (41)333-3113

FOTOS: © CARLOS F S BORGES

FORAM SOMENTE 150 KM E POUCAS HORAS, MAS QUE VALERAM CADA MINUTO. Após três meses de jejum em nossos test drives devido, segundo as montadoras, a falta de veículos disponíveis para imprensa, a Now Boarding foi convidada pela Stuttgart para um test drive relâmpago da recém lançada nova geração do Porsche Cayenne, líder de vendas da marca.


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C I T R O Ë N C4 LOUNGE Shine

O C4 LOUNGE É O SEDAN DA CITROËN. Testamos para esta edição a versão Shine de R$ 105 mil que ganhou um face-fitt e novos equipamentos para encarar a dura concorrência nesta faixa de preço. Por fora tem uma frente arrojada e uma carroceria com desenho atual. Seu sistema de iluminação com luzes diurnas DRL e faróis full led é intercalado pela grade com o “Deux Chevron” de canto a canto, proporcionando um visual insinuante. Suas novas rodas diamantadas aro 17 chamam atenção pelo design e estão calçadas em pneus Pirelli aro 17, na medida 225/45 R17, o que garante desempenho, economia e excelentes frenagens. Todas as portas têm um ótimo ângulo de abertura facilitando o entra e sai.

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Internamente tem visual sóbrio, o quadro de instrumentos é digital, o mesmo do Cactus, mas no Lounge traz reflexos inconvenientes durante o dia. O painel é emborrachado e sua textura segue somente até as portas dianteiras. Nas traseiras permanece o plástico rigido. O botão de partida é do lado esquerdo. A excelente central multimídia com tela de 7 polegadas controla som, climatização, telefonia, personalização e navegação. Tanto ela quanto o painel informam a temperatura externa. Os bancos são ergonômicos e confortáveis com estofamento revestido em couro. Motorista e passageiro contam com seis air-bags e um teto solar elétrico. Os carpetes apresentam boa qualidade e espessura, mas o isolamento acústico como um todo deveria ser aprimorado. Nota-se facilmente o ronco do motor e,

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em baixas velocidades, até o som das pastilhas de freio acionando os discos. O volante tem comando do piloto automático, limitador de velocidade, controles de som e telefonia, mas poderia ter um diâmetro menor e acumular ainda mais recursos. Faltam ajustes elétricos para o banco do motorista, detector de ponto cego nos retrovisores, sistema de frenagem automática, sensores de estacionamento e freio de estacionamento elétrico. São tecnologias presentes em modelos de outros fabricantes e a própria Citroën já os dispõe. É claro que deveriam constar no Lounge, se a intenção é conquistar novos clientes e alavancar as vendas. Como os demais modelos top da linha Citroën, o Lounge é equipado com o conhecido e aclamado motor 1.6 turbo THP Flex de 173 cv, suficiente para tracionar seus 1.369 kg, e com a caixa automática Aisin de seis velocidades. É o principal diferencial deste veículo.

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Seu porta malas tem bons 450 litros, é bem forrado e, inclusive, têm caixas para as alças da tampa não amassarem as bagagens. Poderia ser pantográfica, mas assim mesmo já é uma evolução. O estepe mais fino e em roda de aço permite rodagem até 120km/h, assim não vai atrasar sua viagem. Com um tanque de 60 litros possui ótima autonomia em estrada. Desta vez rodamos 59 km com etanol obtendo as seguintes médias: • Cidade: 5,5 km/l; Estrada: 10,3 km/l; Misto: 7,13 km/l O veículo foi cedido pela concessionária Citroën Barigüi Alto da XV, (41)3021-5980 citroenbarigui.com.br

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C I T R O Ë N C4

Seduction

P IC A SS O

CARLOS FERNANDO SCHRAPPE BORGES

*A versão de sete lugares, a Grand C4 Picassso custa somente R$ 5 mil a mais. Vale a pena comparar. Seu estilo é sóbrio, discreto. Esconde dos olhares menos avisados uma imersão tecnológica direcionada ao motorista e a todos os ocupantes. Desde o painel de

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instrumentos 100% digital com a tela principal de alta definição de 12’ e a tela multimídia de 7’ que agrega um GPS nativo, os comandos do ar, telefone, Android Auto e Apple Car Play, funções de configuração geral, até o excepcional para-brisa Zenith e o teto solar panorâmico com sua cortina retrátil, são capazes de proporcionar uma experiência de condução única. A haste do câmbio fica na vertical, na coluna de direção. Estranho no início, mas fácil de se acostumar, libera um amplo espaço no console que possui um prático porta objetos que pode até ser retirado do carro. Todos os comandos possuem sua localização iluminada tornando a condução segura tanto de dia quanto a noite.

FOTOS: © CARLOS F S BORGES

A NOVA MINIVAN C4 PICASSO, IMPORTADA DA ESPANHA É A ESCOLHA CERTA PARA QUEM PRECISA DE ESPAÇO E CONFORTO E NÃO ABRE MÃO DO DESEMPENHO. Foi disponibilizada para a Now Boarding a versão Seduction de cinco lugares na cor prata platinum de R$ 144.490, que vem agora em um único pacote, só restando a opção de escolha entre cinco cores disponíveis.


Os bancos revestidos em couro são muito confortáveis, acomodam bem o corpo e possuem encostos de cabeça reclináveis com abas. Só o do motorista traz comandos elétricos e têm 2 memórias, todavia o do passageiro tem apoio para as pernas elétrico,lmas tanto o do motorista quanto o do passageiro dispõe de massagem lombar e de aquecimento. Para quem senta atras, além de curtir o teto solar, tem a disposição três bancos semi reclináveis que correm individualmente em trilhos, proporcionando diversas opções de acomodação. Há duas mesinhas com iluminação e duas saídas de ar com controle de ventilação. No piso, totalmente plano, você encontra dois porta objetos com tampa e as janelas das portas traseiras possuem cortinas de rede retráteis. O porta malas vai de 537 a 630 litros utilizando os bancos corrediços ou até 1.710 com todos os bancos rebatidos. Impulsionado pelo já conhecido 1.6 THP, 165 cv, neste caso somente a gasolina, o que é um descaso do fabricante, pois já temos esse motor aqui sendo flex, (vide o próprio C4 Cactus testado em nossa última edição), proporciona uma condução confortável e com boa reserva de potência. O câmbio é automático de seismarchas e modo manual com troca nas aletas atrás do volante, na coluna de direção. Na estrada o baixo nível de ruído surpreende, mérito também aos pneus Michelin Primacy 3, 215/60 R17. Rodamos no total 611,5 km obtendo as seguintes médias de consumo: • Cidade: 8,03 Km/l • Estrada: 15,2 Km/l • Misto: 11,2 Km/l

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O veículo foi cedido pela concessionária Citroën Barigüi Alto da XV, (41)3021-5980, citroenbarigui.com.br.

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CITROËN

Shine Pack C4 C ACT U S THP Flex

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Testamos a versão Shine Pack de R$ 103 mil, que inclui motor THP, pintura bi-tone com carroceria branco nacré e teto, capa dos retrovisores e air bump azul esmeralda, sistema de frenagem automática e alerta de colisão, alerta de saída de faixa, alerta de atenção ao condutor, indicador de descanso, seis airbags - duplo frontal, airbags laterais e airbags de cortina. Os alertas são importantes ítens de segurança que podem e devem ser ativados de acordo com

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o percurso que se vai fazer. Faltou a detecção de pontos cegos nos retrovisores. Para conhecer todos os detalhes e utilizar ao máximo tudo o que o carro oferece, a leitura do manual é imprescindível. Com rodas diamantadas aro 17 e Pneus Pirelli P7 205/55 é um SUV de vocação urbana. Seu ângulo de ataque de 22 graus de entrada e 32 graus de saída com altura livre do solo de 22,5 cm, é capacitado a pegar trilhas leves. Para ajudar em qualquer trajeto, traz o Grip Control, sistema com cinco funções que otimiza a tração em terrenos de terra/areia, lama, neve, asfalto/padrão e desligamento do ESP. A carroceria com as barras de teto do tipo flutuantes

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O NOVO C4 CACTUS BRASILEIRO FINALMENTE CHEGOU. Fruto da engenharia e design francobrasileira tem um estilo único e inconfundível, tornando-se, assim, uma nova opção de SUV compacto ao consumidor.


e a pintura bi-tone dão um destaque a mais e o fazem parecer maior do que realmente é, causando boa impressão visual

O veículo foi cedido pela concessionária Citroën Barigüi Parque, (41)3021-9760, citroenbarigui.com.br.

