Caixa Forte / Arthur Omar // 06
Eletroeletrônicos
CARE // 80
Advertainment / BMW // 10
Sony Ericsson // 53
Hospital do Câncer // 81
Além-Mar / Gustavo Sousa // 12
Epson // 54
Fundação Gol de Letra // 82
Anunciante / Sony Ericsson // 13
GE // 55
Telecomunicações
Mídia / MTV // 13
AIWA // 56
Som na Caixa / Antonio Pinto // 16
Escolas e Cursos
Transportes e Turismo
Terceiro Setor / Segunda do Bem // 20
Gol // 84
Texto Corrido / Washington Olivetto // 22
Farmacêuticos
Iveco // 85
Produção / Mateus de Paula Santos // 26
TAM // 86
Pasta // 36
Higiene Pessoal
Varejo
Colégio São Luís // 57 Bepantol // 58 Axe // 59
Oi // 83
BH Shopping // 88
Alimentos / Restaurantes
Material Escolar e de Escritório
Vestuário
Havaianas // 90
Café Suplicy // 36
Super Bonder // 60
Automotivos
Mídia
Na Guarda Fight Wear // 93
Mitsubishi Motors // 37
IstoÉ Gente // 61
Mizuno // 93
Consórcio Nacional Honda // 37
Revista Recreio // 62
Melissa // 94
Honda // 38
National Geographic // 64
Adidas // 96
Pirelli // 38
Canal Futura // 65
Ipanema Gisele Bündchen // 97
Nissan // 39
Caras // 66
Fiat // 40
Forbes Brasil // 66
Mobil // 42
Quatro Rodas // 67
Nissan // 43
Raça Brasil // 68
Jeep // 44
Band News // 69
Hyundai // 45
MTV // 70
Mercedes-Benz // 45
SporTV // 72
Bancos e Financeiras
Arquitetura & Construção // 73
Outros
Mastercard // 46
Bebidas Alcoólicas
Nova Schin // 47
Petróleo e Derivados
Skol // 48
Tramontina // 74 Petrobras // 75
Cosméticos
Serviço Público
ADESF // 77
Eletrodomésticos
SOS Mata Atlântica // 78
Instituto Ayrton Senna // 79
Fundação O Boticário // 50 Brastemp // 52 SUMÁRIO // 04
Capa // F/Nazca S&S
Índice Remissivo // 98
Terceira capa // Diretor de arte convidado: João Linneu
Editorial Esta é a edição número um da Revista Pasta, publicação do Clube
Expediente Editora // Laís Prado Medeiros lais@ccsp.com.br Projeto Gráfico e Direção de Arte // João Linneu Repórteres // Francisco Canindé e Luis Fernando Ramos redacao@ccsp.com.br Produção // Francisco Canindé producao@ccsp.com.br Produção Gráfica // Jomar Farias
Clubeonline
de Criação de São Paulo, que nasce como parte das comemorações
Visite o Clubeonline, site oficial do Clube de Criação de
dos 30 anos da entidade e chegará às suas mãos a cada dois meses.
São Paulo.
A idéia é fazer destas páginas um espelho apto a refletir com nitidez a imagem de quem cria e produz publicidade no Brasil, um dos mais avançados pólos de comunicação do planeta. A Revista Pasta surge
As peças exibidas no miolo da Revista Pasta são uma seleção do melhor publicado na seção NOVO! do
para ocupar um espaço editorial que estava sem recheio. E deseja, mais
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do que ser uma revista, ser uma interferência, capaz de liquidificar
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Diagramação e Finalização // Fabio Graupen
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submeta seus trabalhos.
Revisão // Sandra Simões
que se faz por aqui, que induza ao melhor do melhor, que seja honesta
Gráfica // Arizona
e bem resolvida. Queremos entregar na bandeja o que você espera,
Papel // Sappi
mas não sabe que espera. Matérias forjadas com um DNA que você
Diretor Comercial // Jefferson Cervelim jefferson@ccsp.com.br - Tel.: (11) 3030-9324
só poderia encontrar por aqui. Nesta edição, temos um mago chamado
Jornalista Responsável // Laís Prado Medeiros Mtb 26851
ímã. Temos também toda a trajetória de outro cara que usa a cabeça e
Exemplar Avulso // R$ 20,00 Assinatura Anual (seis edições) // R$ 120,00 ccsp@ccsp.com.br ISSN 1808-8856
Arthur Omar, cujas declarações são obrigatórias e vão te atrair feito as mãos para vomitar coisas belas: Mateus de Paula Santos, da Lobo. Entre o prato principal e a sobremesa, muita mistura de qualidade, passando por opinião de anunciante, iniciativa ousada de emissora de
A Revista Pasta é uma publicação bimestral do Clube de Criação de São Paulo
TV, claves sempre em obras de um músico ambulante, texto corrido
Presidente // Carlos Righi Vice-Presidente // Tião Bernardi Diretor Executivo // Gilberto dos Reis Diretores // Amaury Terçarolli, Ana Clélia Quarto, Átila Francucci, Carlos Rocca, Danilo Martins, Eduardo Lima, Erh Ray, Gustavo Nogueira, JR D’Elboux, Mariangela Silvani, Renato Simões e Tony Rodrigues.
proposta de fazer o bem de gente que é do bem, e por aí vai. Mais
Rua Deputado Lacerda Franco, 300 - Pinheiros CEP 05432-080 - Tel.: (11) 3030-9322 São Paulo - Capital
que possamos melhorar, sempre. Voltamos em 2006.
Nº. 01 - Dezembro/2005 - Janeiro/2006
Laís Prado
de Washington Olivetto, história de um brasileiro refugiado na Mother, A Revista Pasta tem o patrocínio anual das empresas:
adiante, vem a Pasta, em si. Trabalhos, trabalhos e mais trabalhos garimpados na seção NOVO! do Clubeonline. A partir de agora, a Revista Pasta pretende se tornar inevitável. Tire a virgindade destas páginas, depois nos conte como foi e nos cutuque com vara curta para E o apoio anual das empresas:
EDITORIAL // 05
Sérgio Gilz
Uma questão de percepção
Arthur Omar
O universo do meio carioca, meio
Início
Antropologia da Face Gloriosa
mineiro Arthur Omar é composto
“Eu era bem garoto, na década de 60, quando comecei a fazer e ter uma
“É um trabalho que venho realizando ao longo dos últimos 25 anos. O
por elementos que vão muito
relação com a fotografia artística. Logo entrei para o clube da Associação
que se costuma chamar de work in progress. No início, eu saía pelas
além das imagens estáticas e
Brasileira de Arte Fotográfica (ABAF), no Rio de Janeiro. Sempre me
ruas no Carnaval do Rio de Janeiro e colhia imagens de rostos que me
em movimento. Das fotografias
interessei pelo processo completo, com toda aquela química, o reve-
davam uma sensação de estranheza. Pessoas mascaradas e travestis
de faces em êxtase, no carnaval
lador, a ampliação, buscando ousar, fazendo alterações no refrator para
que pareciam ter vindo de tribos alheias ao meu próprio mundo. Era
aumentar ou diminuir o contraste, arquivando imagens e negativos. Essa
como se eu estivesse fazendo uma viagem a um outro continente, que
foi a única época da minha vida em que fui realmente profissional, e era
na verdade estava ao meu lado. Colhia imagens de rostos humanos,
totalmente amador.”
em estado de êxtase, e isso aos poucos foi se configurando como um
carioca, ao experimentalismo do cinema marginal, Omar passeia por quase todos os campos da arte, provocando diversos impactos sensoriais em quem dá de cara com seu trabalho. Reconhecido no exterior e lembrado bissextamente no Brasil, é uma daquelas figuras cativantes, dono de um radar
projeto. Dessa linha inicial, surgiu toda uma formulação teórica, como Profissão
a questão da capacidade que a fotografia tem de fixar o êxtase que não
“Sempre gostei dessa coisa dos aparelhos. Queria seguir uma profissão
é visto a olho nu. Em 1997, essas imagens foram lançadas em livro,
que tivesse instrumentos e até pensei em ser engenheiro – pois gostava
vendido na Europa, no Japão, no mundo.
daquela régua de cálculo, que hoje nem tem mais –, ou um artista, com
A Antropologia da Face Gloriosa é uma série aberta, um univer-
seus pincéis, suas faquinhas.
so separado, ao qual eu continuo incorporando cada vez mais
Não me considero um fotógrafo, nem mesmo um profissional da foto-
elementos, novas faces, novas técnicas. E o que já está lá também
pregado na testa e de um enorme
grafia. Minha atividade se distribui por diversas áreas. A fotografia foi
se transforma, porque é retomado, anos depois, e reformatado.
poder de aglutinação. Sem papas
o início da minha carreira e depois passei um longo período sem fazer
Um exemplo disso é a exposição que fiz, há três anos, chamada
na língua, divide conosco trechos
imagens de forma consciente. Fazia fotos de maneira marginal, sem a
A Pele Mecânica. Esse trabalho trazia as mesmas imagens que
de sua trajetória e do que passa,
intenção de fazer arte. Era um ofício sistemático, mas não intencional.
estão no livro, só que em versão cromatizada. E não foi apenas
de forma acelerada, por sua
Na verdade, sem saber, eu estava em fase de composição de meu mais
um processo de colorização, mas sim uma intervenção na estrutura
cabeça
importante trabalho, chamado Antropologia da Face Gloriosa.”
da fotografia.
CAIXA FORTE // 06
No encontro internacional de Arle, na França, que é a mostra mais
como uma dobra. A versão em livro de Antropologia da Face Gloriosa,
importante de fotografia da Europa e acontece em julho, eu apresentei
por exemplo, tem em cada imagem um título, que é quase um poema
novas versões das 30 imagens originais desse trabalho. Utilizei um tra-
à parte. É um enigma e não uma informação ou uma descrição da
tamento tecnológico mais avançado e realizei intervenções digitais nas
imagem. O texto estabelece uma conexão e enriquece a experiência
imagens. Essas fotos estiveram, há pouco, expostas no Museu de Arte
da visão da foto. São duas obras colocadas uma ao lado da outra
Nacional da Colômbia.”
e as duas sobrevivem independentemente, mas também criam uma nova forma de arte juntas. A mesma coisa eu faço em Esplendor dos
Virgindade da percepção
Contrários, cujos textos são associações livres sobre as imagens da
“Para fazer minhas fotografias eu tenho que fugir, romper e esquecer
Amazônia, mas nunca uma descrição.”
qualquer imagem preconcebida, escondida na minha mente. Quando vejo a Amazônia, tenho que esquecer o que eu aprendi num Globo
Sutileza
Repórter sobre aquele lugar, ou qualquer idéia relacionada à ecologia.
“A questão do reconhecimento do meu trabalho no Brasil é um as-
Isso serve para ativar em mim uma experiência nova, para poder ver
sunto delicado. Sou um fluxo constante de palavras, sons, imagens e
outras coisas quando fotografo. Tenho que estabelecer uma relação com
idéias. Minha obra circula, mas às vezes desaparece completamente,
o meu assunto, como se fosse a primeira vez. Isso é um resgate da
já que não corro atrás de divulgação. Só vou quando sou convidado
virgindade da percepção.”
e não faço política junto aos críticos. Faço diversas exposições num determinado ano e o que crio vai parar em todos os jornais, mas, de
Trabalho em série
repente, volto para a obscuridade. É como se eu estivesse o tempo
“Eu trabalho com séries de fotografias. Tenho outras séries, como uma
todo recomeçando. Já ganhei diversos prêmios, expus nos melhores
composta por imagens de paisagens, que se chama Esplendor dos Con-
lugares do Brasil, em todas as instituições. Mas uma proposta experi-
trários, feita na Amazônia, que foi apresentada no Grand Palais, na Fran-
mental nunca utilizará a linguagem dominante. Meu trabalho tem uma
ça, e no Centro Cultural Banco do Brasil, em São Paulo. Tenho também
sutileza que de tão sutil ainda está para ser descoberta.
o compêndio Viagem ao Afeganistão, que sairá em livro, ainda este ano,
Eu tive que, por exemplo, fazer primeiro a retrospectiva do meu tra-
e foi exposto na Bienal de Artes Plásticas, em São Paulo, em 2002.”
balho em cinema no MoMA (Museum of Modern Art), em Nova York, em 1999, para depois fazer no Rio e em São Paulo. Neste momento,
Ao lado e acima: fotos da série Esplendor dos contrários
Enigma e descrição
estou numa espécie de retiro, para criar textos para um livro que vou
“O texto e a imagem são dois elementos diferentes que se articulam
lançar em 2006.” CAIXA FORTE // 07
Irracional, sublime e imediato
Já fiz coisas para a grife M.Officer, como a direção de arte de um catálogo,
“Fiz ao todo 45 filmes, sendo dois longas: Tristes Trópicos, de 1974, que
vídeos que foram exibidos durante um desfile, com trilha sonora criada ao
foi recentemente restaurado e exibido no Canal Brasil, e Sonhos e Histó-
vivo, pelo Naná Vasconcelos, e coisas assim. Quando atuo nesse campo,
rias de Fantasmas, de 1996. Tenho diversos trabalhos em cinema experi-
procuro inserir minha contribuição artística, mesmo sabendo que o inte-
mental, rodados nos anos 70. Nesse período, explorei demais a materia-
resse ali é comercial. Tenho vontade de fazer mais publicidade, pois ela
lidade da imagem, como em um filme estroboscópico, em 35 milímetros,
exige demais da criatividade do artista. Para mim, é importante circular
chamado Vocês. Também fiz filmes etnográficos e peças artesanais, vol-
por outras áreas, por campos em que não sou especialista. Isso abala os
tadas para a transformação da imagem visual, para provocar um impacto
alicerces da minha prática, da minha linguagem. Quando faço publicida-
sensorial intenso. Mais do que isso: feitas para transmitir conteúdos e
de, estou totalmente aberto.”
conceitos não através da fala ou da intensificação do pensamento, mas da
Auto-retrato com intervenção digital
recepção sensorial. É algo irracional, sublime e imediato.
