Re (motivada) por esta última intervenção, olhei para o relógio e vi que esta formação está no final. Terei tempo para um chazinho e umas bolachas e voltar para a última. É, talvez, das três a que me despertava mais expectativas. O tema e os intervenientes prometiam. Uma hora depois estas confirmaram-se. Estava a gostar imenso. Então por que não registava as ideias mais interpelantes, para rever depois, como faço sempre? Porque não colocava num “quadradinho” de relevância afirmações para explorar mais tarde? Porque estava cansada!!! Então pensei nos alunos, nas escolas onde se cumpre on line o horário normal, pensei em dias com tardes e manhãs completas com os alunos a olhar para um ecrã. Pensei como estamos a perder a oportunidade de usar a palavra como a melhor ponte pedagógica de aprendizagem significativa. De nos aproximar na distância. E questionei-me: se no tempo assíncrono se espera que os alunos usem as diferentes ferramentas digitais para a aprendizagem autónoma, o exagero do uso de apresentações, livros digitais, vídeos, aplicações no tempo síncrono, sem os olhares, as palavras, as questões e a procura de respostas, aprisionam os alunos a uma aprendizagem de aquário em que o ecrã os faz vaguear nos limites da sua circunstância.
Conclusão - Na voz do/as alunos/as Ana Paula Silva
Terminou o segundo período. Num registo de assustadora “pseudo normalidade” pois, apesar dos que acreditam que este é um aceitável novo normal, prefiro pensar nele como um período cuja anormalidade potenciou algumas dimensões da aprendizagem pouco exploradas no presencial. Como a maior “magia” de um professor é transformar os desafios em possibilidades, vi este período como uma oportunidade para desenvolver competências fundamentais que enriquecem o cognitivo, como: a autonomia na gestão do processo de aprendizagem, a formulação participada de objetivos e metas de trabalho colaborativo, a criatividade e, sobretudo, o gosto pela resolução de desafios e busca do conhecimento de forma dialética (opondo-se à linearidade da aquisição “de manual...”)
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