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Neste modelo, especificamente, o que atrai além do visual descolado, é a motorização. É acoplada ao excelente câmbio automático japonês Aisin de seis marchas, com opções manuais pela alavanca (não possui aletas no volante) e modos sport e eco. No trânsito pesado, o modo eco é o melhor, usa o torque de 24,57 mkgf a 1.400 giros mantendo uma condução ágil e econômica. Precisando mais potência, basta voltar ao modo normal. O modo sport é bem aproveitado em subidas de serra com pista livre. Com um tanque de 55 litros tem excelente autonomia. Rodamos 440 Km com média na estrada de 14,7 e cidade 8,3 Km/l, rodando com gasolina, e ainda sobrou quase ¼.

O interior é amplo, confortável e tem estilo. Seu painel de instrumentos é 100% digital com fácil visualização. Peca não ser TFT e o fato do conta-giros ser uma barra horizontal dividida em retângulos, cada um indicando 500 rpms, o que não condiz com um motor 1.6 turbo de 166/173 cv. O revestimento mistura plástico duro, emborrachado e tecido. Bancos em couro, com padronagem costurada e faixa de tecido são fáceis de limpar. Sua central multimídia é atual, tem som de boa qualidade, espelhamento de celular Android Auto e Apple Car Play, além de compartilhar informações de condução e climatização. O porta malas de 320 litros é pequeno. Contudo os bancos traseiros bipartidos têm fácil deslocamento e atenuam o problema se você não rodar com cinco passageiros.

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N I S SA N S E N T R A SL 2019

EM OUTUBRO A NISSAN COMPLETOU 18 NOS DE BRASIL. Consolidando seu compromisso com o país, foco no cliente e a disseminação de sua visão global “Nissan Intelligent Mobility”, que busca transformar a maneira na qual os veículos são conduzidos, impulsionados e integrados na sociedade. A Now Boarding foi até São Paulo buscar o Sentra SL 2019, branco diamond e os resultados você acompanha agora. Um sedan completo, com garantia de três anos, confortável, tecnológico e seguro, cujos equipamentos de série o colocam à frente da concorrência com a vantagem de custar menos, R$ 107.600.

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A linha 2019 traz uma nova central de áudio, batizado de Multi-App. Funciona bem, mas sua inicialização é lenta. Tem tela sensível ao toque de 6,2’, leitor deCD/ DVD, visualização de fotos e vídeos e permite através de uma conexão wi-fi, baixar aplicativos como Waze, Spotify etc. Possui 2.2 GB de memória. A entrada auxiliar e a porta USB estão dentro do porta objetos no console central. Adicione a isso um sistema de som Premium Bose, com quatro alto-falantes, dois tweeters e dois subwoofers, o que nenhum outro sedan nacional traz nem como opcional. O sistema “Safety Shield” do Sentra SL é composto de seis airbags, acendimento automático dos faróis, câmera de ré, um eficiente monitoramento de ponto-

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cego nos dois retrovisores, alerta de tráfego cruzado traseiro e alerta de colisão frontal. Não evita uma colisão pois não atua nos freios, mas ajuda o motorista ao sinalizar por meio de luzes e sons, uma condição de risco. Todas as funções podem ser configuradas ao gosto do motorista e até desativadas. Complementam o pack tecnológico a chave inteligente com botão start stop, o painel de instrumentos com display central TFT de 5’, ar condicionado digital dual zone, espelho retrovisor fotocrômico com bússola e o câmbio CVT x-tronic. As lanternas dianteiras são em led mas poderiam e deveriam ser DRL.

Bancos e revestimento das portas em couro, painel soft touch, banco do motorista com ajustes elétricos, banco traseiro central com porta copos, teto solar, proporcionam um ambiente confortável para viajar com a família. Seu porta malas de 503 litros é todo forrado, inclusive a tampa, e traz abertura interna de emergência como ítem de segurança. Rodamos 909,5 km com etanol, com a média na estrada de 10,4 e na cidade de 4,5 km/l. O veículo foi cedido pela fábrica e retirado na concessionária Nissan Carrera Butantã, na capital paulista. nissan.com.br

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É impulsionado por um robusto motor flex 2.0 DOHC 16v, com 140 cv, 20,3 mkgf de torque a 4.800 rpm e conta com o sistema de partida a frio sem tanquinho Flex Start. Os seus 1.392kg se movem com vigor, mas

não é econômico. Na estrada é onde ele mostra todo seu potencial, com pneus Continental Conti Premium Contact 2 205/50 R17 é estável, silencioso e freia bem.

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FO R D K A S E DA N 1 . 5 Titanium

A FORD RESOLVEU INVESTIR PESADO EM TECNOLOGIA E ITENS DE SEGURANÇA. Com isso ganhou 3 estrelas no teste de colisão e transformou o Ka em um compacto premium na nova versão Titanium. Testamos o modelo 2019, sedan, na cor cinza Moscou, que custa nada menos que R$ 72.340. Por fora o que diferencia este dos outros Kas são as rodas de liga leve aro 15 com desenho raiado, os rebatedores nos espelhos, a frente com novos faróis com o interior parcialmente em preto brilhante e os cromados na grade, nos contornos dos faróis de neblina e em um filete na parte inferior do parachoque traseiro. No interior você dispõe de chave presencial; botão

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start-stop; bancos de couro; seis air-bags; banco traseiro rebatível com acesso ao porta-malas; transmissão automática de seis velocidades com modo manual e sport; do moderno e amigável sistema multimídia Sync 3 com tela flutuante de 6.5 polegadas com duas entradas usb, câmera de ré e sensor de estacionamento traseiro; direção elétrica com volante multifuncional; acabamento black-piano no centro do painel, puxadores e nas maçanetas internas das portas. Complementam os itens de segurança e conforto: o controle de estabilidade e tração e o assistente de partida em rampa. Impulsionado pelo excelente motor três cilindros de 1.5 litro, com 136 cv quando abastecido com etanol, desempenho e economia são os pontos fortes deste

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carro. A transmissão é adaptativa, privilegia o consumo e as baixas emissões de CO2. Na cidade garante agilidade acima da média e na estrada há sempre reserva de potência gerando uma condução segura e econômica. O nível de ruído é baixo, resultado do uso adequado de materiais fonoabsorventes, vidros laminados especiais e de vedações de qualidade.

subida de serra, com chuva. Depois de dois esguichos, a água acabou...

Contudo, você ainda está dentro de um Ford Ka e o painel de plástico duro, com linhas que remetem a gerações anteriores, lembram você disso. O quadro de instrumentos não condiz com a proposta da versão. Deveria ter uma tela LCD maior ao invés de somente três linhas de informação que dividem o espaço do computador de bordo e do piloto automático. Ao menos informa gradualmente a temperatura do motor. Não há reostato para controlar a luminosidade do painel e não há aviso quando a água do limpador do para-brisa está no fim. Descobrimos isso em uma

O porta-malas possui 445l e conta com sistema pantográfico, uma raridade nos carros nacionais. Nada de alças e molas invadindo o compartimento e amaçando o que encontrar pela frente.

Como destaque cito o eficiente sistema de partida a frio, sem tanquinho, que mesmo em temperaturas abaixo dos 10 graus funcionou com maestria e precisão.

Neste teste rodamos 509 km em um circuito misto cidade/estrada e fizemos 8,8 Km/l com etanol.