Publicidade, arte
Meus filmes seguem uma linha diferente da usual, do mainstream. Não
“A gente não deve confundir publicidade e arte. Muitos publicitários que-
faço documentários no estilo ‘uma câmera no tripé, um banquinho na
rem ser artistas e muitos artistas se comportam como se fossem publici-
frente e outro atrás’, ou seja, com entrevistas. Sou avesso ao espírito do-
tários. Os motivos para se fazer arte e publicidade são diferentes. Embora
cumental. Nos meus documentários ninguém fala. Até faço entrevistas,
não considere arte, a publicidade é uma atividade na qual a criatividade
mas não as coloco nos filmes.”
tem que estar em sua voltagem máxima. São dois campos vivos, férteis, com sua própria lógica, mas completamente diferentes.
Convergência artística
O que chamo de arte é o que está voltado para a angústia da condição hu-
“No final da década de 90, os diversos elementos que formam minha car-
mana, ou seja, questões de vida e de morte. Isso está em Proust, Picasso,
reira artística, ou seja, fotografia, cinema, videoinstalações – fiz diversas,
Beethoven. A publicidade é voltada para o oposto disso, para tapar esse bu-
como a chamada Atos dos Diamantes, que mostrava a implantação de um
raco da angústia, pois ela está comprometida com a venda de um produto.
diamante em um dente –, acabaram se unificando.”
Quando a publicidade é feita com a intenção de ser arte, mesmo que seja só para ser inscrita em festivais, ela se reduz aos elementos do minima-
Uma das principais imagens da Antropologia: Santa porque avalanche CAIXA FORTE // 08
Propaganda
lismo. Os comerciais tornam-se até meio godardianos*. Mas a lingua-
“Não sou daqueles artistas que falam mal da publicidade. Eu vejo muita
gem artística, em sua radicalidade, nunca entrará na publicidade. Ela entra
propaganda, mas não sou um consumidor sistemático, a ponto de poder
apenas na aparência, e isso não é tudo, pois o processo da arte é feito de
falar tecnicamente sobre isso. Admiro muitos trabalhos do ramo.
crises, contestações, é um caminho doloroso, de caos interior.”
Muitas vezes a publicidade é mais criativa do que a arte e grandes
correspondessem a uma experiência imediata e jornalística daquela
artistas não são necessariamente grandes criativos. Alguns artistas do
região, que estava supersaturada da imprensa. Fui para aquele país
século 20 chegaram a criar coisas a partir da sua incapacidade de
como um artista, e não como jornalista.”
dominar uma técnica, de desenhar ou de escrever. Eles conseguiram
Também da série Antropologia: Retire o centro e obterás o universo
abrir novos campos de percepção. O artista insere a crise dentro da
Poesia do espaço
linguagem.
“Tudo é digital, hoje. É preciso encarar as possibilidades fornecidas
Está surgindo um novo tipo de artista, no Brasil, que é altamente
pela tecnologia. Esse é um universo ainda muito novo, e eu, sem feti-
criativo, mas técnico. Isso em função da retomada dos ateliês, que
chismo, já estou nessa era. Fotografo em filme e manipulo a imagem
reúnem muitos funcionários, muitas máquinas, muitos computadores.
no computador. Sou de uma geração que tem uma vantagem, pois foi
Esse cara é um misto de engenheiro com empresário. Eu talvez me
criada no analógico. Quando chego no computador, já sei tudo o que
transforme em um desses.”
foi feito antes, conheço os mecanismos físicos que estão por trás, as técnicas de retoque, de revelação, tudo o que o digital tenta imitar. Eu
Experiência radical e intensa
acredito na fotografia, na beleza, na luz, na poesia do espaço e levo
“As cores mudam totalmente a percepção de uma imagem. Hoje, gra-
isso para o mundo que veio depois: o da tecnologia digital.”
ças às técnicas digitais, temos uma experiência mais radical e intensa com a cor, e os artistas podem experimentar essa transformação. Eu
Vanguarda
crio séries com cores diferentes, sobre imagens em preto e branco.
“Atualmente, o experimentalismo pelo experimentalismo não é nada.
Passei anos fazendo fotografias desse tipo, pois o filme colorido não
Nem uma forma de arte. Ele deveria estar ligado à experiência subjeti-
me satisfazia. Atualmente não consigo mais fotografar sem ser em
va, fruto de uma necessidade de dizer alguma coisa que você não está
cores. Trabalhar a cor como um choque sensorial é um campo novo e
conseguindo. A vanguarda pela vanguarda, ocorrida nos anos 60,
o público está cada vez mais sensível a essa leitura.”
acabou com a chegada das novas tecnologias. O importante é forjar uma nova atitude em relação ao mundo, por meio de uma experimen-
Afeganistão
tação intensa do psiquismo. Entender como e por que as pessoas ex-
“Eu quase não uso efeitos de composição de imagens e pós-produ-
perimentam as coisas.”
ção. Mas muitas imagens da minha exposição Viagem ao Afeganistão Não te vejo com a pupila, mas com o branco dos olhos
foram feitas assim, como uma maneira de desconstrução da ótica do fotojornalismo. Minha idéia era utilizar novas combinações, que não
* Referência ao cineasta francês Jean-Luc Godard CAIXA FORTE // 09
The Hire was fired
Personagem da série The Hire
O que determina o sucesso de uma campanha? Qual é o principal indica-
Jack Pitney -, o fato de a matriz da empresa, na Alemanha, insistir em
como o CCO da agência JWT, Átila Francucci, para quem o fato de a BMW
tivo que aponta o êxito de um filme, anúncio, jingle ou qualquer ação, no
burocratizar os processos de aprovação de novas idéias, e o mais temido
deixar de lado o entertainment marketing (o publicitário não concorda
mercado publicitário?
de todos: a falta de verba, grana, dinheiro. Com magros US$ 70 milhões
com essa terminologia, já que considera o próprio marketing fonte de
Uns dizem que propaganda vitoriosa é aquela que faz vender. Outros, que é
anuais (algumas marcas de automóveis queimam essa quantia só no lan-
entretenimento) é um triste recado ao mundo. “Com essa atitude, eles dis-
uma mistura do valor mercadológico que ela agrega à marca com o resulta-
çamento de um modelo), a BMW decidiu abortar o passo à frente.
seram para todos que aquilo, de alguma maneira, não funcionou”, analisa.
do em vendas. E tem gente que usa como principal termômetro os almoços
Até o website de The Hire, que foi palco de disputas congestionadas byte
Mas Francucci pondera que a mudança no comando pode ter sido de-
de domingo, quando um comercial gera discussões “à bolonhesa”.
a byte, saiu do ar, no final de outubro. A última iniciativa da montado-
terminante, até mais do que uma possível frustração com o resultado
Se considerarmos apenas awareness como sucesso, um bom exemplo,
ra, no segmento de entretenimento, foi o lançamento, este ano, de comic
de vendas. “Não tenho dados das vendas, mas sei que quando se troca
embora não tão recente, é a campanha The Hire, criada pela Fallon de
books sobre a série The Hire. Batizada de Driver e desenvolvida por artistas
uma pessoa na equipe, aquela que dá carta branca, mudam também os rumos. A sensibilidade de quem aprova tem que ser semelhante à de
Minneapolis (EUA), em 2001, para a montadora alemã BMW. A série de oito curtas-metragens, dirigidos por bambambãs do cine-
bmw gira o volante, deixa as vias
quem cria”, diz.
ma mundial, como Guy Ritchie, Ang Lee, John Woo, Tony Scott e John
sinuosas e opta pela SEGURANçA DA
Já o sócio e diretor de criação da Lew, Lara, Jaques Lewkowicz, afir-
Frankenheimer, ganhou inúmeros prêmios, incluindo o primeiro Titanium
estrada de asfalto
ma que The Hire tinha os três ingredientes básicos para uma campanha fazer sucesso: credibilidade, diversão e ousadia. “É interessante repetir
Lion, no Festival de Cannes, em 2003, rendendo à montadora o troféu de Advertiser of the Year, na edição 2004 do mesmo festival.
gráficos top de linha, a série de livretos foi realizada sob a coordenação
ou se aprofundar numa fórmula, dependendo do caso. Eu, particular-
Contudo, apesar dos resultados alcançados, a BMW, nos EUA, anunciou há
da Fallon. Kurt Busiek (Conan), Steven Grant (X-Men, Mage), Katsuhiro
mente, prefiro buscar novos caminhos e ousar, sempre. Por isso, espero
pouco que deixaria de lado o que costuma ser chamado de entertainment
Otomo (Akira), Mark Waid (Kingdom Come), Karl Kesel (Fantastic Four)
que eles venham com uma coisa nova, diferente”, afirma. Lewkowicz
marketing ou “advertainment”. Isso depois de entregar sua conta, agora
e Ariel Olivetti (Avengers) assinam as aventuras. Matt Wagner (Grendel)
lembra, contudo, que, além dos três ingredientes citados acima, existe
em novembro, à agência GSD&M, de Austin, e deixar para trás os serviços
escreveu e ilustrou a primeira história, intitulada Scandal. Cada livro teve
um que foge ao controle dos profissionais de comunicação: o imponde-
prestados pela Fallon, nos últimos dez anos.
tiragem de 30 mil exemplares e foi vendido por US$ 2,99.
rável, fator que é sempre determinante.
Os motivos para essas mudanças foram a troca no comando de marketing
Curiosa para saber como os criativos brasileiros vêem essa mudança de
da empresa - com o ousado James McDowell dando lugar ao by the book
rumo, a reportagem da Revista Pasta foi a campo ouvir profissionais
ADVERTAINMENT // 10
Augusto Sola
Um brasileiro na Mother
O brasileiro Gustavo Sousa, de 27 anos, diretor de arte da agência
fui chamado para trabalhar na agência. Fiz dupla com o Ari Merkin,
Mother, em Londres, Inglaterra, traçou um caminho profissional
que atualmente está na Fallon (Nova York). Ele foi meu mentor e me
peculiar e só foi colocar a mão na massa, em criação, quando já
ajudou muito no início da carreira”, lembra.
morava fora do Brasil.
Mas a trajetória do publicitário nos EUA foi curta, durou pouco mais
Nascido em Itaguaí, no Rio de Janeiro, formado em administração
de um ano. Com a ajuda de um head-hunter, a pasta de Sousa foi parar
de empresas pela Fundação Getúlio Vargas e em artes plásticas
nas mãos de Mark Waites que, depois de um e-mail e uma ligação,
pela Panamericana Escola de Arte e Design, suas únicas experiên-
levou o brasileiro para se aventurar na Mother de Londres, em 2003.
cias no mercado brasileiro de publicidade foram do lado do balcão
“Cheguei na Mother e comecei a duplar com diferentes pessoas, já
que pertence aos clientes, na área de marketing de empresas como
que eu não tinha um parceiro fixo. De tudo o que já fiz por aqui, que
a antiga Gessy Lever e a AmBev, onde cuidava de Brahma.
não é pouco, meu trabalho preferido foi o realizado para a Coca-
tive a oportunidade de acompanhar o trabalho de grandes dire-
“Ter trabalhado como cliente me ajudou a entender como as coisas
Cola, em especial o filme Bring Me Sunshine*, veiculado no último
tores, como Noam Murro e Nicolai Fuglsig, entre outros”, avalia.
funcionam dentro de uma empresa, me fez ter uma visão mais prag-
verão, aqui na Inglaterra. Hoje, meu dupla é o argentino Augusto
Quanto à publicidade feita hoje no Brasil, o criativo diz que vê muita
mática sobre propaganda e marketing”, ele diz.
