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“NÓS ESCOLHEMOS IR À LUA...”
“NósescolhemosiràLuanestadécadaefazerasoutrascoisas,não porseremfáceis,masporseremdifíceis,porqueesseobjetivoservirápara organizaremediromelhordasnossasenergiasecompetências,porqueé umdesafioqueestamosdispostosaaceitar,umdesafioquenãoqueremos adiar,eumdesafioquepretendemosganhar,talcomoosoutros.”
Contexto
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Um ano de turbulência global: a corrida espacial, a impressionante fuga de Alcatraz e a morte do mais famoso símbolo sexual.
O mundo encontrava-se no limiar de uma guerra nuclear devido à crise cubana. Os russos estavam a construir secretamente uma base de mísseis na Cuba de Castro. A partir de lá, poderiam atingir a América com os seus mísseis nucleares. Depois de muita pressão por parte dos americanos, os russos retiraram-se mesmo a tempo de evitar a Terceira Guerra Mundial.
Na quarta-feira, 12 de setembro de 1962, o carismático presidente norte-americano John F. Kennedy proferiu o seu famoso discurso “Nós escolhemos ir à Lua” no recinto exterior da Universidade Rice, no Texas. Mais de um ano antes, a 25 de maio de 1961, para sermos exatos, ele já tinha proferido um discurso semelhante no Congresso dos Estados Unidos.
Os discursos de Kennedy tinham como principal objetivo conquistar a simpatia dos políticos e do povo norte-americano para o programa Apollo. Este ambicioso programa espacial apresentava como meta principal colocaro primeiro ser humano na Lua e trazê-lo de volta à Terra em segurança.
Transformou-se num projeto estratégico prioritário quando os russos se anteciparam aos americanos e tiveram capacidade para colocar o primeiro satélite (Sputnik) tripulado pelo primeiro grande mamífero vivo no espaço (a cadela Laika) e colocar o primeiro ser humano em órbita (o cosmonauta Yuri Gagarin). Todas estas façanhas tinham ferido profundamente o orgulho americano, já que o país se via a si próprio como a principal potência mundial.
A tensão entre as duas superpotências começou no final da Segunda Guerra Mundial. A partir desse momento, tentaram expandir a sua esfera de influência. Desafiaram-se mutuamente das mais variadas formas. Tratava-se de um confronto entre duas ideologias: o capitalismo americano e o comunismo russo. Esta luta conduziu a uma extrema tensão das suas relações com o resto do mundo.
Esta época ficou também conhecida como a da Guerra Fria, porque as armas (felizmente) permaneceram frias. A Guerra Fria acabaria por prolongar-se até à queda do Muro de Berlim em 1989.
Foi neste cenário que os inspiradores discursos lunares de Kennedy agitaram a América. Estes discursos levariam a América a conseguir, sete anos mais tarde, em 1969, colocar o primeiro homem na Lua e a trazê-lo de volta à Terra em segurança. Kennedy não viveria para ver isto acontecer, uma vez que foi assassinado a 22 de novembro de 1963. O seu presumível assassino, Lee Harvey Oswald, foi morto dois dias mais tarde. Porquê? Ninguém sabe até hoje.