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O veículo foi cedido pela concessionária Ford Center de São José dos Pinhais (Av. das Torres, 1.674 41-3035-8555) - fordcenter.com.br

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J AC T4 0 C V T

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Com visual atual, construção sólida, equipado, econômico, 6 anos de garantia e um conjunto motor/ câmbio elogiável, um 1.6 DVVT com 138 cv, (por hora somente à gasolina), é atualmente o 1.6 aspirado mais potente do mercado. Ele tenta cativar o consumidor ainda receoso com os altos e baixos da marca de origem chinesa. Para reverter isso, além de bons produtos e campanhas publicitárias que no momento são escassas, a ampliação da rede de autorizadas e a construção da

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fábrica no Brasil são metas primordiais que devem ser anunciadas ao público nos próximos meses. Motor e câmbio como previsto superaram as expectativas. Força e agilidade estão presentes tanto na cidade quanto na estrada. O modo Sport, da caixa CVT que simula até seis marchas virtuais, é fácil e rápido de ativar garantindo ultrapassagens e arrancadas seguras. A suspensão, no entanto, é dura e transmite as imperfeições do solo para a cabine. Na estrada, acima de 100 km/h, a falta de um melhor isolamento acústico incomoda. A escolha de pneus com um composto mais macio também atenuaria os ruídos. O modelo possui diversos itens de segurança e conforto que muitas vezes não são encontrados nem

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TESTAMOS A VERSÃO 2019 DO JAC T40 COM CÂMBIO CVT, PACK3. Por R$ 73.990, mais R$ 1.500 pelo envelopamento do teto, ele compete com os hatchs premium de nosso mercado.


mesmo em carros de segmento superior. Destacam-se, nestes quesitos, o controle de estabilidade e tração, o assistente de partida em rampa, os freios a disco nas quatro rodas, o piloto automático, as luzes de conversão estática, faróis DRL, câmara frontal que grava seu percurso em um cartão SD ou no seu smartphone e uma central multimídia de oito polegadas com câmera de ré, bluetooth e entrada usb, mas falta GPS, Apple Car e Android Auto. O visor do computador de bordo é semelhante a alguns modelos da Volks e informa inclusive capô aberto, pressão e temperatura dos pneus, diagnostica falhas e analisa o funcionamento, mas não mostra a temperatura externa.

A direção é elétrica, o volante é multifuncional com iluminação e costura aparente do revestimento. O sistema multimídia evoluiu em comparação aos anteriores da JAC, mas a qualidade do som é ruim. Seu porta-malas é bem-acabado e comporta 425 l se somada a capacidade da caixa divisória removível de isopor que está escondida sob a forração. Nesta avaliação rodamos 421,8 Km em um percurso misto cidade e estrada fazendo a média de 11,9 Km/l. O veículo foi cedido pelo Grupo SHC JAC e retirado na concessionária JAC da Mário Tourinho em Curitiba.

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O sistema start/stop, que desliga o carro quando parado em sinais, funciona muito bem e sabe inclusive quando o ar-condiconado automático está ligado. Todavia, seu uso no trânsito travado, de anda e para constante, acaba incomodando. Para isso existe uma tecla ao lado do câmbio para desativá-lo.

O painel é bem montado, possui revestimento parcial soft-touch de couro sintético com pesponto em costura vermelha que acompanha os bancos. Estes, por sua vez, deixam o corpo escorregar em curvas mais acentuadas. O banco traseiro é inteiriço com apois de cabeça e cintos de três pontos para todos.

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N I S SA N K I C K S S Xtronic CVT

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A Now Boarding foi até São Paulo buscar uma unidade do Kicks S com câmbio CVT. Avaliamos até que ponto o investimento de R$ 80.990 nesta versão vale a pena, pois as fábricas costumam ser cruéis, despojando ao máximo suas versões de entrada. No Kicks S CVT isso foi amenizado e, por fora, a diferença é sutil. O carro tem rodas de liga leve 16” e

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pneus 205/60 R16, controle de estabilidade e tração, sistema inteligente de partida em rampa, direção elétrica com controle de áudio e telefone no volante, rádio com entrada auxiliar para MP3 Player, conector USB e Bluetooth, sistema de som com 4 alto-falantes, 2 tomadas de 12 volts, ar-condicionado manual, alarme, excelentes bancos dianteiros com espuma “Zero Gravity” revestidos em tecido, banco traseiro bipartido com isofix. O painel perdeu o revestimento parcial em couro e é todo em plástico duro com texturas diferenciadas que avançam para as portas sobrando nelas apenas uma pequena faixa de tecido. O computador possui funções básicas e mostra o resultado em um visor central entre o velocímetro e o conta giros, dividindo espaço com o

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O KICKS FOI LANÇADO NO BRASIL DURANTE A OLIMPÍADA DE 2016, IMPORTADO E SOMENTE NA VERSÃO SL, A MAIS COMPLETA. Rapidamente foi conquistando consumidores de SUVS compactos com seu design inovador cheio de curvas e ângulos. No ano passado começou a ser fabricado no Brasil e ganhou mais duas versões, a intermediária SV e a de entrada S.


odômetro e os marcadores de marcha e combustível. Faz falta um sensor de temperatura externa. Também, nada de sensores de estacionamento, faróis em LED ou de neblina. Imperdoável, convenhamos, um carro com transmissão CVT não possuir piloto automático, bem como um apoio de braço no console central. Recebemos uma unidade com um ano de uso e 18 mil km rodados, perfeito para uma avaliação mais consistente.

Neste teste rodamos 1.232 km exclusivamente com etanol e fizemos as seguintes médias de consumo: estrada: 11,95 km/l, cidade: 6,5 km/l, uso misto: 8,2 km/l. O veículo foi cedido pela fábrica e retirado na concessionária Nissan Carrera Butantã, na capital paulista. nissan.com.br

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O motor 1.6 16v com 114 cv, aliado ao câmbio Xtronic CVT e ao baixo peso do veículo (são apenas 1.129 kg), se traduz em uma rodagem ágil, confortável e econômica. Sem dúvida, um dos melhores conjuntos da categoria. Tanto na cidade quanto na estrada, vazio ou carregado, a condução sempre transmitiu segurança. Mesmo usando o modo Sport em subidas

de serra, o nível de ruído da cabine é aceitável, mas poderia sim haver um maior uso de materiais fonoabsorventes. Uma fonte de ruído adicional foi localizada na porta do passageiro ao se transitar em pisos irregulares. O porta malas comporta 432 litros e o tanque de combustível somente 41 litros. Faltam freios a disco nas rodas traseiras, que completariam bem o conjunto. É elogiável o sistema de partida a frio com aquecimento automático do combustível, que funcionou perfeitamente à temperatuira de zero grau.

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FO R D ECO S P O RT Freestyle Plus 1.5 Automático

PASSARAM-SE 15 ANOS E MAIS DE 600 MIL UNIDADES VENDIDAS DESDE O LANÇAMENTO DO PRIMEIRO ECOSPORT NO BRASIL. A evolução foi lenta demais. De um modelo com acabamento e mecânica espartanos, até a linha 2018 que testamos nesta edição, diversos facelifts e aprimoramentos foram sendo gradualmente implantados, mas somente agora, o carro ganhou maturidade e evoluiu de maneira consistente, tanto para acompanhar a concorrência quanto para reverter a perda de mercado dos últimos 3 anos e tornar-se um modelo mundial. A unidade 2018 que nos foi cedida, de R$ 94 mil, traz o novo, e agora fabricado no Brasil, motor 1.5 de 3

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cilindros, 12 válvulas, flex. Moderno, com baixa emissão de poluentes, todo em alumínio, gera no etanol bons 137 cv a 6500 rpms e tem torque de 15 Kgfm a 4.500 rpms. Junto com a nova caixa automática de 6 velocidades com modo sport, e também manual através das aletas no volante, traz uma agilidade invejável no trânsito urbano. As trocas são feitas sem trancos em rotações baixas, mas basta apertar um pouco acelerador que o câmbio reduz uma ou duas posições. Os pneus Michelin LTX Force, 205/60/16, ajudam no rodar macio na cidade e na estrada. O isolamento acústico foi aprimorado, mas poderia ser melhor. Tanto o motor quando exigido mais a fundo quanto o ruído de rodagem, invadem o interior. Ruídos também vinham da porta do motorista.