Sola, que eu chamei para trabalhar comigo aqui”, conta.
coisa legal em mídia impressa, assim como em web.
A primeira experiência de Sousa dentro de uma agência de publici-
Sobre trabalhar com profissionais norte-americanos e ingleses, Gusta-
Além da propaganda, outra paixão de Gustavo Sousa são as artes
dade aconteceu em 2001, quando decidiu estudar em Atlanta (EUA),
vo compara: “A cabeça dos britânicos é um pouco mais aberta, já que
plásticas. O publicitário pinta desde criança e fez algumas exposi-
na The Creative Circus. “Depois de seis meses de curso, mandei
eles têm mais referências de fora do universo da propaganda, se inte-
ções no Brasil, antes de mudar-se para o exterior.
meu portfólio para a Cliff Freeman & Partners, de Nova York, e
ressam mais por cinema, artes e arquitetura e não apenas por publici-
“Tive que dar um tempo com a pintura, por causa de todas essas
dade. Além disso, as tiradas de humor daqui são mais inteligentes”.
mudanças de endereço, nesses últimos quatro anos, mas hoje es-
Gustavo considera que a principal diferença entre trabalhar na
tou tentando voltar a pintar, aqui em Londres.”
Outdoor criado para Orange
Inglaterra e nos Estados Unidos é o fato desses países terem orçamentos mais rechonchudos, perto dos do Brasil: “A gente tem mais recursos e liberdade para trabalhar com filmes. Também
Bring Me Sunshine alÉM-MAR // 12
*assista a esse filme no www.clubeonline.com.br
Victor Andrade
Falando bem pelas costas
Desligue a televisão e vá ler um livro
Flavia Molina
Diretora de Marketing da Sony Ericsson
“Seja por curiosidade ou por obrigação profissional, tenho sempre
bonita quem está nas capas das revistas.
HÁ UM ANO A MTV DEDICA 15 MINUTOS DIÁRIOS
que estar atenta às novidades e às campanhas criadas não só pelos
Olhando sob a perspectiva do marketing, novamente ponto para a
A INCENTIVAR A LEITURA. COMO? TIRANDO SUA
concorrentes, mas por empresas de outros segmentos. Quando convi-
marca. Através da Campanha pela Real Beleza, a Dove conseguiu am-
PROGRAMAçÃO DO AR
dada pela Revista Pasta para tecer alguns comentários sobre cam-
pliar de forma significativa seu target. Antes voltada apenas à camada
panha recente que tivesse me chamado a atenção, não pensei duas
de maior poder aquisitivo, a marca passou a falar com um grupo mais
Você já se deparou, enquanto assiste à programação da MTV, com a vinheta
vezes. Logo me lembrei da campanha criada pela Ogilvy para Dove,
amplo de pessoas. E, claro, tudo que dá certo no mercado acaba sen-
“Desligue a TV e vá ler um livro”? Ela faz parte de uma ação ousada, criada
que fez sua estréia no Brasil, depois de chocar a Europa. Batizada de
do uma lição para todos. A Sony Ericsson, assim como a Dove, é uma
por André Mantovani, diretor geral da emissora, que enche a telinha do
Campanha pela Real Beleza, fez o que muitas
empresa com produtos premium. Essencial-
canal de preto, durante longos 15 minutos, mandando deliberadamente a
empresas jamais fariam. E o sucesso aqui no
mente, falamos com o mesmo público. E
moçada ir atrás de leitura.
Brasil foi tão grande como em outros luga-
qual a melhor campanha
nos chamou a atenção a forma como a Dove
No início (abril de 2004), a vinheta durava apenas 30”. Mas de novembro
res. Já havia lido algumas matérias sobre a
que vocÊ VIU NO AR, NOS
conseguiu, sem alterar seu posicionamento
do ano passado até os dias de hoje, a tarja preta invade a telinha por 900
repercussão, mas não sabia muito a respeito
ÚLTIMOS TEMPOS?
no mercado, falar com todos os alvos exis-
segundos diários, sempre no período da tarde, entre 13h e 17h.
do conteúdo. Quando vi um comercial veicu-
tentes. Tarefa muitas vezes difícil para em-
“Se a TV é o meio de comunicação que mais afasta o jovem da leitura, nada
lado na televisão, pela primeira vez, entendi a
presas que se posicionam neste segmento
melhor do que ela própria tentar levá-lo a ler”, comenta Mantovani.
razão do interesse que gerou na mídia e nos próprios consumidores.
de mercado. Fica para nós, da Sony Ericsson, a lição de que é possível
Em novembro de 2004, a emissora encomendou ao Ibope Telereport um
A campanha de Dove consegue despertar em toda mulher o interes-
atingir a todos. Parabéns à Dove pela iniciativa e ousadia.
levantamento sobre a quantidade de pessoas atingidas pela iniciativa e o re-
se por ela mesma. Todos sabem que vivemos em um mundo onde
Como diretora de marketing, sou responsável pela coorde-
sultado pareceu satisfatório. Em todo o Brasil, entre os dias 01 e 15 daquele
a beleza superficial predomina. A chamada beleza plástica, que dita
nação de todas as campanhas publicitárias e das ações de
mês, 1 milhão e 822 mil pessoas se depararam com a tela escura, sendo
um padrão determinado, sem barriga, com a pele perfeita e um corpo
marketing da Sony Ericsson, no Brasil. Isso inclui, por exemplo, a
que cerca de 196 mil aparelhos de televisão foram desligados. Dentre os
esbelto. A Dove enxergou que é possível, a cada mulher, ter o seu pró-
grande campanha que desenvolvemos, ao lado da Talent, para o lan-
telespectadores alcançados, 322 mil e 711 eram jovens entre 15 e 29 anos,
prio tipo de beleza. E passou essa idéia de forma brilhante. Transmitiu
çamento do W800, celular WalkmanTM, que é um sucesso mundial no
pertencentes às classes A e B (público-alvo da emissora). Desse montante,
a mensagem de beleza pessoal, desmistificando o mito de que só é
mercado de telefonia celular.”
cerca de 87 mil decidiram desligar seus televisores. ANUNCIANTE / MÍDIA // 13
Músico ambulante
DM9 legal, interessante.” Mas as claves falaram mais alto do que os
de Cidade de Deus. Pra começar, Fernando Meirelles e Antonio Pinto
layouts quando, em 1992, Walter Salles e Daniela Thomas, que é irmã
foram chamados para assinar, respectivamente, a direção de cena e a
de Antonio, o chamaram para criar a trilha do longa-metragem Terra
trilha de Collateral, de Michael Mann. O primeiro quase aceitou, mas
Estrangeira, filme que só chegou à tela grande três anos depois. Até
acabou declinando. Pinto criou a trilha, em Los Angeles.
que, em 1993, Antonio Pinto reencontrou Apollo 9 e a dupla decidiu
“Tenho um agente na Califórnia, que faz a ponte para os meus trabalhos.
montar um pequeno estúdio de som. Logo de cara, tinham como
Esse cara fica ligado em tudo.”
ANTONIO PINTO VIROU
incumbência produzir a trilha de outro longa: Menino Maluquinho –
Mais recentemente foi a vez de O Senhos das Armas, de Andrew Niccol.
REFERÊNCIA INTERNACIONAL,
O Filme, dirigido por Helvécio Ratton.
“Quando surge um projeto grande para o cinema eu acabo me afastando
TANTO PARA A PUBLICIDADE,
Pinto e Apollo chegaram a realizar alguns trabalhos para publicidade,
da publicidade por alguns meses. E para voltar, tenho sempre que me
QUANTO PARA O CINEMA.
mas a produtora não deu certo. “Não tínhamos experiência. Só o fator
reinventar. É como começar de novo”, diz. “Sem dúvida, foi através da
EM 2006, ELE ABRE NOVA
talento não adianta. Ajuda, mas não resolve.” Os músicos se separaram
prática em propaganda, dos filmes de 30”, que conquistei a riqueza que
PRODUTORA E SURGE NA
amigavelmente e cada um seguiu seu próprio caminho.
hoje posso depositar nos meus trabalhos para o cinema”, aposta.
A essa altura já estávamos em 1997, e nosso músico engrossava as
Mas com tantos profissionais competentes, lá fora, o que levaria diretores
fileiras da Voicez, produtora de Luciano Kurban, bastante envolvido
como Niccol ou Mann a optar por Antonio Pinto? “Sinto que faço um tipo
Carioca, da Lagoa, filho do cartunista Ziraldo, Antonio Pinto se dedica à
com jobs publicitários, quando surgiu o convite para assinar a trilha de
de música que se aproxima da que eles conhecem, mas que tem um
música desde a infância. Foi no Rio de Janeiro que começou a se projetar
Central do Brasil, de Walter Salles. “A partir daí, comecei a bailar mais
frescor, algo diferente. Humildemente, devo estar fazendo um trabalho
profissionalmente, até que, em 1986, mudou-se para os Estados Unidos,
intensamente entre a publicidade e o cinema. É muito legal essa coisa de
bom, pois estou sempre envolvido em projetos bacanas.”
onde estudou música durante três anos.
visitar vários formatos e estilos, poder experimentar.”
O músico também tem assinado trilhas para comerciais de agências que
De volta ao Brasil, em 1989, mudou-se para São Paulo, ingressou no
Em 1999, deixou a Voicez e, junto com o produtor musical Ed Côrtes,
têm sede em terras estrangeiras. Exemplo recente é o filme Rio, criado
celeiro de talentos que é o Departamento de Promo e Gráficos da MTV, e
montou a Supersônica. Em seguida, ao lado de spots e jingles, criou
pela Mother, de Londres, para a Orange. Agora, Antonio anuncia o fim de
ali deu de cara com outro músico, Francisco Nogueira de Carvalho, mais
trilhas para os longas Abril Despedaçado e Primeiro Dia, ambos de Walter
sua parceria com Zezinho Mutarelli e o surgimento, no início de 2006,
conhecido como Apollo 9, hoje na equipe da Ludwig Van.
Salles, e Cidade de Deus, de Fernando Meirelles. “Decidimos abrir um
da Ambulante, em sociedade com o produtor musical Beto Villares, com
“Nessa fase, comecei a me interessar por publicidade”, conta Antonio,
braço da produtora voltado exclusivamente para o cinema”, conta. Até
quem já trabalhou na Voicez. O foco da produtora será dividido entre
que em seguida deu seu primeiro e inesperado mergulho no universo
que Ed Côrtes saiu da sociedade para montar a Tentáculo. E Antonio se
propaganda e cinema. Mas, fresquinha mesmo é a informação de que o
da propaganda: virou diretor de arte na DM9, cargo que ocupou durante
associou a Zezinho Mutarelli. Surgia, em 2003, a SaxANP.
músico decidiu fazer uma experiência como ator e encarnará o detetive
sete meses. “Enquanto estive na agência parei um pouco com a música.
Foi quando começaram a chegar propostas para a produção de trilhas de
Moosbruger, no longa-metragem Journey to the end of the night, de
Era novo e estava me adaptando a São Paulo. Achava o trabalho na
longas-metragens internacionais, provavelmente atraídas pelo sucesso
Eric Eason, projeto internacional, co-produzido pela O2 Filmes.
TELONA COMO ATOR
SOM NA CAIXA // 16
Segunda do Bem
Nobel, Mastrocola, Byrro, Flavio Rassekh, Alessandra, Eça e Traldi
OPEN FILMS LANçA PROJETO ANUAL QUE IRÁ ABRAçAR 12 ENTIDADES E ENVOLVERÁ ANUNCIANTES, AGências e veÍculos
De uma vontade que martelava a cabeça de Sergio Mastroco-
conceitos que mobilizem as pessoas”, completa.
la, Pablo Nobel, Luciano Traldi, Marcelo Byrro e Maurício Eça,
O plano é atender uma entidade a cada mês e envolver 12
sócios da produtora paulista Open Films, surgiu o projeto
diferentes agências, uma por empreitada. As instituições
Segunda do Bem, que pretende, ao longo de 2006, atender 12
amparadas serão de preferência aquelas que, além de com-
entidades assistenciais ligadas a ações sociais e aos menos
provadamente sérias, nunca tenham sido objeto de campanhas
favorecidos, com o patrocínio de anunciantes e a parceria de
apresentadas na mídia.
agências, veículos e fornecedores do mercado publicitário.
