Regeneração natural - Caso(s) em montanha interior

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CASOS PRÁTICOS DE CONDUÇÃO DE REGENERAÇÃO NATURAL DE PINHEIRO BRAVO

Campus Agrário de Vairão da Faculdade de Ciências da UP

António Marques Nora Vairão, 24 de novembro de 2016

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ÍNDICE

1. Apresentação FLORESTA ATLÂNTICA 2. Regeneração Natural de Pinheiro Bravo 2.1 Regeneração Pinheiro Bravo 2.2 Regeneração de Pinheiro Bravo após corte final raso 2.3 Gestão de Regeneração de Pinheiro Bravo

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1. Apresentação FLORESTA ATLÂNTICA

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A Sociedade Gestora Descrição » FLORESTA ATLÂNTICA – SGFII, S.A. é uma sociedade anónima constituída em Junho de 2007.

Accionistas » Accionistas actuais: •

Instituto de Financiamento da Agricultura e Pescas, IP

40,5%

Caixa Geral de Depósitos

11,9%

Crédito Agrícola - SGPS, S.A. (Grupo Caixa de Crédito Agrícola Mútuo)

11,9%

Novo Banco, S.A.

11,9%

Banif – Banco de Investimentos, S.A.

11,9%

Europac Portugal, S.A.

11,9%

» Missão: •

Promoção do desenvolvimento sustentado da floresta, através do empenhamento da iniciativa privada.

» Objectivos estratégicos: •

Implementação de mecanismos de gestão que promovam a eficiência e o lucro;

Promoção de parcerias entre o Sector Público e Entidades Privadas na criação de novos instrumentos na área florestal

“Efeito de demonstração” que suscite o interesse pelo lançamento de novos fundos de investimento florestal e de novas sociedades gestoras.

Fundos Sob Gestão » PRIMEIRO FUNDO FLORESTA ATLÂNTICA – FEIIFF 20M€ » IBERIAN FOREST FUND – FEIIFF 5M€ » IBERIA CAPITAL - FEIIF 8M€ » Activos Florestais da EGLON – 15 M€

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Primeiro Fundo Floresta Atlântica – O que é? » Primeiro Fundo de Investimento Imobiliário Florestal Português, sob a forma de Fundo Especial de Investimento Imobiliário Fechado, de subscrição particular, com duração de 10 anos, prorrogável, com um montante de 20 milhões EUR. Descrição

Participantes

» Beneficiou do apoio de capitais públicos, nacionais e comunitários, através do IFAP, IP: • Distribuição pelas UP detidas pelos participantes privados (UP de categoria B) da remuneração atribuível às UP detidas pelo IFAP, IP (UP de categoria A); • Estabelecimento de privilégios de reembolso na liquidação do Fundo aos detentores privados de capital, garantindo na maturidade 50% do valor investido.

• • • •

4 Bancos nacionais 1 Companhia de Seguros 1 Fundo de Investimento Estado Português (46%)

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Primeiro Fundo Floresta Atlântica – O que faz?

Política de Investimento

Aquisição de prédios rústicos, ou do respetivo direito de superfície, com potencialidades para as seguintes atividades:

Produção e exploração florestal na observância de princípios de gestão sustentável da floresta

Animação turística relacionada com o turismo de natureza, turismo cultural em meio rural e desporto ao ar livre

Gestão e exploração de concessões de zonas de caça turística nas áreas detidas pelo Fundo

Exploração de todos os recursos silvestres e agrícolas ocorrentes nas áreas detidas pelo Fundo

Arrendamento de superfície para utilizações não conflituantes com o uso florestal

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Primeiro Fundo Floresta Atlântica – Como faz?

• Gestão e exploração florestal, onde a elevada dimensão das operações permitem economias de escala na gestão de Activos e superior capacidade de negociação nos mercados, que induzem ganhos marginais superiores à média.

Fontes de Rentabilidade

• Valorização imobiliária das propriedades, consequência das boas oportunidades para aquisição de terra existentes no mercado e pela capacidade da gestão encontrar o melhor e mais valioso uso do solo em cada situação. • Exploração de outros usos do solo (e.g. pomares de fruto, plantações energéticas e frutos vermelhos, caça), de outros produtos silvestres (e.g. cogumelos, apicultura , aromáticas e outros frutos) e, no médio e longo prazo, de negócios relacionados com o ambiente (créditos de carbono, biodiversidade).


Primeiro Fundo Floresta Atlântica – Onde?

Carteira Jul.2012

Jul.2012(exclu indo Baldios)

481

477

Área sob gestão:

5.097 ha

3.756 ha

Área média prédio:

10,60 ha

8,01 ha

Número de prédios:

Rede Natura 2000 Designação

ha

%

PTCON0007 - São Mamede

758

16%

PTCON0042 - Minas de St. Adrião

90

2%

PTCON0014 - Serra da Estrela

306

7%

PTZPE0037 - Rio Sabor e Maçãs

5

0%

PTCON0002- Montesinho / Nogueira

62

1%

1.221

26%

TOTAL

Rede Nacional de Áreas Protegidas Designação

ha

%

Serra de S. Mamede

758

16%

Serra da Estrela

679

14%

1.437

30%

TOTAL

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2. Regeneração Natural de Pinheiro Bravo em zonas montanhosas do interior 9