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Com o piloto automático ativado ele tem dificuldade de manter a velocidade, perdendo em média até 5% para então iniciar a recuperação. Culpa do baixo torque que, neste caso prejudica o desempenho, mas traz razoável economia na estrada. No quesito segurança é um dos melhores em sua categoria: são 7 airbags, controles de estabilidade e tração, anticapotamento, partida em rampa, cintos de três pontos para todos os passageiros e isofix para cadeiras de crianças. Poderia ter freios a disco nas rodas traseiras, um descaso habitual das montadoras no Brasil.

O porta malas continua pequeno (356l). Ganhou um tampão com 3 ajustes que facilita o dia a dia e, no caso de baixar todos os bancos, consegue-se uma superfície plana para objetos maiores. Rodamos 378,4 km em um circuito misto cidade/ estrada e a média de consumo com gasolina ficou em 10,3 km/l. O veículo foi cedido pela concessionária Slaviero. (41)3025-3600 - fordslaviero.com.br

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O acabamento da cabine melhorou, nem tanto no revestimento das portas. O novo painel é emborrachado na parte superior, tem novos mostradores, computador com múltiplas funções,

inclusive de pressão nos pneus com alerta sonoro de pressão baixa. Os destaques são a central multimídia de 8 polegadas Sync 3, uma das mais modernas e funcionais do mercado, o ar condicionado automático digital e o volante multifuncional herdado do Focus. Os bancos também são novos, com ajustes manuais e revestimento parcial em couro.

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CAPTUR INTENSE 1.6 SCe CVT X-TRONIC

TESTAMOS O RENAULT CAPTUR INTENSE COM MOTOR 1.6 SCE DE 118/120 CV COM CÂMBIO CVT X-TRONIC. O Captur continua sendo um carro de design primoroso e tem uma altura com relação ao solo invejável se comparado aos demais SUVs do mercado. Tem ótima posição de dirigir, 4 airbags (o do banco do passageiro pode ser desativado por um botão ao lado do painel), além de ser espaçoso e atual. Contudo, certas persistências da montadora, ainda o fazem ficar atrás dos concorrentes. Desta vez recebemos uma unidade com quase 1 ano de uso e perto dos 10 mil km rodados. Em um ponto foi bom, pois podemos ver, agora, como ele se saiu nos testes com esta quilometragem.

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Logo no início, percebi uma vibração vinda do porta-malas que surgia em baixa rotação e que nos acompanhou durante todo o teste. Após verificar as prováveis fontes de ruído, notei que a tampa que cobre o parafuso que abaixa o estepe estava faltando, contudo ele estava bem fixo. Não era a fonte. E não foi possível descobrir e eliminar o som incômodo. Outro deslize de acabamento foram as luzes de cortesia do teto que simplesmente caíram e ficaram penduradas pelos fios. Foram colocadas no lugar e caíram novamente, inclusive no trajeto de devolução do carro. Duas coisas saltam aos olhos no interior: o acabamento espartano em plástico duro no painel

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e portas (na Europa são emborrachados) e a inexplicável ausência de um retrovisor eletrocrômico. Porque colocar um simples retrovisor junto com modernos sensores de chuva e do acendimento automático dos faróis em um carro que custa quase R$ 90 mil? Finalizando esta parte, quando estava com mais passageiros, estes elogiram o espaço interno mas relataram desconforto nos apoios de cabeça do banco traseiro. São ergonômicos, mas extremamente duros.

Após 450,6 km em um percurso misto a média apurada foi de 9,8 km/l, na gasolina. Ano passado testei a versão 2.0 automática que, apesar de ter um câmbio de somente 4 marchas, fez 10 km/l. Para o porte e peso do Captur, a versão 2.0 não é perfeita, mas é a melhor. O veículo foi cedido pela fábrica e retirado na concessionária Fórmula Renault. renault.com.br

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MECÂNICA Confesso que não sou o maior entusiasta dos câmbios CVT devido à morosidade e o ruído característicos de seu funcionamento. Contudo, a Renault conseguiu diminuir esta sensação com uma programação no X-Tronic que simula a troca de 6 marchas. Melhorou

consideravelmente em relação aos primeiros CVTs, mas não entusiasma. As trocas no modo automático são feitas em giros muito baixos tornando a condução morosa. Não notei melhora no consumo. No modo manual consegue-se mais agilidade, mas seu uso constante na cidade torna-se cansativo.

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P E U G EOT 3 00 8

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TESTAMOS O ELEITO “CARRO DO ANO” DA EUROPA EM 2017. Já disponível no Brasil e importado da França, o novo Peugeot 3008 foi pensado nos mínimos detalhes para proporcionar prazer ao dirigir e conforto aos seus passageiros. Um SUV de R$ 145.900,00 movido pelo excepcional motor THP 1.6 turbo, projetado em parceria com a BMW, desenvolve 165 cv a 6.000 rpm com torque máximo a somente 1.400 giros e um câmbio automático eletrônico de 6 velocidades. Seu único deslize é não ser flex. Pelo valor a fábrica poderia rever os seus conceitos e não privar o consumidor brasileiro desta opção, visto que já a oferece para o seu irmão menor, o 2008. Se o tipo de combustível não for problema, o carro vem com teto solar panorâmico, com o conceituado

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painel digital de 12.3 polegadas batizado pela Peugeot de i-cockpit 2.0, faróis full LED, rodas de liga aro 19 com pneus Continental City Contact 5 235/50, 6 air bags, carregamento de celular por indução magnética, bancos em couro com regulagem elétrica, 5 tipos de massagem e aquecimento, inclusive o do passageiro. Central multimídia touch, elevada, de 7 polegadas com todos os comandos integrados, ar condicionado bi-zone inclusive para os passageiros do banco traseiro, aletas para troca de marchas fixas na coluna de direção, isofix nos bancos traseiros e no banco do passageiro e demais mimos para os ocupantes que somente com o uso diário são descobertos. Repleto de tecnologia amigável tudo foi pensado para facilitar a vida do motorista. Assim é o 3008 desde o seu primeiro modelo. Agora, nesta versão, atingiu a

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Griffe THP


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plenitude com um novo e belo design, que promete incomodar os carros em sua mesma faixa de preço e porte. Seu interior, com vários pontos de iluminação em led, envolve todos os passageiros com segurança e conforto. Os bancos ergonômicos de couro com controles elétricos, massagem e aquecimento tornam o ato de dirigi-lo um prazer a parte. O porta malas tem dois níveis, podendo chegar a 520l. Os bancos traseiros bipartidos rebatem facilmente

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liberando amplo espaço, onde até a tampa do bagageiro pode ser acomodada em um nicho próprio. Caso você esteja pensando em comprar um SUV, não deixe de conhecer este. Faça um Test drive e converse com um consultor especializado antes de tomar uma decisão. Em um percurso misto de cidade e estrada de 582 Km fizemos uma boa média de 10,1 Km/l. O veículo foi gentilmente cedido pela concessionária Ópera, de São José dos Pinhais, (41)3523-7800. operapeugeot.com.br

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KWID

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JÁ SE PASSARAM QUATRO MESES DESDE QUE AS PRIMEIRAS UNIDADES DO KWID COMEÇARAM A CIRCULAR E NUNCA HOUVE TANTO ALARDE EM TORNO DELE.

o seu carro. Todavia, saiba que ele foi projetado para ser leve e de baixo custo, o que não quer dizer um produto de má qualidade.

Aguardei com paciência até que fosse liberada uma unidade para realizarmos o teste que você acompanha logo a seguir. Tive bastante tempo para estudar a ficha técnica e acompanhar as primeiras impressões de quem já o testou.