“O videobriefing, que será realizado como um minidocu-
A idéia é aproveitar a aptidão dos sócios e a vocação da
mentário, se tornará, ao lado do filme de 30”, um material
produtora para produzir um videobriefing, de cinco minutos,
bastante completo e versátil, para ser utilizado por essas
sobre cada umas das instituições selecionadas, apresentar esse
entidades nas mais variadas situações, como ferramenta de
material às agências e fornecedores envolvidos e realizar
apresentação, como alavanca e como forma de compreender
filmes de 30”, que serão exibidos em espaços oferecidos pelos
melhor seu próprio papel e suas próprias necessidades”,
veículos parceiros.
afirma Marcelo Byrro.
Tudo isso, depois de terem sido fechadas as cotas de patrocínio
O projeto, que dentro da Open é tocado pelo DOM (Departamen-
à iniciativa, que começam a ser oferecidas, agora em dezembro,
to de Outras Metragens), prevê uma festa de confraternização,
a grandes empresas anunciantes, dispostas a abraçar o projeto,
ao cabo dos 12 meses, que reunirá todos os beneficiados e to-
ao lado da Open.
dos os que tiverem doado trabalho, idéias, tempo e recursos.
“Nossa proposta é realizar produções simples, mas com
Interessados em obter mais detalhes sobre a iniciativa, bem
idéias criativas, que possam chegar à TV, ao cinema e à
como participar do projeto como parceiros, apoiadores ou pa-
internet e, de fato, mudar a perspectiva de cada uma das en-
trocinadores, podem enviar um e-mail para dom@openfilms.art.br,
tidades focadas”, diz Pablo Nobel. “Para mim, este é um pro-
aos cuidados de Alessandra Cheregatti.
jeto apaixonante, que nos permitirá construir e amplificar terceiro setor // 20
Olha eu entrando na moda
Por Washington Olivetto
Presidente e Diretor de Criação da W/Brasil
num artigo publicado pela revista Cult. “Há fortes paralelos com a en-
não chega a ser arte. Se transforma num exercício pseudo-estético, na
genharia, a medicina, a música, em termos de moda, como uma prática
maior parte dos casos, vazio e distanciado do quadro social. São raras,
criativa e experimental. A moda também desfruta de uma longa tradição
no mundo inteiro, as grandes agências de publicidade que podem se
e é paradigmática de muitos processos sociais, filosóficos e econômi-
orgulhar de ter feito um trabalho verdadeiramente conseqüente para um
cos, exigindo certa agilidade da mente”, comentou o professor da Royal
anunciante de moda. E é comum, no mundo inteiro, estilistas acabarem
College of Art de Londres Christopher Breward, quando questionado se
optando por profissionais freelancers, pequenos estúdios e fotógrafos
a moda podia ser estudada na universidade. “Achei legal, tá todo mundo
famosos para desenvolverem a sua comunicação, o que acaba fazendo
usando, e vestido desse jeito dá pra pegar umas gostosas”, respondeu
com que eventuais achados sejam exaustivamente repetidos, gerando
o jovem Gustavo Soares, membro da Grêmio Gaviões da Fiel Torcida, à
uma linguagem auto-referente, que só fala com um determinado grupo e
pergunta “Por que você se veste desse jeito?”.
não gera identidade própria para a marca.
Essas são apenas algumas opiniões, expressas por personalidades
Resultado: até aquilo que começou como inovação termina como pas-
bastante diferentes entre si, que invadem e interferem nos universos da
teurização. A própria dependência que os estilistas têm da mídia, das
moda e da comunicação publicitária.
editorias de moda, dos colunistas especializados e dos tais formadores
Dois universos absolutamente complementares, apesar de diametral-
de opinião faz com que o gesto de anunciar convencionalmente ou de
“Moda é uma coisa engraçada: está sempre saindo da moda”, escreveu
mente opostos. Enquanto um, o da moda, tem como primeira busca a
maneira explicitamente vendedora seja lido como um gesto de vulgariza-
o requintado redator de publicidade João Augusto Palhares Neto num
vanguarda, podendo abrir mão do entendimento imediato, o outro, o da
ção do produto, incompatível com as necessidades da categoria. O que
anúncio da Rhodia. “A publicidade de moda é um monte de lixo com go-
publicidade, tem como primeira busca o entendimento imediato, mas
muitas vezes se transforma em verdade, particularmente quando os pu-
tas de perfume Chanel em cima”, bradou o brilhante fotógrafo, medíocre
sem poder se distanciar da vanguarda.
blicitários envolvidos no processo usam nos trabalhos de moda apenas
publicitário e pretenso sociólogo Oliviero Toscani, em várias entrevistas.
Certamente por isso, a publicidade de moda representa um dos poucos
o imediatismo para o qual foram treinados em outras categorias.
“Apesar da respeitabilidade de Yves Saint Laurent, o vestido criado por
casos onde forma pode ser conteúdo, apesar de, na maioria das vezes,
Nem tanto ao mar da Côte d’Azur, nem tanto à Terra de Marlboro. Na
ele nunca será neoplasticista, como o neoplasticismo de Mondrian nun-
não chegar a ser nem uma coisa nem outra. Grande parte do trabalho
verdade, a publicidade, se bem-feita, pode fazer por um anunciante de
ca será um vestido tubinho”, observou o elegante editor Charles Cosac,
publicitário veiculado nessa categoria deixa de ser publicidade, mas
moda um trabalho conseqüente como a publicidade faz, por exemplo,
TEXTO CORRIDO // 22
para a vodca Absolut. Desde que os envolvidos mantenham a cons-
lugares que ainda vão acontecer, tem sido fundamental para a sobrevi-
cultura local vem sendo revalorizada, e as características do nosso
ciência de que não bastam apenas anúncios com layouts impecáveis
vência da marca, com a mesma conotação de vanguarda, há mais de
povo – ensolarado, musical e miscigenado – são as mais desejáveis
ou comerciais bem dirigidos. Os quadros de artistas como Louise
30 anos. Exemplo claro disso é a opção de mudança da Comme des
e ambicionadas em qualquer parte do mundo.
Bourgeois sobre a garrafa de Absolut, as exposições das peças publi-
Garçons, de Nova York, do SoHo para Chelsea, no momento em que
Nossos publicitários estão ganhando maior consciência e o nosso
citárias menos convencionais numa mostra paralela à Bienal de Veneza
as grifes estavam se mudando para o SoHo e as galerias de arte para
consumidor, cada vez mais, anseia por uma comunicação honesta
e a implantação de novos drinques, como o Cosmopolitan e o Apple
Chelsea. Ou a implantação pioneira
Martini, através de sitcoms, foram tão ou mais decisivos para a manu-
da loja Comme des Garçons de Pa-
tenção do apelo e do carisma dessa marca, no universo de desejo dos
ris na Rive Doitre, detectando, antes
consumidores, do que a maioria dos esforços de comunicação maciça
que todos, que, num mundo onde
e convencional feitos por ela.
não existe mais esquerda e direita,
O mesmo pode e deve ocorrer no mundo da moda, onde muitas ve-
seria mais surpreendente renovar o
zes pequenos gestos ou atitudes podem ser mais eficientes que a
lado doitre do que continuar presti-
mais exaustivamente veiculada das campanhas. Anos atrás, tive a
giando o lado gauche.
oportunidade de conhecer o responsável pela atmosfera das lojas
Extrapolando essas constatações
Comme des Garçons, da consagrada estilista Rei Kawakubo. O papel
e divagações para o Brasil e para
e verdadeira, onde o imagéti-
nossos publicitÁRIOS ESTÃO GANHANDO MAIOR CONSCIÊNCIA E O NOSSO CONSUMIDOR, cada vez mais, anseia por UMA COMUNICAção honesta e verdadeira, onde o imagÉTICO POSSA SE CONFUNDIR COM A REALIDADE OU, O QUE É MELHOR AINDA, POSSA SAIR DELA, SE TRANSFORMAR EM COMUNICAçÃO E VOLTAR PARA ELA
co possa se confundir com a realidade ou, o que é melhor ainda, possa sair dela, se transformar em comunicação e voltar para ela. Já que moda é uma coisa engraçada, que está sempre saindo e entrando na moda, tenho a impressão de que estamos entrando na moda
desse profissional vai do vitrinismo surpreendente ao comportamento
o universo publicitário, imagino
distante dos vendedores, da música não convencional que toca nas lo-
que aqui estamos mais do que
jas à temperatura e ao odor que você sente dentro delas, e sua atuação
nunca diante de uma oportunidade única. O gesto de reproduzir ou
produzir luxo sem precisar jogar perfume em cima. O sonho dos
é sem dúvida tão ou mais importante para a organização do que grande
copiar, que caracterizou durante um bom tempo a produção de moda
Parangolés do Hélio Oiticica vão virar realidade, a cultura das ruas
parte do investimento publicitário feito pela empresa.
brasileira, vem sendo substituído cada vez mais pelo gesto de criar,
vai invadir as universidades e todos nós, lindos e bem vestidos,
Assim como a capacidade da empresária Rei Kawakubo, de abrir mão
o que significa desde inventar o novo até reinventar o velho. Seus
vamos poder pegar umas gostosas ou uns gostosos, do jeito que
dos espaços físicos em locais já consagrados em prol de mudanças para
autores estão cada vez mais conscientes e menos deslumbrados. A
cada um preferir.
para não sair mais. Vamos
TEXTO CORRIDO // 23
Paulo Zimpeck
Vinte perguntas
Mateus de Paula Santos e Alberto Lopes
Formado em desenho industrial
Revista Pasta: Por que o nome Lobo? Tem alguma
não interessassem tanto a ela, mas, quando estava tudo pronto
e sócio da Vetor Zero / Lobo,
historinha por trás?
para abrirmos essa nova empresa, veio a maxidesvalorização do
Mateus de Paula Santos é
Mateus de Paula Santos: Não tem nenhuma razão específica. Era
Real (janeiro de 1999) e nossos planos mudaram. Acabamos ocu-
hoje um dos mais talentosos
pra ser Coiote, mas acabamos mudando para Lobo e ficou. É prá-
pando uma sala na própria sede da Vetor, e aqui estamos até hoje.
profissionais brasileiros em
tico porque é fácil de falar em várias línguas.
A Lobo atua em áreas que a Vetor não atua, somos complementares. Eu tenho uma equipe focada principalmente em broadcast
design gráfico e animação. Ao lado de Nando Cohen, coordena uma equipe cuja fama positiva corre o mundo. Convites recentes para a realização de grandes projetos internacionais, de empresas como Coca-Cola, Diesel e Volkswagen, são prova disso
PRODUÇÃO // 26
RP: Como surgiu a empresa?
design e o Nando, em stop motion e animação tradicional.
Mateus: A Lobo surgiu em 1993, quando eu, aos 17 anos, me juntei ao Nando Cohen, logo depois de deixar a MTV, onde estagiei
RP: Como você prefere ser chamado: artista gráfico,
no departamento de On Air. O Nando fazia FAU - USP, na época,
diretor de criação, de outro jeito?
e começamos pegando trabalhos na área de arquitetura. Fazíamos
Mateus: Entre os estúdios de motion graphics é comum a posi-
maquetes em 3D e coisas do gênero.
ção do “creative director”, ou diretor de criação. No Brasil, soa um pouco estranho porque esse é um termo usado somente pelas
RP: Quando rolou a proposta de sociedade com a Vetor?
agências, mas é a melhor definição para o meu trabalho.
Mateus: A Vetor era uma referência no mercado e nós tínhamos uma relação de amor e ódio com ela. Isso porque em todas as por-
RP: Quem são os caras que você admira como mestres?
tas que batíamos, para tentar começar a trabalhar com publicidade,
Mateus: Eu considero três caras como mestres: o austríaco Rudi
ouvíamos “ah, legal o portfólio de vocês, mas já trabalhamos com
Bohn, que veio trabalhar no Brasil, a convite do Hans Donner; o
a Vetor Zero.” E assim foi até o final de 1997, quando decidi-
Jimmy Leroy, que hoje trabalha como diretor criativo on-air, em
mos procurar o Alberto (Lopes), o Alceu (Baptistão) e o Serginho
Miami, no Nickelodeon, mas que gerenciou o departamento de
(Salles) e começar uma aproximação. A princípio, seríamos uma
Promo e Gráficos da MTV; e o Ricardo van Steen, hoje sócio da
segunda empresa da Vetor, que pegaria trabalhos menores ou que
Tempo Design e diretor de cena na Movi&Art.
