Transporte – Desafio ao Crescimento do Agronegócio Brasileiro

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Transporte – Desafio ao Crescimento do Agronegócio Brasileiro 2008

Na safra 2007/2008, Minas Gerais ocupou a 1ª posição com 46% da produção nacional, que terá a seguinte distribuição estimada segunda a Tabela E.1.3. O comércio é o principal canal de escoamento da produção para os mercados finais (interno e externo). O segmento comercial realiza as compras do setor de produção (produtores e cooperativas), faz a preparação do café nos padrões qualitativos próprios de cada mercado (utilizando tecnologia de ponta e com os processos mais eficazes disponíveis, tornando possível uma alta competitividade externa, o que se traduz na transferência desta vantagem competitiva em forma de receita ao setor produtor), realiza a venda externa e supre a matéria prima para a industria de torrefação e para a indústria do solúvel. O Brasil é o maior exportador mundial de café com estimativa de receita cambial de US$ 4,0 bilhões no ano de 2008. Tem uma participação de aproximadamente 29% do mercado importador de café. Em 2007, o País exportou café, sob todas as formas, para 131 países. Além de ser o maior produtor e exportador do mundo, é o segundo maior mercado consumidor de café, com um consumo anual de 17,1 milhões de sacas (abaixo dos Estados Unidos, que consome entre 20 e 21,5 milhões de sacas). O total de café verde exportado em 2007 foi de cerca de 1,6 milhão de toneladas e os embarques foram distribuídos, em toneladas, pelos portos conforme as Tabelas E.1.3 e G.6.2 Considerando as exportações e consumo interno, alcançamos a participação no mercado mundial de 35%.

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238 empresas realizaram exportações de café verde em 2007. As 50 maiores empresas exportadoras são responsáveis por 91% do volume comercializado; A logística de exportação do agronegócio café se processa, predominantemente, através de 5 terminais, cujo acesso pode se dar por rodovia para Salvador (BA) e por rodovia e ferrovia para os portos de Vitória (ES), Rio de Janeiro (RJ), Santos (SP) e Paranaguá (PR). 98,45% dos embarques são marítimos, 1,54% rodoviários e 0,01% transporte aéreo; 98% dos embarques são acondicionados em conteineres, sendo 52% ensacado e 48% a granel. Vem registrando expressivo crescimento o acondicionamento final do café exportado e o respectivo despacho alfandegário, através de manipulação em armazéns do interior, que operam pelo regime de REDEX ou EADI (porto seco Varginha/MG). A exportação de café praticamente não tem tido custo de demurrage, devido ao bom planejamento do uso dos terminais. Em termos de gargalo, vale citar que a produção do sul de Minas, cuja via de escoamento natural seria pelo porto do Rio de Janeiro, é obstada pela precariedade da rodovia de acesso, assim como pelas limitações decorrentes das condições de operações portuárias, traduzidas principalmente pela freqüência das escalas de navios e também pela questão do frete de retorno no porto do Rio de Janeiro.

ANUT – Associação Nacional dos Usuários do Transporte de Carga


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