O acabamento é honesto, não tem luxo, mas é bem montado. Com exceção da ausência de um marcador de temperatura externa, e do para-choque traseiro ser preto e sem pintura enquanto o dianteiro é da cor do carro, ele tem todos os equipamentos necessários para uma condução segura no dia a dia: faróis de neblina, direção elétrica com volante de boa empunhadura, 4 airbags (sim, 4, o que ajudou garantir 3 estrelas no teste de colisão Latin NCap), ar

Se você procura um carro com linhas agradáveis, ágil, compacto, equipado na medida certa e absurdamente econômico por volta de R$ 40 mil, esse, sem dúvida, é

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FOTOS: © DIVULGAÇÃO CARLOS F S BORGES

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condicionado, vidros dianteiros elétricos, espelhos retrovisores com comando elétrico no painel, travas automáticas nas portas, computador de bordo, conta-giros e central mídia nav com bluetooth, GPS e câmera de ré completam o quadro de instrumentos. Até o limpador de palheta única é pantográfico, dando agilidade ao movimento e ainda faz seu trabalho em silêncio. Os bancos da frente são inteiriços, e devido a largura do carro, estreitos. Mesmo assim acomodam bem. Os de trás possuem três encostos de cabeça ajustáveis, mas somente dois cintos de três pontos, o do meio é subabdominal. Conta com dois engates ISOFIX. Utiliza um motor flex de 3 cilindros, 70cv a 5.500 rpm e torque de 9,8 kgfm. Rodamos 447,3 km sendo 60% na cidade e 40% na estrada, com um até 5 passageiros e no final fizemos a excepcional média de 17,2 km/l, com gasolina. O carro é leve (798 kg) e o seu conjunto de motor

e câmbio dá conta do recado. Seus pneus são 165/70/R14 Continental ContiEcoContact e o tanque comporta 38 litros. No cofre do motor nota-se o cuidado com a pintura e ampla utilização de matérias fonoabsorventes para amenizar o ruído. Todo motor de 3 cilindros, por sua própria concepção, é mais ruidoso do que um de 4, mas nada que torne a sua condução menos agradável. O porta-malas, nesta versão, vem com comando elétrico para abertura pela chave ou por um botão no painel. É todo forrado e tem capacidade de 290l. Conclusão: o carro anda bem na cidade e na estrada, é econômico e tem um custo benefício imbatível. Antes de criticar saiba qual é a proposta do carro e dirija dentro dos limites dele. Recalls à parte, você vai se surpreender. O veículo foi cedido pela fábrica e retirado na concessionária Fórmula Renault.

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SARacing N DSpirit ERO

CARLOS FERNANDO SCHRAPPE BORGES

TESTAMOS A EDIÇÃO LIMITADA Nº 0014 DO SANDERO RS, DESENVOLVIDO PELA DIVISÃO DE COMPETIÇÕES DA RENAULT. São apenas 1,5 mil unidades numeradas à disposição do consumidor brasileiro pelo valor de R$ 66.400. Um carro leve: são 1.161 kg impulsionados por 150 cv, o que significa ultrapassagens e retomadas mais do que seguras. É, sem dúvida, o melhor custo benefício para um carro realmente esportivo. Você tem à disposição, além dos obrigatórios airbags e ABS, um motor 2.0 16v de 150 cv, quando abastecido com etanol, com três opções de regulagem: normal, sport e sport+, freios

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N OW B OAR DI N G

a disco nas quatro rodas, câmbio de seis marchas, controles de estabilidade e tração, assistente de partida em rampa, faróis luz diurna DRL em led, pneus Michelin Pilot Sport 4 (medida 205/45 R17), direção eletro-hidráulica e bancos esportivos que acomodam muito bem motorista e passageiro. Por fora destacam-se as rodas aro 17 com as pinças dos freios pintadas em vermelho, o escapamento com dupla ponteira, os espelhos retrovisores com luzes do pisca, aerofólios dianteiro e traseiro emoldurados por plástico vermelho e os adesivos de ponta a ponta com a inscrição Racing Spirit, que tiram de uma vez


toda a sobriedade, deixando o carro chamativo além da conta e dividindo opiniões. Você ama ou odeia, não tem meio termo. Por dentro, não se iluda, você está em um Sandero repleto de acessórios, com um belo, completo e ergonômico volante, mas continua sendo um Sandero. Um carro compacto com bom espaço interno e um bom porta-malas. Você vai encontrar um interior simples, bem-acabado, com tudo o que você precisa em um carro atual, além de uma central multimídia completa, ar-condicionado digital, pedaleiras esportivas e mais uma exclusiva placa de identificação com a numeração desta série especial instalada sob a alavanca do freio de estacionamento. Um detalhe curioso: com a adoção das luzes diurnas DRL o carro perdeu, ao menos por hora, as luzes de neblina. Vamos ver se os departamentos de engenharia e design da Renault contornam este problema nas próximas unidades, pois sim, fazem falta em condições climáticas adversas.

Na cidade ele absorve bem as irregularidades do piso, tem potência de sobra para boas arrancadas e encara qualquer ladeira. Você também pode rodar normalmente, com calma como em um carro comum, mas quando acelerado, o som instigante do escapamento o faz lembrar da cavalaria ao seu dispor. Apesar da frente baixa, não raspou em nenhuma lombada e nem em entradas e saídas de garagem. Embaixo do carro existe uma grade que protege todos os cabos e os dutos do freio e combustível e também um protetor de cárter. Uma bem pensada precaução devido à baixa altura em relação ao solo. Para as pistas e estradas, assim ele foi concebido. Por isso rodamos neste teste 813 Km em um circuito misto sendo 75% em rodovias. O consumo ficou em bons 10,9 km/l de gasolina. O veículo foi cedido pela fábrica e retirado na concessionária Fórmula Renault.

NOW BOAR DIN G

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RENAULT OROCH DYNAMIQUE 1.6 SCe

Carlos Fernando Schrappe Borges

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uas linhas não mudaram. Continua sendo uma pick-up média robusta e para quem precisa carregar até 650 kg em sua caçamba, ela cumpre bem o seu papel. A principal mudança na linha 2017 da Oroch foi mecânica. Ganhou notáveis modificações sendo a principal delas o novo motor 1.6 16v SCe (Smart Control Efficiency) que produz 118/120 cv com torque de 16,2 kgfm a 4000rpm. Some isto a tecnologia ESM (Energy Smart Management), de regeneração de energia nas frenagens que otimiza a carga da bateria e ainda a comodidade da direção eletro-hidráulica, tudo visando o economia de combustível e desempenho. Para tirar a prova, testamos a versão Dynamique, na cor verde esmeralda e com bancos de couro, que está sendo vendida por R$77.490. Já a versão básica Expression, parte de R$ 69.990, e a automática 2.0 ultrapassa os R$ 80.000. Este motor trabalha com giros mais altos privilegiando o torque e isto fez com que a diferença entre o consumo da cidade e na estrada não fosse muito diferente, ficou em torno de 8,5 a 11 km/l com gasolina, respectivamente. Em nosso teste rodamos 491 km em um trecho misto, cidade e estrada onde a Oroch fez 10,2 km/l. Na cidade continua ágil e silenciosa. Quase não se escuta o motor. Sua suspenção Multilink aliada com os pneus Michelin LTX Force 215/65 R16 absorve as irregularidades das ruas com excelência e maestria. Faltam, no entanto, a assistência de partida em rampa e o controle de estabilidade e tração, tecnologias já disponíveis em outros modelos da marca e também na concorrência. Se no dia a dia faz falta, com a caçamba carregada e com chuva é imprescindível. Na estrada é inegável a comodidade do piloto automático, em quinta a 110 km/h o giro fica a pouco mais de 3.200 rpm. Quanto ao isolamento acústico, é apenas razoável, pois apesar da aparente boa vedação, o vento é mais audível que o rodar dos pneus e o ruído do motor. O painel é ergonômico e os instrumentos tem ótima visibilidade. Seu sistema multimídia é um dos mais rápidos e amigáveis do mercado. Embora venha com sensores de estacionamento a câmera de ré continua sendo vendida como opcional (R$ 480). Deveria ser ítem de série, afinal trata-se de uma