RP: O processo de aproximação da Lobo com anunciantes
mover a releitura de um dos clássicos da marca: a garrafa pequena
internacionais se deu de que forma?
de vidro, de 250 mililitros, chamada contour. Para mim, foi uma
Mateus: Isso começou depois de termos feito, ao lado do Ricardo
surpresa agradável ver a liberdade que nos foi dada. Eu esperava
van Steen, a nova embalagem do canal Multishow (Globosat). Nos
ter restrições criativas, mas que nada, todos os cinco estúdios en-
identificamos muito com essa área de broadcast design, mas o
volvidos foram super-respeitados. Cada um criou uma embalagem
mercado brasileiro, nesse segmento, é muito pequeno, enquan-
e um filme. A Lobo foi escolhida para representar a América do
to lá fora é gigante. Então, eu comecei a viajar todo ano para os
Sul. Na Europa, a escolhida foi a inglesa The Designers Republic.
EUA, onde participava, com uma fitinha embaixo do braço, da feira
Na América do Norte, a MK12, dos EUA. No continente africano,
promovida pela Brodcast Design Association. Depois de uns dois
a Rex & Tennant McKay, da África do Sul. Na Ásia, a Caviar, do
anos, concluí que ou nos mudávamos para lá ou tínhamos que ar-
Japão. Os resultados podem ser vistos no site http://them5.com/.
rumar um parceiro, um agente. E então, depois de umas cabeçadas, em 2003 encontramos um parceiro, que é mais do que um agente,
RP: E quanto a essa campanha monstro, envolvendo filmes
é um co-produtor, e tem dado supercerto. Também ganhamos vi-
para internet, que vocês acabam de entregar para a VW?
sibilidade graças à época em que não tínhamos tantos trabalhos
Mateus: Esse convite veio da Arnold e o objetivo era criar para o
para fazer e sobrava tempo para realizarmos projetos paralelos,
lançamento do Passat 2006, da Volkswagen, fazendo um filminho/
como videoclipes. No ano 2000, por exemplo, ganhamos no VMB,
vinheta, de até 10”, para cada um dos 120 features do carro. Um
da MTV, o troféu de Melhor Videoclipe de Música Eletrônica. Esse
projeto monstro, mesmo, dividido entre cinco produtoras. Nós fi-
clipe fez o maior sucesso, foi parar no site da Apple e nos rendeu
zemos 25 filminhos. E o mais legal é que a Arnold deu carta branca
vários contatos também.
às produtoras. Podíamos fazer o que fosse, desde que não envolvesse sexo, drogas e violência. Criamos alguns frames para cada
Ao lado e acima: Projeto Diesel Lost Paradise
RP: A Lobo integra o projeto M5 da Coca-Cola. Em que
filme, a agência mexeu em alguma coisa, deu o ok final e aí segui-
circunstâncias o convite foi feito?
mos em frente. Os filmes só têm em comum a abertura e o final,
Mateus: A aproximação começou no final de 2004, quando houve
onde aparecem cartelas com o número e o nome do feature. Outro
uma primeira reunião sobre o M5, em Atlanta (EUA). Era um pro-
detalhe legal: nas vinhetas não era para aparecer o carro. Os filmes
jeto global, centrado no otimismo, e que partia do fato de a marca
estão na internet e também vão abrir festivais, como o Sundance,
já ter sido um ícone da arte e da cultura Pop, quando Andy Warhol
que é patrocinado pela Volkswagen. (Para espiar as vinhetas digite
levou para a tela garrafas de Coca-Cola. A idéia da ação era pro-
www.vw.com/passat/ ) PRODUÇÃO // 27
RP: A relação da Lobo com a Diesel parece bastante
Mateus: A gente também já realizou projetos para empresas como
sólida. Quem procurou quem?
Viva Networks, Panasonic, Boomerang Channel, Unilever, Toyo-
Mateus: Na verdade a Diesel é o cliente dos sonhos de qualquer
ta, Sony Playstation, Anime Network, Subaru, Cartoon Network,
um. O primeiro trabalho que fizemos a convite deles foi, em 2002,
Budweiser, fora uma porção aqui no Brasil.
uma colaboração simples para o projeto Diesel patrocina emoções.
Melissa in Wonderland
Nosso contato foi todo feito por e-mail e cada produtora envolvi-
RP: O que leva um anunciante ou uma agência dos
da fez um filminho sobre uma emoção. O nosso era sobre desejo.
Estados Unidos ou da Europa a te convidar para reali-
Todos os trabalhos foram parar em um site e o nosso fez bastante
zar um trabalho quando há tantos bons profissionais
sucesso, foi um dos mais clicados. Nesse job, ganhamos tipo mil
trabalhando a um ou dois quarteirões?
dólares e umas calças jeans – eles sempre mandam roupas. Até
Mateus: Nunca ganhamos nada porque cobramos menos. A gente
que, em 2003, eu fui dar uma palestra em Barcelona, no Flash Film
cobra o mesmo ou até mais do que nossos concorrentes. E grana,
Festival, que é patrocinado pela Diesel. E aí cruzei com um diretor
na maior parte das vezes, no tipo de trabalho em que nos envolve-
de marketing da empresa, que gostou da minha apresentação e me
mos, não é um fator determinante. Só há uma forma de ganhar um
chamou para uma reunião na Itália. Ali, ele me deu carta branca total
job em detrimento de uma outra produtora competente, cuja sede
para inventar alguma coisa legal para a marca. Fechamos a realiza-
fica ali do lado do cara que nos convidou: é enviando um director’s
ção de um DVD, que traria as estampas da nova coleção, animadas.
treatment melhor, mais interessante, imbatível. E é quando faze-
No final, essa reunião de 15 minutos resultou na distribuição de
mos isso que vencemos os concorrentes e ficamos com o trabalho.
20 mil DVDs pelo mundo, e ainda gerou comerciais de 30” e 60”,
Essa devolução criativa é fundamental.
que foram parar na TV, nos EUA e na Europa. Nos filmes, só apareciam as animações das estampas, nenhum produto. Apenas, no final, vinha a assinatura Diesel. A partir daí, nos aproximamos de vez. Participamos do Diesel Dreams e agora estamos fazendo uma coisa inédita que é a criação de algumas das estampas da coleção que chegará às lojas no final de 2006.
Anúncio para o vinho Turning Leaf PRODUÇÃO // 28
RP: Para quais outros grandes anunciantes a Lobo tem trabalhado nos últimos anos?
Garrafas do Projeto M5, da Coca-Cola
RP: As agências, no Brasil, também já começam a solicitar que os diretores de cena apresentem tratamentos? Mateus: Isso começa, sim, a acontecer por aqui. As agências nos enviam o roteiro, ou apenas conceitos, e oferecemos de volta um treatment. Mas ainda não é regra. Longe disso.
RP: A Lobo já teve ou tem algum envolvimento com cinema (curta ou longa-metragem) ou programas de TV? Mateus: Recentemente, fizemos a reprogramação visual do canal 21. Mas isso tem a ver com broadcast design e não com produção de conteúdo. Assim como as vinhetas e a programação visual que criamos, faz bastante tempo, para o Multishow e que citei anteriormente. Em cinema, além do filme Nina, do Heitor Dhalia, para o qual Pôster criado para a cerveja Anheuser World Sleet
criamos os créditos iniciais e as animações, fizemos a abertura, os títulos e algumas animações para A Concepção, do José Eduardo Belmonte, que estréia agora em novembro, no Festival de Brasília.
de Nova York. Também fizemos uma série de três artes para a
Tivemos também algum envolvimento com Lisbela e o Prisioneiro.
Turning Leaf, uma marca norte-americana de vinhos, a pedido da BBDO West.
RP: Vocês também fazem trabalhos para mídia impressa,
Ao lado e acima: Projeto Dreams, da Diesel
certo? Dê alguns exemplos.
RP: Que estúdios de animação, brasileiros ou do mundo
Mateus: Fizemos há pouco tempo uma campanha de Melissa,
afora, você admira?
para a W/Brasil. São cinco ilustrações, que colocam as mode-
Mateus: Aqui na Lobo a gente admira o pessoal da MK12,
los em um mundo de sonhos e fantasia. O nome da campanha é
Psyop, Motion Theory (cujo diretor de criação, Matt Cullen,
Melissa in Wonderland e a criação é do Fábio Meneghini. Antes
vem para o Resfest 2005), Smith & Foulkes, Brand New School,
disso, trabalhamos com a Anheuser World Select, uma cerveja
Passion Pictures, Filmtecknarna e Aardman. No Brasil, gosta-
da mesma empresa da Budweiser, para a qual fizemos um pôs-
mos muito do trabalho do Fabião (Soares), da Conspiração, e
ter que virou anúncio em revista. A agência era a Hill/Holliday,
do AD Studio. PRODUÇÃO // 29
RP: A dobradinha propaganda/entretenimento vai dar
que não as do universo da propaganda. E gente interessada no que
aonde? Quais os exemplos mais marcantes que você
acontece no mundo, o que é básico.
já viu? Mateus: Provavelmente, os trabalhos Diesel Lost Paradise, Coca-
RP: Você está entre os diretores selecionados no New
Cola M5 e Panasonic Capture The Motion. Em todos estes nós nos
Directors Showreel, da Saatchi&Saatchi, este ano. Que
envolvemos. Fora isso, com certeza é a série The Hire, da BMW.
diferença isso fez ou fará na sua carreira?
Esse tipo de projeto deve continuar aparecendo e pode até se de-
Mateus: Pois é. Só soube disso em Cannes, pouco antes do
senvolver mais, porém, o formato tradicional de 30”, para a TV,
Showreel ser exibido no festival. A coisa acontece assim: os
deverá ainda por um tempo continuar a ser o principal meio de se
diretores de criação das agências do Grupo Saatchi&Saatchi,
propagar uma idéia. A propaganda “alternativa” é um complemento
de todas as partes do mundo, indicam nomes, a cada ano.
aos formatos que já existem.
Esses nomes, com os respectivos rolos, são enviados ao Bob Isherwood, diretor de criação mundial da rede, e é ele quem faz
RP: Seu perfil extremamente low profile é caso pensado,
a triagem final e decide os nomes que entram na lista daquele
timidez ou falta de tempo?
ano. Fiquei feliz e surpreso. Mas não sei dizer o quanto isso fará
Mateus: É parte falta de tempo e parte pelo fato de a Lobo fazer
diferença. Um pouco, certamente fará. Quando estive na Ogilvy
muitos trabalhos para fora, onde acabamos sendo mais conheci-
de Nova York, dias atrás, por exemplo, o diretor de criação de
dos do que aqui. Além disso, não temos o hábito de fazer publici-
lá me parabenizou por estar no Showreel. Ou seja, para o cara
dade de nós mesmos, preferimos deixar que as pessoas conheçam
isso é bacana.
e respeitem nosso trabalho pelo que ele é. RP: Fale um pouco sobre o Resfest.
Ao lado e acima: cenas das vinhetas de Passat, da VW PRODUÇÃO // 30
RP: Que tipo de experiência alimenta seu espírito criativo
Mateus: A Lobo produz o Resfest, no Brasil, junto com o Estúdio
e o da sua equipe?
Mega e a Bizarre Music, já pelo terceiro ano consecutivo.
Mateus: Viajo muito. Fui há pouco para um evento em Mar del Pla-
O Resfest é um festival de cultura pop e tecnologia, que acontece
ta, na Argentina, e levei toda a equipe da Lobo para dar uma espai-
todo ano nas principais cidades do mundo. Em 2005, o festival rola
recida. Nos divertimos muito. Viajar é primordial. Além disso, na
em São Paulo entre os dias 25 e 27 de novembro. A programação
equipe temos todo tipo de gente, engenheiros, artistas plásticos,
está muito legal e pode ser conferida no www.resfest.com.br.
arquitetos, designers. Gente que traz sempre referências diferentes
Não percam.
Café brasileiro tipo não-exportamos-nem-apau-porque-é-bom-demais.
Somos tão obcecados por café que fomos parar num psiquiatra. Mas como o café da salinha de espera era muito ruim fugimos na hora.
F/Nazca S&S Criação // Fábio Fernandes Eduardo Lima André Faria Keka Morelle
F/Nazca S&S Criação // Fábio Fernandes Eduardo Lima André Faria Keka Morelle
Ilustração // Keka Morelle
Ilustração // Keka Morelle
Grãos tão selecionados que estamos pensando em contratar um head-hunter só para achá-los. F/Nazca S&S Criação // Fábio Fernandes Eduardo Lima André Faria Keka Morelle Ilustração // Keka Morelle alimentos / restaurantes // 36
Como ter 10 títulos do Rally Dakar nas mãos sem tirá-las do volante.
Feliz aniversário, Quatro Rodas.
