O Grande Conflito (Condensado)

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O tempo de angústia

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refúgio nas fortalezas das montanhas, tais como os cristãos nos vales do Piemonte (ver o quarto capítulo). Muitos, porém, de todas as [273] nações e de todas as classes — elevados e humildes, ricos e pobres, negros e brancos — serão arrojados na escravidão mais injusta e cruel. Os amados de Deus passarão dias penosos em prisões, sentenciados à morte, aparentemente deixados a morrer nos escuros e fétidos calabouços. O Senhor Se esquecerá de Seu povo nessa hora de provação? Ele Se esqueceu do fiel Noé, de Ló, de José, de Elias, Jeremias ou Daniel? Ainda que os inimigos os lancem nas prisões, as paredes do calabouço não podem interceptar sua comunicação com Cristo. Anjos virão a eles nas celas solitárias. A prisão será como um palácio, e as sombrias paredes serão iluminadas como quando Paulo e Silas, à meia-noite, cantaram na masmorra de Filipos. Os juízos de Deus cairão sobre os que procuram destruir Seu povo. Para Deus, a punição é um “estranho ato”. Isaías 28:21; Ezequiel 33:11. O Senhor é “compassivo, clemente e longânimo, e grande em misericórdia e fidelidade, [...] que perdoa a iniqüidade, a transgressão e o pecado”. Contudo, ao culpado “não tem por inocente”. Êxodo 34:6, 7; Naum 1:3. A nação que suportou por tanto tempo e que encheu a medida de sua iniqüidade, beberá, por fim, a taça da ira sem mistura de misericórdia. Quando Cristo cessar Sua intercessão no santuário, será derramada a ira sem mistura reservada aos que adoram a besta. As pragas do Egito eram similares aos mais extensos juízos que devem cair sobre o mundo justamente antes do livramento final do povo de Deus. Diz o autor do Apocalipse: “Aos homens portadores da marca da besta e adoradores da sua imagem sobrevieram úlceras malignas e perniciosas.” O mar “se tornou em sangue como de morto”. Os rios e as fontes de águas “se tornaram em sangue”. O anjo declara: “Tu és justo [...] pois julgaste estas coisas; porquanto derramaram sangue de santos e de profetas, também sangue lhes tens dado a beber; são dignos disto”. Apocalipse 16:2-6, 8, 9. Condenando o povo de Deus à morte, são tão culpados do derramamento de sangue como se este tivesse sido derramado por suas próprias mãos. Cristo declarou que os judeus de Seu tempo eram culpados do sangue de homens santos desde os dias de Abel (Mateus 23:34-36), pois eles possuíam o mesmo espírito daqueles assassinos dos profetas.


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