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pick-up que como todas, tem visibilidade restrita para manobras.O veículo foi cedido pela Renault do Brasil e retirado na concessionária Fórmula. www.renault.com.br


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RENAULT CAPTUR 2.O INTENSE Carlos Fernando Schrappe Borges m feliz conjunto de design e mecânica fazem deste novo modelo da Renault um candidato aos SUV’s mais vendidos? Após percorrer 594 km em um circuito misto cidade e estrada, acredito que sim. Atraindo olhares por onde passa, esta versão top de linha sai por R$ 92,890, já incluídos seus dois opcionais, pintura biton, marfim com teto preto nacré (R$ 2.900) e bancos revestidos parcialmente em couro (R$ 1.500). A versão básica 1.6 parte de R$ 78.900. Equipado com pneus Continental Contycross Contact LX2, 215/60 R17, direção eletro-hidráulica, e com o robusto motor 2.0 flex de 143/148 CV agora com maior eficiência energética, aliado a convencional caixa automática de quatro velocidades, antiga na concepção, mas atualizada eletronicamente, você tem em todas as condições de rodagem, um carro sempre à mão. Com estas melhorias fizemos a média de 10 km/l utilizando gasolina. Você ainda pode ativar no ciclo urbano a função Eco-mode que faz as marchas serem passadas em um giro mais reduzido, o que nesta versão 2.0 não é sinônimo de perda de potência, o carro continua ágil mas consumindo menos. No ciclo rodoviário não faz diferença. Tudo isso em um interior ergonômico, espaçoso e confortável. Contudo, faltam alguns itens básicos, tais como: espelho retrovisor eletrocrômico, luzes de cortesia nos para-sóis, comandos do volante

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com iluminação e vidros com controle antivácuo. No conjunto mecânico faltam freios a disco nas quatro rodas, que até o antigo Scénic tinha. Se o exterior é formidável, o interior nem tanto. Seu painel de instrumentos é amplo, sinuoso, mas de plástico duro, assim como o revestimento das portas, o que traz um ar de simplicidade que contrasta com o belo design do lado de fora. Já os mostradores são bem visíveis e de fácil leitura, com as informações do computador de bordo de seis funções centralizadas no topo do LCD do velocímetro. Os principais comandos estão todos à mão facilitando o uso e mantendo os olhos do motorista na estrada. Os bancos têm bom acabamento, seguram bem o corpo mas todos os seus ajustes são mecânicos. O carro acomoda bem cinco pessoas e o seu porta-malas de 437 litros é amplo e bem-acabado. Na estrada a rodagem é silenciosa, o que demostra cuidado na utilização de materiais fonoabsorventes, mas na unidade testada a coluna central do lado do motorista deixou passar o ruído do vento. Dentre os diversos itens de conforto e segurança destacam-se: o controle de estabilidade e tração; sua chave-cartão com sistema hands free que detecta, abre as portas, libera a ignição e comanda o alarme periférico; os faróis de neblina com função Cornering Light onde a luz de LED acende automaticamente para o lado em que o volante for esterçado; as luzes diurnas em LED no formato C; o assistente de partida em rampas; os quatro airbags; os cintos de segurança de três pontos para todos; os sensores de chuva e luminosidade; o ar condicionado automático e o já conhecido mídia nav da Renault com GPS e câmera de ré. Nos próximos meses será lançada a versão 1.6 com câmbio CVT, devendo ser o carro-chefe da linha. O veículo foi cedido pela Renault do Brasil e retirado na concessionária Fórmula. www.renault.com.br


T S E T

JAC T5 CVT

Carlos Fernando Schrappe Borges, colunista do AJ Quando testei o Jac T5 manual, em maio passado para a edição 196, fiquei bem impressionado com o carro. Design atual, espaçoso, seis anos de garantia, bem equipado e confortável. Ficava, contudo, faltando a transmissão automática, item imprescindível nesta categoria. Surgiu, então, o T5 CVT, cujo teste você acompanha agora. Custando nesta versão completa Pack 3, R$ 76.990, ele preenche a lacuna que restava e tem a missão de conquistar clientes que desejam um SUV honesto abaixo dos R$ 80 mil. Externamente, a única diferença em relação ao modelo manual é a inscrição CVT abaixo do T5 no porta malas. Por dentro ganhou um bonito conjunto no console central, onde a manopla do câmbio corre gentilmente por uma grade dentada trazendo opção de modo Sport e trocas manuais simulando até seis marchas, além do botão para saídas em terrenos escorregadios. O volante ganhou os controles de piloto automático, que ainda pecam por não serem retroiluminados à noite, nem eles e nem os controles do rádio e do bluetooth. O conjunto central em LCD do velocímetro agora informa a posição do câmbio e as trocas sequenciais de 1 a 6. Poderiam ter incluído neste painel um relógio e o indicador de temperatura externa, pois só aparecem no rádio ou no ar condicionado quando os mesmos estão ligados. No mais, a forração do teto continua a destoar por ser muito simples, semelhante ao TNT, detalhe que as mulheres não perdoam. 6 | AEROPORTO JORNAL - 209 - MAIO 2017

Na cidade O CVT é uma transmissão continuamente variável, ou seja, não há trocas de marchas. Nas primeiras arrancadas você sente um leve tranco que, com a adaptação de uso, vai diminuindo. O restante do rodar é macio e traz conforto no trânsito. Aliado ao motor 1.5 16v VVT, com 125/127 CV o conjunto remete a um veículo familiar sem pretensões esportivas. Na estrada. Com boa vedação, os ruídos aerodinâmicos são minimizados, mas falta um melhor isolamento acústico nas caixas de rodas e entre o motor e a cabine, pois tanto o barulho de rodagem quanto o do motor, este acima de três mil giros, invadem o habitáculo. No modo Drive a 110 km/h, com o piloto automático ligado, é interessante sentir o CVT trabalhando e ver o conta giros se movimentar a cada aclive, mantendo a velocidade constante. Na subida de serra mostrou-se ágil: o motor eleva o giro rapidamente quando solicitado e os controles de estabilidade e tração transmitem uma agradável sensação de segurança. No trecho misto, cidade/estrada, foram percorridos 430 km e, desta vez abastecido com gasolina, a média foi de 10 km/l. Neste quesito eu esperava mais, visto que no último teste fizemos 9,5 km/l utilizando etanol. O veículo foi cedido pela JAC Motors. www.jacmotorsbrasil.com.br


Nº 203 | NOVEMBRO 2016 | Ano 20 T TES

RENAULT DUSTER DYNAMIQUE 1.6 16V 2017

Carlos Fernando Schrappe Borges Na edição de abril testamos a Pick-up Oroch Dynamique 1.6 e agora o Aeroporto Jornal recebeu uma unidade da SUV Duster Dynamique 1.6 2017 na cor marrom safári. Seu preço de tabela nesta configuração é de R$ 76.560,00. Não houve nenhuma modificação na parte mecânica desta versão com motor 1.6 16v, ao contrário do que a Renault fez nos 2.0. Nem ao menos colocaram a direção eletro/hidráulica e também não eliminaram o tanquinho para partida a frio. Mesmo assim conseguimos notar detalhes interessantes no conjunto geral. A Duster possui um interior espaçoso, sem luxo, mas bem-acabado. É um carro robusto, durável e com uma excelente posição de dirigir. O interior com os bancos revestidos em couro de dois tons (opcional), cinza e marrom,

ficou bem agradável. Peca, contudo, em não ter cinto de três pontos para o ocupante do meio no banco traseiro, mas tem apoio de cabeça para todos. Uma somatória de pequenos detalhes fáceis de resolver para o fabricante permitiria que o Duster conquistasse uma melhor posição no mercado. Faltam, por exemplo, um descansa braço no banco do motorista, um espelho retrovisor eletrocrômico, luzes de cortesia nos espelhos do para-sol, reostato no painel e medidor de temperatura do

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motor. Sem contar que poderia ter freios a disco nas quatro rodas, que até o antigo Scénic tinha, mas daí já é pedir demais, ou não? Controle de tração e de estabilidade também não aparecem no horizonte. Uma crítica desde o seu lançamento foi sanada: o controle dos espelhos retrovisores agora está na porta, em cima dos comandos dos vidros, que também passaram a ser todos de um toque. O eficiente sistema MEDIA Nav Evolution ganhou câmera de ré. Completo e fácil de operar, ainda conta com comandos satélite na coluna de direção, atrás do volante, típico dos Renault. Equipado com pneus Bridgestone Duhler HT 684 II, 215/65/r16, ele absorve bem as irregularidades do piso, mas na estrada gera um ruído de rolagem acima da média. Somado a isso, o ruído aerodinâmico em velocidade de cruzeiro (110km/h) chegou a incomodar, ao contrário da Oroch, que até elogiamos neste quesito. O Ar condicionado também faz barulho toda vez que o compressor é acionado.