Africa Criação // Sergio Gordilho Alexandre Peralta Paulo Coelho Victor Hayashida
DM9DDB Criação // Augusto Moya Fábio Saboya Arício Fortes Rodrigo Mendes
AUTOMOTIVOS // 37
Domingo, 14 de agosto. Dia dos pais...
Pneu que gasta menos transporta muito mais.
Fischer América Criação // Jáder Rossetto Pedro Cappeletti Fernando Carreira Otavio Schiavon
Giovanni, FCB Criação // Valdir Bianchi Fernando Campos Thiago Carvalho Silvio Medeiros
Fotografia // Rafael Costa
Fotografia // Giacomo Favretto
AUTOMOTIVOS // 38
Beleza e força nunca se deram tão bem.
Conquiste novos territórios.
TBWA Criação // Cibar Ruiz Sergio Scarpelli Marcelo Arbex Alessandro Cassulino
TBWA Criação // Cibar Ruiz Sergio Scarpelli Marcelo Arbex Alessandro Cassulino
Fotografia // Du Ribeiro Ilustração // Alexandre Nino
Fotografia // Du Ribeiro Ilustração // Alexandre Nino
AUTOMOTIVOS // 39
Ei, é hora de aproveitar as noites de céu estrelado.
Ei, é hora de sentir o poder de 20 porta-trecos.
Leo Burnett Criação // Ruy Lindenberg Carlos Schleder André Kirkelis Javier Talavera
Leo Burnett Criação // Ruy Lindenberg André Kirkelis Fabio Nagano
Fotografia // Andreas Heiniger
AUTOMOTIVOS // 40
Fotografia // Bruno Cals
Ei, é hora de ver quantas novidades um carro precisa ter para se chamar Idea.
Ei, é hora de pôr um tempero nessa rotina.
Leo Burnett Criação // Ruy Lindenberg André Kirkelis Javier Talavera
Leo Burnett Criação // Ruy Lindenberg Rita Corradi André Kirkelis Javier Talavera
Fotografia // Andreas Heiniger
Fotografia // Andreas Heiniger
AUTOMOTIVOS // 41
Jaqueta de couro, óculos escuros e barba por fazer. Se a rotina passar por perto, nem te reconhece.
Viajar sem destino tem uma grande vantagem. Você nunca erra o caminho.
MacCann-Erickson Criação // Luiz Nogueira Neca Bohrer Renato Jardim Pedro Prado Frederico Vegele
MacCann-Erickson Criação // Luiz Nogueira Neca Bohrer Renato Jardim Pedro Prado Frederico Vegele
Fotografia // Alexandre Salgado Ilustração // Alexandre Salgado
Fotografia // Alexandre Salgado Ilustração // Alexandre Salgado
AUTOMOTIVOS // 42
All New Pathfinder. Mas a alma continua a mesma. TBWA Criação // Cibar Ruiz Fabio Pinheiro Alexandre Nino Fotografia // Jairo Goldflus Du Ribeiro
AUTOMOTIVOS // 43
A natureza não gostou nem um pouco de dividir com a cidade.
A natureza não gostou nem um pouco de dividir com a cidade.
Y&R Criação // Silvio Matos Eduardo Martins Leandro Castilho Gustavo Gusmão Sérgio Barros
Y&R Criação // Silvio Matos Eduardo Martins Leandro Castilho Gustavo Gusmão Sérgio Barros
Fotografia // Platinum, FMD
Fotografia // Platinum
AUTOMOTIVOS // 44
Conheça um endereço que não começa com www. Z+ Criação // Alan Strozenberg Zezito Marques da Costa José Ricardo Novoa Márcio Fenga Fotografia // Banco de imagem Hyundai
Nova Classe M. A melhor para pegar estrada, mesmo que não exista estrada. Y&R Criação // Toni Fernandes Daniel Salles Silvio Matos Eduardo Martins Leandro Castilho Fotografia // Marcio Sallowicz
AUTOMOTIVOS // 45
Encontrar um garçon bem humorado na França: não tem preço.
Saber que existe uma estrada que vai até Piripiri: não tem preço.
MacCann-Erickson Criação // Eduardo Hernandez Maneco Pires Mauro Villas-Bôas
MacCann-Erickson Criação // Eduardo Hernandez Maneco Pires Mauro Villas-Bôas
Ilustração // Mauro Villas-Bôas
Ilustração // Mauro Villas-Bôas
bancos e financeiras // 46
Sua conversa também anda melhor na pista molhada.
Para a festa ficar perfeita recorte a Nova Schin e cole nas mãos da modelo (Playboy).
Fischer América Criação // Jáder Rosseto Pedro Cappeletti Flávio Casarotti Pedro Utzeri
Fischer América Criação // Jáder Rosseto Pedro Cappeletti Flávio Casarotti Pedro Utzeri
bEBIDAS ALCOÓLICAS // 47
Se o cara que inventou o provador bebesse Skol, ele não seria assim. Seria assim.
Se o cara que inventou o sutiã bebesse Skol, ele não seria assim. Seria assim.
F/Nazca S&S Criação // Fábio Fernandes Eduardo Lima André Kassu Luciano Lincoln Marco Monteiro Bruno Prósperi
F/Nazca S&S Criação // Fábio Fernandes Eduardo Lima André Kassu Luciano Lincoln Marco Monteiro Bruno Prósperi
Fotografia // Marcel Valvassori
Fotografia // Marcel Valvassori
bEBIDAS ALCOÓLICAS // 48
Se o cara que inventou a burocracia bebesse Skol, ela não seria assim. Seria assim.
Se o cara que inventou a tarja de censura bebesse Skol, ela não seria assim. Seria assim.
F/Nazca S&S Criação // Fábio Fernandes Eduardo Lima André Kassu Luciano Lincoln Marco Monteiro Bruno Prósperi
F/Nazca S&S Criação // Fábio Fernandes Eduardo Lima André Kassu Luciano Lincoln Marco Monteiro
Fotografia // Marcel Valvassori
Fotografia // Marcel Valvassori
bEBIDAS ALCOÓLICAS // 49
Existem chances da cura da AIDS estar em alguma planta da Mata Atlântica. Se considerarmos o que resta da mata, 7% de chances.
Há milhões de anos, o homem saiu do oceano. E, se continuar queimando florestas e derretendo as calotas polares, logo vai ter que voltar para ele.
AlmapBBDO Criação // Rodrigo de Almeida Tales Bahu Dulcidio Caldeira César Finamori
AlmapBBDO Criação // Rodrigo de Almeida Tales Bahu Dulcidio Caldeira César Finamori
Fotografia // Maurício Nahas
Fotografia // Maurício Nahas
cosmÉTICOS // 50
As queimadas nas florestas ameaçam mais espécies de animais do que você imagina. AlmapBBDO Criação // Rodrigo de Almeida Tales Bahu Dulcidio Caldeira César Finamori Fotografia // Maurício Nahas
395 espécies de animais estão ameaçadas de extinção com a devastação das florestas brasileiras. Contando com a nossa, 396. AlmapBBDO Criação // Rodrigo de Almeida Tales Bahu Dulcidio Caldeira César Finamori Fotografia // Maurício Nahas
cosmÉTICOS // 51
Uma geladeira que segue as tendências. Isso explica as rodinhas.
O tipo de geladeira que você não vê na casa de um analista de sistemas.
Talent Criação // João Livi Philippe Degen Ricardo John Fábio Astolpho
Talent Criação // João Livi Philippe Degen Ricardo John Fábio Astolpho
Fotografia // Rafael Assef Ilustração // Fabia Bercsek
Fotografia // Rafael Assef Ilustração // Fabia Bercsek
eletrodomÉSTICOS // 52
Paixão Total.
Paixão Total.
Talent Criação // João Livi Luciano Santos Valéria Portella Felipe Lemes
Talent Criação // João Livi Luciano Santos Valéria Portella Felipe Lemes
Fotografia // Ricardo Barcellos Ilustração // Hadolpho e Luis Dias
Fotografia // Ricardo Barcellos Ilustração // Hadolpho e Luis Dias
ELETROeletRÔNICOS // 53
Dê Epson à sua imaginação.
Dê Epson à sua imaginação.
Fabra Quinteiro Criação // Paschoal Fabra Neto Hércules Florence Alexandre Manisck
Fabra Quinteiro Criação // Paschoal Fabra Neto Hércules Florence Alexandre Manisck
Ilustração // WDS Stúdio
Ilustração // WDS Stúdio
eletroeletrÔNICOS // 54
Dê Epson à sua imaginação.
Freud interpretou os sonhos. A GE materializou.
Fabra Quinteiro Criação // Paschoal Fabra Neto Hércules Florence Alexandre Manisck
Neogama Criação // Alexandre Gama Myla Verzola Paulo Augusto César - Pepê
Ilustração // WDS Stúdio
Fotografia // Du Ribeiro
eletroeletrÔNICOS // 55
Não fume. Não beba. Pratique esporte. Diga não às drogas. Tenha uma vida saudável. Ouça a porcaria que você quiser. Dentsu Criação // Adriana Davini Akira Tateyama Felipe Leite Fotografia // Hilton Ribeiro Ilustração // Elisa Sassi
eletroeletrÔNICOS // 56
Seu irmão vai ouvir aquilo que ele chama de música longe de você. Dentsu Criação // Adriana Davini Akira Tateyama Felipe Leite Fotografia // Hilton Ribeiro Ilustração // Elisa Sassi
Seu filho ainda não sabe como é o mundo de verdade. Você sabe.
Seu filho ainda não sabe como é o mundo de verdade. Você sabe.
Loducca Criação //
Loducca Criação //
Celso Loducca Tomás Lorente Samir Mesquita Rodrigo Tórtima Adriano Alarcon
Ilustração // Adriano Alarcon
Celso Loducca Tomás Lorente Samir Mesquita Rodrigo Tórtima Adriano Alarcon
Ilustração // Adriano Alarcon
ESCOLAS E CURSOS // 57
Dê dupla proteção para o seu bebê. JWT Criação // Romero Cavalcanti Luiz Risi Fotografia // Jairo Goldflus Dê dupla proteção para o seu bebê. JWT Criação // Romero Cavalcanti Luiz Risi Fotografia // André Faccioli
farmacÊUTICOS // 58
Megafesta Ilha Axe. 400 mulheres sob o efeito Axe.
Megafesta Ilha Axe. 400 mulheres sob o efeito Axe.
Lowe Criação // Valmir Leite Marcelo Camargo Edgard Gianesi José Veloso
Lowe Criação // Valmir Leite Marcelo Camargo Edgard Gianesi José Veloso
Fotografia // Rodrigo Ribeiro
Fotografia // Rodrigo Ribeiro
HIGIENE PESSOAL // 59
DM9DDB Criação // Marcos Medeiros Wilson Mateos Ilustração // DoctorPixel Studio
mat. escolar e DE ESCRITÓRIO // 60
IstoÉ Gente. Muito mais profundidade quando se fala de informação, entretenimento e personalidades.
IstoÉ Gente. Muito mais profundidade quando se fala de informação, entretenimento e personalidades.
BorghiErh Criação // Erh Ray José Henrique Borghi Gastão Moreira Denis Peralta Rodrigo Cabello
BorghiErh Criação // Erh Ray José Henrique Borghi Gastão Moreira Denis Peralta Rodrigo Cabello
Fotografia // Edu Lopes
Fotografia // Edu Lopes
MÍDIA // 61
Como todas as máquinas, essas também dão pau. (Nos inimigos, nos inimigos)
Ele não tem dedos para desafiar você. Ele não tem dedos para provocar você. Na verdade, ele não tem dedos.
age. Criação // Carlos Domingos Christiano Neves Paulo Pretti Thiago Arrighi Antero Neto
age. Criação // Carlos Domingos Christiano Neves Paulo Pretti Thiago Arrighi Ilustração // Thiago Arrighi
Ilustração // Thiago Arrighi
MÍDIA // 62
Exterminador do Futuro Jr.
Pelo jeito, Robocop andou fazendo filho por aí.
age. Criação // Carlos Domingos Christiano Neves Paulo Pretti Thiago Arrighi Rodrigo da Mata
age. Criação // Carlos Domingos Christiano Neves Paulo Pretti Thiago Arrighi Rodrigo da Mata
Ilustração // Thiago Arrighi
Ilustração // Thiago Arrighi
MÍDIA // 63
Terremotos, tornados, vulcões e tsunamis. Entenda como acontecem os grandes desastres da natureza. BorghiErh Criação // Erh Ray José Henrique Borghi Murilo Torezan Eduardo Godoy Fotografia // Getty Images
Vulcões, tornados, terremotos e tsunamis. Entenda como acontecem os grandes desastres da natureza. BorghiErh Criação // Erh Ray José Henrique Borghi Murilo Torezan Eduardo Godoy Fotografia // Getty Images MÍDIA // 64
A página ao lado foi reservada para o Lobo-Guará. Assista a Animais do Brasil e veja porque ele não está lá. BorghiErh Criação // Erh Ray José Henrique Borghi Murilo Torezan Eduardo Godoy Fotografia // Rogério Alonso
África. Nem quem vive lá consegue ver tão de perto.
