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1945-1968
1945 - A Europa, em particular a Alemanha, encontrava-se em ruínas quando a Segunda Guerra Mundial chegou ao fim. Milhões de pessoas ficaram desalojadas, desempregadas, famintas e sem rendimentos. Apesar do cenário de miséria e destruição, a reconstrução da economia europeia arrancou com grande ímpeto.
Em maio de 1945, os Aliados - entre os quais, Reino Unido, China, Estados Unidos da América, União Soviética e Canadá - forçaram o regime nazi alemão a capitular. Este feito foi conseguido depois de vários anos de guerra sangrenta, durante os quais cerca de 65 milhões de pessoas em todo o mundo perderam a vida. Contudo, do mesmo modo que estiveram unidos para derrotar o regime nazi, os Aliados estavam agora divididos sobre o caminho a seguir para a reconstrução da Alemanha no pós-guerra.
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Esta contradição ideológica acabou por conduzir à Guerra Fria. A introdução da moeda, Deutsche Mark, na parte ocidental da Alemanha pelas forças de ocupação ocidentais, e o subsequente bloqueio de Berlim pelos russos em 1948 e 1949, levou à separação da Alemanha em duas partes: a República Federal da Alemanha (RFA), mais orientada para as ideologias de ocidente, e a República Democrática Alemã (RDA), de influência soviética.
1947 - Após um sólido e auspicioso início, a reconstrução acaba, lentamente, por entrar num impasse. A maioria dos países deixa de ser capaz de continuar a reconstrução sob os seus próprios meios e a Europa inteira passa a estar em perigo de cair numa situação de falência e pobreza estrutural.
Os russos não estavam apenas a tentar estabelecer um regime comunista na Alemanha Oriental, mas queriam também manter a Alemanha o mais débil possível, para que esta não se tornasse uma ameaça à paz mundial pela terceira vez. Os britânicos, franceses e americanos, que juntos formaram o poder ocupante da parte ocidental da Alemanha, queriam reconstruir a Alemanha para evitar que caísse nas mãos do comunismo.
Em 1948, a América lançou o Plano Marshall para apoiar a reconstrução da Europa. Dezoito países receberam avultadas somas de dinheiro para reconstruir a sua economia. Como parte do plano, foram eliminadas as barreiras comerciais mútuas, iniciaram-se programas para aumentar a produtividade e introduziram-se métodos de gestão mais sofisticados.
A Alemanha fez bom uso desta ajuda extra. Ludwig Erhard, então ministro da Economia da Alemanha
Ocidental, desenvolveu e implementou um plano baseado no mercado livre com o objetivo de transformar a Alemanha Ocidental num país próspero. Graças ao enorme esforço, disciplina e pensamento crítico do povo alemão, o país foi bem-sucedido na sua reconstrução e tornou-se a força motriz por detrás da prosperidade europeia do pós-guerra. Com a queda do Muro de Berlim em 1989, as Alemanhas Oriental e Ocidental foram finalmente reunidas. Este facto acabou com a Guerra Fria, mas numa perspetiva económica surgiram três novos desafios.