Rodamos ao todo 413,5 km num percurso cidade/estrada e fizemos ótimos 12,1 Km/l com gasolina. Seu motor 1.6 16 v de 110cv na gasolina / 115 no álcool, com câmbio manual de 5 marchas se mostrou adequado para o porte do carro. Mas, se puder investir mais, compre a versão 2.0 que teve melhoramentos mecânicos consideráveis. www.renault.com.br


No 199 | Julho 2016 | Ano XX

Citroën Aircross 1.5 Live

Carlos Fernando Schrappe Borges

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A Citroën foi muito feliz na reestilização do Aircross que, dependendo da versão, torna-se na minivan com o melhor design e custo benefício do mercado. Vejamos porquê. A versão testada pelo Aeroporto Jornal é a Aircross 1.5 Live com dois opcionais: pintura metálica rouge rubi e central multimídia, que tem o preço sugerido de R$ 62.260,00, podendo chegar a R$ 76.960,00 na versão topo de linha Shine 1.6 automática. Aconteceram mudanças externas internas e mecânicas, saindo da extravagância do modelo anterior para o quase discreto. Motorização

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Seu motor flex 1.5 de 93cv aliado ao câmbio de 5 marchas de relações curtas, combinada a direção elétrica, proporciona uma excelente dirigibilidade e economia de combustível. Abastecido com etanol fizemos 8,4 km/l em um percurso misto cidade/estrada de 420 km. A 110 km/h em quinta marcha trabalha em 3.500 rpm, utilizando já nesta faixa de rotação todo o torque de 14,2 Kgfm. Sua ampla área envidraçada elimina quase todos os pontos cegos e junto com a posição de dirigir elevada tem uma visibilidade invejável. Ainda possui o tanquinho de partida a frio no cofre do motor que, apesar de funcionar perfeitamente mesmo a zero grau, a versão 1.6 já conta com o sistema de aquecimento direto de combustível. Pisada de bola a Citroën não ter atualizado também a versão 1.5. Exterior A frente traz novos faróis, grade e luzes diurnas de led, as rodas têm novo desenho e vem na cor grafite. Nesta versão urbana note que o carro está sem 0 estepe pendurado na tampa traseira, o que facilita e muito o uso do porta-malas no dia a dia. Ele também não vem com pneus de uso misto, mas por sua vez traz os excelentes Michelin Energy Fuel Saver 195-

55-R16. O estepe está acomodado no piso do porta malas de 403 litros e tem a medida 195-60-R15 o que limita velocidade quando usado, a 80km/h. Interior Espaçoso e confortável. O volante tem ajuste de altura e profundidade, os mostradores em três arcos são retro iluminados com a cor branca e têm fácil leitura, mas o da direita, durante o dia sofre reflexos. Os bancos acomodam o corpo muito bem possuindo todos os ajustes, com espumas de ótima densidade e tecido agradável ao toque. O piso tem forração de boa espessura e acabamento. O plástico, porém, predomina no resto do carro. Todo o painel e portas são desse material o que acaba tornando o interior espartano e prejudicando o isolamento acústico. O barulho da ventilação forçada é bem audível desde a posição 1 das cinco disponíveis. Faltam porta objetos e os que existem não são muito aproveitáveis. Faltam, ainda, nessa versão: uma saída de 12v para o banco traseiro, alarme e apoio de cabeça para o quinto passageiro. Até quando o consumidor vai tolerar estes deslizes básicos? O que contrabalança para o lado positivo, fora o preço, é a central multimídia com tela de 7 polegadas (opcional de R$ 1.400,00). Seu design se integra perfeitamente ao painel, incorpora comandos satélite para ajustes do rádio e todas as suas demais funções são úteis, complementando inclusive o computador de bordo, mas o GPS é ainda outro opcional. A unidade testada foi cedida pela concessionária Citroën Boulevard, Av. Marechal Floriano Peixoto, 4.043, Telefone: (41)3111-2121 - www. citroenbr.com.br


No 198 | Junho 2016 | Ano XX

JAC T5

Carlos F.S. Borges

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Interior O painel é amplo, de plástico duro mas bem acabado, com detalhes em cinza claro que acompanham os puxadores das portas e o centro do volante. Este traz somente os controles do rádio e telefone, sem iluminação. Com bom espaço para cinco ocupantes, tem bancos de couro preto com costuras vermelhas, cintos

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inda não é fácil achar muitos entusiastas de veículos chineses no Brasil devido a uma reputação negativa trazida pelos inúmeros problemas das primeiras unidades comercializadas por aqui. Felizmente isto está mudando rápido. Uma prova é o recém lançamento da JAC Motors, o T5, testado pelo Aeroporto Jornal que em sua versão mais completa custa R$ 71.990,00. Ele parte de R$ 59.990,00 na versão de entrada. Exterior e mecânica

6 É um SUV compacto com design marcante, carroceria bem construída sem desvios de alinhamento e uma mecânica muito bem cuidada. Com o motor Jetflex 1.516v VVT de 125/127 cv, desenvolvido pela austríaca AVL, que aliado a seis anos de garantia, pode ser o carro chefe para trazer boas vendas, firmar a marca e até incomodar a concorrência, cabendo ao pós-vendas trazer a segurança que o cliente almeja. Ele traz de série muitos equipamentos de conforto e segurança presentes em carros top de linha como o controle de tração e estabilidade, frenagem com ABS, EBD e BAS, monitor da pressão dos pneus, abertura interna do portamalas e do tanque e para quem têm crianças, dois engates Isofix. Destaco a precisa direção elétrica com endurecimento gradativo, freios a disco nas quatro rodas e o HSA, um assistente de saída em rampas que funciona com perfeição, não deixando o carro se mover até a tração ser acionada. Possui nesta versão luz diurna em led, câmera de ré, sensor de estacionamento e alarme. Falta um protetor de cárter para proteger o motor de pedras e lama. Nos quatro dias de teste enfrentamos temperaturas ao amanhecer abaixo de 5ºC e mesmo abastecido com álcool ele pegou de primeira, sem um engasgo sequer. Nada do obsoleto tanquinho extra de gasolina pois ele utiliza um sistema que aquece o combustível antes de ser injetado. Pontos para a JAC. Equipado com pneus GitiComfort 221 v1 205/55R15V em rodas de liga aro 16 e câmbio de seis marchas, ele roda macio e é econômico, o que ajuda na autonomia pois seu tanque é de apenas 45 litros. Fizemos a excelente média de 9,5 km/litro de etanol em um percurso misto de 380 km.