África. Nem quem vive lá consegue ver tão de perto.
Contemporânea (RJ) Criação // Mauro Matos José Guilherme Vereza Felipe Rodrigues Pedro Eboli Daniel Japa Fabiano Pinel
Contemporânea (RJ) Criação // Mauro Matos José Guilherme Vereza Felipe Rodrigues Pedro Eboli Daniel Japa Fabiano Pinel
Fotografia // Platinum Ilustração // Fabiano Pinel
Fotografia // Platinum, FMD Ilustração // Fabiano Pinel
MÍDIA // 65
Pilates. Postura e equilíbrio para a sua vida.
Grandes líderes tomam decisões sozinhos.
Carillo Pastore Euro RSCG Criação // Zuza Tupinambá Amaury Bali Terçarolli Eduardo Bragança Fabio Onofre
JWT Criação // Fábio Brandão Vinicius Stanzione Endy Santana
Fotografia // Ricardo Cunha
MÍDIA // 66
Bem-vindo ao seleto grupo de pessoas que sabem onde fica o virabrequim.
Rodamos tanto com os carros, que em uma mesma viagem conseguimos parar no sinal, no semáforo, na sinaleira e no farol.
Y&R Criação // Silvio Matos Eduardo Martins Leandro Castilho Felipe Gall Marco Mattos
Y&R Criação // Silvio Matos Eduardo Martins Leandro Castilho Felipe Gall Marco Mattos
Fotografia // Vera Ketzer André Ditter
Fotografia // Vera Ketzer André Ditter
Já falamos do Sinca Chambord, do Ford Galaxie, do Dodge Dart e de outros carros em que seu pai deve ter agarrado sua mãe.
Meu carro me disse que tem gente que conversa com planta. Vai entender.
Y&R Criação // Silvio Matos Eduardo Martins Leandro Castilho Felipe Gall Marco Mattos
Y&R Criação // Silvio Matos Eduardo Martins Leandro Castilho Felipe Gall Marco Mattos
Fotografia // Vera Ketzer André Ditter
Fotografia // Vera Ketzer André Ditter MÍDIA // 67
1500 – 1996. Revista Raça Brasil. 9 anos.
Todo mundo é igual. O que faz diferença é a informação. Revista Raça Brasil. 9 anos.
JWT Criação // Cláudia Fugita João Caetano Brasil
JWT Criação // Cláudia Fugita João Caetano Brasil
MÍDIA // 68
A notícia no minuto em que ela acontece.
A notícia no minuto em que ela acontece.
Lew, Lara Criação //
Lew, Lara Criação //
Jaques Lewkowicz Marco Versolato Fabio Abram Braulio Kuwabara
Fotografia // Corbis
Jaques Lewkowicz Marco Versolato Fabio Abram Braulio Kuwabara
Fotografia // Corbis
MÍDIA // 69
VMB 2005. Faça as suas preces.
VMB 2005. Assista. É sagrado.
Loducca Criação // Celso Loducca Tomás Lorente Guga Ketzer
Loducca Criação // Celso Loducca Tomás Lorente Guga Ketzer
Fotografia // Willy Biondani Rafael Assef
Fotografia // Willy Biondani Rafael Assef
MÍDIA // 70
VMB 2005. Assista. É sagrado.
VMB 2005. Assista. É sagrado.
Loducca Criação // Celso Loducca Tomás Lorente Guga Ketzer
Loducca Criação // Celso Loducca Tomás Lorente Guga Ketzer
Fotografia // Willy Biondani
Fotografia // Willy Biondani Rafael Assef
MÍDIA // 71
Pratique seu SporTV favorito.
Pratique seu SporTV favorito.
Y&R Criação // Silvio Matos Eduardo Martins Leandro Castilho Eduardo Mello Guilherme Somensato
Y&R Criação // Silvio Matos Eduardo Martins Leandro Castilho Eduardo Mello Fabiano Gomes
Fotografia // ArtLuz Studio
Fotografia // ArtLuz Studio
MÍDIA // 72
Arquitetura. Construção.
Arquitetura. Construção.
Loducca Criação // Celso Loducca Tomás Lorente
Loducca Criação // Celso Loducca Tomás Lorente
MÍDIA // 73
Aumente o valor do tomatinho-cereja.
Faça a rúcula ficar mais refinada.
DCS (RS) Criação //
DCS (RS) Criação //
Roberto Callage Régis Montagna Cláudia Tajes Rafael Bohrer
Fotografia // Dois Fotografia
outrOS // 74
Roberto Callage Régis Montagna Cláudia Tajes Rafael Bohrer
Fotografia // Dois Fotografia
O handebol foi inventado na Alemanha, o melhor país nesse esporte. Mas até aí, o futebol foi inventado na Inglaterra.
Dizem que o homem veio do macaco. Nem todos: este aqui, por exemplo, veio do canguru.
Duda Propaganda Criação // Ricardo Braga Marcelo Kertész Alexandre Lucas Raphael Gancz Marcos Hosken Cristiana Botto
Duda Propaganda Criação // Ricardo Braga Marcelo Kertész Alexandre Lucas Raphael Gancz Marcos Hosken Cristiana Botto
Fotografia // Platinum,FMD Ilustração // Platinum,FMD
Fotografia // Platinum, FMD Ilustração // Platinum, FMD
petrÓLEO E DERIVADOS // 75
Se ele acredita, não é a gente que vai duvidar.
Se ele acredita, não é a gente que vai duvidar.
F/Nazca S&S Criação // Fabio Fernandes Carlos Di Celio Pedro Prado Leonardo Claret
F/Nazca S&S Criação // Fabio Fernandes Carlos Di Celio Pedro Prado Leonardo Claret
Fotografia // Rogério Faissal Getty Images
Fotografia // Rogério Faissal Getty Images
petrÓLEO E DERIVADOS // 76
O fumante fica mais exposto a doenças/homem
O fumante fica mais exposto a doenças/mulher
Neogama Criação // Alexandre Gama Victor Sant’Anna Sidney Araújo
Neogama Criação // Alexandre Gama Victor Sant’Anna Sidney Araújo
Fotografia // Getty Images Stock Photos Ilustração // Sidney Araújo
Fotografia // Getty Images Stock Photos Ilustração // Sidney Araújo
SERVIçO PÚBLICO // 77
Concurso SOS Mata Atlântica de fotografia.
Concurso SOS Mata Atlântica de fotografia. Aberto também para amadores.
JWT Criação // Vinicius Stanzione Endy Santana João Linneu
JWT Criação // Vinicius Stanzione Endy Santana João Linneu
Fotografia // Fábio Colombini
Fotografia // Fábio Colombini
SERVIçO PÚBLICO // 78
Concurso SOS Mata Atlântica de fotografia. Aberto também para amadores. JWT Criação // Vinicius Stanzione Endy Santana João Linneu Fotografia // Fábio Colombini
O jornalismo que ajuda a diminuir a distância entre o Brasil desenvolvido e o Brasil dos excluídos merece um prêmio. Carillo Pastore, Euro RSCG Criação // Zuza Tupinambá Amaury Bali Terçarolli Rodrigo Mendonça Érico Braga Fotografia // Fernando Zuffo Claus Stelfeld
SERVIçO PÚBLICO // 79
Em vez de doações, ações. Invista nos títulos Care de combate à pobreza.
Invista nos títulos da Care de combate à pobreza. O lucro social é seu e de todo o Brasil.
MacCann-Erickson Criação // Danilo Martins Ricardo Sciamarella Fernando Reis Ricardo Aguiar
MacCann-Erickson Criação // Danilo Martins Ricardo Sciamarella Fernando Reis Ricardo Aguiar
Ilustração // Daniel Kondo
Ilustração // Daniel Kondo
SERVIçO PÚBLICO // 80
Entre no mercado de ações concretas: invista nos títulos Care de combate à pobreza.
Ainda tem muita gente esperando tratamento. Ajude o Hospital do Câncer a salvar mais vidas.
MacCann-Erickson Criação // Danilo Martins Ricardo Sciamarella Fernando Reis Ricardo Aguiar
JWT Criação // Giovana Madalosso Marcela Ayd Fotografia // André Faccioli
Ilustração // Daniel Kondo
SERVIçO PÚBLICO // 81
Quando o assunto é futebol, o Brasil só dá bola dentro. Mas tem que parar de dar chutes quando o assunto é distribuição de renda. dm9ddb Criação //
Sérgio Valente Bruno Godinho Miguel Bemfica Mariana Sá Max Geraldo
Fotografia // Marco Cesar
serviÇO PÚBLICO // 82
Ok, somos o melhor futebol do mundo. Ok sermos septuagésimo quarto lugar em desenvolvimento humano? dm9ddb Criação //
Sérgio Valente Bruno Godinho Miguel Bemfica Mariana Sá Max Geraldo
Fotografia // Marco Cesar
Ué, qual é o espanto? Nós sempre lançamos modelos de última geração.
A OI apresenta um de seus lançamentos para 2007.
NBS (RJ) Criação //
NBS (RJ) Criação //
Andre Lima Pedro Feyer Renata Giese Andre Havt Marcello Noronha
Fotografia // Leonardo Vilela Ilustração // Luciano Honorato
Andre Lima Pedro Feyer Renata Giese Andre Havt Marcello Noronha
Fotografia // Leonardo Vilela Ilustração // Luciano Honorato
telecomunicaÇÕES // 83
Agora todo mundo pode voar.
Agora todo mundo pode voar.
AlmapBBDO Criação // Cássio Zanatta Giba Lages Dulcídio Caldeira César Finamori
AlmapBBDO Criação // Cássio Zanatta Giba Lages Dulcídio Caldeira César Finamori
Fotografia // Vitor Amati, Arquivo Ilustração // Macacolandia
Fotografia // Vitor Amati, Arquivo Ilustração // Macacolandia
transporteS e turismo // 84
A maior capacidade de carga da categoria, para aguentar qualquer tipo de peso. BorghiErh Criação // Erh Ray José Henrique Borghi Murilo Torezan Wanslez Quaresma Fotografia // Rogerio Alonso Agora todo mundo pode voar. AlmapBBDO Criação // Cássio Zanatta Giba Lages Dulcídio Caldeira César Finamori Fotografia // Vitor Amati, Arquivo Ilustração // Macacolandia
transporteS e turismo // 85
Se livrar das coisas chatas da vida é bem menos complicado. É só viajar.
Saia da rotina. Conheça uns borrachudos diferentes.
Y&R Criação // Silvio Matos Eduardo Martins Leandro Castilho Carlos Fonseca Daniel Prado
Y&R Criação // Silvio Matos Eduardo Martins Leandro Castilho Carlos Fonseca Daniel Prado
Fotografia // André Ditter Vera Ketzer
Fotografia // André Ditter Vera Ketzer
transporteS e turismo // 86
Seres humanos também podem ser 4x4.
A vida é uma só. Só se vive uma vez. Bom, acho que já apelamos demais para você ir viajar.
Y&R Criação // Silvio Matos Eduardo Martins Leandro Castilho Carlos Fonseca Daniel Prado
Y&R Criação // Silvio Matos Eduardo Martins Leandro Castilho Carlos Fonseca Daniel Prado
Fotografia // André Ditter Vera Ketzer
Fotografia // André Ditter Vera Ketzer
transporteS e turismo // 87
Se só mulheres gostassem de flor, camisa de surfista seria listrada. Loducca Criação //
Tomás Lorente Celso Loducca Carolina Markowicz Rodrigo Moraes
Fotografia // Marcos Mendes
varejo // 88
Uma estação em que você precisa estar bem vestido apesar de mal estar vestido.
As roupas ficam mais soltas, os tecidos mais leves, as cores mais quentes, e os homens mais bobos.
Loducca Criação //
Loducca Criação //
Tomás Lorente Celso Loducca Carolina Markowicz Rodrigo Moraes
Fotografia // Marcos Mendes
Tomás Lorente Celso Loducca Carolina Markowicz Rodrigo Moraes
Fotografia // Marcos Mendes
varejo // 89
Os sapatos de plataforma já eram. A menos que você seja uma drag queen ou um anão fashion.
Novo modelo com uma tira a mais. Se bater um vento, não leva a top model de cima da sandália.