Regeneração Pinheiro Bravo • Regeneração Natural é a renovação natural da floresta com base nas plantas germinadas a partir de sementes provenientes das árvores adultas do próprio local. • A maioria da área de pinheiro bravo existente em Portugal é resultado da regeneração natural, proveniente de povoamentos adultos em final de ciclo ou de situações de pós fogo

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Regeneração Pinheiro Bravo O pinheiro é parcialmente termo deiscente, e as sementes armazenadas nas pinhas são a principal fonte de regeneração pós-incêndio, uma vez que o banco de sementes no solo é escasso e pouco duradouro. A típica gestão-pós fogo consiste em cortar as árvores queimadas e promover a regeneração através de restauro activo (por sementeira ou plantação) ou passivo (por regeneração natural a partir de sementes). Neste contexto, avaliar e prever em que condições ocorre regeneração natural tem implicações práticas, uma vez que permitiria identificar, após um incêndio, áreas onde pode ser esperada uma má regeneração e, consequentemente, onde medidas de restauro activo deveriam ser usadas, em contraste com áreas onde poderá ser esperada uma boa regeneração, e onde a abordagem preferencial seria a gestão desta regeneração natural. (Bento, Castro, Cunha e 11 Liberal, 1990)


Regeneração Pinheiro Bravo Corte de área ardida, sem remoção de sobrantes

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Regeneração Pinheiro Bravo

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Regeneração Pinheiro Bravo Hayes (1965) exprime, duma forma simples, a existência regenerativa (S7), como a diferença entre a quantidade de sementes viáveis (VS) e a oposição dos factores naturais à germinação de desenvolvimento das plantas (ER). Neste sentido, Wellner (1970), refere que a regeneração de Pinus ponderosa dependeria essencialmente da coincidência de um ano bom em produção de semente, seguido de uma estação favorável à germinação e sobrevivência das plantas.

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Regeneração Pinheiro Bravo

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Regeneração Pinheiro Bravo Stein (1986) estuda a regeneração de algumas coníferas (Pinus, Pseudotsuga, Abies) em diversos locais, recorrendo a 15 variáveis independentes. O declive, a presença de desperdícios de exploração sobre o terreno e a existência de folhosas perenifólias, foram as variáveis mais negativamente correlacionadas com a regeneração. A precipitação apresentou a maior correlação positiva com a capacidade regenerativa. Fiedler et al. (1985) concluem que a regeneração em Abies, seria dependente da percentagem de manta morta nos níveis mais altos. Este facto é atribuído a uma proteção que a manta morta eventualmente produziria em relação à insolação, geadas e erosão.

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Regeneração Pinheiro Bravo

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Regeneração Pinheiro Bravo

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Regeneração de Pinheiro Bravo após corte final raso A legislação sobre o nemátodo do pinheiro obriga à eliminação imediata dos sobrantes, após o corte final. Principais opções: . Remoção de sobrantes para valorização energética (i. a mais frequente; ii. geralmente sem custos para o proprietário; iii. deixa solo muito exposto, logo a regeneração tem pouca viabilidade) . Destroçamento local com corta matos de martelos (i. pouco frequente; ii. só exequível no inverno; iii. com custos superiores a 300€/ha; iv. não destrói sementes e cria as melhores condições para a regeneração) . Queima de material (espalhado ou amontoado) no local de abate (i. destruição do banco de sementes ii. só exequível no inverno iii. custos inferiores a 100€/ha)

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Regeneração de Pinheiro Bravo após corte final raso

Com remoção de sobrantes 20


Regeneração de Pinheiro Bravo após corte final raso

Com remoção de sobrantes 21


Regeneração de Pinheiro Bravo após corte final raso

Com remoção de sobrantes 22


Regeneração de Pinheiro Bravo após corte final raso

Com queima de sobrantes 23


Gestão de Regeneração Natural de Pinheiro Bravo A condução de regeneração natural de pinhal pode ser feita: 1 - Por abertura mecânica de faixas, geralmente utilizado em povoamentos mais jovens.

Criação de faixas com um destroçador de martelos

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Gestão de Regeneração Natural de Pinheiro Bravo

Criação de faixas com um destroçador de martelos e “afinamento” com motoroçadora 25


Gestão de Regeneração Natural de Pinheiro Bravo

Criação de faixas com um destroçador de martelos e “afinamento” com motoroçadora 26


Gestão de Regeneração Natural de Pinheiro Bravo Abertura de faixa moto-manual, sem desrama

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Gestão de Regeneração Natural de Pinheiro Bravo Abertura de faixa moto-manual, sem desrama

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Gestão de Regeneração Natural de Pinheiro Bravo Aproveitamento regeneração natural moto-manual, com desrama

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Gestão de Regeneração Natural de Pinheiro Bravo Aproveitamento de regeneração natural “salteada”, motomanual, com desrama

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Gestão de Regeneração Natural de Pinheiro Bravo Aproveitamento de regeneração natural “salteada”, motomanual, com desrama

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Gestão de Regeneração Natural de Pinheiro Bravo E ainda por: 2 – Desbaste térmico - por queima das árvores mais pequenas, geralmente utilizado em povoamento mais adultos.

Queima de árvores mais finas 32


Antรณnio Marques Nora 964 047 114 antonio.nora@floresta-atlantica.pt 33


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