de três pontos com apoio de cabeça para todos os passageiros e um porta -malas de 600 litros. É modesto com os porta objetos mas tem descansa braço dianteiro e porta óculos ao lado do motorista. Sua central multimídia é touch com tela de oito polegadas, espelhamento do celular desde que compatível e possui as entradas USB e hdmi. Saliento as palhetas flatblade, silenciosas e de máxima eficiência e o próprio para-brisa, com faixa degrade incorporando a antena do rádio impressa em filamentos. O ar condicionado é digital e bem dimensionado. Contudo seu display de cristal líquido com iluminação azul é pequeno e também traz a informação de temperatura externa, só que é difícil de ver, e caso o aparelho esteja desligado, você fica sem a informação. Uma solução seria transferir o controle do ar para a grande central multimídia e a temperatura externa junto ao display do computador de bordo, que apesar de ter ótimas e precisas funções, o comando de ajustes fica em uma haste no meio dos instrumentos, impossibilitando alterar os dados com segurança enquanto dirige. O veículo foi cedido pela concessionária JAC Motors da Rua Gen. Mario Tourinho,1.380, de Curitiba. www.jacmotors.com.br


No 196 | Abril 2016 | Ano XX

Renault Duster Oroch

Carlos Fernando Schrappe Borges

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o mercado há pouco mais de seis meses, a Duster Oroch ainda chama a atenção por onde passa. A Renault desbravou com sucesso um novo nicho de mercado posicionando-se entre a GM S-10, Ford Ranger e VW Saveiro e Fiat Strada. Aeroporto Jornal testou a versão Dynamique 1.6 (R$71.700,00), ideal para o uso familiar e semiurbano. Seu câmbio tem relações bem curtas buscando agilidade e economia. A direção hidráulica é adequada ao tamanho e porte do carro. Seu volante é revestido em couro com boa empunhadura e traz os comandos do piloto automático, mas sem iluminação. Tem ajuste de altura, mas não de profundidade. Os controles de som/telefone estão em um comando satélite. Seu rodar é macio, estável e pouco lembra uma picape, mérito dos pneus Michelin 215/65/r16 e da suspenção traseira Multilink. Também destaco a qualidade das borrachas de vedação que ajudam até no isolamento acústico. Interior Espaçosa e segura, traz bancos de couro (opcional) e cinto de três pontos para todos os passageiros. Painel tem boa visualização e o computador de bordo tem até dez funções. Falta, no entanto, um reostato e o medidor de temperatura do motor. No console central com acabamento black piano, destaca-se a excelente MEDIA Nav Evolution com

tela touch screen 7”, navegação GPS e 3D Sound by Arkamys com conexões USB e Auxiliar. É rápida intuitiva e funcional, mas poderia estar posicionada em melhor ângulo para o motorista. De todos os vidros elétricos

somente o dianteiro do motorista tem a função one touch. Sentimos a ausência do espelho retrovisor eletrocrômico e das luzes de cortesia nos para sois, pois não seriam nenhum excesso nesta faixa de preço.

Exterior Destaca-se pelo seu porte robusto, 4,7 m de comprimento e pelo acabamento bem cuidado. Não há diferenças de simetria nos encaixes. A caçamba vem de fábrica com protetor e tem oito ganchos para amarras. Sua tampa é basculante e comporta um rack extensor (opcional) que permite até levar uma motocicleta na diagonal. Possui sensor de estacionamento de fábrica, mas falta a câmera de ré. O conjunto ótico possui luzes diurnas automáticas, mas não de led. Motorização O 1.6 16 v 110/115cv já é um velho conhecido que recebe agora um pouco mais de tecnologia para melhorar seu rendimento. A função Eco-Mode quando acionada faz o motor se adaptar a um regime de giro reduzido, proporcionando até 10% de economia. Interessante para ser usado quando não há pressa alguma ou se o combustível está acabando e você não sabe quando verá um outro posto, pois há perda de potência e agilidade bem superior ao ganho de consumo. Ao abrir o cofre do motor você depara com o auxílio de um amortecedor telescópico muito bem-vindo. Ainda conta com o tanquinho de gasolina para partidas a frio, mas com uma evolução: ao invés de um motor elétrico ele tem um bico injetor exclusivo garantindo precisão de partidas a frio. Faz falta, tal como no Duster, o acabamento plástico (grade/churrasqueira) entre o para-brisa, carroceria e os limpadores. Após 350 km em um percurso misto cidade/estrada fizemos 9,5 Km/l, com gasolina. Também disponível na versão 2.0, por cerca de 5% a mais no preço você leva para casa a versão ideal que alia desempenho com economia. Esperamos pelo lançamento da versão 2.0 automática para enfrentar sua nova concorrente, a Fiat Toro. Para o test drive, a Oroch cedida pela fábrica foi retirada na concessionária Fórmula Renault. www.renault.com.br


No 192 | Dezembro 2015 | Ano XX

Um sedan para incomodar a concorrência

Carlos Fernando Schrappe Borges

nos seus modelos top de linha, referenciais no mercado de sedãs Premium de porte médio. Bancos em couro, seis airbags, teto solar e direção elétricos, transmissão automática com

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O Focus Fastback Titanium Plus é um dos últimos lançamentos da Ford. Este é um carro que traz muita tecnologia, conforto, segurança e prazer ao dirigir, finalmente com o legítimo DNA da Ford mundial. Seu sofisticado e amigável sistema Synk, com GPS, herdado e aprimorado de seus irmãos maiores Fusion e Edge, é apenas um dos destaques deste que promete incomodar, e muito, os Corolla, Sentra e Civic, até então

paddle shifts, motor de 178 cv, rodas de liga aro 17 com pneus 215/50 e suspenção multilink muito bem acertada que você percebe nos primeiros quilômetros. Completam os mimos AdvanceTrac: Controle eletrônico de estabilidade e tração (ESC e TCS ) com Sistema de Estabilidade Preventivo (ETS), Assistente de Partida em Rampas (HLA), Controle de Torque em Curvas (TVC), Aviso de Pressão Baixa dos Pneus (DDS), faróis Bi-Xenon adaptativos, sistema de estacionamento automático de última geração, chave com sensor de presença, ar condicionado digital com controle individual de temperatura e sensores de estacionamento, crepuscular e chuva. O Active City Stop é um sistema inovador que o Focus Fastback passa a oferecer no mercado visando aumentar a segurança principalmente no trânsito das grandes cidades. Por meio de sensores no para-brisa o sistema monitora constantemente o tráfego e, em caso de uma possível colisão, os freios são acionados automaticamente. Atua em velocidades de até 50 km/h reduzindo a severidade do impacto ou até evitando o acidente por completo. Com este pacote há, sim, um belo diferencial para enfrentar e bem a concorrência, agradando em cheio aos consumidores dispostos a desembolsar R$ 98.600,00 para ter um desses na garagem. Porta malas De capacidade regular e com um vão de apenas 41 cm. Para compensar, os bancos traseiros rebatem totalmente na confi-

guração 1/3 e 2/3 ampliando bem os seus 420 l de capacidade. Imperdoável, porém, a ausência de amortecedores telescópicos em um carro deste valor, pois as alças da tampa invadem o porta malas e podem até danificar a bagagem. Abriga um estepe fino, leve e prático que permite rodar até a 80 Km/h. Interior As portas possuem dupla vedação isolando bem ruídos externos e deixando a poeira e água do lado de fora. Os comandos dos vidros são todos de um toque, mas falta o sistema de alívio de pressão. O painel, que combina instrumentos analógicos e digitais é completo e tem textura emborrachada. Os demais plásticos são bem acabados e agradáveis ao toque. Destaque para o teto solar que não chega a roubar muito espaço pois mesmo ocupantes de até 1,90 m não raspam a cabeça no teto. Seu volante multifuncional tem excelente empunhadura e acabamento em couro. Os bancos são um pouco duros. O do motorista tem controles elétricos de seis posições que ajudam rapidamente a encontrar a posição ideal. Atrás, vão somente duas pessoas com conforto, devido ao túnel central. Exterior Design acertado e atual. Tem estilo e classe sem ser ostensivo. Produzido na Argentina, é muito bem acabado mantendo na unidade testada a simetria nos encaixes em toda a carroceria. Em nosso teste, em um trecho misto de cidade/estrada, rodando com gasolina, obtivemos um consumo médio de 12,8 km l. O veículo testado foi cedido pela Slaviero. www.slaviero.com.br (41)-3027-9900. ww.ford.com.br/carros/focus-fastback



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