AlmapBBDO Criação // Marcello Serpa Cássio Zanatta César Finamori Dulcidio Caldeira
AlmapBBDO Criação // Marcello Serpa Cássio Zanatta César Finamori Dulcidio Caldeira
Fotografia // Alexandre Ermel Ilustração // César Finamori
Fotografia // Alexandre Ermel Ilustração // César Finamori
vestuÁRIO // 90
Não adianta ter um metro e meio de perna se você errar nos últimos 2 centímetros.
No Oriente, as mulheres se curvam na presença dos homens. No Ocidente, é o inverso.
AlmapBBDO Criação // Marcello Serpa Cássio Zanatta César Finamori Dulcidio Caldeira
AlmapBBDO Criação // Marcello Serpa Cássio Zanatta César Finamori Dulcidio Caldeira
Fotografia // Alexandre Ermel Ilustração // César Finamori
Fotografia // Alexandre Ermel Ilustração // César Finamori
vestuÁRIO // 91
Modelo novo com uma tira a mais. Se você levitar, não cai do pé.
Pelo menos ondas de dois pés você já pode pegar.
AlmapBBDO Criação // Marcello Serpa Cássio Zanatta César Finamori Dulcidio Caldeira
AlmapBBDO Criação // Marcello Serpa Cássio Zanatta César Finamori Fotografia // Alexandre Ermel Ilustração // César Finamori
Fotografia // Alexandre Ermel Ilustração // César Finamori
VESTUÁRIO // 92
As pessoas acusam lutadores de jiu-jitsu de serem violentos e não terem a menor classe. Vamos provar que esses F.D.P. estão errados. Dez Brasil Criação // Vitor Knijnik Michel Zveibil Getulio Albrecht Fotografia // Mob Studio
Escolha o ritmo da sua corrida. Chegou Mizuno Urban com MP3 player.
O tecido é perfeito, o caimento é finíssimo. E quem ficar olhando, apanha. Dez Brasil Criação // Vitor Knijnik Michel Zveibil Getulio Albrecht
AlmapBBDO Criação // Rodrigo de Almeida Tales Bahu Cesar Herszkowicz Rodrigo Vieira Guilherme Jahara Daniel Leitão Gustavo Victorino Fotografia // Alexandre Catan
Fotografia // Mob Studio vestuÁRIo // 93
Melissa in Wonderland.
Melissa in Wonderland.
W/Brasil Criação // Rui Branquinho Fábio Meneghini
W/Brasil Criação // Rui Branquinho Fábio Meneghini
Fotografia // Miro Fujocka Ilustração // Lobo
Fotografia // Miro Fujocka Ilustração // Lobo
VESTUÁRIO // 94
Melissa in Wonderland.
Melissa in Wonderland.
W/Brasil Criação // Rui Branquinho Fábio Meneghini
W/Brasil Criação // Rui Branquinho Fábio Meneghini
Fotografia // Miro Fujocka Ilustração // Lobo
Fotografia // Miro Fujocka Ilustração // Lobo
vestuÁRIo // 95
Bazar Adidas Originals.
Bazar Adidas Originals.
TBWA Criação // Cibar Ruiz Fabio Pinheiro Alexandre Nino
TBWA Criação // Cibar Ruiz Fabio Pinheiro Alexandre Nino
Fotografia // Banco de Imagens Adidas
Fotografia // Banco de Imagens Adidas
VESTUÁRIO // 96
Ipanema Gisele Bündchen. Brasil à flor da pele. W/Brasil Criação // Celso Alfieri Rui Branquinho
Ipanema Gisele Bündchen. Brasil à flor da pele. W/Brasil Criação // Celso Alfieri Rui Branquinho
Ipanema Gisele Bündchen. Brasil à flor da pele. W/Brasil Criação // Celso Alfieri Rui Branquinho vestuÁRIo // 97
Adriana Davini // 56 Adriano Alarcon // 57 Africa // 37 age. // 62, 63 Akira Tateyama // 56 Alan Strozenberg // 45 Alessandro Cassulino // 39 Alexandre Catan // 93 Alexandre Ermel // 90, 91, 92 Alexandre Gama // 55, 77 Alexandre Lucas // 75 Alexandre Manisck // 54,55 Alexandre Nino // 39, 43, 96 Alexandre Peralta // 37 Alexandre Salgado // 42 AlmapBBDO // 50, 51, 84, 85, 90, 91, 92, 93 Amaury Bali Terçarolli // 66, 79 André Ditter // 67, 86, 87 André Faccioli // 58, 81 André Faria // 36 Andre Havt // 83 André Kassu // 48,49 André Kirkelis // 40, 41 Andre Lima // 83 Andreas Heiniger // 40, 41 Antero Neto // 62 ArtLuz Studio // 72 Augusto Moya // 37 BorghiErh // 61, 64, 85 Braulio Kuwabara // 69 Bruno Cals // 40 Bruno Godinho // 82 Bruno Prósperi // 48, 49 Carillo Pastore, Euro RSCG // 66, 79 Carlos Di Celio // 76 Carlos Domingos // 62, 63 Carlos Fonseca // 86, 87 Carlos Schleder // 40 Carolina Markowicz // 88, 89 Cássio Zanatta // 84, 85, 90, 91, 92 Celso Alfieri // 97 Celso Loducca // 57, 70, 71, 73, 88, 89 César Finamori // 50, 51, 84, 85, 90, 91, 92 Cesar Herszkowicz // 93 Christiano Neves // 62, 63 Cibar Ruiz // 39, 43, 96 Cláudia Fugita // 68 Cláudia Tajes // 74 Claus Stelfeld // 79 Contemporânea (RJ) // 65 Corbis // 69 Cristiana Botto // 75 ÍNDICE remissivo // 98
Daniel Japa // 65 Daniel Kondo // 80, 81 Daniel Leitão // 93 Daniel Prado // 86, 87 Daniel Salles // 45 Danilo Martins // 80, 81 DCS (RS) // 74 Denis Peralta // 61 Dentsu // 56 Dez Brasil // 93 DM9DDB // 37, 60, 82 DoctorPixel Studio // 60 Dois Fotografia // 74 Du Ribeiro // 39, 43, 55 Duda Propaganda // 75 Dulcidio Caldeira // 50, 51, 84, 85, 90, 91, 92 Edgard Gianesi // 59 Edu Lopes // 61 Eduardo Bragança // 66 Eduardo Godoy // 64 Eduardo Hernandez // 46 Eduardo Lima // 36, 48, 49 Eduardo Martins // 44, 45, 67, 72, 86, 87 Eduardo Mello // 72 Elisa Sassi // 56 Endy Santana // 66, 78, 79 Erh Ray // 61, 64, 85 Érico Braga // 79 F/Nazca S&S // 36, 48, 49, 76 Fabia Bercsek // 52 Fabiano Gomes // 72 Fabiano Pinel // 65 Fabio Abram // 69 Fábio Astolpho // 52 Fábio Brandão // 66 Fábio Colombini // 78, 79 Fabio Fernandes // 36, 48, 49, 76 Fábio Meneghini // 94, 95 Fabio Nagano // 40 Fabio Onofre // 66 Fabio Pinheiro // 43, 96 Fábio Saboya Arício Fortes // 37 Fabra Quinteiro // 54, 55 Felipe Gall // 67 Felipe Leite // 56 Felipe Lemes // 53 Felipe Rodrigues // 65 Fernando Campos // 38 Fernando Carreira // 38 Fernando Reis // 80, 81 Fernando Zuffo // 79 Fischer América // 38, 47
Flávio Casarotti // 47 Frederico Vegele // 42 Fujocka // 94, 95 Gastão Moreira // 61 Getty Images // 64, 76, 77 Getulio Albrecht // 93 Giacomo Favretto // 38 Giba Lages // 84, 85 Giovana Madalosso // 81 Giovanni, FCB // 38 Guga Ketzer // 70, 71 Guilherme Jahara // 93 Guilherme Somensato // 72 Gustavo Gusmão // 44 Gustavo Victorino // 93 Hadolpho // 53 Hércules Florence // 54, 55 Hilton Ribeiro // 56 Jáder Rossetto // 38, 47 Jairo Goldflus // 43, 58 Jaques Lewkowicz // 69 Javier Talavera // 40, 41 João Caetano Brasil // 68 João Linneu // 78, 79 João Livi // 52, 53 José Guilherme Vereza // 65 José Henrique Borghi // 61, 64, 85 José Ricardo Novoa // 45 José Veloso // 59 JWT // 58, 66, 68, 78, 79, 81 Keka Morelle // 36 Leandro Castilho // 44, 45, 67, 72, 86, 87 Leo Burnett // 40, 41 Leonardo Claret // 76 Leonardo Vilela // 83 Lew, Lara // 69 Lobo // 94, 95 Loducca // 57, 70, 71, 73, 88, 89 Lowe // 59 Luciano Honorato // 83 Luciano Lincoln // 48, 49 Luciano Santos // 53 Luis Dias // 53 Luiz Nogueira // 42 Luiz Risi // 58 Macacolandia // 84, 85 MacCann-Erickson // 42, 46, 80, 81 Maneco Pires // 46 Marcel Valvassori // 48, 49 Marcela Ayd // 81 Marcello Noronha // 83 Marcello Serpa // 90, 91, 92
Marcelo Arbex // 39 Marcelo Camargo // 59 Marcelo Kertész // 75 Márcio Fenga // 45 Marcio Sallowicz // 45 Marco Cesar // 82 Marco Mattos // 67 Marco Monteiro // 48, 49 Marco Versolato // 69 Marcos Hosken // 75 Marcos Medeiros // 60 Marcos Mendes // 88, 89 Mariana Sá // 82 Maurício Nahas // 50, 51 Mauro Matos // 65 Mauro Villas-Bôas // 46 Max Geraldo // 82 Michel Zveibil // 93 Miguel Bemfica // 82 Miro // 94, 95 Mob Studio // 93 Murilo Torezan // 64, 85 Myla Verzola // 55 NBS (RJ) // 83 Neca Bohrer // 42 Neogama // 55, 77 Otavio Schiavon // 38 Paschoal Fabra Neto // 54, 55 Paulo Augusto César - Pepê // 55 Paulo Coelho // 37 Paulo Pretti // 62, 63 Pedro Cappeletti // 38, 47 Pedro Eboli // 65 Pedro Feyer // 83 Pedro Prado // 42, 76 Pedro Utzeri // 47 Philippe Degen // 52 Platinum, FMD // 44, 65, 75 Rafael Assef // 52 Rafael Bohrer // 74 Rafael Costa // 38 Raphael Gancz // 75 Régis Montagna // 74 Renata Giese // 83 Renato Jardim // 42 Ricardo Aguiar // 80, 81 Ricardo Barcellos // 53 Ricardo Braga // 75 Ricardo Cunha // 66 Ricardo John // 52 Ricardo Sciamarella // 80, 81 Rita Corradi // 41
Roberto Callage // 74 Rodrigo Cabello // 61 Rodrigo da Mata // 63 Rodrigo de Almeida // 50, 51, 93 Rodrigo Mendes // 37 Rodrigo Mendonça // 79 Rodrigo Moraes // 88, 89 Rodrigo Ribeiro // 59 Rodrigo Tórtima // 57 Rodrigo Vieira // 93 Rogerio Alonso // 64, 85 Rogério Faissal // 76 Romero Cavalcanti // 58 Rui Branquinho // 94, 95, 97 Ruy Lindenberg // 40, 41 Samir Mesquita // 57 Sérgio Barros // 44 Sergio Gordilho // 37 Sergio Scarpelli // 39 Sérgio Valente // 82 Sidney Araújo // 77 Silvio Matos // 44, 45, 67, 72, 86, 87 Silvio Medeiros // 38 Stock Photos // 77 Talent // 52, 53 Tales Bahu // 50, 51, 93 TBWA // 39, 43, 96 Thiago Arrighi // 62, 63 Thiago Carvalho // 38 Tomás Lorente // 57, 70, 71, 73, 88, 89 Toni Fernandes // 45 Valdir Bianchi // 38 Valéria Portella // 53 Valmir Leite // 59 Vera Ketzer // 67, 86, 87 Victor Hayashida // 37 Victor Sant’Anna // 77 Vinicius Stanzione // 66, 78, 79 Vitor Amati, // 84, 85 Vitor Knijnik // 93 W/Brasil // 94, 95, 97 Wanslez Quaresma // 85 WDS Stúdio // 54, 55 Wilson Mateos // 60 Y&R // 44, 45, 67, 72, 86, 87 Z+ // 45 Zezito Marques da Costa // 45 Zuza Tupinambá // 66, 79